Hush (filme de 2016)

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Hush
Hush (filme de 2016)
No Brasil Hush - A Morte Ouve
 Estados Unidos[1]
2016 •  cor •  81 min 
Gênero suspense
terror psicológico
Direção Mike Flanagan
Produção
Roteiro
Elenco
Música The Newton Brothers
Cinematografia James Kniest
Edição Mike Flanagan
Companhia(s) produtora(s)
Distribuição Netflix
Lançamento
Idioma inglês
língua de sinais americana
Orçamento US$ 1 milhão[3]

Hush (Brasil: Hush - A Morte Ouve[4]) é um filme estadunidense de 2016 dos gêneros suspense e terror psicológico dirigido e editado por Mike Flanagan, estrelado por Kate Siegel, que também coescreveu o filme com Flanagan.[5] O filme é coestrelado por John Gallagher Jr., Michael Trucco, Samantha Sloyan e Emilia "Emma" Graves. Foi produzido em conjunto por Trevor Macy através da Intrepid Pictures e Jason Blum pela Blumhouse Productions.

O filme teve sua estreia mundial na South by Southwest em 12 de março de 2016,[6] e foi lançado pela Netflix em 8 de abril de 2016.[7] Recebeu críticas positivas da crítica, que elogiou o desempenho e a atmosfera.

O filme foi refeito duas vezes na Índia, ambos lançados em 2019: Kolaiyuthir Kaalam (língua tâmil) e Khamoshi (língua hindi).[8][9]

Enredo[editar | editar código-fonte]

Madison "Maddie" Young (Kate Siegel), é uma escritora que perdeu a audição e a fala por conta de uma meningite aos 13 anos e vive isolada numa pequena cabana na floresta, sobrevivendo do dinheiro da venda de seus livros. Sua amiga e vizinha Sarah (Samantha Sloyan) a visita um dia para devolver uma cópia de um de seus livros, e naquela noite, é perseguida até a cabana de Maddie por um homem mascarado (John Gallagher Jr.) carregando uma besta. Sarah bate na porta pedido socorro, mas Maddie não a nota e ela acaba sendo apunhalada até a morte. O homem rapidamente percebe que Maddie é surda e começa a usar isso como vantagem. Ele invade sorrateiramente a casa, furta o celular de Maddie, e começa a tirar fotos dela e enviar para seu laptop, no intuito de fazê-la ciente de sua presença, dando início aos seus jogos mentais. Quando Maddie percebe que está sendo vigiada, ela se tranca dentro da casa. O homem corta a energia e sabota seu carro. Maddie escreve no vidro da porta da frente "não vou dizer, não vi [seu] rosto, namorado voltando para casa", mas o homem responde tirando sua máscara. Ele então provoca Maddie sustentando o corpo de Sarah contra a janela do quarto. Maddie tenta distraí-lo ativando o alarme do seu carro no intuito de pegar o telefone que está no bolso de Sarah, mas não consegue obtê-lo antes que o homem retorne. Ela consegue combatê-lo com um martelo e se tranca dentro de casa novamente.

Maddie faz várias tentativas falhas de escapar, eventualmente, subindo por uma janela do segundo andar ate o telhado. Ela tenta distraí-lo e fugir, mas ele volta antes que ela possa sair do telhado. Ele dispara uma flecha em sua perna. Quando ele tenta subir, ela consegue derrubá-lo para fora do telhado e roubar sua besta. Ela cambaleia para dentro de casa com sua perna ferida e tenta freneticamente carregar a besta quando o namorado de Sarah, John (Michael Trucco) chega na casa procurando por Sarah. O homem confronta John, fingindo ser um policial em numa chamada para a residência de Maddie. Ele finge pedir ajuda no telefone de John, mas John não se deixa enganar e tenta atacar o homem por trás com uma pedra. Antes que ele consiga, Maddie o vê e bate em sua porta para chamar sua atenção, distraindo-o e permitindo ao homem esfaqueá-lo no pescoço.

Enquanto ele sangra, John usa sua força restante para estrangular o homem, dando a Maddie tempo para escapar, mas ela percebe que não conseguiria fugir a tempo com uma perna ferida e que continua em perigo. Maddie começa a pensar em todas as suas opções para escapar ou se esconder e percebe que em nenhuma vai ter sucesso. John morre e o homem se recupera quando Maddie toma a decisão de lutar. Ela consegue carregar a besta e atira no homem, mas só atinge seu ombro e o deixa com raiva. Quando corre de volta para dentro, sua mão fica presa na porta da frente e o homem pisa nela várias vezes, esmagando-a. Ele ameaça entrar, e ela o provoca de volta, escrevendo "Venha, covarde" na porta com seu sangue. Maddie digita suas últimas palavras com uma descrição do homem em seu laptop e corre para se esconder no banheiro com uma faca. Ele desce pela clarabóia e fica atras dela, que não o percebe, mas quando sente sua respiração no seu pescoço, ela se vira de repente, acertando-o. Ela corre para a cozinha e usa um spray inseticida e seu alarme de incêndio visual para o cegar e ensurdecer. Ainda assim ele consegue estrangulá-la. À beira de perder a consciência, ela consegue pegar um saca-rolhas nas proximidades e fatalmente o apunhala na garganta, matando-o.

Depois de chamar o 911, Maddie vai para fora para sentar-se na varanda e aguarda a polícia chegar. Seu gato se senta com ela. As luzes da polícia piscam pela floresta, ela então fecha os olhos e sorri.

Elenco[editar | editar código-fonte]

Produção[editar | editar código-fonte]

Nada se sabia sobre o projeto até setembro de 2015, quando foi revelado em uma exibição de compradores que ocorreu no Festival Internacional de Cinema de Toronto de 2015.[10] Foi revelado que Mike Flanagan havia dirigido e escrito o filme, junto com sua esposa Kate Siegel, que também atuou nele.[11]

Ao tornar a personagem principal uma surda-muda, Flanagan disse que ele se originou dele querendo fazer um filme "sem diálogo".[12] A possibilidade de tornar o filme completamente silencioso foi brevemente considerada, mas logo foi abandonada quando o mesmo percebeu que criar tensão com essa limitação seria "impossível".[12] Flanagan também observou que o público-alvo não teria sido usado para filmes mudos e, como tal, "procurariam todo tipo de estímulo de áudio em qualquer outro lugar do ambiente" ou simplesmente optariam por não assistir ao filme.[12]

O roteiro em si consistia em grande parte de direções da cena, que Flanagan e Siegel desenvolveram atuando em sua própria casa.[13] O fato de grande parte do roteiro ter sido baseado na casa de Flanagan e Siegel se mostrou problemático para as filmagens, pois quando eles foram filmar o filme no Alabama, eles não conseguiram encontrar uma casa parecida com a deles e tiveram que alterar significativamente o roteiro do filme.[14] Flanagan também encontrou desafios do filme se passar num único local e teve que planejar a cinematografia para manter o filme interessante para o público, especialmente devido à natureza muda da protagonista; para esse fim, Flanagan usou um Steadicam para acompanhar todos os movimentos de Siegel, junto com um microfone e um observador, para tornar o movimento mais "dinâmico". O áudio resultante para essas cenas não pôde ser usado e teve que ser refeito na postagem, com Flanagan notando que o áudio inicialmente "soou como uma manada de elefantes".[14]

Para representar o mundo de Maddie, vários sons de ambiente foram usados, como o som das máquinas de ultrassom. Flanagan não queria usar o silêncio puro para essas cenas, pois ainda sentia que isso tornaria os espectadores ainda mais conscientes do ambiente e os tiraria da experiência. Como resultado da câmera mencionada acima, Siegel teve que adicionar sua própria respiração no filme final.[12] A trilha sonora do filme foi composta por The Newton Brothers.[15]

Lançamento[editar | editar código-fonte]

O filme teve sua estreia mundial em 12 de março de 2016.[6][16] Antes da estreia, a Netflix adquiriu direitos de distribuição mundial do filme, lançado em 8 de abril.[17][18]

Recepção[editar | editar código-fonte]

De acordo com o site agregador de resenhas Rotten Tomatoes, 93% dos críticos deram ao filme uma crítica positiva com base em 40 comentários, com uma classificação média de 7,6/10. O consenso dos críticos do site diz: "O filme Hush navega nas águas sangrentas dos thrillers de invasão de casas e slashers incisivos em busca de um purê de horror contemporâneo".[19] No Metacritic, que atribui e normaliza dezenas de críticas, o filme tem uma pontuação média ponderada de 67 em 100, com base nas avaliações de 7 críticos, indicando "críticas geralmente favoráveis".[20]

Benjamin Lee, do The Guardian, disse que Hush "oferece suspense engenhoso" e o avaliou com quatro de cinco estrelas.[21] Geoff Burkshire da Variety, embora criticando o terceiro ato do filme, chamou-o de "uma das misturas mais inspiradas a emergir da movimentada linha de montagem de suspense de terror da Blumhouse nos últimos anos."[22] Michael Gingold, da Fangoria, deu ao filme 3,5/4 estrelas, chamando-o de "um bom e antigo filme assustador".[23] Jasef Wisener, da TVOvermind, deu ao filme 4,7/5, observando que: "Graças as performances de seus dois protagonistas, Hush tem sucesso em quase todos os aspectos e oferece um dos melhores filmes de terror da história moderna."[24] Richard Newby do site Audiences Everywhere chamou o filme de "um clássico do filme de terror moderno que você não pode perder."[25]

Stephen King escreveu sobre o filme em 20 de abril de 2016, dizendo: "Quão bom é Hush? Lá em cima com Halloween e, ainda mais, Wait Until Dark. Hora de tensão. Na Netflix".[26][27] O cineasta William Friedkin, diretor de The Exorcist, também comentou sobre o filme, dizendo: "Hush é um ótimo filme de terror... na Netflix. Aterrorizante".[28]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Hush (2016) - Mike Flanagan | Synopsis, Characteristics, Moods, Themes and Related | AllMovie» (em inglês). Consultado em 5 de outubro de 2021 
  2. https://variety.com/2016/film/news/netflix-buys-mike-flanagan-horror-thriller-hush-sxsw-premiere-1201727471/
  3. Mike Flanagan [@flanaganfilm] (26 de outubro de 2016). «@BlakeZ43 Alas Hush was 1 mil; Absentia was 70k. Got mixed up in a few articles. But glad you dig it!» (Tweet) – via Twitter 
  4. «Hush - A Morte Ouve (2016): Crítica Cineplayers». Cineplayers. 11 de abril de 2016. Consultado em 21 de novembro de 2020 
  5. «Hush». AdoroCinema. Consultado em 22 de junho de 2016 
  6. a b «Hush | SXSW 2016 Event Schedule». SXSW Schedule 2016. Consultado em 5 de outubro de 2021 
  7. McNary, Dave (10 de março de 2016). «Netflix Buys Mike Flanagan's Horror-Thriller 'Hush' Ahead of SXSW Premiere». Variety (em inglês). Consultado em 5 de outubro de 2021 
  8. «Kolaiyuthir Kaalam Movie Review: A textbook example on how not to make a slasher flick». The New Indian Express (em inglês). Consultado em 5 de outubro de 2021 
  9. THAKKER, NAMRATA. «Khamoshi Review: No thrills, no scares!». Rediff (em inglês). Consultado em 5 de outubro de 2021 
  10. Jr, Mike Fleming; Jr, Mike Fleming (12 de setembro de 2015). «'Hush' Buyer Screening Leaves Buyers Buzzing: Toronto» (em inglês) 
  11. «Toronto 2015: Mike Flanagan's 'Secret Project' HUSH Creates Buzz At Buyers Screening». 16 de outubro de 2015 
  12. a b c d Thurman, Trace (7 de abril de 2016). «[Interview] 'Hush' Director Mike Flanagan and Actress Kate Siegel On Their New Thriller!» (em inglês) 
  13. Peitzman, Louis. «Meet The Filmmaker Who Wants To Save Horror From Jump Scares» (em inglês) 
  14. a b «Q&A: "HUSH" Director Mike Flanagan on the Scary Sounds of Silence | FANGORIA®». 2 de fevereiro de 2017 
  15. «The Newton Brothers Scoring Mike Flanagan's 'Hush' | Film Music Reporter» (em inglês) 
  16. McNary, Dave; McNary, Dave (2 de fevereiro de 2016). «SXSW Unveils Lineup With James Caan, Ethan Hawke, Keegan-Michael Key Movies» (em inglês) 
  17. Hipes, Patrick; Hipes, Patrick (10 de março de 2016). «Netflix Acquires Micro-Budget Horror Pic 'Hush', Latest From Blumhouse & Intrepid» (em inglês) 
  18. Erbland, Kate; Erbland, Kate (10 de março de 2016). «Netflix Buys Mike Flanagan's 'Hush' Before SXSW World Premiere» (em inglês) 
  19. Hush (2016) (em inglês), consultado em 22 de junho de 2021 
  20. Hush, consultado em 4 de maio de 2020 
  21. Lee, Benjamin (14 de abril de 2016). «Hush review – nifty home invasion thriller offers ingenious suspense». The Guardian (em inglês). ISSN 0261-3077 
  22. Berkshire, Geoff (13 de março de 2016). «Film Review: 'Hush'». Variety (em inglês). Consultado em 5 de outubro de 2021 
  23. Gingold, Michael (13 de março de 2016). «"HUSH" (2016; SXSW Movie Review)». Fangoria. Consultado em 5 de outubro de 2021 
  24. jasefwisener (10 de abril de 2016). «'Hush' (2016) Film Review». TVOvermind (em inglês). Consultado em 5 de outubro de 2021 
  25. «Hush is Brutal and Nuanced». Audiences Everywhere (em inglês). 12 de abril de 2016. Consultado em 5 de outubro de 2021 
  26. unclecreepy (21 de abril de 2016). «Stephen King Gets Loud About Hush» (em inglês) 
  27. «Stephen King elogia Hush, novo filme de Mike Flanagan – Boca do Inferno». Consultado em 22 de junho de 2021 
  28. Friedkin, William (2016). «HUSH is a great horror film...on Netflix. Terrifying.» (em inglês). Consultado em 22 de junho de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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