Duda Salabert: diferenças entre revisões
→Carreira política: atualização de novo cargo político |
→Carreira política: Acrescentado contexto sobre as acusações de transfobia estrutural ao PSOL, notadamente o fato de que se trata do único partido que cumpre as regras eleitorais de distribuição de cota no fundo eleitoral para candidatas mulheres e candidatos negros. Etiquetas: Revertida Edição via dispositivo móvel Edição feita através do sítio móvel |
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Duda se candidatou como Senadora da República por Minas Gerais, nas eleições de 2018, tornando-se a primeira pessoa transgênero a se candidatar ao cargo. Salabert obteve a maior votação do PSOL em Minas, com 351.874 votos (1,99% dos votos válidos), terminando em oitavo lugar entre os quinze candidatos ao senado em seu estado e não conseguindo ser eleita.<ref name="professora">{{citar web|url=https://especiais.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2018/candidatos/mg/senador/professora-duda-salabert/|título=Professora Duda Salabert|acessodata=30 de janeiro de 2022|obra=[[Gazeta do Povo]]|urlmorta=no|wayb=20211104215311}}</ref><ref name="senado">{{citar web|último=Querino|primeiro=Rangel|url=https://observatoriog.bol.uol.com.br/noticias/2018/10/com-mais-de-350-mil-votos-ao-senado-travesti-quer-disputar-prefeitura-de-bh|título=Com mais de 350 mil votos ao Senado, travesti quer disputar prefeitura de BH|data=Outubro de 2018|acessodata=22 de janeiro de 2022|obra=Observatório da Televisão|urlmorta=no|wayb=20210514195134}}</ref><ref name="pacheco">{{citar web|url=https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/eleicoes/2018/noticia/2018/10/07/rodrigo-pacheco-do-dem-e-carlos-viana-do-phs-sao-eleitos-senadores-por-minas-gerais.ghtml|título=Rodrigo Pacheco, do DEM, e Carlos Viana, do PHS, são eleitos senadores por Minas Gerais|data=7 de outubro de 2018|acessodata=30 de janeiro de 2022|obra=[[G1]]|urlmorta=no|wayb=20220111091841}}</ref> Em 21 de abril de 2019, Salabert anunciou sua saída do [[Partido Socialismo e Liberdade|PSOL]] acusando o partido de "transfobia estrutural", alegando que o partido não investe suficientemente em candidatos transgênero e que apenas usa essa pauta para eleger "figuras e candidaturas já privilegiadas".<ref name="psol">{{citar web|último=Guerra|primeiro=Rayanderson|url=https://oglobo.globo.com/celina/primeira-trans-disputar-vaga-ao-senado-duda-salabert-deixa-psol-acusa-partido-de-transfobia-estrutural-23615537|título=Primeira trans a disputar vaga ao Senado, Duda Salabert deixa PSOL e acusa partido de 'transfobia estrutural'|data=22 de abril de 2019|acessodata=30 de janeiro de 2022|obra=[[O Globo]]|local=Rio de Janeiro|urlmorta=no|wayb=20210731002332|acessourl=registo}}</ref> |
Duda se candidatou como Senadora da República por Minas Gerais, nas eleições de 2018, tornando-se a primeira pessoa transgênero a se candidatar ao cargo. Salabert obteve a maior votação do PSOL em Minas, com 351.874 votos (1,99% dos votos válidos), terminando em oitavo lugar entre os quinze candidatos ao senado em seu estado e não conseguindo ser eleita.<ref name="professora">{{citar web|url=https://especiais.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2018/candidatos/mg/senador/professora-duda-salabert/|título=Professora Duda Salabert|acessodata=30 de janeiro de 2022|obra=[[Gazeta do Povo]]|urlmorta=no|wayb=20211104215311}}</ref><ref name="senado">{{citar web|último=Querino|primeiro=Rangel|url=https://observatoriog.bol.uol.com.br/noticias/2018/10/com-mais-de-350-mil-votos-ao-senado-travesti-quer-disputar-prefeitura-de-bh|título=Com mais de 350 mil votos ao Senado, travesti quer disputar prefeitura de BH|data=Outubro de 2018|acessodata=22 de janeiro de 2022|obra=Observatório da Televisão|urlmorta=no|wayb=20210514195134}}</ref><ref name="pacheco">{{citar web|url=https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/eleicoes/2018/noticia/2018/10/07/rodrigo-pacheco-do-dem-e-carlos-viana-do-phs-sao-eleitos-senadores-por-minas-gerais.ghtml|título=Rodrigo Pacheco, do DEM, e Carlos Viana, do PHS, são eleitos senadores por Minas Gerais|data=7 de outubro de 2018|acessodata=30 de janeiro de 2022|obra=[[G1]]|urlmorta=no|wayb=20220111091841}}</ref> Em 21 de abril de 2019, Salabert anunciou sua saída do [[Partido Socialismo e Liberdade|PSOL]] acusando o partido de "transfobia estrutural", alegando que o partido não investe suficientemente em candidatos transgênero e que apenas usa essa pauta para eleger "figuras e candidaturas já privilegiadas".<ref name="psol">{{citar web|último=Guerra|primeiro=Rayanderson|url=https://oglobo.globo.com/celina/primeira-trans-disputar-vaga-ao-senado-duda-salabert-deixa-psol-acusa-partido-de-transfobia-estrutural-23615537|título=Primeira trans a disputar vaga ao Senado, Duda Salabert deixa PSOL e acusa partido de 'transfobia estrutural'|data=22 de abril de 2019|acessodata=30 de janeiro de 2022|obra=[[O Globo]]|local=Rio de Janeiro|urlmorta=no|wayb=20210731002332|acessourl=registo}}</ref> |
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A acusação gerou polêmica, especialmente por se referir a um dos únicos dois partidos que cumprem as cotas de distribuição do Fundo Eleitoral para candidatas mulheres e candidatos negros. [[Folha de São Paulo|Folha]].<ref>{{Citar web|ultimo=Muratori|primeiro=Matheus|url=https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/09/partidos-descumprem-cota-para-mulheres-e-negros-na-distribuicao-do-fundo-eleitoral.shtml|data=21 de setembro de 2022|acessodata=03 de outubro de 2022|website=[[Folha de São Paulo]]|urlmorta=no|wayb=20220111170843}}</ref> |
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Duda, mesmo sem partido, não parou de militar e lutar pelos direitos de pessoas transgênero. A ONG ''Transvest'', em que ela atua, sobrevive por meio de doações, disponibilizando palestras sobre temas LGBT+, oficinas artísticas, pré-vestibular, supletivo, curso de libras, de línguas e profissionalizantes para a população trans de Belo Horizonte e região metropolitana. |
Duda, mesmo sem partido, não parou de militar e lutar pelos direitos de pessoas transgênero. A ONG ''Transvest'', em que ela atua, sobrevive por meio de doações, disponibilizando palestras sobre temas LGBT+, oficinas artísticas, pré-vestibular, supletivo, curso de libras, de línguas e profissionalizantes para a população trans de Belo Horizonte e região metropolitana. |
Revisão das 22h13min de 3 de outubro de 2022
Duda Salabert | |
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Duda Salabert em 2018 | |
Vereadora de Belo Horizonte | |
No cargo | |
Período | 1º de janeiro de 2021 até a atualidade |
Dados pessoais | |
Nome completo | Duda Salabert Rosa |
Nascimento | 2 de maio de 1981 (43 anos) Belo Horizonte, MG |
Nacionalidade | brasileira |
Alma mater | Universidade do Estado de Minas Gerais |
Cônjuge | Raísa Novoaes (c. 2011) |
Filhos(as) | 1 |
Partido | PSOL (2017-2019) PDT (2019-presente) |
Profissão | professora e ativista |
Duda Salabert Rosa (Belo Horizonte, 2 de maio de 1981) é uma professora de literatura, ambientalista, e ativista filiada ao Partido Democrático Trabalhista (PDT). Em 2018 se notabilizou ao ter se tornado a primeira pessoa transgênero a se candidatar ao cargo de Senadora da República.[1] Em 2020, Duda Salabert foi eleita como vereadora, sendo a mais bem votada da história de Belo Horizonte, com 11,9% dos votos num leque de 41 candidatos.[2][3]
Vida pessoal
Duda nasceu com o sexo masculino e viveu socialmente como homem (por imposição familiar em decorrência de seu sexo) até 2014, quando começou a se reivindicar socialmente como mulher. A ativista é casada desde 2011 com Raísa Novaes, que é educadora. O casal está junto desde 2006.[4]
Duda e Raíssa tiveram sua primeira filha, Sol, no dia 19 de junho de 2019. Em consequência da gravidez de Sol, Duda teve que interromper o tratamento hormonal da transição de gênero.[5]. Duda Salabert conseguiu sua licença de maternidade e ficou afastada do trabalho por 120 dias, mesmo não sendo gestante ou lactante, o que é considerado uma vitória para o movimento transgênero. Duda não precisou judicializar o pedido, pois a empresa em que ela trabalha, o Colégio Bernoulli, não recusou a petição. Desse modo, Duda foi reconhecida como mãe de Sol e teve o tempo necessário para ficar com o bebê. Não se sabe de outra mulher trans que tenha conseguido esse direito. Duda quer evitar a imposição de gênero e por isso escolheu um nome neutro para a criança.[5] Esta foi registrada como tendo duas mães.
Duda foi professora de literatura no Colégio Bernoulli em Belo Horizonte de 2007 a 2021, quando foi demitida, segundo ela, por preconceito, a partir da pressão de pais de alunos que passaram a vê-la durante aulas telepresenciais durante a Pandemia de COVID-19.[6] Em nota, a instituição afirmou que a demissão ocorreu em função da incompatibilidade do cargo público da professora com a dedicação que a instituição esperaria dela.[6]
Duda é estudante de Gestão Pública pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG).[7] Também é idealizadora e presidenta da ONG Transvest, que oferece cursos educacionais a pessoas transgênero e travestis.[8]
Carreira política
Duda se candidatou como Senadora da República por Minas Gerais, nas eleições de 2018, tornando-se a primeira pessoa transgênero a se candidatar ao cargo. Salabert obteve a maior votação do PSOL em Minas, com 351.874 votos (1,99% dos votos válidos), terminando em oitavo lugar entre os quinze candidatos ao senado em seu estado e não conseguindo ser eleita.[9][10][11] Em 21 de abril de 2019, Salabert anunciou sua saída do PSOL acusando o partido de "transfobia estrutural", alegando que o partido não investe suficientemente em candidatos transgênero e que apenas usa essa pauta para eleger "figuras e candidaturas já privilegiadas".[12]
A acusação gerou polêmica, especialmente por se referir a um dos únicos dois partidos que cumprem as cotas de distribuição do Fundo Eleitoral para candidatas mulheres e candidatos negros. Folha.[13]
Duda, mesmo sem partido, não parou de militar e lutar pelos direitos de pessoas transgênero. A ONG Transvest, em que ela atua, sobrevive por meio de doações, disponibilizando palestras sobre temas LGBT+, oficinas artísticas, pré-vestibular, supletivo, curso de libras, de línguas e profissionalizantes para a população trans de Belo Horizonte e região metropolitana.
No dia 16 de setembro de 2019, participou de um evento com a presença de Ciro Gomes, anunciando sua filiação ao PDT.[14]
Em 2020, Duda Salabert foi eleita como vereadora de Belo Horizonte, pelo PDT, sendo a mais bem votada da história com 11,9% dos votos entre 41 candidatos, dos quais o segundo mais votado recebeu 9,3% dos votos. Os seus 37.613 votos superam em muito o recorde anterior de Elias Murad, eleito em 2004 com 20.157 votos.[2][3]
Em 2022 foi eleita deputada federal (PDT) por Minas Gerais.[15]
Referências
- ↑ «Duda Salabert: quem é o primeiro candidato trans ao Senado». Veja. 12 de agosto de 2018. Consultado em 30 de janeiro de 2022. Cópia arquivada em 10 de junho de 2021
- ↑ a b Freire, Talita S. (16 de novembro de 2021). «Das 41 vagas na Câmara de BH, 24 são de novos vereadores; mulheres vão de 4 para 11». G1. TV Globo. Consultado em 30 de janeiro de 2022. Cópia arquivada em 10 de dezembro de 2021
- ↑ a b «Com mais de 30 mil votos, Duda Salabert é eleita vereadora e faz história em BH». Estado de Minas. 15 de novembro de 2020. Consultado em 30 de janeiro de 2022. Cópia arquivada em 10 de julho de 2021
- ↑ Pereira, Maria I. (19 de junho de 2019). «Nasce Sol, filha da primeira candidata travesti ao Senado por Minas». Estado de Minas. Consultado em 30 de janeiro de 2022. Cópia arquivada em 4 de novembro de 2021
- ↑ a b Vespa, Talyta (15 de janeiro de 2019). «Professora trans que tentou Senado engravida a mulher: "o nome será neutro"». UOL. Universa. Consultado em 30 de janeiro de 2022. Cópia arquivada em 4 de novembro de 2021
- ↑ a b «Vereadora Duda Salabert anuncia demissão do Bernoulli e alega preconceito». O Tempo. 6 de fevereiro de 2021. Consultado em 30 de janeiro de 2022. Cópia arquivada em 3 de dezembro de 2021
- ↑ Isaque, Elizangela (7 de agosto de 2021). «Ivo Gomes e Duda Salabert conversam sobre Educação e Cultura com Roberto Viana». PDT. Consultado em 30 de janeiro de 2022. Cópia arquivada em 3 de dezembro de 2021
- ↑ Ernesto, Marcelo (13 de março de 2018). «Minas pode ter a primeira mulher travesti disputando uma das vagas ao Senado». Estado de Minas. Consultado em 30 de janeiro de 2022. Cópia arquivada em 10 de junho de 2021
- ↑ «Professora Duda Salabert». Gazeta do Povo. Consultado em 30 de janeiro de 2022. Cópia arquivada em 4 de novembro de 2021
- ↑ Querino, Rangel (Outubro de 2018). «Com mais de 350 mil votos ao Senado, travesti quer disputar prefeitura de BH». Observatório da Televisão. Consultado em 22 de janeiro de 2022. Cópia arquivada em 14 de maio de 2021
- ↑ «Rodrigo Pacheco, do DEM, e Carlos Viana, do PHS, são eleitos senadores por Minas Gerais». G1. 7 de outubro de 2018. Consultado em 30 de janeiro de 2022. Cópia arquivada em 11 de janeiro de 2022
- ↑ Guerra, Rayanderson (22 de abril de 2019). «Primeira trans a disputar vaga ao Senado, Duda Salabert deixa PSOL e acusa partido de 'transfobia estrutural'». O Globo. Rio de Janeiro. Consultado em 30 de janeiro de 2022. Cópia arquivada em 31 de julho de 2021
- ↑ Muratori, Matheus (21 de setembro de 2022). Folha de São Paulo https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/09/partidos-descumprem-cota-para-mulheres-e-negros-na-distribuicao-do-fundo-eleitoral.shtml. Consultado em 03 de outubro de 2022. Cópia arquivada em 11 de janeiro de 2022 Verifique data em:
|acessodata=
(ajuda); Em falta ou vazio|título=
(ajuda) - ↑ Muratori, Matheus (21 de agosto de 2019). «Filiação de Duda Salabert ao PDT é remarcada para setembro». Estado de Minas. Consultado em 30 de janeiro de 2022. Cópia arquivada em 11 de janeiro de 2022
- ↑ Malheiro, Anderson Rocha e Franco (2 de outubro de 2022). «Duda Salabert é eleita a primeira deputada federal transsexual por MG | O TEMPO». www.otempo.com.br. Consultado em 3 de outubro de 2022
Ligações externas
- Duda Salabert no Facebook
- Duda Salabert no X
- Duda Salabert no Instagram
- Duda Salabert no YouTube
- «Site oficial da ONG Transvest». Arquivado do original em 29 de julho de 2017
- Nascidos em 1981
- Naturais de Belo Horizonte
- Mulheres de Minas Gerais na política
- Mulheres transexuais e transgênero
- Políticos LGBT do Brasil
- Políticos de Minas Gerais
- Vereadores de Belo Horizonte
- Ativistas dos direitos LGBT do Brasil
- Alunos da Universidade do Estado de Minas Gerais
- Professores de Minas Gerais
- Membros do Partido Democrático Trabalhista