Usuário(a):Gabriela Lutz/Testes

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 Nota: Para o município potiguar que leva seu pseudônimo, veja Nísia Floresta.
Dionísia Gonçalves Pinto
(Nísia Floresta)
Gabriela Lutz/Testes
Nísia Floresta (Fonte: Biblioteca Nacional)
Nome completo Nísia Floresta Brasileira Augusta
Nascimento 12 de outubro de 1810
Papari, Capitania da Paraíba
(atual Rio Grande do Norte)
Morte 24 de abril de 1885 (74 anos)
Ruão, França
Nacionalidade brasileira
Ocupação Educadora, escritora e poetisa
Magnum opus Direitos das mulheres e injustiça dos homens

Nísia Floresta Brasileira Augusta, pseudônimo de Dionísia Gonçalves Pinto, (Papari, atual Nísia Floresta, 12 de outubro de 1810Rouen, França, 24 de abril de 1885) foi uma educadora, escritora e poetisa brasileira. Primeira na educação feminista no Brasil, com protagonismo nas letras, no jornalismo e nos movimentos sociais.[1]Defensora de ideais abolicionistas, republicanos e principalmente feministas, de consciência antecipadora para sua época, influenciou a prática educacional brasileira, rompendo limites do lugar social destinado à mulher.[2] Capaz de estabelecer um diálogo entre ideias europeias e o contexto brasileiro no qual viveu, dedicou obras e ensinos sobre a condição feminina e foi considerada pioneira do feminismo no Brasil, além de denunciar injustiças contra escravos e indígenas brasileiros.[2]

No cenário de mulheres reclusas ao casamento e maternidade, diante de uma cultura de submissão[2], foi a primeira figura feminina a publicar textos em jornais, na época em que a imprensa nacional ainda engatinhava. Dionísia Pinto ainda dirigiu um colégio para meninas no Rio de Janeiro e escreveu diversas obras em defesa dos direitos das mulheres, índios e escravos, envolvendo-se plenamente com as questões culturais de seu tempo através de sua militância sob diversas vertentes.[3]

Em seu livro Patronos e Acadêmicos - referente às personalidades da Academia Norte-Riograndense de Letras -, Veríssimo de Melo começa o capítulo sobre Nísia da seguinte maneira: “Nísia Floresta Brasileira Augusta foi a mais notável mulher que a História do Rio Grande do Norte registra
 
Veríssimo de Melo.

Trajetória como mulher da época[editar | editar código-fonte]

Dionísia Gonçalves Pinto nasceu no dia 12 de outubro de 1810, em uma fazenda no município de Papari, no Rio Grande do Norte. O grande pedaço de terra da família tinha nome de Floresta e estima-se que ocupa o que hoje são duas cidades. Filha do português Dionísio Gonçalves Pinto, que veio de Portugal para o Brasil no começo do século XIX e atuava como advogado, e da brasileira Antônia Clara Freire, herdeira de umas das principais famílias da região.[2] Dionísia tinha três irmãos: Clara, Joaquim e uma terceira irmã do cansamento anterior de sua mãe viúva.[4] Durante seu período de infância e adolescência, vivenciou períodos de acentuada convulsão social que contribuíram para sua formação.[2]

Por conta das diversas insurreições que assolavam a região Nordeste na época - durante a permanência da Família Real no país - a família Gonçalves Pinto estava constantemente de mudança[5], principalmente por causa da origem e profissão do pai. Como português, sofria com as perseguições antilusitanas dos movimentos revolucionários[2] e, como advogado, assumia causas que, por vezes, iam contra os interesses de notáveis proprietários de terras e fazendeiros locais. Dentro do estado de Pernambuco, a família passou por Goiana, Recife e Olinda, o que permitiu que Dionísia tivesse contato com diversas culturas e realidades ao longo da vida.[4]

Em 1817, quando estourou a Revolução Pernambucana, o sentimento antilusitanista cresce ainda mais e a família é obrigada a se mudar da fazenda em Papari (RN) para Goiana (PE). É nesse município, mais desenvolvido econômica e intelectualmente, onde Nísia Floresta inicia os estudos no Convento das Carmelitas[6]. Além do estudo clássico manual e de canto, a influência do pai determina um primeiro contato de Dionísia Pinto com a cultura europeia e com o liberalismo, incentivada pela figura paterna a investigar livros da biblioteca do convento.[7]

Seguindo a tradição da época, segundo a qual meninas entre doze e catorze anos já estariam prontas para o matrimônio, Nísia Floresta é forçada a se casar, em 1823, com treze anos de idade.[8] A união se dá com Manuel Alexandre Seabra de Melo, proprietário de terras, mas dura poucos meses. Rompendo com o marido, Nísia retorna para a casa de seus pais que a recebem de volta, embora seja socialmente julgada devido à atitude considerada transgressora na época[7].

Ainda fugindo dos movimentos separatistas, a família mudou para Olinda, onde o pai acabou atuando em uma causa contra a elite local - a poderosa Família Cavalcanti - e acabou, por conta desse antagonismo, assassinado em 1828. Nísia Floresta, que na época tinha dezessete anos de idade, descreve esse episódio da morte do pai em uma emboscada nos arredores de Recife: "Esse advogado, que fizera triunfar o direito de seu pobre cliente, alvo da injustiça atroz de um tal tirano, caiu de improviso sob os golpes de assassinos pagos por ele." (Floresta, 2001, p.52)[8]

No mesmo ano em que seu pai faleceu, Nísia engaja namoro com Manuel Augusto de Faria Rocha, acadêmico da Faculdade de Direito de Olinda. Ainda que acusada de adultério pelo marido de quem havia se separado, sofrendo ameaças do inconformado com o abandono, isso não impediu que Nísia Floresta tivesse sua primeira filha com Manuel Rocha, Lívia Augusta de Faria Rocha, nascida em janeiro de 1830.[8] No ano seguinte, nasce seu segundo filho, mas falece de forma precoce pouco tempo depois.

Atuação nas letras[editar | editar código-fonte]

O ano de 1831 é marcante pelas primeiras publicações escritas de Dionísia. Ela publica em um jornal pernambucano, chamado Espelho das Brasileiras, uma série de artigos sobre a condição feminina[9], sendo uma das mulheres pioneiras na contribuição para jornais da época. Em 1832, ela faz a publicação de seu primeiro livro: Direito das Mulheres e Injustiça dos Homens e assina pela primeira vez com o pseudônimo de Nísia Floresta Brasileira Augusta.[4] A escolha se deu porque Floresta era o nome da fazenda onde nasceu, Brasileira pelo orgulho de seu país e Augusta como uma homenagem e recordação de seu segundo companheiro e grande amor.[7]

A obra se trata de uma tradução livre de Vindication of The Right of Woman, de Mary Wollstonecraft, sendo pioneira na abordagem dos direitos das mulheres e igualdade de gênero no Brasil[10]. A onda percursora feminista brasileira vem, tal como o primeiro livro de Nísia Floresta, inspirada por movimentos externos ao país. Nesse contexto, a autora tem papel relevante por sua capacidade de traduzir não apenas linguisticamente, mas também culturalmente a obra estrangeira,[11] tornando possível a apropriação do discurso não para reproduzir réplicas, mas para construir adaptações a realidade nacional.[12]

Ao assinar a publicação do livro, já com seu pseudônimo, a autora ganha o título incontestável de pioneira no movimento feminista brasileiro[6], denunciando o estado de inferioridade no qual viviam as mulheres de sua época e procurando romper com os preconceitos que as cercavam. Além do primeiro livro, sua colaboração em jornais, a partir de 1830, em Recife, também se fez notável através de seus contos, poesias, novelas e ensaios, posteriormente publicados em periódicos do Rio de Janeiro.[13]

Publicado em 1841, seu segundo livro, sob o título de Conselhos à minha filha, foi um presente de aniversário para Lívia, que completava doze anos. A partir de 1847, suas obras passam a contemplar mais a educação, nunca abandonando a bandeira da igualdade entre gêneros. Estão entre as publicações desse ano: Daciz ou A Jovem Completa, Fany ou O Modelo das Donzelas e Discurso que às suas educandas dirigiu Nísia Floresta Brasileira Augusta.[2] Posteriormente, durante sua estadia pela Europa, Nísia ainda publicaria diversos relatos de suas viagens, suas obras, no entanto, se tornaram de difícil localização para os estudiosos.[2] Seja porque se perderam ou porque, quando assinava, muitas vezes o fazia por pseudônimos. Artigos da autora assinados com o "Quotidiana Fidedigna", por exemplo, foram encontrados nos jornais O Recompilador Federal e O Campeão da Legalidade.[13] De maio a junho de 1851, o jornal carioca O Liberal publicou uma série de artigos de Nísia, intitulados A Emancipação da Mulher, onde ela retomava a relevância da educação voltada às mulheres.

Ainda com foco na questão pedagógica, em 1853, Nísia Floresta publicou seu livro Opúsculo Humanitário. Uma coleção de artigos sobre emancipação feminina[1], que foi merecedor de uma apreciação favorável de Auguste Comte, pai do positivismo, o conteúdo da obra sintetiza o pensamento da autora sobre a educação feminina, além de abordar a pedagogia de forma geral e apontar críticas a instituições de ensino da época.[14] Ainda há nuances da temática do aleitamento materno, pauta defendida pela autora que considerava rude o tratamento dado às amas de leite por seus senhores.

A ideia de rompimento com a esfera privada, atribuída a Nísia, está diretamente relacionada com sua escrita. Em diversos textos, a autora discorre sobre si mesma, sua infância, seu falecido marido e seus familiares, tornando público de forma sistêmica inúmeros episódios de sua vida pessoal.[15] Os diversos relatos de viagens produzidor por ela são pouco conhecidos, mas também tratam de uma rotina pessoal da autora. Entre eles estão o itinerário de uma viagem à Alemanha e três anos na Itália, seguidos de uma viagem à Grécia. O primeiro foi publicado em Paris, em francês, em 1857, e traduzido para o português somente em 1982. O segundo, também publicado em Paris, e em francês, em dois alentados volumes, em 1864 e em 1872, teve apenas o primeiro volume traduzido em 1998.[16]

Logo após a publicação de Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens, a família se muda para Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em 1832. No ano seguinte, Manuel Augusto morre e deixa Nísia viúva aos vinte e três anos. A partir disso, a autora passa a viver como chefe da família composto pela filha, mãe e duas irmãs, na capital gaúcha.[5] O primeiro contato com o universo educacional data dessa época. Nísia administrou e lecionou em uma escola gaúcha, de 1834 até 1837,[7] pouco antes da Revolução Farroupilha contribuir para mais uma mudança da família, dessa vez para o Rio de Janeiro, capital na época.[5]

Educação feminista[editar | editar código-fonte]

Nísia Floresta chega ao Rio de Janeiro no dia 31 de janeiro de 1838, mesmo ano em que funda o Colégio Augusto, de propostas pedagógicas revolucionárias para a época.[6] Através do Jornal do Comércio, Nísia comunica a inauguração de seu colégio no centro da capital, onde funcionou por dezessete anos. Naquele tempo, havia uma epidemia de novas escolas no Rio de Janeiro, em sua maioria dirigidas por europeus aos moldes educacionais estrangeiros[2]. O projeto educativo do Colégio Augusto, no entanto, era direcionado para meninas e mesclava o ensino tradicional feminino - totalmente voltado para a criação e preparação da menina para o matrimônio e maternidade como única possibilidade possível - com conhecimentos de ciências, línguas, história, religião, geografia, educação física, artes e literatura.[5] [2]

Naquele período, os colégios mais bem avaliados da Corte não tinham espaço para meninas, como era o exemplo do Colégio Pedro II, notável por sua educação exemplar aos alunos e fundado pouco antes do Colégio Augusto. A inovação do colégio de Nísia estava em sua proposta pedagógica que pretendia uma educação às mulheres párea para os melhores colégios masculinos da época.[5]

A crítica publicada no jornal O Mercantil sobre o colégio reflete a mentalidade da época acerca da educação feminina: "Trabalhos de língua não faltaram; os de agulha ficaram no escuro. Os maridos precisam de mulher que trabalhe mais e fale menos."[8] Os educadores concorrentes não pouparam críticas à proposta do Colégio Augusto e à própria Nísia, que se tornou figura polêmica ao oferecer ensinamentos tidos como desnecessários às mulheres.[1] Para Nísia Floresta, era a ausência de uma educação formal feminina a maior causa da discriminação da mulher, já que a primeira legislação brasileira que abordava o tema, autorizando a abertura de escolas públicas femininas, tinha sido promulgada apenas em 1827[11]. O acesso à educação, para além disso, tornaria possível às mulheres tomarem consciência de sua condição na visão da educadora.[10]

Nísia atribuía a metrópole portuguesa a situação educacional brasileira do século XIX, segundo ela: "Quanto mais ignorante o povo tanto mais fácil é a um governo absoluto exercer sobre ele o seu ilimitado poder"[2]. O eixo norteador de suas ideias acerca de qualidade de ensina, igualdade de gênero, número de escolas e acesso ao ensino pelas meninas era o pensamento liberal, progressista e positivista.[2]

Em suas três obras de 1847, cujo caráter era mais pedagógico, Nísia Floresta se dedica a criticar o sistema vigente que considerava as ciências inúteis às mulheres, sob a justificativa de que os estudos corromperiam as figuras femininas.[8] Ainda em seu livro Opúsculo Humanitário, de 1853, a educadora trata do fracasso geral do padrão de ensino e denuncia, sem expor nomes, escolas da Corte regidas por estrangeiros que seriam, para ela, despreparados para exercer a função de orientadores ou lecionadores no âmbito educacional.[14]

A Europa ao final da vida[editar | editar código-fonte]

Nísia deixa a direção do Colégio Augusto, em 1849, quando parte para a Europa com a filha, por recomendação médica devido a um grave acidente à cavalo.[2] Foi nesse período que a autora teve contato com o positivismo comtiano pela primeira vez, durante um curso de História Geral da Humanidade lecionado pelo próprio Augusto Comte no Palais Cardinal, em Paris.[5]

A escritora ainda retorna para o Brasil, no ano de 1852, e se dedica a produção de artigos para jornais, de onde sairia a compilação que posteriormente daria origem ao Opúsculo Humanitário, entre as publicações de outras obras em território brasileiro como: Dedicação de uma amiga e Páginas de uma vida obscura.[4] Durante uma epidemia de cólera no Rio de Janeiro, em 1855, atua como enfermeira voluntária e, no ano seguinte, parte novamente para a Europa. É nesse mesmo ano, em 1856, que o Colégio Augusto encerra suas atividades após dezessete anos de funcionamento.[2]

Permanece na Europa de 1856 até 1872, período durante o qual viaja pela Itália e Grécia, publicando obras em francês e escrevendo seus relatos de viagens. Entre 1870 e 1871, se muda de Paris por conta do cerco prussiano, bem como a Comuna, seguindo para Inglaterra e Portugal antes de regressar ao Brasil.[6]

Esteve no Brasil entre 1872 e 1875, em plena campanha abolicionista liderada por Joaquim Nabuco, mas pouco se sabe sobre sua vida nesse período.[9] Retorna para a Europa em 1875, morando em Londres, Lisboa e Pais. É na França, em 1878, que publica seu último trabalho: Fragments d’un ouvrage inédit: notes biographiques.[2]

Nísia morreu idosa, doente e com pneumonia no dia 24 de abril de 1885, na Normandia. Foi enterrada no cemitério de Bonsecours, cidade francesa na qual vivia. Em agosto de 1954, quase setenta anos depois, os despojos foram levados para sua cidade natal.[7] Primeiramente depositados na igreja matriz e depois levados para um túmulo na fazenda Floresta, onde ela nasceu[9] . A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos marcou a data com o lançamento de um selo postal.

Feminista de seu tempo[editar | editar código-fonte]

É inegável a relevância de Dionísia Gonçalves Pinto para a evolução do feminismo no Brasil e para a emancipação das mulheres no país[17], no entanto, é necessário olhar para o próprio tempo da autora, a época na qual estava inserida. Estudiosos criticam a posição ambígua de Nísia em sua militância pela causa feminista, como figura que transita entre o vanguardismo e o conservadorismo. Para Constância Lima Duarte, autora do livro Nísia Floresta: Vida e Obra, Nísia se encaixa no que define como "bom feminismo", ou seja, não pretendia alterar de forma substancial as relações sociais, conservando as mulheres nos limites ideológicos do privado.[2]. "Ao evocar uma formação cultural feminina aprimorada, suas sugestões enclausuravam a mulher nas mesmas funções cotidianas, ou seja, o cuidado com a casa e a família” (Duarte, 1991).

Outra autora a abordar essa ambivalência é Branca Moreira Alves, para quem o feminismo de Nísia Floresta se mesclava a uma visão romântica da mulher na qual a dedicação a família e ao lar ainda era norteadora da trajetória feminina. "No entanto, como esperar um posicionamento díspar da sua época?", coloca a autora Branca Alves.[18] Em diversos momentos da obra de Nísia são sugeridas formas de manutenção desse sistema familiar, sobre como manter o lar, o marido e os filhos.[2]

Ainda é notável entre os pesquisadores uma mudança ideológica no pensamento de Nísia Floresta através de seus anos como escritora.[5] Em sua primeira obra, Nísia rejeita o radicalismo para mudanças na ordem social presente: "De quanto tenho dito até o presente não tem sido com a intenção de revoltar pessoa alguma do meu sexo contra os homens, nem de transformar a ordem presente das coisas, relativamente ao governo e autoridade. Não, fiquem as coisas no seu mesmo estado [...]" (Floresta, 1989, p. 89). Após sua passagem pelo Europa, no entanto, sua segunda obra sobre o tema é mais incisiva nas críticas: "Não poderá haver no Brasil uma boa educação da mocidade, enquanto o sistema de nossa educação, quer doméstica, quer pública, não for radicalmente reformado [...] quanto mais ignorante é um povo, mais fácil é a um governo absoluto exercer sobre ele o seu ilimitado poder." (Floresta, 1989, p. 60 e 111).[5]

Em seu livro Patronos e Acadêmicos - referente às personalidades da Academia Norte-Riograndense de Letras, Veríssimo de Melo começa o capítulo sobre Nísia da seguinte maneira: “Nísia Floresta Brasileira Augusta foi a mais notável mulher que a História do Rio Grande do Norte registra”.

Túmulo de Nísia Floresta localizado em Nísia Floresta, Rio Grande do Norte.

Obras e homenagens[editar | editar código-fonte]

  • Direitos das mulheres e injustiça dos homens, 1832
  • Conselhos à minha filha, 1842
  • Daciz ou A jovem completa, 1847
  • Fany ou O modelo das donzelas, 1847
  • Discurso que às suas educandas diriga Nísia Floresta Brasileira Augusta, 1847
  • A lágrima de um Caeté, 1847
  • Dedicação de uma amiga, 1850
  • Opúsculo humanitário, 1853
  • Páginas de uma vida obscura, 1855
  • A Mulher, 1859
  • Trois ans en Italie, suivis d’un voyage en Grèce, 1870
  • Le Brésil, 1871
  • Fragments d'um ouvrage inèdit: notes biographiques, 1878

Em 1948, no dia 23 de dezembro, o município de Papari muda de nome a passa a se chamar Nísia Floresta, recebendo, em 1954, seus restos mortais.[4]

Em 2012, foi inaugurado o Museu Nísia Floresta, localizado em um casarão do século XIX, no centro da antiga Papari. O museu tem como objetivo preservar, coletar e expor objetos, documentação e pesquisas vinculados à história e à memória de Nísia Floresta Brasileira Augusta, além de promover atividades permanentes de arte, cultura, educação e de incentivo ao turismo.

Referências

  1. a b «A Mulher na Luta por Direitos - Um Estudo na Perspectiva de Gênero» (PDF) 
  2. a b c d e f g h i j k l m n o p q SILVÉRIO DE ALMEIDA, Cleide Rita y, DAL MAS DIAS, Elaine Teresinha (2009). «Nísia Floresta: O Conhecimento Como Fonte de Emancipação e a Formação da Cidadania Feminina» (PDF). Revista Historia de la Educación Latinoamericana. Consultado em 9 de novembro de 2018  line feed character character in |titulo= at position 36 (ajuda)
  3. Oliveira, Alana Lima de (18 de julho de 2016). «A mulher que habitava em Nísia Floresta». Anais do CIDIL. 1 (0): 131–151. ISSN 2525-3913 
  4. a b c d e Pinheiro Dias, Luma (2017). «Nísia Floresta e a escrita em defesa da educação feminina nos oitocentos» (PDF). Universidade Federal do Piauí. Consultado em 14 de novembro de 2018 
  5. a b c d e f g h Castro, Luciana Martins (8 de outubro de 2010). «A CONTRIBUIÇÃO DE NÍSIA FLORESTA PARA A EDUCAÇÃO FEMININA: pioneirismo no Rio de Janeiro oitocentista». Outros Tempos – Pesquisa em Foco - História (em inglês). 7 (10). ISSN 1808-8031 
  6. a b c d Schuma Schumaher, Érico Vital Brazil (2000). Dicionário Mulheres do Brasil de 1500 até a atualidade. Rio de Janeiro: Zahar. pp. 519 a 521 
  7. a b c d e DE OLIVEIRA ITAQUY, ANTÔNIO CARLOS (2013). «NÍSIA FLORESTA: OUSADIA DE UMA FEMINISTA NO BRASIL DO SÉCULO XIX» (PDF). UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. Consultado em 20 de novembro de 2018 
  8. a b c d e CAMPOI, Isabela (2011). «O livro "Direitos das mulheres e injustiça dos homens" de Nísia Floresta: literatura, mulheres e o Brasil do século XIX». História (São Paulo). Consultado em 11 de novembro de 2018  line feed character character in |titulo= at position 86 (ajuda)
  9. a b c «Nísia Floresta - Uma pequena biografia». Memória Viva. Consultado em 21 jan 2013 
  10. a b Lima Duarte, Constância (2003). «Feminismo e Literatura no Brasil» (PDF). Consultado em 10 de novembro de 2018 
  11. a b Lima Duarte, Constância (2011). «Mulher e escritura: produção letrada e emancipação feminina no Brasil». Consultado em 6 de novembro de 2018 
  12. Karawejczyk, Mônica (5 de março de 2012). «Nísia Floresta e a questão da emancipação feminina pelo viés educacional». Métis: história & cultura. 9 (18). ISSN 2236-2762 
  13. a b Solhet, Rachel (2005). «Nísia Floresta e mulheres de letras no Rio Grande do Norte: pioneiras na luta pela cidadania» (PDF). Universidade Federal Fluminense. Consultado em 8 de novembro de 2018 
  14. a b Candeloro Campoi, Isabela (2011). «EDUCAÇÃO DE MENINAS NO SÉCULO XIX ATRAVÉS DOS EXEMPLOS DA BRASILEIRA NÍSIA FLORESTA E DA ALEMÃ MATHILDE ANNEKE». Revista NUPEM. Consultado em 16 de novembro de 2018 
  15. Duarte, Constância Lima (30 de dezembro de 2009). «As viagens e o discurso autobiográfico de Nísia Floresta». Matraga - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ. 16 (25). ISSN 2446-6905 
  16. Duarte, Constância Lima (30 de dezembro de 2009). «As viagens e o discurso autobiográfico de Nísia Floresta». Matraga - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ. 16 (25). ISSN 2446-6905 
  17. Modelli, Laís (1 de abril de 2017). «As (outras) mulheres brasileiras sobre quem deveríamos aprender na escola». BBC News Brasil (em inglês) 
  18. Karawejczyk, Mônica (5 de março de 2012). «Nísia Floresta e a questão da emancipação feminina pelo viés educacional». Métis: história & cultura. 9 (18). ISSN 2236-2762 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Duarte, Constância Lima. Nísia Floresta - Vida e Obra. Editora Universitária. UFRN, 1995, 365 p.
  • Veríssimo de Melo. Patronos e Acadêmicos, v. 1. Academia Norte-Riograndense de Letras. Editora Pongetti, 1972, 249 p.

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