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Pet Sematary

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(Redirecionado de Cemitério de Animais)
 Nota: Para outros significados, veja Pet Sematary (desambiguação).
Pet Sematary
Samitério de Animais [PT]
O Cemitério [BR]
Pet Sematary
Capa da versão brasileira por Rodrigo Rodrigues
Autor(es) Stephen King
Idioma inglês
País Estados Unidos
Arte de capa Linda Fennimore
Editora Doubleday
Lançamento 14 de novembro de 1983
Edição portuguesa
Tradução Rosa Amorim
Editora Bertrand Editora
Lançamento 2019
Páginas 463
Edição brasileira
Tradução Mário Molina
Editora F. Alves
Lançamento 1984
Páginas 424
Cronologia
Christine
Cycle of the Werewolf

Pet Sematary (br: O Cemitério; pt: Samitério de Animais) é um romance de terror escrito por Stephen King e lançado em 1983. Foi indicado ao World Fantasy Award de Melhor Romance em 1984,[1] e adaptado duas vezes para o cinema: uma em 1989 e outra em 2019. Em novembro de 2013, a PS Publishing relançou Pet Sematary em uma edição limitada especial pelos 30 anos de lançamento.[2]

Louis Creed, um médico de Chicago, é o diretor apontado da Universidade do Maine, na área de serviço de saúde. Ele se muda para uma grande casa, próxima à cidade de Ludlow, com sua esposa, Rachel, e seus dois jovens filhos, Ellie e Gage. Há também o gato da filha Ellie chamado Winston Churchill, ou apenas Church. Desde o momento em que chegam, a família tem certa má sorte: Ellie machuca o joelho após cair de um balanço de pneu, e o pequeno Gage é picado por uma abelha. Felizmente, seu novo vizinho, um velho homem chamado Judson Crandall vem para ajudar. Ele adverte Louis e Rachel sobre a auto-estrada, que passa em frente à nova casa; ela é constantemente usada por grandes caminhões da Orinco nas proximidades de uma fábrica de transformação química.

Jud e Louis rapidamente tornam-se grandes amigos. Desde que o pai de Louis morreu, quando ele tinha três anos, sua relação com Jud pega uma grande dimensão, tão próxima a pai e filho. Algumas semanas depois de os Creeds se mudarem para a nova casa, Jud coloca a amizade em prática quando leva a família para um passeio na floresta para trás da casa. O caminho de terra conduz a um cemitério (escrito errado para "Simitério") onde as crianças da cidade enterram seus animais de estimação que morreram. Isso provoca um grande argumento entre Louis e Rachel no dia seguinte. Rachel desaprova de falar com Ellie sobre a morte, pois se preocupa pelo modo com que ela possa ser afetada por tudo aquilo que viu no "simitério". (Isso é explicado mais tarde. Rachel é traumatizada pela morte precoce de sua irmã, Zelda, que morreu de meningite espinhal, uma inflamação da membrana protetora que cobre o sistema nervoso central).

Louis tem uma experiência traumática durante a primeira semana de trabalho quando Victor Pascow, um estudante que foi fatalmente ferido ao ser atropelado por um carro, faz com que Louis tenha uma nova visão sobre a morte. Na noite seguinte à morte de Victor Pascow, Louis tem experiências que, de começo, acredita ser um sonho. Mas que não é. Victor Pascow aparece para Louis, durante a noite, o leva ao sombrio "simitério" e se refere especialmente ao "vale da morte" (uma perigosa pilha atrás das árvores que forma uma barreira atrás do "simitério") e avisa Louis para ele "não ir além, não importa o quanto você achar que precisa". Louis acorda no dia seguinte, convencido de que tudo foi um sonho, até ele olhar para a coberta e para os seus pés e vê-los sujos de terra. Louis ainda afasta o sonho (como produto do stress que ele teve durante a morte de Victor Pascow) juntamente com sua mulher, que continua persistente a respeito do que se trata sobre a morte. Ele acha que a sujeira de terra chegou até a sua cama devido ao seu sonambulismo.

Louis é forçado a enfrentar o tema da morte quando Norma, esposa de Jud Crandall, sofre um quase-fatal ataque cardíaco. Graças a atenção imediata de Louis, Norma faz uma rápida recuperação. Rachel e as crianças foram visitar os pais de Rachel em Chicago, e o gato da família Creed, Church, é atropelado e morto na auto-estrada. Louis evita em dar essa má notícia a jovem filha, pois ela adora o gato. Jud é grato pela ajuda de Louis com Norma, e vai ajudá-lo a "trazer de volta" Church e o leva para o "simitério", supostamente para enterrar o gato. Em vez de parar lá, Jud leva Louis para trás do "vale da morte", atrás do "simitério", onde há um verdadeiro cemitério: um antigo cemitério que foi usado pelos índios nativos americanos (os índios Micmac). Louis enterra o gato com a instrução de Jud Crandall.

Parecendo não acreditar em muita coisa, Louis acha que o assunto sobre o gato foi encerrado, isso até a tarde seguinte, quando o gato retorna para casa. Entretanto, é claro que Church não é o mesmo que antes. Enquanto ele costumava ser vibrante e vivaz, ele está agora, nas palavras de Louis: "um pouco assustador e cansado". Church instintivamente caçava bastante camundongos e aves para comer, mas ele apenas os caça para rasgá-los, e não comê-los. O gato também está cheirando mal que Ellie não quer mais que ele durma em seu quarto durante a noite. Jud confirma que essa condição é a regra, não a exceção, no caso de animais que foram ressuscitados desse modo. Louis está profundamente perturbado com a ressureição de Church e começa a desejar nunca ter feito aquilo.

Tragicamente, meses depois, Gage é atropelado por um dos caminhões da Orinco. Separados com o desespero, Louis considera trazer seu filho de volta à vida com o poder daquele cemitério. Jud, adivinhando o que Louis está planejando, tenta dissuadir Louis contando-lhe uma história amedrontadora sobre a última pessoa "ressuscitada" por aquele cemitério, começando a dizer "às vezes, a morte é melhor". Jud conclui que "o lugar tem poderes" e que este poder causou a morte de Gage pois ele o mostrou como fazer. Há histórias que o cemitério foi deixado pelos índios micmac por suas vítimas serem mortas por canibalismo.

Apesar disso, a dor de Louis o obriga a levar o seu plano adiante, mesmo com Jud tentando impedir. Sua esposa viajou para Chicago com sua filha para visitar os seus pais, na tentativa de esfriar a cabeça e esquecer a morte de Gage. É então que Louis rouba o corpo de seu filho, Gage, do cemitério (quase sendo pêgo pela polícia que vigiava as ruas ao redor do cemitério) e vai até o cemitério Micmac, atrás do "simitério" feito pelas crianças. Ao longo do caminho, o Wendigo (um monstro da floresta) o assusta, mas a própria determinação de Louis o faz continuar.

O enterro que Louis faz no poderoso cemitério tem consequências terríveis para ele e as pessoas ao seu redor. Gage volta da morte como um ser monstruoso, uma sombra demoníaca dele mesmo, capaz de falar como adulto. Ele primeiro "conversa" com Jud sobre a sua esposa, chantageando-o dizendo que ela o traiu com seus amigos. Então, ele mata Jud com o bisturi cirúrgico de Louis. Depois ele mata a sua mãe, Rachel, que acaba de chegar de viagem com um carro alugado, preocupada com Louis. Louis confronta com o seu filho e o manda de volta para o seu túmulo, definitvamente morto, após aplicar nele uma dose letal de morfina de seu estoque médico. A última palavra de Gage para Louis foi "Daddy!". Nós vemos então que Louis, nem mesmo assim, aprendeu com os seus erros. Após queimar a casa de Jud Crandall para esconder as evidências, ele volta ao cemitério para enterrar o cadáver de sua esposa morta. Aquela noite, Louis está mexendo no baralho, sozinho, quando ele sente uma mão fria cair em seu ombro. Então, ele ouve uma voz que parece estar cheio de terra: "Querido..."

Na versão adaptada para o cinema de 1989, esse final continua. Ambos se beijam, e enquanto isso, Rachel pega lentamente uma faca de cozinha. O filme termina com a tela se escurecendo e escutamos Louis gritar.

Em 1979, King era um "escritor residente" na Universidade do Maine e a casa que sua família estava alugando em Orrington, ficava ao lado de uma rodovia onde cães e gatos eram frequentemente atropelados por caminhões que passavam. Depois que o gato de sua filha foi morto por um caminhão naquela estrada, ele explicou a morte do animal de estimação à filha e o enterrou.[3] Três dias depois, King imaginou o que aconteceria se uma família sofresse a mesma tragédia, mas o gato voltasse à vida "fundamentalmente errado". Então imaginou o que aconteceria se o filho mais novo daquela família também fosse morto por um caminhão que passava. Ele decidiu escrever um livro baseado nessas ideias, e que seria uma releitura de "The Monkey's Paw" (1902), um conto de W. W. Jacobs sobre pais cujo filho ressuscita depois que eles desejam que isso aconteça.[4] O primeiro rascunho foi concluído em maio de 1979.[5] Em junho de 1983, King publicou um conto, "The Return of Timmy Baterman", no evento "Satyricon II" (também conhecido como "DeepSouthCon 21"); este foi incorporado em Pet Sematary.[6] King declarou publicamente que, de todos os romances que escreveu, Pet Sematary é o que mais o amedrontou.[7][8]

Referências

  1. «1984 Award Winners & Nominees». Worlds Without End. Consultado em 26 de agosto de 2023 
  2. «UK genre publisher of SF, Horror & Fantasy fiction.». www.pspublishing.co.uk. Consultado em 26 de agosto de 2023. Arquivado do original em 2 de novembro de 2013 
  3. «Take a look inside the house that inspired Stephen King to write 'Pet Sematary'». 6 de abril de 2019 
  4. Winter, Douglas E. (13 de novembro de 1983). «Pet Sematary By Stephen King (Doubleday. 373 pp. $15.95.)». The Washington Post. Consultado em 8 de abril de 2019 
  5. «"Write Me, Buddy! Write Me RIGHT NOW!!" 1983 Letter from Stephen King». Setembro de 2022 
  6. Wood, Rocky (2017). Stephen King: A Literary Companion. [S.l.]: McFarland & Company. 194 páginas. ISBN 978-0-7864-8546-8 
  7. King, Stephen (22 de março de 2010). Pet Sematary. [S.l.]: Hodder & Stoughton. ISBN 978-1-84894-085-7 
  8. Rojak, Lisa (2009). Haunted Heart: The Life and Times of Stephen King. [S.l.]: Macmillan. pp. 85, 115. ISBN 978-1-4299-8797-4 
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