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Elevador

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(Redirecionado de Bruno Haack)
 Nota: Se procura os elevadores sobre carris que sobem uma ladeira, veja Funicular.

Um elevador ou ascensor é um equipamento de transporte utilizado para mover bens ou pessoas verticalmente ou diagonalmente. É considerado o meio de transporte mais seguro que existe.[1] Segundo o jornal LA Times, a chance de um acidente fatal no elevador é de 0,00000015% por viagem.[2]

O primeiro elevador foi construído em Roma no século I a.C., por um engenheiro chamado Vitrúbia. Neste mesmo modelo de elevador, o mecanismo era um sistema de transporte de carga vertical composto por um conjunto de roldanas movidas por força humana (muitas vezes escrava), animal, ou água.

Em 1853, o americano Elisha Graves Otis concebe o dispositivo de segurança que entra em ação no caso de os cabos se romperem.[3]

O primeiro elevador elétrico foi construído pelo alemão Werner von Siemens em 1880,[4] sendo o Savoy Hotel o primeiro a possuir tal equipamento.[5]

Os elevadores mais rápidos do mundo estão, desde 2016, no Guangzhou CTF Finance Centre, um arranha-céus em construção em Guangzhou, República Popular da China:[6] são capazes de atingir 72,4 km/h, subindo do primeiro piso ao piso 95 em 43 segundos.[6]

No Brasil, o elevador mais antigo da cidade do Rio de Janeiro, no Castelo Mourisco, encontra-se na FIOCRUZ (Fundação Osvaldo Cruz).

Elementos de um elevador

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De modo geral, um elevador comum é composto por 6 elementos básicos. São eles:

  • Casa de máquinas — Local onde são instalados os componentes e os equipamentos necessários ao funcionamento do elevador (máquina de tração, limitador de velocidade, e quadro de comando). Na maioria das vezes, a casa de máquinas quase sempre é construída na parte superior do edifício (o terraço, situado após o último andar). Com os avanços tecnológicos, existem alguns modelos mais modernos de elevador que dispensam a presença da casa de máquinas; nesses mesmos modelos, o motor fica apoiado nas guias (trilhos do elevador), e o quadro de comando é embutido ao lado da porta do primeiro ou do último pavimento (dependendo do fabricante);[7]
  • Cabine – Compartimento onde ficam as pessoas ou a carga a ser transportada. No seu interior, quase sempre é informada a lotação máxima (número máximo de passageiros) ou o peso total (carga máxima permitida);
  • Contrapeso — Componente fundamental do sistema, o qual permite que a carga na cabine seja transportada e balanceada utilizando menos energia na operação; além de permitir o equilíbrio das cargas distribuídas por todo o equipamento, o contrapeso tem a função de reduzir a força necessária para se elevar a cabine, bem como proporcionar uma certa desaceleração da velocidade do elevador durante a descida. O contrapeso, para ser dimensionado corretamente, deve ter um peso correspondente a, no mínimo, 40% do peso da cabine e da capacidade máxima do elevador. Se, por exemplo, um elevador cheio (com a cabine totalmente lotada) pesar 1.000 kg, o contrapeso deverá pesar 400 kg;
  • Caixa ou caixa de corrida — Parte da edificação na qual a cabine se move (subindo ou descendo);
  • Patamar ou pavimento — Local para entrada ou saída de carga da cabine (ou para entrada e saída de passageiros);
  • Poço — Parte inferior da caixa de corrida onde ficam instalados dispositivos de segurança (pára–choques), para proteção de limite de percurso do elevador.
  • Campainha — dispositivo com componentes luminosos e sonoros que servem para avisar quando o elevador chega em um determinado pavimento de um edifício. Existem vários tipos de campainha de elevador. Os primeiros modelos eram eletromecânicos, pois eram providos de setas com lâmpadas e uma pequena campainha metálica (conhecida como gongo). Quando o elevador chegava, um sinal elétrico era mandado para uma bobina eletromagnética que, por sua vez, acionava um solenoide contendo uma haste metálica. Esta mesma haste tocava o gongo, produzindo um som característico. Ao mesmo tempo, uma lâmpada se acendia e iluminava uma seta indicadora do sentido de movimento (de subida ou de descida) do elevador. As atuais campainhas de elevador têm o som gerado por circuitos eletrônicos ou digitais, os quais são de melhor qualidade em relação aos antigos sistemas eletromecânicos.
  • «Quadro de Comando». - O quadro de comando gerencia todo o sistema do elevador, processando informações e controlando a resposta de todos os comandos, como estratégia de tráfego, velocidade e precisão nas paradas. Sua lógica pode ser operada através de relés ou circuitos eletrônicos com lógica digital. 
  • «Cabo de Tração». - O cabo de tração é um componente mecânico feito a partir de fios de arame torcidos formando as pernas do cabo, que por sua vez são entrelaçados no entorno de uma corda, chamada de alma do cabo, a qual tem a função de dar flexibilidade ao cabo, dar sustentação às pernas e armazenar a lubrificação. Sua resistência para trabalhar sob tração é incrivelmente alta. 
  • «Limitador de Velocidade». - Dispositivo de segurança, constituído basicamente de mecanismo de disparo centrífugo, polias, cabo de aço e interruptor. Quando a velocidade de descida do carro ultrapassar a velocidade nominal de um limite pré-determinado, o limitador de velocidade deverá desligar o motor do elevador e acionar mecanicamente o freio de segurança. O cabo do limitador de velocidade, vinculado ao carro, movimenta o limitador de velocidade e aciona mecanicamente o freio de segurança. 

Utilização de espelhos

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Embora não seja obrigatório, a utilização de espelhos em elevadores tem 4 principais motivos principais[8]:

  • Acessibilidade - o tamanho do elevador pode significar que não há espaço para um usuário de cadeira de rodas girar dentro dele. Com isso, o espelho serve para que o cadeirante consiga se locomover para fora do elevador sema ajuda de ninguem e sem precisar virar a cadeira.
  • Reduzir a sensação de claustrofobia - O espelho acrescenta uma sensação de mais espaço a um elevador, fazendo com que ele pareça menos apertado e pequeno, ajudando a evitar a sensação de estar preso.
  • Distração aos passageiros
  • Sensação de segurança - Com o espelho, a pessoa pode ver o que todo mundo está fazendo no elevador, desempenhando um papel importante na detecção de roubos e até na previsão de um assalto.

Nos hospitais, porém, não existe espelho nos elevadores. Por ser um local onde muitas pessoas estão tristes, o elevador não ajuda a melhorar o humor da pessoa. Pelo contrário. E com pacientes conscientes a mesma coisa, já que, em muitos casos, eles entram no elevador com uma cadeira de rodas ou muletas e em macas.

Tipos especiais

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  • Elevador a vácuo — Equipamento usado em escritórios, clínicas, casas e, normalmente em apartamentos "duplex". Atende até 3 andares, é econômico, seguro e prático;
  • Elevador transversal ou funicular;
  • Plataforma elevatória — Elevador formado por uma placa sem paredes, onde podem se colocar cargas para transportar entre diferentes níveis (normalmente em uma oficina);
  • Elevador de cozinha — Pequeno elevador que liga a cozinha ao refeitório, quando estes se situam a níveis diferentes, para transportar utensílios culinários (ou comida pronta a servir);
  • Elevador hidráulico — Movido por um pistão hidráulico, dispensa o contrapeso e se destaca por ser mais suave (e silencioso); porém, os modelos tradicionais são de até 3 andares.

Normas Técnicas utilizadas na fabricação de elevadores

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A segurança existente nos elevadores provem da fabricação de equipamentos em conformidades com Normas Técnicas vigentes da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas e entre elas podemos destacar:

  • ABNT NBR 16755:2019- Requisitos de segurança para construção e instalação de elevadores — Inspeções e ensaios — Determinação da resistência ao fogo de portas de pavimento de elevadores;
  • ABNT NBR 16756:2019- Requisitos de segurança para construção e instalação de elevadores — Alarme remoto em elevadores de passageiros e elevadores de passageiros e carga;
  • ABNT NBR 14712:2013- Elevadores elétricos e hidráulicos — Elevadores de carga, monta-cargas e elevadores de maca — Requisitos de segurança para construção e instalação;
  • ABNT NBR 16200:2013- Elevadores de canteiros de obras para pessoas e materiais com cabina guiada verticalmente — Requisitos de segurança para construção e instalação;
  • ABNT NBR 16083:2012- Manutenção de elevadores, escadas rolantes e esteiras rolantes — Requisitos para instruções de manutenção
  • ABNT NBR ISO 9386-2:2012- Plataformas de elevação motorizadas para pessoas com mobilidade reduzida — Requisitos para segurança, dimensões e operação funcional - Parte 2: Elevadores de escadaria para usuários sentados, em pé e em cadeira de rodas, deslocando-se em um plano inclinado;
  • ABNT NBR 16042:2012- Elevadores elétricos de passageiros — Requisitos de segurança para construção e instalação de elevadores sem casa de máquinas;
  • ABNT NBR 15597:2010- Requisitos de segurança para a construção e instalação de elevadores - Elevadores existentes - Requisitos para melhoria da segurança dos elevadores elétricos de passageiros e elevadores elétricos de passageiros e cargas;
  • ABNT NBR 12892:2009- Elevadores unifamiliares ou de uso restrito à pessoa com mobilidade reduzida - Requisitos de segurança para construção e instalação;
  • ABNT NBR NM 313:2007- Elevadores de passageiros - Requisitos de segurança para construção e instalação - Requisitos particulares para a acessibilidade das pessoas, incluindo pessoas com deficiência;
  • ABNT NBR NM 207:1999Errata 2:2005 - Elevadores elétricos de passageiros - Requisitos de segurança para construção e instalação;
  • ABNT NBR NM 267:2002- Elevadores hidráulicos de passageiros - Requisitos de segurança para construção e instalação;
  • ABNT NBR NM 196-DEZ:1999- Elevadores de passageiros e monta-cargas - Guias para carros e contrapesos - Perfil T;
  • ABNT NBR NM 207:1999- Elevadores elétricos de passageiros - Requisitos de segurança para construção e instalação;
  • ABNT NBR 14364:1999- Elevadores e escadas rolantes - Inspetores de elevadores e escadas rolantes - Qualificação;
  • ABNT NBR 10982:1990- Elevadores elétricos - Dispositivos de operação e sinalização - Padronização;
  • ABNT NBR 5665:1983 Errata 2:1987- Cálculo do tráfego nos elevadores;
  • ABNT NBR 5665:1983 Errata 1:1986- Cálculo do tráfego nos elevadores;
  • ABNT NBR 5665:1983 Versão Corrigida:1987- Cálculo do tráfego nos elevadores;
  • ABNT NBR ISO 9386-1:2013- Plataformas de elevação motorizadas para pessoas com mobilidade reduzida — Requisitos para segurança, dimensões e operação funcional - Parte 1: Plataformas de elevação vertical.

Lista de elevadores ou ascensores públicos

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Elevador de Santa Justa em Lisboa à noite

Diversas cidades, normalmente com um terreno mais acentuado, têm elevadores públicos detidos por empresas de transportes.

São Martinho de Porto

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Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Wikcionário Definições no Wikcionário
Commons Imagens e media no Commons
Commons Categoria no Commons

Referências

  1. revistaencontro.com.br/ Qual o meio de transporte mais seguro?
  2. latimes.com/ Are elevators really hazardous to your health?
  3. «Elevator». National Inventors Hall of Fame. Consultado em 1 de janeiro de 2017. Arquivado do original em 25 de janeiro de 2009 
  4. «Read This History of Elevators from Top to Bottom». About.com Money 
  5. Santos, José Rodrigues dos (1 de janeiro de 2013). O homem de Constantinopla: romance. [S.l.]: Gradiva. ISBN 9789896165499 
  6. a b mashable.com. «World's Fastest Elevators Will Be a Smooth Ride to the Top». Consultado em 28 de abril de 2014 
  7. «titulación en ascensores» 
  8. segredosdomundo.r7.com/ Por que elevadores têm espelhos? Saiba a verdadeira razão!

Ligações externas

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