Relatório Brundtland
Relatório Brundtland é o documento intitulado Nosso Futuro Comum (Our Common Future), publicado em 1987. Neste documento o desenvolvimento sustentável é concebido como:
“ | O desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades. | ” |
O Relatório, elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, faz parte de uma série de iniciativas, anteriores à Agenda 21, as quais reafirmam uma visão crítica do modelo de desenvolvimento adotado pelos países industrializados e reproduzido pelas nações em desenvolvimento, e que ressaltam os riscos do uso excessivo dos recursos naturais sem considerar a capacidade de suporte dos ecossistemas. O relatório aponta para a incompatibilidade entre desenvolvimento sustentável e os padrões de produção e consumo vigentes.
No início da década de 1980, a ONU retomou o debate das questões ambientais. Indicada pela entidade, a primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland, chefiou a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, para estudar o assunto. O documento final desses estudos chamou-se Nosso Futuro Comum, também conhecido como Relatório Brundtland. Apresentado em 1987, propõe o desenvolvimento sustentável, que é “aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas necessidades”.
Fica muito claro, nessa nova visão das relações homem-meio ambiente, que não existe apenas um limite mínimo para o bem-estar da sociedade; há também um limite máximo para a utilização dos recursos naturais, de modo que sejam preservados.[1]
Contexto histórico[editar | editar código-fonte]
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O Clube de Roma, fundado em Abril de 1968 é um think tank composto por várias personalidades de relevo mundial, que se juntaram para debater assuntos relacionados com ambiente, política internacional e económica. O relatório "The Limits to Growth" (Os limites do crescimento), da autoria de Donella H. Meadows, Dennis L. Meadows, Jørgen Randers, and William W. Behrens III. O relatório foi efectuado por uma equipa do MIT chefiada por Donella Meadows, a solicitação do Clube de Roma. A Conferência de Estocolmo sobre o Ambiente Humano das Nações Unidas foi a primeira Cimeira da Terra,e onde ocorreu pela primeira vez a nível mundial preocupação com as questões ambientais globais.[2] O Relatório O Nosso Futuro Comum foi criado pela Comissão Brundtland, em nome da ONU |
Medidas propostas[editar | editar código-fonte]
Segundo o Relatório da Comissão Brundtland, uma série de medidas devem ser tomadas pelos países para promover o desenvolvimento sustentável. Entre elas:
- limitação do crescimento populacional;
- garantia de recursos básicos (água, alimentos, energia) a longo prazo;
- preservação da biodiversidade e dos ecossistemas;
- diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias com uso de fontes energéticas renováveis;
- aumento da produção industrial nos países não-industrializados com base em tecnologias ecologicamente adaptadas;
- controle da urbanização desordenada e integração entrecampo e cidades menores;
- atendimento das necessidades básicas (saúde, escola, moradia).
Em âmbito internacional, as metas propostas são:
- adoção da estratégia de desenvolvimento sustentável pelas organizações de desenvolvimento (órgãos e instituições internacionais de financiamento);
- proteção dos ecossistemas supra-nacionais como a Antárctica, oceanos, etc, pela comunidade internacional;
- banimento das guerras;
- implantação de um programa de desenvolvimento sustentável pela Organização das Nações Unidas (ONU).
O conceito de desenvolvimento sustentável deve ser assimilado pelas lideranças de uma empresa como uma nova forma de produzir sem degradar o meio ambiente, estendendo essa cultura a todos os níveis da organização, para que seja formalizado um processo de identificação do impacto da produção da empresa no meio ambiente e resulte na execução de um projecto que alie produção e preservação ambiental, com uso de tecnologia adaptada a esse preceito.
Algumas outras medidas para a implantação de um programa minimamente adequado de desenvolvimento sustentável são:
- uso de novos materiais na construção;
- reestruturação da distribuição de zonas residenciais e industriais;
- aproveitamento e consumo de fontes alternativas de energia, como a solar, a eólica e a geotérmica;
- reciclagem de materiais reaproveitáveis;
- consumo racional de água e de alimentos;
- redução do uso de produtos químicos prejudiciais à saúde na produção de alimentos.
O actual modelo de crescimento económico gerou enormes desequilíbrios; se, por um lado, nunca houve tanta riqueza e fartura no mundo, por outro lado, a miséria, a degradação ambiental e a poluição aumentam dia-a-dia. Diante desta constatação, surge a ideia do Desenvolvimento Sustentável (DS), buscando conciliar o desenvolvimento económico com a preservação ambiental e, ainda, ao fim da pobreza no mundo.Assim como mencionado Sustentabilidade em tendo um alto desenvolvimento ao decorrer dos anos através de suas hierarquias.
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ «Ambiente Brasil » Conteúdo » Gestão » Artigos » Desenvolvimento Sustentável». ambientes.ambientebrasil.com.br. Consultado em 30 de Dezembro de 2010
- ↑ «Earth_Summit». www.un.org. Consultado em 30 de Dezembro de 2010
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nosso futuro comum2ª ed. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1992