A Emparedada da Rua Nova

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A Emparedada da Rua Nova
Autor(es) Carneiro Vilela
Idioma Português
País  Brasil
Editora Fundação de Cultura Cidade do Recife
Lançamento 1984
Páginas 555
ISBN 85-7044-015-4

A Emparedada da Rua Nova é uma obra do escritor brasileiro Carneiro Vilela (1846-1913) e também uma lenda urbana recifense.

É um romance histórico, um livro mítico da literatura naturalista pernambucana. Relata o caso de uma jovem burguesa, engravidada pelo namorado, e que foi emparedada viva em seu próprio quarto, a mando de seu pai, o abastado comerciante Jaime Favais, para encobrir a vergonha familiar e preservar-lhe a honra. O crime teria sido cometido num sobrado na Rua Nova, onde hoje está localizado um prédio que, segundo o neto do escritor, tem o número 200. A obra foi editada em folhetim no Jornal Pequeno, entre 1909 e 1912, depois transformada em livro.

A história acabou se tornando polêmica e envolta em mistério. Os recifenses mais antigos acreditam que o romance conta realmente um crime que poderia ter acontecido. Não se sabe realmente se o caso é verídico ou se tudo não passou de imaginação do infatigável escritor pernambucano. Vilela teve forte envolvimento na questão religiosa que sacudiu o final do Império e seus escritos têm um forte tom anticlerical, que se ressalta n'A Emparedada, quando critica de forma acerba os colégios de freiras e diversas associações católicas.

O romance retrata com vivacidade a sociedade recifense da segunda metade do século XIX, apresentando uma série de cenas em que aparecem os costumes, as festividades, o casamento, a condição feminina, o lazer, a escravidão, a marginalidade e outros aspectos importantes da cultura local.

Esse livro foi reeditado pela Companhia Editora de Pernambuco.[1]

Relatos dos moradores[editar | editar código-fonte]

Há relatos de pessoas que passaram ao lado do casarão à noite, onde supostamente a moça foi emparedada. Elas dizem ter ouvido a voz de uma mulher pedindo socorro, alguns barulhos de cadeado sendo arrastado pelo chão e fortes pisadas.

Adaptação para a TV[editar | editar código-fonte]

A história inspirou George Moura, Sérgio Goldenberg, Flávio Araújo e Teresa Frota a escreverem a minissérie Amores Roubados, exibida em dez episódios pela Rede Globo em janeiro de 2014.[2]

5 anos depois, a história ganha uma nova versão chamada Jugar Con Fuego, que estreou em janeiro de 2019 na Telemundo, adaptado por Julia Montejo e José Luis Acosta.

Referências

  1. Companhia Editora de Pernambuco
  2. Rede Globo (27 de dezembro de 2013). «Amores Roubados: Leandro faz de Isabel seu objeto de desejo e desafio». Consultado em 28 de dezembro de 2013 

bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]