Neurotransmissor: diferenças entre revisões

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== Doenças derivadas ==
== Doenças derivadas ==
A diminuição dessas substâncias pode provocar alteração do sistema supressor da [[dor]], causando [[enxaqueca]], [[depressão nervosa|depressão]], [[ansiedade]], [[fibromialgia]], dor crônica, parkinson,alzheimer, etc.
A diminuição dessas substâncias pode provocar alteração do sistema supressor da [[dor]], causando [[enxaqueca]], [[depressão nervosa|depressão]], [[ansiedade]], [[fibromialgia]], [[dor crônica]], [[parkinson]], [[alzheimer]], etc.


{{Receptores acoplados às proteínas G}}
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Revisão das 23h36min de 20 de agosto de 2013

Neurotransmissores são substâncias químicas produzidas pelos neurônios, as células nervosas com a função de biossinalização. Por meio delas, podem enviar informações a outras células. Podem também estimular a continuidade de um impulso ou efetuar a reação final no órgão ou músculo alvo.

Mecanismo de ação

Os neurotransmissores agem nas sinapses, que são o ponto de junção do neurônio com outra célula.

Formação

Diagrama de uma sinapse
A - Axônio Pré-sináptico.
B - Fenda Sináptica.
C - Célula Pós-sináptica.

Os neurotransmissores (4) são produzidos na célula transmissora (A) e são acumulados em vesículas, as vesículas sinápticas (1). Isso pode ocorrer por ação direta de uma substância química, como um hormônio, sobre receptores celulares pré-sinápticos (3).

Liberação

Quando um potencial de ação ocorre, as vesículas se fundem com a membrana plasmática, liberando os neurotransmissores na fenda sináptica, por exocitose (B).

Estes neurotransmissores agem sobre a célula receptora (C), através de proteínas que se situam na membrana plasmática desta, os receptores celulares pós-sinápticos (6). Os receptores ativados geram modificações no interior da célula receptora, através dos segundos mensageiros (2). Estas modificações é que originarão a resposta final desta celula.

Proteínas especiais da célula transmissora retiram o neurotransmissor da fenda sináptica, através de bombas de recaptação (5). Algumas enzimas, inativam quimicamente os neurotransmissores, interrompendo a sua acção. Segue a figura ao lado

Locais de ação

Essas substâncias atuam no encéfalo, na medula espinhal e nos nervos periféricos e na junção neuromuscular ou placa motora.

Quimicamente, os neurotransmissores são moléculas relativamente pequenas e simples. Diferentes tipos de células secretam diferentes neurotransmisores. Cada substância química cerebral funciona em áreas bastante espalhadas mas muito específicas do cérebro e podem ter efeitos diferentes dependendo do local de ativação. Cerca de 60 neurotransmissores foram identificados e podem ser classificados, em geral em uma das quatro categorias.

Colinas

Das quais a acetilcolina é a mais importante; controla atividades de áreas cerebrais relacionadas com a atenção, aprendizagem e memória, além de atuar na junção neuromuscular.

Aminas Biogênicas

São aminas biogênicas a adrenalina, serotonina, noradrenalina, dopamina e DOPA.

A noradrenalina é o principal neurotransmissor do sistema autônomo periférico simpático. Neuronios que segregam noradrenalina são denominados neurônios adrenérgicos

Fonte: departamento de bioquimica da UFBa

Aminoácidos

O glutamato e o aspartato são os transmissores excitatórios bem conhecidos, enquanto que o ácido gama-aminobutírico (GABA), a glicina e a taurina são neurotransmissores inibidores.

Neuropeptídeos

Esses são formados por cadeias mais longas de aminoácidos (como uma pequena molécula de proteína). Sabe-se que mais de 50 deles ocorrem no cérebro e muitos deles têm sido implicados na modulação ou na transmissão de informação neural.

Neurotransmissores e suas Funções

Dopamina

Controla a estimulação e os níveis do controle motor. Quando os níveis estão baixos no mal de Parkinson, os pacientes não conseguem se mover. Presume-se que a cocaína e a nicotina atuam liberando uma quantidade maior de dopamina na fenda sináptica.

Serotonina

Esse neurotransmissor é um dos mais importantes. Possui forte efeito no humor, memória e aprendizado. Regula o equilíbrio do corpo. A ausência desse neurotransmissor é a causa de inúmeras patologias como: emagrecimento, enxaqueca, depressão profunda, insônia. A única forma que se sabe de produzir esse neurotransmissor, é alimentação balenceada e exercícios físicos.

Acetilcolina (ACh)

A acetilcolina controla a atividade de áreas cerebrais relacionadas à atenção, aprendizagem e memória. Pessoas que sofrem da doença de Alzheimer apresentam tipicamente baixos níveis de ACh no córtex cerebral, e as drogas que aumentam sua ação podem melhorar o sistema digestivo em tais pacientes. É liberada pelo sistema autônomo simpático e parassimpático.

Noradrenalina

Principalmente uma substância química que induz a excitação física e mental e bom humor. A produção é centrada na área do cérebro chamada de locus ceruleus, que é um dos muitos candidatos ao chamado centro de "prazer" do cérebro.

Glutamato

O principal neurotransmissor excitatório do sistema nervoso. O glutamato atua em duas classes de receptores: os ionotrópicos (que quando ativados exibem grande condutividade a correntes iônicas) e os metabotrópicos (agem ativando vias de segundos mensageiros). Os receptores ionotrópicos de glutamato do tipo NMDA são implicados como protagonistas em processos cognitivos que envolvem a destruição de celulas.

Encefalina e endorfina

Essas substâncias são opiáceos que, como as drogas heroína e morfina, modulam a dor, reduzem o estresse, etc. Elas podem estar envolvidas nos mecanismos de dependência física.

Doenças derivadas

A diminuição dessas substâncias pode provocar alteração do sistema supressor da dor, causando enxaqueca, depressão, ansiedade, fibromialgia, dor crônica, parkinson, alzheimer, etc.

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