S Bahia (S-12) (1963)

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S Bahia
S Bahia (S-12) (1963)
   Bandeira da marinha que serviu Estados Unidos
Operador  Marinha dos Estados Unidos
Fabricante Portsmouth Naval Shipyard
Homônimo Peixe Hippoglossoides platessoides
Batimento de quilha 28 de junho de 1943
Lançamento 15 de novembro de 1943
Comissionamento 12 de fevereiro de 1944
Descomissionamento 7 de setembro de 1963
Vitórias Seis estrelas de batalha por seviços na Segunda Guerra Mundial
Estado Retirado do registro em 1 de abril de 1973
Destino Transferido para o Brasil em 7 de setembro de 1963
Brasil
Nome S Bahia (S-12)
Operador  Marinha do Brasil
Homônimo Estado da Bahia
Aquisição 7 de setembro de 1963
Comissionamento 23 de outubro de 1963
Estado Retirado do registro em 27 de março de 1973
Destino Vendido para desmanche em março de 1978[1]
Características gerais
Tipo de navio Submarino diesel-elétrico
Classe Classe Balao (USN)
Deslocamento 1 800 t (3 970 000 lb) (carregado na superfície)[1]
2 400 t (5 290 000 lb) (carregado submerso)
Comprimento 93,57 m (307 ft)[1]
Boca 8,30 m (27,2 ft)[1]
Calado 4,90 m (16,1 ft) (padrão)[1]
5,20 m (17,1 ft) (calado máximo)[1]
Propulsão 4 x Fairbanks a diesel de 16 cilindros em V de 1 600 hp (1 190 kW) cada[1]
4 x geradores Allis Chalmers de 1 100 kW (1 480 hp)[1]
4 x motores elétricos Allis Chalmers de 2 700 hp (2 010 kW)[1]
2 x eixos com hélices de quatro pás[1]
1 x motor diesel auxiliar e um gerador auxiliar de 300 kW (402 hp)[1]
2 x conjuntos de baterias Sargo de 126 células cada[1]
Velocidade 20 kn (37,0 km/h) (emerso)[1]
10 kn (18,5 km/h) (imerso)[1]
Autonomia 12 000 m.n. (22 200 km) a 10 kn (18,5 km/h) (emerso ou com snorkel)[1]
Provisões para 75 dias[1]
Profundidade 122 m (400 ft)[1]
Armamento 10 x tubos de torpedos de 533 mm (21,0 in), capacidade para 24 torpedos ou até 40 minas[1]
Tripulação 70 (6 oficias e 54 praças)[1]

O S Bahia (S-12) foi um submarino da Marinha do Brasil da Classe Balao. Anteriormente denominado USS Plaice (SS-390), sob bandeira norte-americana, navio herói de guerra dos Estados-Unidos, foi incorporado a flotilha de submarinos do Brasil em 1963.[1]

Participação na Segunda Guerra[editar | editar código-fonte]

Originalmente construído sob o nome de USS Plaice (SS-390), o submarino é considerado um navio de contribuição importante para a campanha americana durante a Guerra no Pacífico. Foi lançado ao mar em 15 de novembro de 1943, no auge da Segunda Guerra Mundial, sendo fabricado pelo estaleiro Portsmouth Naval Shipyard, em New Hampshire.[2]

História[editar | editar código-fonte]

Com o excessivo custo e o elevado número de submarinos no pós-guerra, os Estados Unidos transferiram para a Marinha Brasileira, sob os termos do Programa de Assistência Militar, o USS Plaice.

Foi incorporado à flotilha brasileira em 7 de setembro de 1963. Pertencente à classe Fleet Type mais moderna, comparado aos seus antecessores S Humaitá (S-14) e S Riachuelo (S-15), introduziu métodos mais avançados de guerra nas operações utilizando o sonar em contrapartida do ataque via periscópica.

A passagem para a bandeira brasileira se deu na Base de Submarinos de Pearl Harbor, Havaí, em 7 de setembro de 1963, pelo Aviso 1643 de 12 de agosto de 1963 MM e OD 0047 de 7 de setembro de 1963 do EMA (Bol. 36/63/3965 MM). Naquela ocasião, assumiu o comando na ilha americana o Capitão-de-Fragata Abílio Simões Machado.

Foi o primeiro submarino da classe Fleet Type a sofrer alterações no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro - AMRJ. Melhor adaptada suas tarefas e modernizado, seu formato hidrodinâmico foi mudado pela colocação da chamada vela, encobrindo a torreta, guia dos periscópios, mastros do radar e de comunicações, e demais apêndices do cigarrete deck. Teve o valvulão elevado (válvula de 36 pol de diâmetro situada fora do casco resistente, localizada no interior da vela, e cuja finalidade era admitir ar para o funcionamento dos motores Diesel e ar para o sistema de ventilação do navio. Esta elevação era necessária para evitar o alagamento do submarino quando grandes ondas vinham de popa, criando o chamado efeito pooping). Obteve com isso um aumento de velocidade de 1 nó em imersão, além da redução do nível de ruídos, incrementando seu desempenho acústico no combate. Foi, durante sua época, um submarino moderno em termos internacionais.

Participou sob a bandeira brasileira de diversas operações da UNITAS, também em operações de vigilância do Atlântico sul durante a Guerra Fria. Realizou operações em conjunto com diversas Marinhas, teve um total de navegação 140 503 mn, efetuou 2 863 horas de imersão e 836 dias de mar.

Vela do S 12, no Museu Nacional do Mar, São Francisco do Sul, SC - 2015.

O submarino teve baixa do serviço ativo em 19 de janeiro de 1973.[3] O navio, que ainda fazia parte da parceria Brasil e Estados Unidos, permaneceu algum tempo sob a responsabilidade de um Grupo de Manutenção da Força de Submarinos, sendo vendido, posteriormente, ao Museu da Tecnologia de São Paulo. Por falta de recursos, no entanto, o projeto de utilizar o submarino como espaço museológico no Guarujá não obteve êxito, e a embarcação acabou sendo desmontada e teve seu casco vendido como ferro velho.[2]

Em 1973 a Marinha do Brasil adquiriu novos submarinos. 5 da Classe Guppy II e 2 da Classe Guppy III, sendo um dos da Classe Guppy II ter sido rebatizado como S12 Bahia, dando sua baixa definitiva para desmanche em julho de 1993, ao qual pertence a vela, hoje no Museu Nacional do Mar em Sao Francisco do Sul, SC.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t «S Bahia - S 12, "Toninha"». Navios de Guerra Brasileiros. Consultado em 27 de outubro de 2012. Arquivado do original em 2 de abril de 2015 
  2. a b «Plaice (SS-390)» (em inglês). NavSource Online. Consultado em 27 de outubro de 2012 
  3. «Unidades Navais (1913-2010)». Comando da Força de Submarinos, Marinha do Brasil. Consultado em 27 de outubro de 2012 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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