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Murray Rothbard: diferenças entre revisões

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Revisão das 00h49min de 28 de maio de 2016

Murray Newton Rothbard
Murray Rothbard
Nascimento 2 de março de 1926
Bronx, Nova Iorque, Estados Unidos
Morte 7 de janeiro de 1995
Nova Iorque, Estados Unidos
Nacionalidade norte-americano Estados Unidos
Magnum opus Man, Economy, and State
Escola/tradição Escola Austríaca
Principais interesses anarco-capitalismo, praxeologia, direitos naturais, ética, filosofia, economia
Ideias notáveis fundador do anarco-capitalismo

Murray Newton Rothbard (Nova Iorque, 2 de março de 1926 — Nova Iorque, 7 de janeiro de 1995) foi um economista norte-americano da Escola Austríaca que ajudou a definir o conceito de moderno libertarianismo e fundou uma vertente de anarquismo baseada no livre mercado, denominada "anarco-capitalismo". Rothbard utilizou a ênfase da Escola Austríaca na ordem espontânea e condenação do planejamento central para chegar a uma conclusão anarco-individualista.

Vida e obra

Ludwig von Mises, economista austríaco, importante professor de Rothbard

Rothbard nasceu de David e Rae Rothbard em uma família judia construída no Bronx. "Eu cresci em uma cultura comunista", dizia. Estudou na Universidade de Columbia, onde se tornou bacharel em matemática e economia em 1945 e mestre em artes em 1946. Fez ainda doutorado em filosofia e economia em 1956 na mesma universidade sob Arthur Burns.

Durante o início da década de 1950, estudou sob a orientação do economista austríaco Ludwig von Mises e seus seminários na Universidade de Nova York e foi grandemente influenciado pelo livro Ação Humana, de Mises. Nos anos 1950 e 1960 trabalhou para o liberal clássico Fundo William Volker em um projeto que resultou no livro Man, Economy and State, publicado em 1962. De 1963 a 1985, lecionou no Instituto Politécnico da Universidade de Nova York, no Brooklyn. De 1986 até sua morte foi um ilustre professor da Universidade de Nevada, Las Vegas. Rothbard fundou o Centro de Estudos Libertários em 1976 e o Jornal de Estudos Libertários, em 1977. Participou da criação em 1982 do Instituto Ludwig von Mises e, mais tarde, foi seu vice presidente acadêmico. Em 1987 começou o acadêmico Review of Austrian Economics, agora chamado de Quarterly Journal of Austrian Economics.

Em 1953 casou-se com JoAnn Schumacher em Nova York, a quem ele chamou "quadro indispensável" para a sua vida e trabalho. Morreu em 1995 em Manhattan de um ataque cardíaco. Quando morreu, o obituário do New York Times chamou Rothbard de "um economista e filósofo social ferozmente defensor da liberdade individual contra a intervenção do governo."

Escritos da Escola Austríaca

A Escola Austríaca vem uma tradição filosófica racionalista, i. é, compreende a obtenção de conhecimento como um processo de elaboração de teorias capazes de dar coesão aos fenômenos empíricos. Logo, tenta deduzir axiomas que expliquem a ação humana, num estudo chamado de praxeologia, da qual a economia é uma sub-área (embora a mais desenvolvida). Outra sub-área da praxeologia é a ciência-militar se compreendida como um fenômeno racional, ao invés de um fenômeno cultural (polemologia).

Praxeologia é a ciência geral da ação humana, o que significa, consonantemente à tradição racionalista de conhecimento, que a ação humana é estudada em seus aspectos lógico-formais: são estabelecidos os axiomas basilares do comportamento humano, e daí são inferidos teoremas universalmente válidos da ação humana.

(A Praxeologia versa sobre ação humana e somente humana. Não intenciona dizer nada sobre organismos não-humanos, ao contrário de outras tradições de estudos comportamentais, como a análise do comportamento e o behaviorismo-radical, que estudam o comportamento humano como estando dentro de um continuum com o comportamento, no mínimo, dos demais mamíferos; muito possivelmente de todo o filo dos cordados; quiça, ainda mais generalmente, do reino animal)

A praxeologia, portanto, propõe uma epistemologia para a economia (e para as demais ciências praxeológicas) diferente da epistemologia das ciências naturais. Isto não implica que ela negue a validade do fisicalismo - pelo contrário - ela apenas propõe que ciências naturais e ciências sociais carecem de epistemologias diferentes. Portanto, teóricos do austroliberalismo, como Von Mises e Rothbard, propunham uma modalidade de dualismo metodológico, enquanto teóricos do conhecimento científico fisicalistas propunham uma modalidade de monismo metodológico

(Lembrando que não existem somente um "monismo metodológico" ou apenas um "dualismo metodológico". A modalidade de monismo metodológico do fisicalismo toma a física como paradigma epistêmico e metodológico para todas as ciências. Mas há outras modalidades de monismo metodológico que não são fisicalistas. Também há dualismos metodológicos não praxeológicos).

Por exemplo: uma teoria física, a partir de um conjunto de hipóteses, realiza predições. Tais predições são fenômenos físicos que esta teoria supõe sejam existentes. O trabalho empírico, seja ele experimental ou de campo (há teorias físicas cuja validade não pode ser verificada em laboratório, mas apenas in loco, como nos campos da oceanogragia, sismologia, glaciologia, paleotempestologia, meteorologia, climatologia, paleoclimatologia, etc.) averigua se estes fenômenos previstos formalmente são reais.

Para a Escola Austríaca este método (fisicalista) não é apropriado para fenômenos sociais. Como a ação humana é proposital e criativa, ela constantemente acrescenta novos elementos à dinâmica dos fenômenos que cria. Tal implica que estes fenômenos são dotados de intencionalidade. Como não existe intencionalidade nos fenômenos físicos (eles não são conscientes), a dinâmica dos acontecimentos físicos é determinista, no sentido de que todos os elementos passíveis de terem poder causal já estão previamente definidos (note que determinista, nesta acepção, não equivale ao determinismo mecanicista proposto por Descartes, de que um fenômeno físico é qualitativa e quantitativamente preditível com acurácia total. É apenas um determinismo qualitativo, ou seja, de que todos os eventos implicados num fenômeno físico existem previamente ao fenômeno, e de que outros não surgem).

Assim, a Escola Austríaca propõe um método apriorista de tratamento para os fenômenos sociais; i. é: a partir de axiomas inquestionáveis acerca da ação humana, inferem-se os fenômenos econômicos, militares, históricos - praxeológicos enfim- a que os seres humanos estão sujeitos.

Portanto, os teóricos da Escola Austríaca argumentam que o único meio de se chegar a uma teoria econômica válida é derivá-la logicamente a partir dos princípios/axiomas básicos da ação humana, que é o método denominado praxeologia. Disto decorre o individualismo metodológico: analise da ação humana a partir da perspectiva dos agentes individuais. Os teóricos da Escola Austríaca defendem a estrita observância deste método, pois segundo eles, o único meio de se chegar a uma teoria econômica válida é pela ação, propriamente dita, dos agentes, e não por pressuposições coletivistas das causas de suas ações (como o fazem, por exemplo, os marxistas).

O método austríaco sustenta que a descoberta de leis econômicas fundamentais válidas para toda a ação humana (como por exemplo a oferta e procura, utilidade marginal, intencionalidade da ação humana, dentre outras mais) são a conseqüêcia da praxeologia, e isto os leva a não necessitar dos experimentos naturais que os demais economistas usam.

Os economistas austríacos ainda afirmam que testabilidade na economia é praticamente impossível, uma vez que depende de atores humanos que não podem ser colocados em um cenário de laboratório sem que sejam alteradas suas possíveis ações.

A Escola Austríaca apóia a economia de livre mercado e critica as caracterizadas pelo comando estatal por destruir a função de informação dos preços e inevitavelmente levar ao totalitarismo. Influentes austríacos foram Eugen von Böhm-Bawerk, Friedrich Hayek e Ludwig von Mises. Rothbard argumentou que toda a teoria econômica austríaca nada mais é do que o desenvolvimento de todas as implicações lógicas do fato de que os seres humanos agem de forma proposital.

A Praxeologia não é, porém, uma teoria universalmente válida sobre "como atingir objetivos", nem uma teoria abrangente da eficácia ou da eficiência. Ela não pretende dar respostas sobre como planejar e obter resultados previamente concebidos. Ela essencialmente mostra que se [a] forem estabelecidos objetivos, e se [b] for escolhida uma linha de ação: então ou [c.1] esta linha de ação, lógica e formalmente, não decorrerá no objetivo; ou [c.2] esta linha de ação, lógica e formalmente, decorrerá no objetivo. Todavia, se [c.2] for o caso, não há como predizer quantitativamente quando, como, onde e quanto o objetivo verificar-se-irá. Apenas "se" e "porquê". Logo, a Praxeologia é uma teoria lógico-formal acerca do comportamento humano, e qualitativa. Ela não pretende predizer eventos (como as teorias fisicalistas), mas sim especificar se certas "linhas de ação" são compatíveis com seus "objetivos declarados". É por isto que Ludwig von Mises (um dos mentores intelectuais de Rothbard) dizia que a principal tarefa de um economista era dizer o que os governos não podem fazer: porque o planejamento econômico não é capaz de fazer a articulação dos fatores de produção que o mercado e o sistema de preços fazem ao alocar trabalho, capital, terra e commodities.

Enquanto Mises foi o grande sistematizador desta teoria {fazendo um apanhado do trabalho dos principais teóricos do austroliberalismo anteriores a si (bem como de seu próprio trabalho no seio desta tradição), e dando um corpo teórico unificado, abrangente e coerente a todas estas contribuições (que até então não eram dispersas: havia uma linha mestra - histórica e conceitual - entre todas elas; mas ainda faltava um corpo teórico integrador entre todas estas partes)}, Rothbard foi um explorador, aplicando o austroliberalismo misesiano a outros tópicos propriamente praxeológicos (ou passíveis de interpretação também por este viés) além de fazendo correções e clarificações que tornaram a obra de von Mises mais consistente e abrangente.

Ficheiro:Maneconomystate.jpg
Capa de Man, Economy, and State

Rothbard também era versado em história e filosofia política. Os livros de Rothbard, como Man, Economy, and State (Homem, Economia, e Estado), Power and Market (Poder e Mercado), The Ethics of Liberty (A Ética da Liberdade), e For a New Liberty (Por uma Nova Liberdade), são considerados por alguns como clássicos do pensamento jusnaturalista libertário. Ele também estudou as escolas econômicas pré-Adam Smith, tais como os escolásticos de Salamanca e os fisiocratas e os discutiu em seu trabalho inacabado multi-volume, Uma Perspectiva Austríaca sobre a História do Pensamento Económico.

Rothbard separa os diferentes tipos de intervenção em três categorias: intervenção "autista", que é a interferência sem envolver trocas, como restringir a liberdade de expressão; intervenção "binária", que é forçar trocas entre o agressor e indivíduos, como no caso da tributação, e intervenção "triangular", que consiste em forçar trocas entre os indivíduos, como através do controle de preços. De acordo com Sanford Ikeda, a tipologia de Rothbard elimina as lacunas e inconsistências que aparecem na formulação original de Mises.

Rothbard foi um ardente crítico do influente economista John Maynard Keynes e do pensamento econômico keynesiano. Seu ensaio Keynes, o homem, é um ataque as idéias econômicas e ao personagem Keynes. Rothbard foi também um crítico severo do, entre outros, filósofo utilitarista Jeremy Bentham em seu ensaio Jeremy Bentham: The Utilitarian as Big Brother, publicado em sua obra, Classical Economics (Economia Clássica).

Rothbard enunciou "a lei de Rothbard", segundo a qual os acadêmicos tenderiam a se especializar no que eles são piores. Henry George, por exemplo, foi grande em tudo, exceto no que diz respeito a terra, sendo assim, ele escreveu sobre terra, 90% do tempo. Milton Friedman foi excelente, exceto em teoria monetária, então foi nisso que ele se concentrou.

Murray Rothbard dedica um capítulo em Power and Market para o papel tradicional do economista. Rothbard nota que as funções do economista no livre mercado, diferem muito das do economista em um mercado obstruído. "O que pode fazer um economista no livre mercado puro?" Rothbard pergunta. "Ele pode explicar o funcionamento da economia de mercado (uma tarefa vital, especialmente porque a pessoa ignorante tende a considerar a economia de mercado como mero caos desordenado), mas ele não pode fazer muito mais."

Visão política

Rothbard "combinou a economia laissez-faire de seu professor Ludwig von Mises com os pontos de vista absolutistas dos direitos do homem e a rejeição do estado que ele tinha absorvido a partir do estudo dos anarquistas individualistas americanos do século XIX, como Lysander Spooner e Benjamin Tucker". De Spooner e Tucker, Rothbard escreveu:

Lysander Spooner, anarco-individualista americano que influenciou Rothbard

Rothbard fez oposição ao que considerou uma super especialização da academia e tentou fundir as disciplinas de economia, história, ética e ciência política para criar uma "ciência da liberdade." Rothbard descreve a base moral para a sua posição anarco-capitalista em dois de seus livros: For New Liberty, publicado em 1972, e The Ethics of Liberty, publicado em 1982. Em seu Power and Market (1970), Rothbard descreve como uma economia sem estado funcionaria.

Auto propriedade

Em The Ethics of Liberty, Rothbard afirma o direito de total auto-propriedade, como o único princípio compatível com um código moral que se aplica a qualquer pessoa - uma "ética universal" - e que é uma lei natural por ser o que é naturalmente melhor para o homem. Ele acreditava que, como resultado, aos indivíduos pertence os frutos do seu trabalho. Consequentemente, cada pessoa tem o direito de trocar sua propriedade com os outros. Ele acreditava que, se um indivíduo mescla seu trabalho com a terra sem dono, então ele se torna dono legítimo dela. A partir desse ponto em que ela é propriedade privada, só pode trocar de mãos pelo comércio ou por presente. Ele também alegou que as terras tendem a não ficar sem utilização, salvo se faz sentido econômico não utiliza-las.

Anarco-capitalismo

Rothbard começou a considerar-se um anarquista da propriedade privada na década de 1950 e mais tarde começou a usar o termo "anarco-capitalista." Escreveu:

Bandeira anarcocapitalista.

No modelo anarco-capitalista de Murray Rothbard, agências de proteção concorrem no livre mercado e voluntariamente são apoiadas pelos consumidores que optam por utilizar seus serviços de protecção e judiciário. Anarco-capitalismo significaria o fim do monopólio estatal em vigor.

Crianças e direitos

Em Ethics of Liberty Rothbard explora, em termos de auto-propriedade e contrato, várias questões contenciosas relativas a direitos de crianças. Estes incluem direito das mulheres ao aborto, proibição de agressão de pais contra as crianças, bem como a questão do estado obrigar os pais a cuidar dos filhos, incluindo aqueles com problemas de saúde graves. Ele também argumenta que as crianças têm o direito de fugir dos pais e procurar novos guardiões assim que optarem por fazê-lo. Sugeriu que os pais têm o direito de colocar uma criança para adoção, ou mesmo vender seus direitos sobre a criança em um contrato voluntário. Ele também discute como o atual sistema de justiça juvenil pune crianças por fazer escolhas de "adulto", remove crianças desnecessariamente e contra a sua vontade dos pais, muitas vezes colocando-as sob maus cuidados. Em outros escritos Rothbard também apóia o direito de crianças trabalharem em qualquer idade, em parte por apoiar a sua libertação dos pais ou de outras autoridades.

Ativismo Político

Quando jovem, considerou-se parte da Velha Direita, um ramo anti-estatista e anti-intervencionista do Partido Republicano dos EUA. Quando os chamados cold warriors intervencionistas da National Review, tais como William F. Buckley Jr., ganharam influência no Partido Republicano na década de 1950, Rothbard saiu do partido. William F. Buckley depois iria escrever um amargo obituário na National Review criticando as opiniões políticas de Rothbard.

Durante o final dos anos 1950, Rothbard esteve associado a Ayn Rand e sua filosofia objetivista, mas depois teve uma briga e saiu. Ele mais tarde satirizou a relação em sua peça Mozart foi um Vermelho. No final dos anos 1960, Rothbard defendeu uma aliança com o movimento anti-guerra da Nova Esquerda, com o argumento de que o movimento conservador tinha sido completamente englobado pelo establishment estatista. No entanto, Rothbard depois criticou a Nova Esquerda por apoiar uma "República Popular" com alistamento. Foi durante esta fase que se juntou a Karl Hess e fundou Left and Right: A Journal of Libertarian Thought com Leonard Liggio e George Resch, que existiu de 1965 a 1968. De 1969 a 1984 editou The Libertarian Forum, também inicialmente com Hess (embora o envolvimento de Hess terminou em 1971).

Rothbard criticou o "frenético niilismo" dos libertários da ala esquerda, mas também criticou libertários da ala direita que estavam contentes por contar só com a educação para derrubar o estado. Ele acreditava que libertários deveriam adotar qualquer tática não-imoral disponível a fim de trazer liberdade.

Ron Paul, minarquista candidato a presidência americana pelo Partido Libertário em 1988

Durante os anos 1970 e 1980, Rothbard esteve ativo no Partido Libertário, freqüentemente envolvido nas políticas internas do partido. De 1978 a 1983, esteve associado com o "caucus" radical do Partido Libertário, aliando-se com Justin Raimondo, Eric Garris e Williamson Evers. Ele se opôs ao liberalismo de imposto baixo defendido pelo candidato presidencial do Partido Libertário Ed Clark e pelo presidente do Cato Institute Edward H Crane III. Rothbard rompeu com o caucus radical do Partido Libertário em 1983 na convenção nacional sobre as questões culturais, e alinhou-se com o que ele chamou de ala da "direita populista" do partido, nomeadamente, Lew Rockwell e Ron Paul, que concorreu a presidente pelo Partido Libertário em 1988 e nas primárias do Partido Republicano de 2008.

Em 1989, Rothbard deixou o Partido Libertário e começou a construir pontes para o período pós-Guerra Fria visando a direita anti-intervencionista, chamando a si próprio de paleolibertário. Ele foi presidente fundador do clube conservador-libertário John Randolph e apoiou a campanha presidencial de Pat Buchanan, em 1992, dizendo que "com Pat Buchanan como nosso líder, podemos quebrar o relógio da social democracia." De qualquer forma, mais tarde tornou-se desiludido e disse que Buchanan desenvolveu demasiada confiança no planejamento econômico e poder estatal centralizado.

Livros

Ligações Externas

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