Instituto Inhotim
Instituto Inhotim | |
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Tipo | parque de escultura, Jardim botânico, museu |
Inauguração | 2006 (13 anos) |
Visitantes | 250 000 |
Website oficial | |
Geografia | |
Coordenadas | |
Cidade | Brumadinho |
País | Brasil |
O Instituto Inhotim é a sede de um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do Brasil e considerado o maior museu a céu aberto do mundo.[1][2] Está localizado em Brumadinho (Minas Gerais), uma cidade com 38 mil habitantes[3], a apenas 60 quilômetros de Belo Horizonte.
O Instituto Inhotim localiza-se dentro do domínio da Mata Atlântica, com enclaves de cerrado nos topos das serras. Situado a uma altitude que varia entre 700 metros e 1 300 metros acima do nível do mar, sua área total é de 786,06 hectares, tendo como área de preservação 440,16 hectares, que compreendem os fragmentos de mata e incluem uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), com 145,37 hectares.
A instituição surgiu em 2004 para abrigar a coleção de Bernardo Paz, empresário da área de mineração e siderurgia, que foi casado com a artista plástica carioca Adriana Varejão, e há 20 anos começou a se desfazer de sua valiosa coleção de arte modernista, que incluía trabalhos de Portinari, Guignard e Di Cavalcanti, para formar o acervo de arte contemporânea que agora está no Inhotim. Em 2014, o museu a céu aberto foi eleito, pelo site TripAdvisor, um dos 25 museus do mundo mais bem avaliados pelos usuários.[4]
Índice
Etimologia[editar | editar código-fonte]
Segundo os moradores de Brumadinho, o local foi uma fazenda pertencente a uma empresa mineradora que, no século XIX, atuava na região e cujo responsável era um inglês, de nome Timothy – o "Senhor Tim", que, na linguagem local, acabou virando "Nhô Tim" ou "Inhô Tim".[5][6]
Histórico[editar | editar código-fonte]

Surgiu em 2004 para abrigar a coleção de Bernardo Paz, empresário da área de mineração e siderurgia, que foi casado com a artista plástica carioca Adriana Varejão, e há 20 anos começou a se desfazer de sua valiosa coleção de arte modernista, que incluía trabalhos de Portinari, Guignard e Di Cavalcanti, para formar o acervo de arte contemporânea que agora está no Inhotim.
Em 2006, o local foi aberto ao público em dias regulares sem necessidade de agendamento prévio. O acervo abrigava obras da década de 1970 até a atualidade, em dezoito galerias (em 2011).[8][9] São 450 obras de artistas brasileiros e estrangeiros, com destaque para trabalhos de Cildo Meireles, Tunga, Vik Muniz, Hélio Oiticica, Ernesto Neto, Matthew Barney, Doug Aitken, Chris Burden, Yayoi Kusama, Paul McCarthy, Zhang Huan,[2]Valeska Soares, Marcellvs e Rivane Neuenschwander.[8]
As exposições são sempre renovadas e galerias são anualmente inauguradas.[8] Em 2010, o Instituto recebeu 42 000 alunos e 3 500 professores.[8] No mesmo ano, o número de visitações atingiu a marca de 169 289.[9]
Características[editar | editar código-fonte]

O Instituto Inhotim localiza-se dentro do domínio da Mata Atlântica, com enclaves de cerrado nos topos das serras. Situado a uma altitude que varia entre 700 metros e 1 300 metros acima do nível do mar, sua área total é de 786,06 hectares, tendo como área de preservação 440,16 hectares, que compreendem os fragmentos de mata e incluem uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), com 145,37 hectares.
A área de visitação do Inhotim tem 96,87 hectares e compreende jardins, galerias, edificações e fragmentos de mata, além de cinco lagos ornamentais, com aproximadamente 3,5 hectares de espelho d'água.[10]
Em fevereiro de 2010, os pavilhões em cubo branco foram substituídas por instalações transparentes. A intenção é promover o diálogo com o entorno de montanhas e mata. Em artigo de Fabiano Cypriano para o jornal Folha de S. Paulo, cita-se que as mudanças criam mais raízes locais e o Inhotim "se torna um novo paradigma para a exibição da produção contemporânea". [11]
Aberto de terça a domingo e aos feriados, o Inhotim oferece visitas temáticas, com monitores, além de visitas educativas para grupos escolares, que devem agendar previamente. Às quartas, a entrada é de graça.
Jardim botânico[editar | editar código-fonte]
O jardim botânico tem 4.300 espécies em cultivo - marca atingida em 2011 [9] - e está cercado por mata nativa[2], com trinta por cento de todo o acervo em exposição para o público (cerca de 102 hectares em 2011).[9]
Em reconhecimento à necessidade de preservar os 145 hectares de reserva, o instituto recebeu, do Ministério do Meio Ambiente, em fevereiro de 2011, a classificação oficial de jardim botânico, na categoria C.[12] Nesse jardim, estão cerca de 1 500 espécies catalogadas de palmeira, a maior coleção do tipo do mundo.[8] O parque abriga diversas plantas raras, tanto nativas quanto exóticas.
O Instituto é o único lugar da América Latina que possui um exemplar da flor-cadáver, uma espécie nativa da Ásia conhecida como sendo a maior flor do mundo. O espécime floresceu pela primeira vez em 15 de dezembro de 2010, e novamente em 27 de dezembro de 2012.[13][14] A flor fica no Viveiro Educador, na Estufa Equatorial, ficou exposta ao público, e pôde ser visitada por interessados e curiosos.[15]
Bancos[editar | editar código-fonte]
Além das 170 obras de arte em exposição, o museu conta com 98 bancos do designer Hugo França. O primeiro banco foi colocado no jardim em 1990, sob a sombra da árvore tamboril, um dos símbolos do parque. Os bancos são feitos de troncos e raízes de pequi-vinagreiro, árvore comum na mata atlântica, que são encontrados caídos ou mortos na floresta.[16]
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ UOL, ed. (25 de janeiro de 2019). «Inhotim é esvaziado após barragem romper em Brumadinho; museu não foi atingido». Consultado em 26 de janeiro de 2019
- ↑ a b c Medeiros, Jotabê. «Inhotim é um trabalho para a posteridade». O Estado de S.Paulo. Consultado em 19 de setembro de 2018
- ↑ «Estimativas da população residente no Brasil e unidades da federação com data de referência em 1º de julho de 2017» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 1 de julho de 2017. Consultado em 16 de novembro de 2017
- ↑ Carvalho, Luciana. «Museus brasileiros estão entre os melhores do mundo». Exame. Consultado em 19 de Setembro de 2014
- ↑ Moreira, Mariana (21 de setembro de 2010), «Novos pavilhões e mostras serão inaugurados na próxima quinta no museu de arte contemporânea em Minas Gerais», Correio Braziliense.
- ↑ Cláudio, Ivan (11 de julho de 2007), «No paraíso da arte – Com suas galerias espalhadas entre jardins, o museu mineiro Inhotim ganha status internacional e vira ponto turístico», Istoé.
- ↑ New York Times - In a Garden in Brazil, a Biennial Show at Instituto Inhotim
- ↑ a b c d e Jornal Estado de Minas. (6 de fevereiro de 2011). Poder transformador. Caderno EM Cultura.
- ↑ a b c d SEBASTIÃO, Walter (21 de agosto de 2011). Obra em construção. Jornal Estado de Minas, Caderno EM Cultura.
- ↑ Inhotim. Recursos ambientais
- ↑ Novas instalações fazem de Inhotim paradigma para arte contemporânea - Folha de S. Paulo, 25 de fevereiro de 2010 (visitado em 25-2-2010).
- ↑ Inhotim ganha status de jardim botânico nacional, por Junia Oliveira. Matéria originalmente publicada no jornal Estado de Minas, 8 de abril de 2010.
- ↑ http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2010/12/flor-cadaver-floresce-pela-1-vez-na-america-latina-em-minas-gerais.html 'Flor-cadáver' floresce pela 1ª vez na América Latina em MG, diz botânico
- ↑ http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2012/12/flor-cadaver-atinge-auge-da-floracao-em-inhotim.html G1: Flor-cadáver atinge auge da floração em Inhotim
- ↑ http://www.tribunadabahia.com.br/2012/12/26/flor-cadaver-desabrocha-em-inhotim Arquivado em 23 de janeiro de 2013, no Wayback Machine. Flor-cadáver desabrocha em Inhotim
- ↑ «Natureza que renasce». Consultado em 3 de fevereiro de 2014