Ultramen

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Não confundir com Ultraman.
Ultramen
Informação geral
Origem Porto Alegre, RS
País  Brasil
Gênero(s) Rock, funk, rap, heavy metal, samba-rock, soul, hip hop, reggae, hardcore punk, ragga
Período em atividade 1991 - 2008
2013 - atualmente
Gravadora(s) Rocklt!, Universal, Sum, Antídoto, HBB
Afiliação(ões) DeFalla, Da Guedes, Comunidade Nin-Jitsu, Papas da Língua, O Rappa, Marcelo D2, Planet Hemp, Black Alien
Integrantes Tonho Crocco
Pedro Porto
Malásia
DJ Anderson
Zé Darcy
Leonardo Boff
Chico Paixão
Ex-integrantes Perú
Alexandre Guri
Marcito
Júlio Porto
Página oficial Site oficial (Arquivado)

Ultramen é uma banda brasileira formada em Porto Alegre[1] em 1991. A banda mistura vários ritmos, como rock, funk, rap, samba-rock, soul e reggae de maneira única, em um estilo muito particular e difícil de rotular. Sua formação atual conta com Tonho Crocco (vocal), Chico Paixão (guitarra), Pedro Porto (baixo), Zé Darcy (bateria), Malásia (percussão), DJ Anderson (toca-discos), e Leonardo Boff (teclados).

História[editar | editar código-fonte]

A banda iniciou suas atividades em Porto Alegre no ano de 1991 a partir da reunião de dois colegas da faculdade de Biologia da UFRGS, o baixista Pedro Porto e o baterista Zé Darcy. A ideia inicial era misturar som pesado com balanço black e vocais rap. O primeiro ensaio foi feito com o guitarrista Zê, o qual foi logo substituído por Júlio Porto (irmão de Pedro), que já tocavam juntos na extinta banda Garagem Hermética. Essa formação chegou a gravar uma demo com duas músicas, com Zé Darcy na composição das letras e fazendo também vocais e scratches. A partir de um anúncio colocado pela banda na rádio Ipanema FM, Tonho Crocco apareceu para ocupar a vaga de vocalista. Na sequência, entraram o percussionista Malásia, que tocava com Zé na também extinta Corporação Brand, e o saxofonista Perú. Essa formação fez os primeiros shows em Porto Alegre e interior do Estado, com destaque para o primeiro de todos (1991) na beira da praia em Ipanema, o qual foi interrompido nas primeiras músicas devido à má recepção por parte dos organizadores do evento em relação à prática, muito comum na época, do mosh/stage diving. Também foi como sexteto que a Ultramen gravou as duas fitas-demo oficiais: Ultramen (1991) e Sem Piedade (1992). Através desses shows e divulgação das demos, a banda começou a se firmar como uma das principais bandas da cena porto-alegrense e gaúcha, chamando atenção a nível nacional, sendo convidada a participar de festivais como o Superdemo (Rio de Janeiro e Curitiba, 1995) e shows em outros estados, como Santa Catarina, Espírito Santo e Bahia. Em 1996, o saxofonista Perú deixa a banda e, em seguida, vai para Londres, onde vive até hoje. Em 1997, por ocasião das gravações do seu disco de estreia, entra Marcito, a princípio apenas uma participação. Mais ou menos nessa fase, outras influências começaram a aparecer com força na mistura musical do grupo, como a música brasileira e o reggae.

Em 1997, o grupo entra nos estúdios da ISAEC, em Porto Alegre, e grava seu primeiro álbum. Sete anos após sua criação, em 1998, lança o álbum homônimo, conhecido pela capa da "motinho", em parceria com a gravadora Rocklt!, do ex-guitarrista da Legião Urbana, Dado Villa-Lobos. As músicas "Bico de Luz" e "Vou a Mais de Cem" foram registradas em videoclipes e fizeram sucesso país afora, o que rendeu ao conjunto shows por todo Brasil.

Em 2000, é lançado Olelê, gravado em um sítio na cidade de Morungava e masterizado no Rio de Janeiro, com inúmeras canções sendo executadas nas rádios gaúchas e brasileiras, como "Preserve", "A Estrada Perdida", "General" e "Dívida", esta última regravada e interpretada por outros artistas brasileiros como Sambô e Thiaguinho e registrada em videoclipe produzido por Cláudio Veríssimo. Na época, a banda atinge um patamar alto de apresentações em shows e programas de rádio e TV e o guitarrista Júlio Porto resolve sair. Em seu lugar entra Alexandre Guri.

Em 2001, a rádio Atlântida FM distribui uma edição limitada do CD A Era do Rádio ao Vivo, que inclui performances ao vivo em estúdio e no extinto bar Manara em Porto Alegre.

Em 2002 a banda lança O Incrível Caso da Música Que Encolheu e Outras Histórias, produzido em São Paulo por Daniel Ganjaman, com as conhecidas "Santo Forte", "Alto e Distante Daqui" e "Máquina do Tempo". Dois anos depois, o guitarrista Alexandre Guri deixa a banda para morar no exterior e Júlio Porto assume novamente seu antigo posto.

Em 2005, é lançado o CD/DVD Acústico MTV: Bandas Gaúchas, em que a banda divide o palco com Bidê ou Balde, Cachorro Grande e Wander Wildner.

Um ano depois, a banda lança mais um álbum de estúdio, Capa Preta (2006), contendo as faixas Tubarãozinho, que rende mais um videoclipe produzido por Cláudio Veríssimo e É Proibido, ambas faixas com grande execução na mídia.

Em 2008, a banda anuncia uma parada por tempo indeterminado. Em 7 de março de 2013, a banda se apresentou no Opinião, em Porto Alegre, mesmo local onde realizaram uma das últimas apresentações em 2008, que rendeu o CD/DVD Máquina do Tempo, lançado em 2016 pelo selo Hearts Bleed Blue. Desde o retorno às atividades em 2013, a banda continua se apresentando nos palcos gaúchos, sem a presença do percussionista Marcito, que deixou o grupo em 2015, e com as guitarras ao comando de Chico Paixão, conhecido por seus trabalhos com a Funkalister e bandas de rock/black music. A banda fez muito sucesso com a música "Canto Alegretense" versão em hip hop que traz a participação do cantor Neto Fagundes.

Em 2018, a banda lança seu quinto álbum de estúdio, Tente Enxergar, seguindo com aquela mistura de ritmos e faixas como "Felicidade Espacial", "Pineal" e "O Chaveiro".[2]

Discografia[editar | editar código-fonte]

Álbuns de estúdio[editar | editar código-fonte]

DVDs ao vivo[editar | editar código-fonte]

Integrantes[editar | editar código-fonte]

Formação atual[editar | editar código-fonte]

Ex-integrantes[editar | editar código-fonte]

  • Alexandre Guri: guitarra
  • Jorge Foques: teclados
  • Júlio Porto: guitarra
  • Marcito: percussão
  • Peru: sax

Prêmios e indicações[editar | editar código-fonte]

Prêmio Açorianos[editar | editar código-fonte]

Ano Categoria Indicação Resultado
1997[3] Grupo Musical Ultramen Indicado
1998[4] Disco de Rock, Pop ou Blues Ultramen Indicado
Espetáculo Ultramen Indicado
1999[5] Grupo de Pop/Rock Ultramen Venceu
2000[6] Grupo de Pop/Rock Ultramen Venceu
Disco de Pop/Rock Olelê Venceu
Música ou Canção Peleia Venceu
2004[7] Grupo do Ano Ultramen Indicado
2006[8] Disco de Pop Capa Preta Venceu

Referências

  1. Ultramen no Dicionário Cravo Albin de Música Popular Brasileira
  2. Radio Rock (30 de outubro de 2019). «Ultramen faz show único em São Paulo». Consultado em 27 de março de 2020 
  3. Prefeitura Municipal de Porto Alegre. «Indicados ao Prêmio Açorianos de Música - 1997». Consultado em 17 de abril de 2018 
  4. Prefeitura Municipal de Porto Alegre. «Indicados ao Prêmio Açorianos de Música - 1998». Consultado em 17 de abril de 2018 
  5. Prefeitura Municipal de Porto Alegre. «Vencedores do Prêmio Açorianos de Música - 1999». Consultado em 16 de abril de 2018 
  6. Prefeitura Municipal de Porto Alegre. «Vencedores do Prêmio Açorianos de Música - 2000». Consultado em 18 de abril de 2018 
  7. Prefeitura Municipal de Porto Alegre. «Indicados ao Prêmio Açorianos de Música - 2004». Consultado em 2 de maio de 2018 
  8. Prefeitura Municipal de Porto Alegre. «Vencedores do Prêmio Açorianos de Música - 2006». Consultado em 2 de maio de 2018 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]