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Negrinho do Pastoreio: diferenças entre revisões

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'''O Negrinho do Pastoreio''' é uma lenda afro-cristã muito contada no final do [[século XIX]] pelos brasileiros que defendiam o fim da escravidão, sendo muito popular na [[região Sul do Brasil]].
'''O Negrinho do Pastoreio''' é uma história em quadrinhos afro-cristã muito contada no final do [[século XIX]] pelos brasileiros que defendiam o fim da escravidão, sendo muito popular na [[região Sul do Brasil]].


O primeiro registro conhecido da lenda foi feito por Antonio Maria do Amaral Ribeiro, em 1857, que a caracterizou como "uma superstição, que tem tanto de absurda quanto de ridícula e exótica"<ref name=":0">{{citar periódico|ultimo=TAMBARA|primeiro=Elomar Antonio Callegaro|data=abril de 2005|titulo=A leitura escolar como construção ideológica: o caso na lenda do Negrinho do Pastoreio (1857-1906)|url=http://seer.ufrgs.br/index.php/asphe/article/view/29202|jornal=História da Educação|acessodata=2 de março de 2018}}</ref>. O Negrinho do Pastoreio também apareceu nas obras de [[Alberto Coelho da Cunha]], em 1872, e de [[Apolinário Porto-Alegre|Apolinário Porto Alegre]], 1875, que por vezes é considerado o primeiro registro da lenda, e por [[Alfredo Augusto Varela de Vilares|Alfredo Varela]], em 1897. Em 1906, João Simões Lopes Neto publicou a lenda em [[folhetim]] na imprensa pelotense e, em 1913, no livro [[Lendas do Sul]]<ref>{{citar periódico|ultimo=TRAPP|primeiro=Rafael Petry|data=agosto de 2011|titulo=O Negrinho do Pastoreio e a escravidão no Rio Grande do Sul: Historiografia e Identidade|url=http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/oficinadohistoriador/article/viewFile/8884/6450|jornal=Oficina do Historiador|acessodata=2 de março de 2018}}</ref>, sendo esta versão a mais esteticamente rebuscada e a mais popularizada. Além dos brasileiros, publicaram versões da lenda o escritor uruguaio Javier Freyre em 1890,o espanhol Daniel Granada em 1896 e o argentino Juan Ambrosetti em 1917<ref name=":0" /><ref>{{citar livro|url=http://www.abavaresco.com.br/images/stories/historiaprojeto.pdf|título=História, resistência e projeto em João Simões Lopes Neto|ultimo=BAVARESCO|primeiro=Agemir|ultimo2=BORGES|primeiro2=Luís|editora=WS Editor|ano=2001|local=Lajeado|páginas=67|acessodata=2 de março de 2018}}</ref>.
O primeiro registro conhecido da lenda foi feito por Antonio Maria do Amaral Ribeiro, em 1857, que a caracterizou como "uma superstição, que tem tanto de absurda quanto de ridícula e exótica"<ref name=":0">{{citar periódico|ultimo=TAMBARA|primeiro=Elomar Antonio Callegaro|data=abril de 2005|titulo=A leitura escolar como construção ideológica: o caso na lenda do Negrinho do Pastoreio (1857-1906)|url=http://seer.ufrgs.br/index.php/asphe/article/view/29202|jornal=História da Educação|acessodata=2 de março de 2018}}</ref>. O Negrinho do Pastoreio também apareceu nas obras de [[Alberto Coelho da Cunha]], em 1872, e de [[Apolinário Porto-Alegre|Apolinário Porto Alegre]], 1875, que por vezes é considerado o primeiro registro da lenda, e por [[Alfredo Augusto Varela de Vilares|Alfredo Varela]], em 1897. Em 1906, João Simões Lopes Neto publicou a lenda em [[folhetim]] na imprensa pelotense e, em 1913, no livro [[Lendas do Sul]]<ref>{{citar periódico|ultimo=TRAPP|primeiro=Rafael Petry|data=agosto de 2011|titulo=O Negrinho do Pastoreio e a escravidão no Rio Grande do Sul: Historiografia e Identidade|url=http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/oficinadohistoriador/article/viewFile/8884/6450|jornal=Oficina do Historiador|acessodata=2 de março de 2018}}</ref>, sendo esta versão a mais esteticamente rebuscada e a mais popularizada. Além dos brasileiros, publicaram versões da lenda o escritor uruguaio Javier Freyre em 1890,o espanhol Daniel Granada em 1896 e o argentino Juan Ambrosetti em 1917<ref name=":0" /><ref>{{citar livro|url=http://www.abavaresco.com.br/images/stories/historiaprojeto.pdf|título=História, resistência e projeto em João Simões Lopes Neto|ultimo=BAVARESCO|primeiro=Agemir|ultimo2=BORGES|primeiro2=Luís|editora=WS Editor|ano=2001|local=Lajeado|páginas=67|acessodata=2 de março de 2018}}</ref>.

Revisão das 18h21min de 30 de agosto de 2021

Negrinho do Pastoreio em seu cavalo baio.
Selo brasileiro de 1974 com a representação do Negrinho do Pastoreio para divulgação das Lendas Brasileiras

O Negrinho do Pastoreio é uma história em quadrinhos afro-cristã muito contada no final do século XIX pelos brasileiros que defendiam o fim da escravidão, sendo muito popular na região Sul do Brasil.

O primeiro registro conhecido da lenda foi feito por Antonio Maria do Amaral Ribeiro, em 1857, que a caracterizou como "uma superstição, que tem tanto de absurda quanto de ridícula e exótica"[1]. O Negrinho do Pastoreio também apareceu nas obras de Alberto Coelho da Cunha, em 1872, e de Apolinário Porto Alegre, 1875, que por vezes é considerado o primeiro registro da lenda, e por Alfredo Varela, em 1897. Em 1906, João Simões Lopes Neto publicou a lenda em folhetim na imprensa pelotense e, em 1913, no livro Lendas do Sul[2], sendo esta versão a mais esteticamente rebuscada e a mais popularizada. Além dos brasileiros, publicaram versões da lenda o escritor uruguaio Javier Freyre em 1890,o espanhol Daniel Granada em 1896 e o argentino Juan Ambrosetti em 1917[1][3].

Na versão da lenda escrita por João Simões Lopes Neto, o protagonista é um menino negro e pequeno, escravo de um estancieiro muito mau; este menino não tinha padrinhos nem nome, sendo conhecido como Negrinho, e se dizia afilhado da Virgem Maria. Após perder uma corrida e ser cruelmente punido pelo estancieiro, o Negrinho caiu no sono, e perdeu o pastoreio. Ele foi castigado de novo, mas depois achou o pastoreio, mas, caindo no sono, o perdeu pela segunda vez. Desta vez, além da surra, o estancieiro jogou o menino sobre um formigueiro, para que as formigas o comessem, e foi embora quando elas cobriram o seu corpo. Três dias depois, o estancieiro foi até o formigueiro, e viu o Negrinho, em pé, com a pele lisa, e tirando as últimas formigas do seu corpo; em frente a ele estava a sua madrinha, a Virgem Maria, indicando que o Negrinho agora estava no céu. A partir de então, foram vistos vários pastoreios, tocados por um Negrinho, montado em um cavalo baio.[4]

No livro “Como Nasceram as Estrelas”, de Clarice Lispector, a história “O Negrinho do Pastoreio”, entre outras lendas, foi abordada. Nessa versão, a história é escrita para o público infanto juvenil, sendo mais branda que a adaptação de Simões Lopes Neto, e mais detalhada que outras adaptações lançadas em formato de história em quadrinhos focadas no público infantil.[5]

A lenda o negrinho do pastoreio possui muitas cenas fortes e duras, como muitos contos de fadas europeus. Assim como esses contos, a lenda gaúcha possui algumas adaptações que abordam a história de forma branda e bastante lúdica, em formato de livro infantil ou história em quadrinho. Como por exemplo: Lendas Brasileiras da Turma da Mônica, da Editora Girassol, e Coleção Folclore Mágico, da editora Ciranda Cultural. Nessas adaptações infantis o filho do patrão, uma criança, não abordado como vilão, e as formigas são amigas do Negrinho e não o matam.[6][7]

No cinema

Referências

  1. a b TAMBARA, Elomar Antonio Callegaro (abril de 2005). «A leitura escolar como construção ideológica: o caso na lenda do Negrinho do Pastoreio (1857-1906)». História da Educação. Consultado em 2 de março de 2018 
  2. TRAPP, Rafael Petry (agosto de 2011). «O Negrinho do Pastoreio e a escravidão no Rio Grande do Sul: Historiografia e Identidade». Oficina do Historiador. Consultado em 2 de março de 2018 
  3. BAVARESCO, Agemir; BORGES, Luís (2001). História, resistência e projeto em João Simões Lopes Neto (PDF). Lajeado: WS Editor. 67 páginas. Consultado em 2 de março de 2018 
  4. João Simões Lopes Neto, Lendas do Sul, O Negrinho do Pastoreio [em linha]
  5. Agosto - Negrinho do Pastoreio. In: Lispector, Clarice. Como Nasceramas Estrelas: 12 Lendas Brasileiras. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993. p.25-27.
  6. São Paulo: Ciranda Cultural, 2003.
  7. Turma da Mônica - Lendas Brasileiras: Negrinho do Pastoreio. Barueri:Girassol, 2010.
  8. Centro Técnico de Artes Cênicas, Grande Othelo, O Negrinho do Pastoreio [1]
  9. AdoroCinema, Netto e o Domador de Cavalos, consultado em 5 de fevereiro de 2019