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Revisão das 14h32min de 15 de abril de 2013

 Nota: Para a instituição estatal semi-autônoma que governa partes da Palestina, veja Autoridade Nacional Palestina. Para outros significados, veja Palestina (desambiguação).
Área geográfica da Palestina, conforme definida pelo Império Bizantino, no final do século IV, com as fronteiras das dioceses da Palaestina Prima e Palaestina Secunda.

Palestina (em árabe: فلسطين, translit. Filasṭīn; em hebraico: פלשתינה; em grego: Παλαιστίνη, transl. Palaistinē, e em latim: Palæstina), é a denominação histórica dada pelo Império Romano a partir de um nome hebraico biblico, a uma região do Oriente Médio situada entre a costa oriental do Mediterrâneo e as atuais fronteiras ocidentais do Iraque e Árabia saudita, hoje compondo os territórios da Jordânia e Israel, além do sul do Libano e os territórios de Gaza e Cisjordânia.

A área correspondente à Palestina até 1948 encontra-se hoje dividida em três partes: uma parte integra o Estado de Israel; outra a atual Jordânia e duas outras (a Faixa de Gaza e a Cisjordânia), de maioria de árabes palestinos, deveriam integrar um estado palestino a ser criado - de acordo com a lei internacional, bem como as determinações das Nações Unidas, o Reino Unido. Em 1967, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia foram conquistadas por Israel, após a Guerra dos Seis Dias. E posteriormente Gaza em 2005 foi entregue à Autoridade Palestina, já a Cisjordânia possui partes de territórios soberanos palestinos e parte de territórios com habitantes israelenses estabelecidos na conquista do território.

Há alguns anos, porções dispersas dessas duas áreas passaram a ser administradas pela Autoridade Palestina, mas, devido aos inúmeros ataques que Israel sofreu e sofre, o país mantém o controle das fronteiras e construiu uma cerca fronteiriça de separação que, na prática, reduziu em 99% os ataques a alvos civis israelenses.

A população palestina dispersa pelos países árabes ou em campos de refugiados, situados nos de Gaza e Cisjordânia, é estimada em 4.000.000 de pessoas.

O Nome

A região era chamada de Palastu pelos assírios.[1]

A palavra Palestina deriva do grego Philistia, nome dado pelos autores da Grécia Antiga a esta região, devido ao facto de em parte dela (entre a actual cidade de Tel Aviv e Gaza) se terem fixado no século XII a.C. os filisteus.

Os filisteus não eram semitas bem como não mentêm relações com os atuais palestinos e sua provável origem é creto-miceniana, uma das mais conhecidas (embora recorrentemente mencionadas) vagas dos chamados "Povos do Mar" que se estabeleceram em várias partes do litoral sul do mar Mediterrâneo, incluindo a área hoje conhecida como Faixa de Gaza. Segundo a tradição bíblica os filisteus seriam oriundos de Caphtor, termo associado à ilha de Creta. Este povo é igualmente referido nos escritos do Antigo Egipto com o nome de prst, por onde também passaram e foram repelidos.

No século II d.C., os romanos utilizaram o termo Syria Palaestina para se referirem à parte sul da província romana da Síria. O termo entraria posteriormente na língua árabe e é usado desde então para se referir a esta região.

A evolução histórica

Ver artigo principal: História da Palestina

A Palestina, sendo um estreito trecho de favorável passagem entre a África e Ásia, foi palco de um grande número de conquistas, pelos mais variados povos, por se constituir num corredor natural para os antigos exércitos.

Em meados do século XV a.C. a região é conquistada pelo faraó Tutmósis III, mas será perdida antes de completar 18 dinastia, para ser novamente reconquistada por Seti I e por Ramsés II. Com o enfraquecimento do poder egípcio em finais do século XIII a.C., a região será invadida pelos Povos do Mar.

Um destes povos, os filisteus, fixa-se junto à costa onde constroem pequenas cidades. Contemporânea a esta invasão é a chegada das tribos hebraicas, lideradas por Josué. A sua instalação no interior gerou guerras com os filisteus, que se recusam a aceitar a presença hebraica.

As tribos hebraicas decidem então unir-se para formar uma monarquia, cujo primeiro rei é Saul. O seu sucessor, David (início do I milénio a.C.) derrota finalmente os filisteus e fixa a capital do reino em Jerusalém. Durante o reinado do seu filho, Salomão, o reino vive um período de prosperidade, mas com a sua morte é dividido em duas partes: a norte, surgirá o reino de Israel (com capital em Samaria) e a sul, o reino de Judá (com capital em Jerusalém).

Abrevie-se para afirmar que, salvo breves intervalos, a região foi dominada por outras potências tais como a Assíria (722 a.C.), os babilônicos (fins do século VII a.C.), os persas aquemênidas (539 a.C.), os greco/macedónios (331 a.C. permanecendo em poder dos ptolomaicos de 320 a 220 a.C. e dos Selêucidas de 220 a 142 a.C.) passando por uma retomada pelos locais Asmoneus que dominaram daí até o ano de 63 a.C. quando sobreveio o domínio romano.

No ano de 66 d.C. inicia-se uma rebelião dos judeus que foi fortemente reprimida pelos romanos com a destruição do templo de Iavé no ano de 70, e só no ano de 131 a pax romana foi novamente abalada por rebeliões ao fim das quais o imperador Adriano tornou Jerusalém na Colonia Aelia Capitolia.

Passando pela divisão do Império Romano, a região viveu entre 324 d.C. e 638 d.C., extrema prosperidade e crescimendo demográfico, sendo de se considerar que a esta altura a população era de maioria cristã, aliás, religião oficial do Império Bizantino, além da presença judaica sempre presente na região.

No ano de 614 a região acaba de ser ocupada pelos persas Sassânidas que mantém seu jugo até o ano de 628 e no ano de 638 toda a região está sob o domínio árabe muçulmano.

De 1517 a 1917 o Império Otomano controla toda região (incluindo Síria e Líbano).

No século XIX (1850 em diante), judeus perseguidos nos territórios aonde estavam refugiados, começam a voltar para a região juntando-se aos judeus que já estabelecidos ali, dando surgimento a novas cidades como rishon letzion e no crescimento de comunidades com as de Mea Shearim. Ao mesmo tempo, fortes movimentos migratórios oriundos dos territórios sírios e de países árabes vizinhos, forçados pela escassez em seus territórios, também fizeram a população árabe local dar saltos populacionais.

Durante a 1ª Guerra Mundial, o Império Otomano que apoiava a Alemanha é derrotado e expulso do oriente médio pelos povos árabes e pelas tropas aliadas, o que teria-lhes garantido aos judeus o direito internacional para reconstituição de um estado judaico totalmente independente da Turquia garantido por uma "promessa" de ajuda dos Aliados, a declaração Balfourd. Na sequência do final da 1ª Guerra Mundial (1917), a parte sul do Império Otomano foi atribuído à Grã-Bretanha a região correspondente a Palestina e à França (Líbia e Síria) que teria ao sul dos montes libaneses outra comunicação com o mediterrâneo.

Em 1923 a Grã-Bretanha divide a sua zona em dois distritos administrativos, separados pelo rio Jordão, sendo que os Judeus apenas seriam permitidos na zona costeira, a oeste do rio (cerca de 25% da parte britânica). Os árabes rejeitam a divisão, receando tornar-se uma minoria e incitados pelo crescente nacionalismo árabe no médio oriente, assim como apoiando-se no acordo pós 1ª Guerra Mundial.

A Grã-Bretanha entrega a resolução do problema às Nações Unidas em 1947. A Assembleia Geral das Nações Unidas determina a partilha da parte ocidental da Palestina (os 25% em disputa) entre um Estado Judeu e outro Estado Árabe baseado na concentração das populações, através da resolução 181. A 14 de Maio desse ano os israelitas declaram a constituição do estado de Israel, já os árabes que já haviam formado um estado em 75% do território(Jordânia), recusam esta partilha. Países árabes como Jordânia, Síria, Líbano, Arábia Saudita, Iraque e Iémen além do Egipto,conclamam os árabes locais a abandonarem o território para que declarassem guerra ao novo estado judeu e prometeriam que ao varre-los no mapa, entregariam todo o território nas mãos dos mesmos. Nos 19 meses seguintes, na chamada Guerra da Independência, Israel acabaria por perder cerca de 1% da sua população, mas sairia vencedora, formando juntamente com os árabes que se recusaram a abandonar o local, um pais maior que o inicialmente proposto pelas Nações Unidas dois anos antes. Egipto e Jordânia ocupam o território restante.

Em 1967, Egipto, Jordânia e Síria juntamente com Líbano, Arábia Saudita e Iraque mobilizam os seus exércitos, com vista à destruição do estado Israelita. Naquela que ficaria conhecida como Guerra dos seis dias, Israel derrotou os seis exércitos em outras tantas frentes, ocupando a península do Sinai (Egipto), Colinas de Golã (Síria) e Cisjordânia (Jordânia), incluindo o total controlo sobre Jerusalém. Desde esse ano Israel adotou uma política destinada a promover a instalação de colonias civis israelenses,nos pedaços de terras desocupados e construindo as casas para os seus cidadãos. O presidente americano Jimmy Carter, em 1978, juntou o presidente egípcio (Anuar Sadat) e o primeiro-ministro israelita (Menachem Begin) em Camp David, a fim de estabelecer o primeiro tratado de paz de sempre entre israelenses e árabes. Foi aqui acordada a devolução da península do Sinai, retirando os colonias aí existentes, bem como o fim da agressão árabe ao estado de Israel e o restabelecimento de laços políticos e económicos.

No ano de 1982, Israel devolve a península do Sinai ao Egipto.

O domínio árabe

Ao contrário de várias potências que por ali só estenderam seu domínio de passagem, às vezes legando a administração da região a potentados locais, os árabes, à semelhança dos judeus, se estabeleceram na região, e o primeiro elemento cultural que introduziram foi a língua uma vez que aparentada com o aramaico, obteve fácil aceitação.

Desde o ano de 660 até 750, vigorou o domínio omíada, cuja capital era Damasco datando daí a construção do Nobre Santuário na região dos templos judaicos(Har Hamoriah) e chamada pelos árabes de Esplanada das Mesquitas em Jerusalém(cidade fundada pelos judeus), substituída pela dinastia dos abássidas cuja capital era Bagdá que dominou até o ano de 974, seguindo-se a dinastia dos fatímidas que perduraram até o ano 1071.

Ao fim do longo domínio árabe de mais de quatro séculos, a religião islâmica em sua campanha de massificação acabou amplamente majoritária, seguindo-se de uma pequena minoria de cristãos e judeus, até quando, no ano de 1072, sobreveio a conquista da região pelos turcos seldjúcidas que tinham capital em Bagdá.

No ano 1099 com a Primeira Cruzada europeus conquistaram Jerusalém e lá estabeleceram o seu domínio sob o nome de Reino Latino de Jerusalém cuja existência periclitante em meio à sociedade islâmica se demorou até o ano de 1187 quando a cidade foi reconquistada por Saladino.

O Império Otomano

Após a expulsão dos Cruzados, a Palestina tornou-se parte do Sultanato mameluco do Egipto, integrada no distrito (Wilayah) de Damasco.

Sob a administração mameluca a região viveu cerca de 100 anos de prosperidade, com a consequente reconstrução de escolas, mesquitas destruídas ou negligenciadas durante o período dos Cruzados. Em torno de 1382 a expansão territorial dos Mamelucos leva-os a confrontarem os Mongóis, e posteriormente os Otomanos. Estas campanhas vão estender-se até 1516, quando as forças do Sultão Selim I derrotam os Mamelucos na batalha de Marj Dabiq, e ocupam a totalidade da Palestina.

Durante os próximos 400 anos, o nome Palestina praticamente desaparece, pois a designação oficial sob a administração turca, uma vez que estes dividem o território em sub-províncias (vilayet) que recebiam o nome da sua cidade capital (ex.: vilayet de Sídon).

Em 1799, durante a Guerras Napoleónicas, e no âmbito da Campanha do Egito, as tropas napoleónicas invadem por pouco mais de um mês as cidades de Jaffa, Haifa e Caesarea; é ainda nesta altura, durante o cerco a Acre, que um estadista europeu publicamente avança com a ideia de um estado judaico na região palestina. De facto, Napoleão tinha uma proclamação preparada nesse sentido, mas nunca chegou a ser publicada.

Extensão do Império Otomano.

Entre 1832 e 1840 esteve sob administração do Egipto de Muhammad Ali, voltando à dependência directa do Império Otomano no fim desse período.

Em 1873 a região é reorganizada administrativamente, sendo dividida em três grandes àreas: a Norte, de Jaffa a Jericó e o Rio Jordão a pertencer ao vilayet de Beirute. De Jaffa, ao longo da costa até ao Sinai, pertencia ao distrito de Jerusalem, enquanto o restante território Península do Sinai, Deserto de Negev pertencia ao vilayet de Hijaz, que se estendia até à parte ocidental da Arábia.

É também em torno desta data que devido às perseguições, os primeiros emigrantes judeus europeus, sionistas, começam a voltar à região palestina e se juntam ao milhares de judeus locais estabelecidos ai. A escola Mikveh Israel tinha sida fundada em 1870 pela Alliance Israélite Universelle, com o objectivo de ensinar aos colonos como cultivar a terra, por forma a obter os melhores resultados. As terras cultivadas por estes colonos eram compradas diretamente da administração Turca.

Apesar das designações oficiais, o termo Palestina foi utilizado de forma informal, não só pelas populações locais, como em algumas situações, mesmo pelos Otomanos; a partir do século XIX a expressão Arz-i Filistin (A Terra da Palestina) aparece em vários documentos oficiais para indicar uma região a somente a Oeste do Rio Jordão num sentido lato.

O Império Otomano era um dos membros da Tríplice Aliança, e portanto inimigo da Inglaterra na Primeira Guerra Mundial. Os ingleses, sobretudo a partir do Egipto lançaram várias ofensivas contra os turcos, nomeadamente através das acções de Lawrence da Arábia, que à frente das forças arabes conquista a região, chegando até Damasco a 1 de Outubro de 1918. Contudo, um ano antes, a 2 de novembro de 1917, o então ministro britânico dos Assuntos Estrangeiros, Arthur James Balfour, havia enviado a Lord Rothschild a carta, conhecida como a Declaração de Balfour, na qual comprometia a Inglaterra na criação de um estado judaico.

Com o Tratado de Versalhes a Palestina no seu sentido lato é dividida entre a França, que ocupa os actuais Libano e a Síria, e a Inglaterra.

O enquadramento legal desta situação será dado pelo Mandato Britânico na Palestina, por decisão da Sociedade das Nações, que, com base no Acordo Sykes-Picot previa que a Palestina seria colocada sob administração internacional. Esta situação iria manter-se até ao final da Segunda Guerra Mundial.

Do Mandato Britânico a Israel

Mandato Britânico da Palestina

Apoiada no Mandato Britânico na Palestina, o Reino Unido estabelece uma administração semi-colonial, que apesar da Declaração de Balfour é reticente quanto à emigração judaica, tentando apaziguar a reação da população árabe - receosa de que os judeus voltassem a sua terra de origem e formassem um estado que acabaria com a profecia de estabelecimento do califado árabe, e por outro lado sentindo-se traída pelas promessas feitas por Lawrence da Arábia durante a guerra contra os turcos a Faiçal, e depois quebradas.

A insatisfação é crescente entre os grupos de sionistas. Então, já em 1931, surge o primeiro grupo militante conhecido como tal, o Irgun. Essa força para-militar sionista consistia em apressar a criação do estado de Israel pela imposição da força, resistindo aos ataques árabes e ao mesmo tempo forçando a expulsão dos britânicos que os haviam "traído".

A ascensão do Nazismo e as perseguições aos judeus aumentam a pressão migratória sobre a administração inglesa, que, face a uma crescente oposição árabe, à qual não é estranha a ajuda nazi ao Grão-Mufti de Jerusalém, Mohammad Amin al-Husayni, na propaganda antijudaica, fecha cada vez mais os portos, chegando mesmo a repatriar emigrantes judeus para a Alemanha nazi.

Plano da ONU para a partição da Palestina de 1947.

No final da Segunda Guerra Mundial, os sobreviventes do Holocausto são impedidos de voltar para a região palestina pela administração britânica. Os ânimos de ambos os lados exaltam-se e são acompanhados por uma escalada de violência que a Inglaterra já não consegue conter.

O Reino Unido, enfraquecida pela guerra e debilitada pela ação dos grupos militantes judaicos - que, após uma trégua durante a guerra, regressam mais ativos e combativos no apoio à emigração clandestina e na luta armada - e de grupos militantes árabes igualmente ativos na campanha de povoar o território com o maior número de árabes possível, entrega a administração da região palestina à recém-criada Organização das Nações Unidas(ONU).

O aumento dos conflitos entre judeus, ingleses e árabes forçou a reunião da Assembleia Geral da ONU, realizada em 29 de Novembro de 1947, que deliberou a partição da região palestina em dois estados, um judeu e outro árabe, que deveriam formar uma união econômica e aduaneira.

A 14 de Maio de 1948 David Ben-Gurion declara o nascimento do Estado de Israel, ao assinar a Declaração de Independência. A Liga Árabe recusa esta partilha, resolve não formar seu estado e ainda não reconhece o estado de Israel.

Da Fundação de Israel à actualidade

Mapa do Estado de Israel.

Em 15 de Maio de 1948, um dia depois da fundação do Estado de Israel, sete exércitos de países da Liga Árabe atacaram Israel.

Durante a Guerra árabe-israelita, estimulada pelos países árabes, a maioria da população árabe da região da palestina se vê na esperança de que destruíssem o estado judeu e fogem para os países vizinhos (Líbano, Jordânia, Síria e Egito) em busca de segurança, para retornarem quando o território fosse "limpado" pelos países árabes. Com a inesperada e surpreendente vitória de Israel, a maioria desses refugiados, cerca de 750 mil, continua a não aceitar o estado de Israel e agora fica impedida de regressar às suas casas, pois a esperança de que pudessem tomar toda a terra para si, se transformara no oposto.

É na sequência do trabalho efetuado no apoio a estes refugiados que nasce o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.

Após um período inicial de estadia nos países árabes vizinhos, muitos destes refugiados traídos por seus próprios aliados, são expulsos desses países de acolhimento, dirigindo-se para o sul do Líbano, onde permanecem em campos de refugiados até hoje.

Em 1964, o Alto Comissariado da Palestina solicitou à Liga Árabe a fundação de uma Organização para a Libertação da Palestina (OLP), cujo missão estatutária é a destruição do Estado de Israel. Em 1988, a OLP proclamou o estabelecimento de um estado palestino. O principal líder da organização foi o egípcio Yasser Arafat, falecido em 2004. Arafat, após anos de luta contra Israel, resolveu abandorar a luta armada, a violência e o terrorismo e iniciou as negociações que levaram aos Acordos de Paz de Oslo.

Desde 1994 parte da Palestina está sob a administração da Autoridade Nacional Palestina, como resultado dos Acordos.

Atualmente a Faixa de Gaza é governada pelo primeiro-ministro Ismail Haniyeh, do Hamas, e a Cisjordânia pelo presidente Mahmoud Abbas, do Fatah, tendo havido confrontos armados entre os dois grupos em Gaza em 2007.

Reconhecimento do Estado Palestino na ONU

Em 29 de novembro de 2012, 65 anos depois da Resolução 181 que fez a partilha oficial da Palestina, a Assembleia Geral das Nações Unidas, numa votação histórica, reconheceu os territórios ocupados pelos palestinos como Estado-não membro da ONU,[2] status político igual ao do Vaticano.[3] Na votação em que eram necessários apenas 97 votos a favor, com o apoio de 139 países, capitaneados na Europa pela França e tendo entre eles o Brasil, Angola e Portugal, o Estado Palestino teve seu reconhecimento feito para participar das reuniões da Organização como membro sem direito à voto. Além de Israel, os Estados Unidos, Canadá e a República Tcheca ficaram entre os nove votos contrários (e 41 abstenções) à resolução.[2]

Referências

  1. Donald A. Mackenzie, The Myths of Babylonia and Assyria, Chapter XVIII: The Age of Semiramis [em linha]
  2. a b «Com 138 votos, ONU reconhece Palestina como Estado não membro,». O Globo. Consultado em 30 de novembro de 2012 
  3. «ONU aprova Palestina». Correio da Manhã. Consultado em 30 de novembro de 2012 

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