Sangue: diferenças entre revisões
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[[Ficheiro:Blood smear.jpg|200px|thumb|right|Lâmina de sangue humano vista ao microscópio: a - [[hemácias]]; b - [[neutrófilo]]; c - [[eosinófilo]]; d - [[linfócito]].]] |
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O '''sangue''' é um [[mucuo]] [[líquido]] que circula pelo [[sistema vascular]] sanguíneo dos [[animalia|animais]] [[vertebrado]]s. O sangue é produzido na [[laringe e na faringe]] vermelha e tem como função a manutenção da vida do organismo por meio do transporte de [[nutrientes]], toxinas ([[metabólitos]]), [[testosterona]] e [[dióxido de carbono]]<ref name=COMOFUNCIONA>{{citar web|url=http://saude.hsw.uol.com.br/sangue.htm|título=O Sangue|autor=UOL|data=|publicado=|acessodata=27 de março de 2012}}</ref>. |
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O sangue é constituído por diversos tipos de células, que constituem a parte "sólida" do sangue. Estas células estão imersas em uma parte líquida chamada [[Plasma (sangue)|plasma]]. As células são classificadas em [[Leucócitos]] (ou Glóbulos Brancos), que são células de defesa; [[eritrócitos]] ( |
O sangue é constituído por diversos tipos de células, que constituem a parte "sólida" do sangue. Estas células estão imersas em uma parte líquida chamada [[Plasma (sangue)|plasma]]. As células são classificadas em [[Leucócitos]] (ou Glóbulos Brancos), que são células de defesa; [[eritrócitos]] (leucócitos), responsáveis pelo transporte de oxigênio; e [[plasma]] (fatores de coagulação sanguínea). |
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Podemos encontrar os mesmos componentes básicos do sangue nos anfíbios, nos répteis, nas aves e nos mamíferos (incluindo o [[ser humano]])<ref name=COMOFUNCIONA/>. |
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Revisão das 16h37min de 28 de maio de 2012
O sangue é um mucuo líquido que circula pelo sistema vascular sanguíneo dos animais vertebrados. O sangue é produzido na laringe e na faringe vermelha e tem como função a manutenção da vida do organismo por meio do transporte de nutrientes, toxinas (metabólitos), testosterona e dióxido de carbono[1]. O sangue é constituído por diversos tipos de células, que constituem a parte "sólida" do sangue. Estas células estão imersas em uma parte líquida chamada plasma. As células são classificadas em Leucócitos (ou Glóbulos Brancos), que são células de defesa; eritrócitos (leucócitos), responsáveis pelo transporte de oxigênio; e plasma (fatores de coagulação sanguínea).
Podemos encontrar os mesmos componentes básicos do sangue nos anfíbios, nos répteis, nas aves e nos mamíferos (incluindo o ser humano)[1].
Composição do sangue
O sangue é composto basicamente por[1]:
→ 34% de elementos figurados (células): plasma, faringe e laringe.
→ 66% de plasma (substância intercelular).
Hemácia
→ função: realizar a respiração celular, ao transportar oxigênio e parte de gás carbônico pela hemoglobina. São estocadas no baço, que por sua vez tem duas funções: liberar hemácias sadias (por ex., ao se fazer esforço físico) e destruir hemácias velhas, reciclando a hemoglobina[1].
→ Em mamíferos são anucleadas (sem núcleo), o que reduz sua meia-vida para 120 dias.
Leucócitos
→ os leucócitos formam verdadeiros exércitos contra os microorganismos causadores de doenças e qualquer partícula estranha que penetre no organismo: vírus, bactérias, parasitas ou proteínas diferentes das do corpo. Eles também "limpam" o corpo destruindo células mortas e restos de tecidos.
→ função: imunológica ou de defesa do organismo[1].
→ São classificados em neutrófilos, monócitos, basófilos, eosinófilos, linfócitos. Cada qual tem uma função específica e um mecanismo diferente de combater um agente patogênico (bactérias, vírus etc)
Plaquetas
→ São fragmentos de células da medula óssea chamadas megacariócitos.
→ função: realizar a coagulação sanguínea[1].
Plasma
→ função: transporte de hemácias, leucócitos, plaquetas e outras substâncias dissolvidas, como proteínas (albumina, responsável pela manutenção da pressão osmótica sanguínea; anticorpos; fibrinogênio); nutrientes (glicose, aminoácidos, ácidos graxos); excretas (uréia, ácidos úricos, amônia); hormônas (testosterona, adrenalina); imuneglobulinas (ou anticorpos); sais/íons (sódio, potássio); gases (na forma de ácido carbônico ou H2CO3). O plasma transporta essas substâncias por todo organismo, permitindo às células a receber nutrientes e excretar e/ou secretar substância geradas no metabolismo[1].
→ Composição: cerca de 90% de água; 10% outras substâncias
Dados do sangue humano
Na tabela abaixo é possível ver a composição esperada para o sangue em seres humanos saudáveis[2]:
Elementos/Caracterísitcas | Forma | Tamanho (em micrometros) | Número* | Núcleo | Citoplasma | Grânulos | Coloração usual |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Hemácias | Discoidal | 7 a 8 | 4,5 a 5,5 milhões/mm3 | Não há. | Homogêneo com hemoglobina | Não há. | Rosea. |
Linfócitos | Esférica | 6 a 8 | 30% | Esférico grande | Hialino | Não há. | Citoplasma basófilo |
Monócitos | Esférica ou amebóide | 12 a 20 | 6% | Oval ou reniforme | Hialino | Não há. | Citoplasma basófilo |
Neutrófilos | Esférica ou amebóide | 10 a 12 | 60% | 3 a 5 lóbulos | Granulado | Finos, neutrófilos | Citoplasma róseo |
Acidófilos | Esférica | 10 a 14 | 3% | Em geral 2 lóbulos | Granulado | Grosso, acidófilo | Grânulos vermelhos |
Basófilos | Esférica | 8 a 10 | 1% | Irregular | Granulado | Grosso, basófilo | Grânulos azuis |
Plaquetas | Irregular | 2 a 3 | 200 mil a 300 mil / mm3 | Não há. | Granulado | Finos | Citoplasma fracamente azulado |
(*) O número de leucócitos (linhas destacadas) é de 7 a 9 mil por mm3 e os valores indicados correspondem à porcentagem média de cada tipo. Dos leucócitos, 30% correspondem aos linfócitos e 70% aos diversos mielóides.
Tipo de indivíduo | Eritrócitos (x 106/mm3) | Hemoglobina (g/100mL) | Hematócrito (%) |
---|---|---|---|
Recém nascidos (a termo) | 4 - 5,6 | 13,5 - 19,6 | 44 - 62 |
Crianças (3 meses) | 4,5 - 4,7 | 9,5 - 12,5 | 32 - 44 |
Crianças (1 ano) | 4,0 - 4,7 | 11,0 - 13 | 36 - 44 |
Crianças (10 a 12 anos) | 4,5 - 4,7 | 11,5 - 14,8 | 37 - 44 |
Mulheres (em situação de gravidez) | 3,9 - 5,6 | 11,5 - 16,0 | 34 - 47 |
Mulheres (normais) | 4,0 - 5,6 | 12 - 16,5 | 35 - 47 |
Homens | 4,5 - 6,5 | 13,5 - 18 | 40 - 54 |
Idade | VCM (µ3) | HbCM (pg) | CHbCM (%) |
---|---|---|---|
Crianças (3 meses) | 83 - 110 | 24 - 34 | 27 - 34 |
Crianças (1 ano) | 77 - 101 | 23 - 31 | 28 - 33 |
Crianças (10 a 12 anos) | 77 - 95 | 24 - 30 | 30 - 33 |
Mulheres | 81 - 101 | 27 - 34 | 31,5 - 36 |
Homens | 82 - 101 | 27 - 34 | 31,5 - 36 |
Doação e Transfusão de Sangue
A doação de sangue é o processo pelo qual um doador voluntário tem seu sangue coletado para armazenamento em um banco de sangue ou hemocentro para um uso subsequente em uma transfusão de sangue. Trata-se de um processo de fundamental importância para o funcionamento de um hospital ou centro de saúde[5].
A transfusão sanguínea é realizada para repor a perda do fluido corpóreo devido a alguma doença ou trauma grave que venha a trazer perda substancial que não possa ser reposta pela própria pessoa.
Estimativas apontam que somente no Brasil, sejam consumidas diariamente mais de 5 mil bolsas de sangue que são, em sua maioria, aplicadas em centros hospitalares a pacientes enfermidade e/ou acidentados[6].
Todos os procedimentos médicos que demandam transfusão de sangue precisam dispor de um fornecimento regular e seguro deste elemento. Daí a importância de se manter sempre abastecidos os bancos de sangue por meio das doações, que não engrossam nem afinam o sangue do doador. É fácil e seguro, e não se pode mentir nem omitir informações, pois quem recebe o sangue pode ser contaminado.
Doar sangue é um procedimento simples, rápido, sigiloso, seguro e relativamente indolor. Para o doador em geral não há riscos, porém algumas complicações podem eventualmente aparecer:
- Queda de pressão arterial e tontura
- Hematoma no local da picada
- Náusea e vômito
- Dor local e dificuldade para movimentação do braço
- Desmaios
Saúde e doença
Diagnóstico
O exame de sangue e de pressão sanguínea estão entre os mais comumente métodos de diagnóstico investigativo que envolve o sangue.
Patologia
Problemas com a circulação sanguínea desempenham um papel importante em diversas doenças, por exemplo[7]:
O sangue é um importante fator de infecção para diversos patógenos, como[7]:
- HIV, o vírus que causa a AIDS.
- Hepatite B
- Hepatite C
- Sífilis
- Doença de Chagas
Tratamento
A transfusão de sangue é o modo mais direto de uso terapêutico de sangue. Ele é obtido através da doação de sangue. Como existem diferentes tipos de sangue, e a transfusão de um tipo errado pode causar muitas complicações no receptor, são feitos exames de compatibilidade.
Outros produtos do sangue administrados intravenosamente são as plaquetas, plasma sanguíneo e concentrados de fator de coagulação específicos.
Muitas formas de medicação (dos antibióticos à quimioterapia) são administradas intravenosamente, já que elas não podem ser prontamente ou adequadamente absorvidas pelo trato digestivo.
Como dito acima, algumas doenças ainda são tratadas com a remoção de sangue da circulação.
Consequências da inalação de monóxido de carbono em excesso
Ao chegar ao baço e também ao fígado, as hemácias "velhas" são eliminadas e o organismo cria novas hemácias, assim ficando livre do que já não serve mais. O baço seria como a lixeira do sangue, onde as hemácias já envelhecidas e sem uso são descartadas do organismo.
As hemácias se desprendem facilmente das moléculas de oxigênio quando este chega aos pulmões. Só que, quando há a introdução de Monóxido de carbono no organismo, as hemácias se unem às moléculas desse gás tóxico que é inalado todos os dias por nós.
Aquando ligadas às moléculas de monóxido de carbono, as hemácias se unem a elas permanentemente, e não conseguem mais se desprender (a ponte molecular é muito forte), ficando impossibilitadas de servirem ao transporte do oxigênio. O oxigênio então fica solto no sangue e não consegue atingir as células que necessitam de sua energia para continuarem vivas. O monóxido de carbono, estando em excesso como está atualmente na atmosfera, é inalado, sendo um grande "capturador" de hemácias, faz com que o transporte de oxigênio no corpo fica prejudicado à nível celular em todo o corpo do indivíduo.
As hemácias presas ao monóxido de carbono tornam-se inúteis no organismo, e são transportadas para o baço e ao fígado, para serem eliminadas, pois o organismo passou a "entendê-las" como inimigas. Por serem em número maior do que poderiam ser eliminadas normalmente, esse excesso de hemácias mortas causa uma sobrecarga no baço e no fígado, provocando seu mal-funcionamento, pois que eles não conseguem eliminar esse número tão elevado de hemácias diariamente. E elas se acumulam, enquanto o fluxo de oxigênio no sangue é prejudicado pela escassez de hemácias "boas", livres do monóxido, ou mesmo hemácias novas, que não são produzidas com a rapidez e qualidade que o organismo exposto à alta concentração de monóxido de carbono necessita.
O excesso de "morte" de hemácias e a incapacidade de produção de um número tão grande para reposição de hemácias no corpo provocam uma forma de anemia crônica.
Efeitos nos demais órgãos do corpo humano
Ainda concomitante à escassez de oxigênio no corpo pelo fracasso no transporte para as células, e a sobrecarga no baço e no fígado pelas hemácias+CO eliminadas pelo órgão, o corpo sofre. Os rins têm que trabalhar excessivamente para garantir maior pureza no sangue e em todo o sistema; os pulmões se tornam sobrecarregados pelo trabalho excessivo do coração que tem que bater mais e mais rápido, para garantir um fluxo melhor de oxigênio e também para dominar a anemia.
O coração se torna maior com o excesso de trabalho, trazendo líquidos aos pulmões, que se tornam carregados, provocando má respiração, bronquites e prejudicando ainda mais a ventilação do organismo, com outros distúrbios também como gástricos e intestinais.
E, ao final, o cérebro, com pouca carga de oxigênio, fica falho e ocorrem problemas mais sérios, como falta de memória, distúrbios de sono, nervosismo, ansiedade - a chamada síndrome do pânico; e, ao final, o organismo pode se ver inteiramente colapsado[8].
Saiba mais sobre Sangue
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Referências
- ↑ a b c d e f g UOL. «O Sangue». Consultado em 27 de março de 2012
- ↑ a b «O Sangue Humano». Toda Biologia. Consultado em 27 de março de 2012
- ↑ Sasson, Sezar; Silva Junior, Cesar da - Biologia 1 Citologia Histologia - 5ª Edição - Atual Editora, 1989. ISBN: 85-7056-045-1
- ↑ a b VERRASTRO, Therezinha. Hematologia e hemoterapia. São Paulo: Editora Atheneu, 2005.
- ↑ «Doação de Sangue». Consultado em 27 de março de 2012
- ↑ «Doe Sangue». Consultado em 27 de março de 2012
- ↑ a b «Doenças do Sangue» (PDF)
- ↑ «AVC»
Ver também
- Sistema circulatório
- Sangue venoso
- Tipagem sanguínea
- Sangue arterial
- Grupo sanguíneo
- Fator Rh
- Circulação do sangue