Cristianismo e paganismo: diferenças entre revisões

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Desde finais do [[século VII]] e até [[1789]] - ano da [[Revolução Francesa]] - o [[paganismo]] esteve praticamente ausente nas altas esferas intelectuais e políticas do mundo ocidental.<ref>J. N. Hillgarth, ed., ''Christianity and Paganism, 350-750: The Conversion of Western Europe'', Philadelphia </ref>
Desde finais do [[século VII]] e até [[1789]] - ano da [[Revolução Francesa]] - o [[paganismo]] esteve praticamente ausente nas altas esferas intelectuais e políticas do mundo ocidental.<ref>J. N. Hillgarth, ed., ''Christianity and Paganism, 350-750: The Conversion of Western Europe'', Philadelphia </ref>

== A transição Paganismo-Cristianismo na Literatura ==

Frente ao ressurgimento do paganismo na década de 60, muitas obras literárias vem a tratar da transição histórica na forma de romances literários, como é o caso de [[As Brumas de Avalon]] publicado por [[Marion Zimmer Bradley]] em [[1979]] que trata do gradual abandono das tradições pagãs na [[Bretanha]] no século IV a.C., e do livro [[Sob o Sol já Deitado]], do escritor brasileiro [[Odir Fontoura]]<ref> Sob o Sol já Deitado foi disponibilizado gratuitamente pela internet em http://www.diannusdonemi.com/p/sob-o-sol-ja-deitado.html</ref>, publicado em [[2011]], abordando a transição que acontecera no [[Império Romano]] na época do governador [[Diocleciano]] e [[Maximiano]] com a imposição das últimas perseguições aos cristãos antes da oficialização do cristianismo por [[Constantino]].



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Desde o século IV, quando se tornou religião oficial do Império Romano, o cristianismo e o paganismo começaram a disputar espaço e influência entre os fiéis.

História

A primeira proibição efectiva dos cultos pagãos foi decretada no Império Romano em 392. Por essa altura, deu-se a última séria tentativa da aristocracia apresentar um pretendente pagão à chefia do Império.[1]

Em 435 as medidas contra o paganismo foram reforçadas com a pena de morte para quem continuasse a fazer rituais pagãos, que envolviam sacrificios humanos e de animais.[2] As dificuldades da Igreja ainda cresceram com as invasões bárbaras do século V. A maioria dos invasores eram pagãos, mas verificou-se um ponto de viragem à volta do ano 500, quando os Francos se converteram do paganismo ao cristianismo. Com a conversão dos Lombardos arianos e dos pagãos anglo-saxónicos à volta do ano 680, o cristianismo passou a dominar quase por completo o espaço cultural da Europa ocidental.

Entre os habitantes do campo e nos estratos mais baixos da sociedade, porém, o paganismo continuou de forma mais ou menos mitigada. Os pagãos não se tornaram cristãos do dia para a noite. Os sacerdotes cristãos passaram a cristianizar muitas festas pagãs, dando-lhes um novo sentido. A maioria dos templos Pagãos foram sendo derrubados e no seu lugar erigidas igrejas da nova . O que a Igreja não conseguía destruir das antigas práticas religiosas, adaptava, transformando-as em práticas cristãs. No Natal, por exemplo, mantiveram-se ao lado do culto associado ao nascimento de Jesus, as fogueiras e as festas dos caretos (no nordeste transmontano de Portugal), etc. Nessa época os Romanos festejavam Saturno e o nascimento do deus Mitra - cultuado entre os soldados romanos. Os camponeses começaram a aceitar a religião que falava de Jesus, um homem que havia sido pregado na cruz pelos romanos. Ele lembrava o deus Odin que havia se pendurado em uma árvore para adquirir a sabedoria das Runas.[carece de fontes?] Com o tempo passaram a associar Maria, mãe de Jesus, à Mãe Terra.[carece de fontes?]

Durante um longo período, houve uma fé dupla: acreditavam em Jesus, mas não abandonavam inteiramente as suas crenças e práticas pagãs. Isso foi mais claro nas regiões germânicas onde a influência do cristianismo faz-se sentir nas inscrições em que se nota uma clara mistura das duas crenças quando lemos em uma mesma pedra a invocação de protecção ao deus Thor e, ao mesmo tempo, ao Cristo.

Algumas orações cristãs de gosto popular, apresentam paralelismos em recitações de encantamentos pagãos. Algumas invocavam Jesus e diversos deuses Celtas a um só tempo. Não vamos pensar que tal dominação ocorreu de forma pacífica ou rápida. Na verdade, a Igreja Católica nunca conseguiu extinguir, de fato, as crenças classificadas pagãs.[carece de fontes?]

No final do século XIV, a perseguição aos "hereges" assumiu também a forma de perseguição a cultos e práticas pagãs. Durante quase 400 anos, muitas pessoas morreram acusadas de prática de bruxaria, época conhecida como "Caça às bruxas". Muitos dos acusados eram denunciados por médicos, tentando implantar a medicina científica contra os curandeiros e "bruxos" adeptos das medicinas naturais.

Desde finais do século VII e até 1789 - ano da Revolução Francesa - o paganismo esteve praticamente ausente nas altas esferas intelectuais e políticas do mundo ocidental.[3]

Referências

  1. J. N. Hillgarth, ed., Christianity and Paganism, 350-750: The Conversion of Western Europe, Philadelphia, University of Pennsylvania Press, 1986, p. 2; Theodosian Code, XVI, 10, 12 (392), trad. de Pharr, pp. 473-74.
  2. Theodosian Code, XVI, 10, 25 (435), trad. de Pharr, p. 476. ver
  3. J. N. Hillgarth, ed., Christianity and Paganism, 350-750: The Conversion of Western Europe, Philadelphia

Ver também