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Revisão das 11h21min de 23 de outubro de 2009

Reinaldo
Informações pessoais
Nome completo José Reinaldo de Lima
Data de nascimento 11 de janeiro de 1957 (67 anos)
Local de nascimento Ponte Nova, Brasil Brasil
Apelido O Rei do Mineirão
Informações profissionais
Número 9
Posição Atacante
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos e gol(o)s
1973-1985
1986
1987
1988
Brasil Atlético Mineiro
Brasil Palmeiras
Brasil Rio Negro de Manaus
Brasil Cruzeiro
BK Häcken
Países Baixos Telstar
Seleção nacional
1975-1985 Brasil Brasil 30 (11)

José Reinaldo de Lima, mais conhecido como Reinaldo (Nascido em 11 de Janeiro de 1957, em Ponte Nova) é um ex-jogador de futebol brasileiro revelado em meados dos anos 1970 pelo Atlético Mineiro, clube a que dedicou praticamente toda a carreira.

Carreira

Reinaldo surgiu aos 15 anos, ao participar de um treino no Atlético, jogando no ataque reserva contra a defesa titular que ganhara o Brasileirão poucos meses antes, em 1971. Reinaldo foi um dos melhores em campo naquele dia, chamando a atenção de todos. Em 28 de Janeiro de 1973, aos 16 anos, estreou pelo time profissional do Atlético, em partida contra o Valério.[1] No ano seguinte, em partida contra o Ceará, ao pisar em um buraco, torceu o joelho. Ainda nessa época, teve de extrair ambos os meniscos depois de uma entrada de um zagueiro de seu próprio time em um treinamento.[2] As lesões no joelho acompanharam-no por toda a carreira.

Conquistou seu primeiro título ao ganhar de forma invicta o Campeonato Mineiro de 1976 e, dois anos depois, daria início ao hexacampeonato que o Atlético conquistou, entre 1978 e 1983. É o artilheiro com maior média de gols em um único Campeonato Brasileiro (28 gols em 18 partidas, ou 1,55 por jogo, em 1977), apesar de nunca ter conquistado o título nacional. Nesse mesmo ano, seu time terminou o campeonato sem perder um jogo, mas apenas com o vice-campeonato, perdendo a final nos pênaltis para o São Paulo, que terminou a competição com 12 pontos a menos em um tempo que as vitórias valiam apenas 2 pontos. Também foi vice-campeão brasileiro em 1980.

Pela Seleção Brasileira, Reinaldo jogou 37 partidas, marcando 14 gols,[3] e foi à Copa do Mundo de 1978, na Argentina. Nessa Copa, marcou um gol, o primeiro do Brasil, contra a Suécia.

Reinaldo tinha uma maneira peculiar de comemorar seus gols, com o punho esquerdo erguido, em um gesto que lembrava o dos militantes negros do movimento dos Panteras Negras dos EUA. Por este gesto e por suas posições políticas independentes, Reinaldo era visto com desconfiança pelos representantes da ditadura militar, o que dificultou sua trajetória na Seleção.

Ao longo de sua carreira pelo Atlético-MG, marcou 255 gols, além de 54 em 44 jogos pelas categorias de base do time,[1] totalizando 309, que fazem dele o maior artilheiro da história do futebol de Minas Gerais.

Depois de várias outras operações no joelho,[2] deixou o Atlético em 1985, indo para o Palmeiras, onde ficou apenas três meses. Em 1986, passou ainda por Rio Negro e Cruzeiro,por quem disputou apenas 3 partidas e curiosamente uma delas foi contra o Atlético Mineiro (empate de 0x0).Sempre caçado em campo pelos zagueiros adversários, Reinaldo teve que abandonar prematuramente a carreira em 1988, aos 31 anos, em decorrência de lesões em seu joelho. Nessa época, defendia o Telstar, um time da segunda divisão holandesa, depois de uma passagem pelo BK Häcken, da Suécia.[4]

No final da década de 1990 fundou, com sede no Estádio do Rei em Nova Lima o Belo Horizonte Futebol e Cultura, que chegou a disputar o Campeonato Mineiro da segunda divisão.

Clubes

Títulos

  • Brasil Campeão dos Campeões do Brasil: 1978.
  • Brasil Vice Campeão Brasileiro: 1977 e 1980.
  • Minas Gerais Hexacampeão Mineiro: 1978, 1979, 1980, 1981, 1982 e 1983.
  • Minas Gerais Campeão Mineiro Invicto: 1976.
  • Minas Gerais Campeão da Taça Minas Gerais: 1975, 1976 e 1979.
  • Minas Gerais Vice Campeão Mineiro: 1974, 1975, 1977 e 1984.
  • Minas Gerais Campeão Mineiro de Juvenis: 1971 e 1972.
  • Minas Gerais Campeão do Torneio dos Grandes de Minas Gerais: 1974.
  • Espanha Campeão do Torneio Conde de Fenosa (Espanha): 1976.
  • Espanha Campeão do Torneio de Vigo (Espanha): 1977.
  • Espanha Campeão do Torneio Costa do Sol (Espanha): 1980.
  • Distrito Federal (Brasil) Campeão do Troféu Brasília 21 anos: 1981.
  • França Campeão do Torneio de Paris (França): 1982.
  • Espanha Campeão do Torneio de Bilbao (Espanha): 1982.
  • Minas Gerais Campeão do Taça Gov.Tancredo Neves: 1983.
  • Suíça Campeão do Torneio de Berna (Suíça): 1983.
  • Países Baixos Campeão do Torneio de Amsterdã (Holanda): 1984.

Vida pós-carreira

Após deixar o futebol, chegou a ser eleito deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores. Em 2004, foi eleito vereador em Belo Horizonte. Em 1998, teve um envolvimento com traficantes de drogas[3] e admitiu ter usado cocaína,[4] sendo condenado a quatro anos de prisão por tráfico,[5] mas absolvido em segunda instância.[6] Hoje trabalha na TV Alterosa como comentarista esportivo em off. Foi homenageado pelo Atlético Mineiro no ano do Centenário como um dos atletas mais bem sucedidos no Clube com 255 gols só no profissional, passagens pela Seleção Brasileira de Futebol, participação de extrema importância no Hexacampeonato Mineiro de 1978 a 1983, nas conquistas dos Torneios de Paris e Bilbao e mesmo em boas campanhas que não culminaram em títulos, como os Vice-Campeonatos Brasileiro de 1977 e 1980, em que muitos consideram que o Atlético teria sido prejudicado pelas arbitragens e regulamentos. Lançou em 2008 candidatura para se tornar mais uma vez Vereador em Belo Horizonte.

Publicações

Ligações Externas

Referências

  1. a b «Uma carreira abreviada pela violência». GazetaEsportiva.net. Consultado em 10 de março de 2008 
  2. a b «Reinaldo (ex-centraovante do Galo)». miltonneves.com.br. Consultado em 10 de março de 2008 
  3. a b Enciclopédia do Futebol Brasileiro Lance!, Areté Editorial, 2001, pág. 330
  4. "Um craque fora do ar", Tarso Araújo, Placar número 1317, abril de 2008, Editora Abril, pág. 56
  5. "Reinaldo já viveu drama das drogas e aponta soluções", Eduardo Kattah, O Estado de S. Paulo, 29/3/2008, pág. E2