Tecnologia educacional: diferenças entre revisões

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Assim, no planejamento pedagógico, o professor deve avaliar bem quando, como e quais vídeos deverá usar, pois estes são ótimos recursos didáticos. Entretanto, podem perder potencial se não forem planejados criteriosamente ou adequadamente utilizados, devendo haver propósito bem definido e significativo para os estudantes, para que eles não percam o interesse pelo tema, dispersem a atenção ou sofram prejuízo na aprendizagem do conteúdo.<ref name=":3" /> <ref name=":7" /> Por outro lado, os vídeos devem ser entendidos como uma ferramenta para promover a aprendizagem e não como uma pedagogia em si mesmo. Eles não substituem outros recursos nem o preparo do professor, mas auxiliam o trabalho do professor que planejou bem sua sequência didática, escolheu materiais adequados, preparou-se para a aula e está disponível a criar um ambiente de aprendizagem efetiva.<ref name=":3" /> <ref>{{Citar periódico|ultimo=Blomberg|primeiro=Geraldine|ultimo2=Sherin|primeiro2=Miriam Gamoran|ultimo3=Renkl|primeiro3=Alexander|ultimo4=Glogger|primeiro4=Inga|ultimo5=Seidel|primeiro5=Tina|data=2014-5|titulo=Understanding video as a tool for teacher education: investigating instructional strategies to promote reflection|url=http://link.springer.com/10.1007/s11251-013-9281-6|jornal=Instructional Science|lingua=en|volume=42|numero=3|paginas=443–463|doi=10.1007/s11251-013-9281-6|issn=0020-4277}}</ref> Assim, os recursos audiovisuais se somam a outras ferramentas e se integram na formação de um espaço de aprendizagem agradável, estimulante e significativo, abrindo espaço para a verdadeira construção de conhecimento, aquisição de habilidades cognitivas e sociais e conexão com a realidade do jovem, que gosta de cor, movimento e interação.
Assim, no planejamento pedagógico, o professor deve avaliar bem quando, como e quais vídeos deverá usar, pois estes são ótimos recursos didáticos. Entretanto, podem perder potencial se não forem planejados criteriosamente ou adequadamente utilizados, devendo haver propósito bem definido e significativo para os estudantes, para que eles não percam o interesse pelo tema, dispersem a atenção ou sofram prejuízo na aprendizagem do conteúdo.<ref name=":3" /> <ref name=":7" /> Por outro lado, os vídeos devem ser entendidos como uma ferramenta para promover a aprendizagem e não como uma pedagogia em si mesmo. Eles não substituem outros recursos nem o preparo do professor, mas auxiliam o trabalho do professor que planejou bem sua sequência didática, escolheu materiais adequados, preparou-se para a aula e está disponível a criar um ambiente de aprendizagem efetiva.<ref name=":3" /> <ref>{{Citar periódico|ultimo=Blomberg|primeiro=Geraldine|ultimo2=Sherin|primeiro2=Miriam Gamoran|ultimo3=Renkl|primeiro3=Alexander|ultimo4=Glogger|primeiro4=Inga|ultimo5=Seidel|primeiro5=Tina|data=2014-5|titulo=Understanding video as a tool for teacher education: investigating instructional strategies to promote reflection|url=http://link.springer.com/10.1007/s11251-013-9281-6|jornal=Instructional Science|lingua=en|volume=42|numero=3|paginas=443–463|doi=10.1007/s11251-013-9281-6|issn=0020-4277}}</ref> Assim, os recursos audiovisuais se somam a outras ferramentas e se integram na formação de um espaço de aprendizagem agradável, estimulante e significativo, abrindo espaço para a verdadeira construção de conhecimento, aquisição de habilidades cognitivas e sociais e conexão com a realidade do jovem, que gosta de cor, movimento e interação.

===Computadores, tablets e aparelhos móveis===

'''Computadores'''

As novas tecnologias vêm adquirindo cada vez mais relevância na vida das pessoas e, dentre elas, o computador tem sido cada vez mais utilizado como instrumento de aprendizagem, acompanhando o rápido aumento de sua ação no meio social. Seu uso pode provocar uma grande revolução na educação devido à grande quantidade de recursos disponíveis, que permitem potencializar a capacidade de ensinar de quem o utiliza. Tudo isso a um custo relativamente pequeno.<ref name=":13">Goulart, J. C., Bizelli, J. L., & Lemes, S. S. (2017). O uso do computador na sala de aula da escola rural. ''Revista Tecnologia Educacional'', pp. 106–117. Obtido de <nowiki>https://www.researchgate.net/publication/319016131</nowiki></ref> <ref name=":14">Menezes, I. M. de, & Gitahy, R. R. C. (2010). A utilização do computador no processo de ensino/aprendizagem por professores do 6<sup>o</sup> ano do ensino fundamental do município de Paranaíba-MS. ''Interface da Educ'', ''1''(1), 111–126. Obtido de <nowiki>http://www.periodicosonline.uems.br/index.php/interfaces/article/download/640/604</nowiki></ref> As recentes inovações tecnológicas da informação, como o emprego do computador e a sua união eficiente com a internet, estão rapidamente transformando a cultura do processo ensino-aprendizagem, valorizando a comunicação, a busca de informações e o compartilhamento dos saberes. O aprendizado apoiado pela tecnologia tem contribuído para os mais diversos tipos de pesquisas, dando acesso a conteúdos completos de livros, revistas, teses, fóruns de discussão, entre outros.<ref name=":15">{{Citar periódico|ultimo=Bhalla|primeiro=Jyoti|data=2013-06-25|titulo=Computer Use by School Teachers in Teaching-learning Process|url=http://redfame.com/journal/index.php/jets/article/view/98|jornal=Journal of Education and Training Studies|volume=1|numero=2|doi=10.11114/jets.v1i2.98|issn=2324-8068}}</ref> <ref name=":16">Guerra, M. das G. G. V., & Almeida, M. do S. (2017). O uso do tablet educacional: um estudo numa escola de referência em ensino em Pernambuco. ''Revista Espacios'', ''38''(10), 4–14. Obtido de <nowiki>http://www.revistaespacios.com/a17v38n10/a17v38n10p04.pdf</nowiki></ref>

Os jovens de hoje nasceram com as novas tecnologias. São nativos digitais e estão acostumados com o mundo da velocidade, de movimento, multitarefa; com acesso rápido, instantâneo e aleatório; priorizando figuras e gráficos em vez de longos textos; buscando atividade, conexão, diversão, fantasia e muito mais. O tipo de dispositivos que os jovens hoje possuem demonstra que essa geração está perfeitamente ligada às novas tecnologias e fica entediada com a maior parte da educação de hoje, mesmo que esta seja bem intencionada. Por isso, a integração da tecnologia no ambiente da sala de aula permite que os professores se beneficiem da conexão digital com os alunos, fornecendo experiências de aprendizado significativas.<ref name=":17">Carrega, J. A. M. da C. B. (2011). ''A utilização do telemóvel em contexto educativo: um estudo de caso sobre as representações de alunos e de professores dos 9<sup>o</sup> e 12<sup>o</sup> anos de escolaridade''. Lisboa. Obtido de <nowiki>https://repositorioaberto.uab.pt/bitstream/10400.2/2043/1/João</nowiki> Carrega.pdf</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo=Hicks|primeiro=Stephanie Diamond|data=2011-8|titulo=Technology in Today's Classroom: Are You a Tech-Savvy Teacher?|url=http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/00098655.2011.557406|jornal=The Clearing House: A Journal of Educational Strategies, Issues and Ideas|lingua=en|volume=84|numero=5|paginas=188–191|doi=10.1080/00098655.2011.557406|issn=0009-8655}}</ref>

As utilizações do computador no processo educacional podem ser entendidas como<ref name=":15" />:

*       Aprendizagem sobre os computadores, por meio de programa de conscientização computacional e alfabetização em informática ou curso;
*       Aprendizagem pelos computadores, de modo que os computadores são usados para orientar os alunos através, por exemplo, de um software tutorial ou fornecendo uma prática adicional em habilidades específicas, como a utilização de um software de treinamento prático;
*       Aprendizagem com os computadores, fazendo com que os discentes tomem decisões sobre como interagir, usar o computador, dentro de uma simulação ou jogo ou resolução de problemas, ou usa o computador como uma ferramenta para moldar informações que já possuem, desenvolver materiais e realizar pesquisas;
*       Aprendizagem sobre pensar com computadores, usando o computador para ajudar os estudantes a desenvolverem novos padrões de pensamento que podem ajudá-los em diversas situações de aprendizado usando linguagens de programação;
*       Gestão de Aprendizagem com Computadores, que corresponde ao uso indireto de computadores na aprendizagem dos alunos, através da manutenção do perfil dos alunos, realização de registros, cálculo de notas, diagnóstico e correção, comunicação com os mesmos.

Desse modo, o computador pode ser usado de várias maneiras, visando atingir diversas finalidades no âmbito educacional, podendo-se simplificar, dividindo-o assim<ref name=":15" /> <ref>Pyasi, S., & Pandey, P. K. (2018). Information Technology in Classrooms. ''International Journal of Management, Technology And Engineering'', ''8''(9), 97–103. Obtido de <nowiki>http://ijamtes.org/gallery/12</nowiki>. sept ijmte - cw.pdf</ref>:

*       Aprendizado assistido por computador, que descreve um ambiente educacional onde um computador é tratado como uma ajuda para uma estratégia geral de ensino-aprendizagem com outros métodos e auxiliares, como palestras, demonstrações, projetos, livros didáticos, livros complementares, planilhas, etc. É usado para complementar o ensino regular e tornar o conteúdo dos livros didáticos mais fácil, interativo e estimulante; facilitar a transição da sala de aula centrada no professor para uma mais interativa; criar uma provisão de autoaprendizagem para professores e alunos; garantir clareza conceitual e melhor aplicação do conteúdo, entre outros tantos objetivos. O computador se torna mais uma ferramenta, assim como o quadro-negro, a calculadora, a caneta, um gráfico, um modelo, um cartão de memória ou um livro, ajudando os professores a ensinar e os alunos a aprender. Os professores recebem recursos com conteúdo multimídia (CDs ou internet) para explicar melhor os tópicos e tornar o processo de ensino-aprendizagem alegre, interessante, fácil de entender. O computador motiva e atende a diferentes habilidades de aprendizado. A internet fornece informações muito mais atualizadas do que livros de texto.
*       Instrução gerenciada por computador, que se relaciona à situação em que os computadores são ferramentas que podem ser usadas não apenas para ajudar os professores durante o ensino, mas também para ajudar no gerenciamento da sala de aula. É uma estratégia de instrução em que o computador é usado para fornecer objetivos de aprendizagem, recursos de aprendizagem, manutenção de registros, acompanhamento de progresso, avaliação do desempenho do aluno, prescrever e controlar aulas individualizadas. O aluno não necessariamente interage com o sistema de computador, mas a equipe da escola gerencia os seus dados relacionados ao desempenho acadêmico. O aluno pode estar on-line para fazer testes. Além disso, o computador pode diagnosticar as necessidades de aprendizado dos alunos e prescrever sequências opcionais de instrução para eles. Há uma série de softwares projetados para funcionar como planilhas de notas, bancos de dados, bancos de perguntas, análises, entre outros. Esse modo de instrução emprega o uso de computadores no gerenciamento de funções auxiliares / tarefas relacionadas à instrução, como geração de material, preparação do plano de aula, preparação do cronograma, monitoramento do comparecimento, avaliação do desempenho do aluno, preparação de planos de educação individualizados, reforço de comunicação).

*       Instrução assistida por computador, que se aplica a qualquer programa em que o computador faz o ensino diretamente ''on-line'' ou ''off-line'', através de vídeos, imagens, gráficos e animações para explorar os assuntos. Além disso, o termo tem sido usado com frequência como sinônimo de vários outros termos, como aprendizado assistido por computador, aprendizado baseado em computador, instrução aprimorada por computador etc. Nesse modo de instrução, o aluno interage diretamente com um computador e aprende através de lições programadas no computador. Aqui, o computador é usado para tarefas de instrução, fornecendo conteúdo em texto ou multimídia, perguntas de múltipla escolha, feedback imediato, anotações sobre respostas incorretas, resume o desempenho dos alunos, exercícios para prática e planilhas e testes. O papel do professor é orientar os alunos a usar esse material autodidata, independente do professor, em um computador na escola ou em casa. A avaliação pode ser feita pelo mesmo sistema ou o sistema pode redirecionar os alunos para outros sites. São usados softwares instrucionais que podem ser classificados como tutorial, treinamento e prática, simulação, jogo instrutivo, descoberta e resolução de problemas.


Como benefícios, pode-se destacar que os computadores estão sempre avançando em recursos, velocidade, programas e comunicação, e possibilitam várias atividades que contribuem para a aprendizagem. Através deles, pode-se realizar pesquisas; simular situações; testar conhecimentos específicos; descobrir novos conceitos, lugares e ideias; produzir gráficos, animações, vídeos, textos, avaliações, experiências, entre outras possibilidades, que vão desde seguir algo pronto, degrau a degrau, como no tutorial, passando por utilizar o seu conteúdo para construir conhecimento a partir de algo semiestruturado, completando-o, até produzir algo inovador e distinto do que existia até então. Eles representam um recurso flexível, podendo funcionar como um caderno eletrônico e ser adaptado às diferentes necessidades de cada aluno, valorizando a individualidade de cada um, dentro da diversidade do grupo. <ref name=":5" /><ref name=":14" />

Os computadores, a internet e as mídias sociais digitais ampliam as possibilidades de acesso ao conhecimento, podendo favorecer o processo de ensino-aprendizagem dos conteúdos curriculares de todas as disciplinas, níveis e modalidade de ensino, tornando-se um instrumento auxiliar excelente, inclusive permitindo a participação direta das pessoas nas decisões que afetam a sua vida cotidiana e seus interesses educacionais.<ref name=":13" /> <ref name=":14" /> O interesse em usar o computador como ferramenta pedagógica justifica-se pela possibilidade de dinamizar as aulas e contribuir para a construção de aprendizagens significativas através de novas alternativas de trabalho didático; conexão a pontos distante do cotidiano dos estudantes; ampliação da aprendizagem colaborativa por meio de comunidades virtuais e novas formas de interação digital, aumentando o interesse dos discentes e promovendo a aprendizagem com mais facilidade e de forma lúdica ao mesmo tempo que conduz o ensino em elevado nível científico-metodológico e protege os padrões educacionais internacionais. Assim, quando os objetivos educacionais são claramente definidos, o lugar e o papel dessas ferramentas tecnológicas parecem ser naturais e apropriados.<ref name=":13" /><ref name=":18">Geladze, D. (2015). Using the internet and computer technologies in learning/teaching process. ''Journal of Education and Practice'', ''6''(2), 67–70. Obtido de <nowiki>http://bob.nap.edu/html/beingfluent/es.html</nowiki></ref>

Outras oportunidades oferecidas pelo uso de computadores são as oportunidades de expandir enormemente as habilidades de ensino-tutorial e gestão educacional; a agilidade de comunicação e ''feedback'' entre professor e aluno, assim como entre professor e os pais; o benefício de aprender a usar a tecnologia e ganhar agilidade tecnológica, influenciando a capacidade de identificação de problemas concretos e de ferramentas para resolvê-lo. Tudo isso favorece a aprendizagem centrada no aluno, colaborativa e de alta ordem, desenvolvendo habilidades na redação, solução de problemas e uso de tecnologia, gerando atitudes positivas em relação à tecnologia como ferramenta de aprendizado por parte de alunos, pais, professores e líderes escolares e, com isso, aprimora-se a qualidade e a sustentabilidade de programas de integração tecnológica.<ref name=":5" /> <ref name=":18" /> No caso de cursos ''on-line'', o aprendizado autodirigido pode ter o potencial de produzir discussões mais aprofundadas e elevar o nível do aprendizado, inclusive ampliando a participação dos discentes, devendo-se priorizar materiais cujo acesso seja interativo e navegável em vez de usar apenas páginas roláveis.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Kemp|primeiro=Nenagh|ultimo2=Grieve|primeiro2=Rachel|data=2014-11-12|titulo=Face-to-face or face-to-screen? Undergraduates' opinions and test performance in classroom vs. online learning|url=http://journal.frontiersin.org/article/10.3389/fpsyg.2014.01278/abstract|jornal=Frontiers in Psychology|volume=5|doi=10.3389/fpsyg.2014.01278|issn=1664-1078}}</ref>

Como desafios dessa implementação da utilização do computador, nota-se que o docente sente necessidade de uma mudança da sua prática pedagógica na era do conhecimento digital. Com isso, ele que tinha o papel de ensinar e buscava formas de melhorar o ensino, agora se vê diante da necessidade de aprender e precisa estar disposto a usar novos tecnologias para melhorar o seu trabalho. Isso é um verdadeiro desafio. Por outro lado, não se deve, em nome da inovação tecnológica e da entrada da era digital, descartar tudo o que foi utilizado no passado, as metodologias mais tradicionais, a relevância da linguagem oral e escrita e nem se pode usar indiscriminadamente o computador no processo de ensino-aprendizagem. É necessário encontrar um equilíbrio e usar o melhor que cada ferramenta tem a oferecer, sendo importante reconhecer que o uso criterioso dos recursos eletrônicos auxilia a aprendizagem por parte dos alunos, levando-os a utilizarem as informações disponíveis no universo do conhecimento virtual e faz com que adquiram outras habilidades que serão importantes para toda a vida.<ref name=":14" /> <ref name=":19">{{Citar periódico|ultimo=Bond|primeiro=Melissa|ultimo2=Zawacki-Richter|primeiro2=Olaf|ultimo3=Nichols|primeiro3=Mark|data=2019-1|titulo=Revisiting five decades of educational technology research: A content and authorship analysis of the British Journal of Educational Technology: Revisiting five decades of educational technology research|url=http://doi.wiley.com/10.1111/bjet.12730|jornal=British Journal of Educational Technology|lingua=en|volume=50|numero=1|paginas=12–63|doi=10.1111/bjet.12730}}</ref>

Outros problemas do uso do computador nas escolas são a dificuldade em agendar e utilizar os laboratórios de informática, visto a pequena quantidade de computadores para o número de turmas, principalmente quando se fala em boas máquinas e internet de qualidade; a necessidade de treinamento e capacitação permanente de professores, inclusive com a escassez de profissionais da área de tecnologia nas escolas que possam auxiliar o docente; a resistência de alguns gestores em disponibilizar os laboratórios aos professores, sendo necessário descentralizar as decisões e a organização escolar.<ref name=":13" /> Por outro lado, professores despreparados ou com aulas mal planejadas podem transformar o uso do computador em uma distração, interferindo de maneira negativa na aprendizagem, ou fazendo do computador um recurso pedagógico instrucionista, servindo como um substituto do quadro, não havendo a possibilidade de o aluno construir o seu próprio conhecimento. Também não se deve usar os computadores apenas para tarefas de baixo nível, como apresentações, realização de exercícios e processamento de texto, pois isso reduz muito a potencialidade dessa ferramenta e ainda é necessário realizar uma maior integração dessas novas tecnologias ao currículo escolar.<ref name=":15" /> <ref name=":16" /> <ref name=":19" /> <ref>{{Citar periódico|ultimo=Selwyn|primeiro=N.|data=2007-01-11|titulo=The use of computer technology in university teaching and learning: a critical perspective: A critical look at computer use in higher education|url=http://doi.wiley.com/10.1111/j.1365-2729.2006.00204.x|jornal=Journal of Computer Assisted Learning|lingua=en|volume=23|numero=2|paginas=83–94|doi=10.1111/j.1365-2729.2006.00204.x}}</ref>


'''Tablets'''

O ''tablet'', também conhecido como computador ''tablet'', é um computador móvel de uso geral com a tela, a bateria e os circuitos contidos em um único painel. A característica mais distinta dos tablets é a tela sensível ao toque, que permite interação direta. Alguns ''tablets'' exigem uma caneta para interação, embora os mais modernos sejam operados diretamente com os dedos. Em comparação com computadores ''desktops'' ou ''laptops'', os ''tablets'' geralmente são muito mais leves, menores, têm uma duração de bateria mais longa e geralmente um teclado virtual na tela em vez de um teclado real, além de também poderem ser usados em pé. Os ''tablets'' geralmente são vendidos com uma variedade de aplicativos, e há também um grande número de aplicativos pagos ou gratuitos disponíveis para ''download''.<ref name=":20">Mohseni, A. (2014). ''Educational technology: the tablet computer as a promising technology in higher education''. University of Alberta. Obtido de <nowiki>https://era.library.ualberta.ca/items/ceaad123-1ef5-4dfd-b722-aed8f96e3341/view/a57062d4-2973-478d-a99d-2d51c02ffc76/Mohseni_Atefeh_201409_MA.pdf</nowiki></ref>

Comparando-se ''tablets'' e ''laptops'', ambos são computadores que executam e suportam muitos ''softwares'' e aplicativos semelhantes, mas também existem algumas diferenças importantes entre eles. São vantagens dos ''tablets'' características como flexibilidade, portabilidade e mobilidade; maior durabilidade da bateria; sensibilidade ao toque na tela e interatividade; também há incríveis aplicativos em quantidade e qualidade, adicionando prazer ao aprender; presença de câmera e melhor capacidade de leitura, dando a sensação próxima à leitura de um livro em papel. Como vantagens dos computadores portáteis, destacam-se os processadores mais poderosos; melhor teclado e maior quantidade de ''software''.<ref name=":20" /> <ref name=":21">{{Citar periódico|ultimo=Algoufi|primeiro=Reteeba|data=2016-06-22|titulo=Using Tablet on Education|url=http://www.sciedupress.com/journal/index.php/wje/article/view/9456|jornal=World Journal of Education|volume=6|numero=3|doi=10.5430/wje.v6n3p113|issn=1925-0754}}</ref>

''Tablets'' e ''smartphones'' têm muito em comum também, sendo ambos móveis e portáteis, possuem tela sensível ao toque, são interativos e suportam muitos aplicativos. Ambos podem se conectar ao ''Wi-Fi'' e, portanto, podem ser usados para acessar ''e-mail'', material didático ''on-line'', ''sites'' de mídia social ou para fazer videoconferências ou audioconferências. Alguns acreditam que os ''tablets'' são a extensão dos ''smartphones'', com telas maiores e sem capacidade de fazer chamadas. No entanto, outros acreditam que os ''tablets'' são muito mais úteis em educação, principalmente por conta de sua tela maior, que aumenta a utilidade pedagógica em grande medida. Além disso, os ''tablets'' têm quase todos os recursos e vantagens dos ''smartphones'' com a única exceção de capacidade de ligações telefônicas. São vantagens dos ''tablets'', as telas maiores, melhor capacidade de leitura, melhor navegação e teclados maiores. Por outro lado, as vantagens dos ''smartphones'' são melhor portabilidade, pois sendo menores, cabem até no bolso; capacidade de fazer chamadas telefônicas e geralmente têm um plano de dados que os mantém conectados à Internet na falta de um acesso ''Wi-Fi''.<ref name=":20" /> <ref name=":21" />

Quando se avalia a literatura que aborda a utilização dos equipamentos móveis como ferramenta pedagógica, várias vantagens são referidas, entre elas, destacam-se a possibilidade de realizar trabalhos colaborativos; mobilidade; maior interatividade; facilidade de acesso às informações; ubiquidade e aprendizagem em qualquer momento ou lugar. Outras vantagens relacionadas são conectividade; disponibilidade; dinamicidade; equidade; facilidade de comunicação; maior motivação e envolvimento dos participantes e estímulo ao desenvolvimento de novas competências, como pensamento crítico, reflexão, criatividade, participação e organização, entre outras.<ref name=":21" /> <ref name=":22">Oliveira, R. A. de. (2014). ''Potencialidades e dificuldades no uso dos tablets como ferramenta didática: o estado da arte das pesquisas''. São Paulo. Obtido de <nowiki>https://sapientia.pucsp.br/bitstream/handle/10991/1/Rosa</nowiki> Aluotto de Oliveira.pdf</ref>

De um modo geral, os ''tablets'' podem atuar como catalisadores de uma nova ordem educacional movida pela tecnologia. Seu preço é equivalente a alguns livros escolares e, sendo muito leves, podem armazenar todos os livros do estudante, permitir a pesquisa de textos, áudios e vídeos em outras tantas fontes através da internet e ainda suportar novas formas de aprender e ensinar. Seu conteúdo pode ser revisado e atualizado continuamente e, através deles, podem ser registradas anotações; realizadas leitura; praticados jogos educativos; gravados áudios e vídeos; partilhadas informações; realizados projetos, apresentações e aplicados questionários ou testes, com ''feedback'' imediato, sendo ótimas ferramentas para motivação, interação, colaboração e aprendizado no exato momento. Também são ótimas ferramentas para acessar sistemas de gerenciamento de aprendizado, servindo para acessar facilmente o material do curso em qualquer momento ou local.<ref name=":20" /> <ref name=":21" /> <ref name=":23">Oliveira, D. do N. S. (2014). ''Percepção dos docentes sobre o uso dos tablets na escola''. João Pessoa. Obtido de <nowiki>http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/9705/1/PDF</nowiki> - Danielle do Nascimento Silva Oliveira.pdf</ref>

A maioria dos tablets tem câmeras, que podem ser usadas para tirar fotos, capturar vídeos, gravar uma aula registrar o que está escrito no quadro. O ''podcasting'' pode servir para fazer projetos ou gravar palestras ou debates. Em uma aula ou conferência, permite fazer anotações que podem ser passadas a outros aparelhos como ''laptops'' ou ''smartphones'' e podem ser compartilhadas entre colegas. Eles também suportam a maioria dos formatos de vídeo e os estudantes podem assistir a tutoriais no ''YouTube'' ou vídeos incorporados nos sistemas de gerenciamento da aprendizagem para uma aprendizagem mais envolvente. Embora os sites de mídia social sejam geralmente considerados distrações para o ensino e a aprendizagem, eles são uma boa maneira de manter a comunicação e o compartilhamento de material entre os alunos. Os ''tablets'' ainda são ótimas ferramentas para troca de ''e-mail'', escrever relatórios ou trabalhos e preparar apresentações mais eficazes. Todas essas excelentes aplicações tornam os ''tablets'' uma ótima tecnologia para fins de ensino e aprendizado, especialmente no ensino superior.<ref name=":20" /> <ref name=":21" /> <ref name=":23" />

O ''tablet'' também pode ser usado como suporte para o trabalho pedagógico do professor, através do armazenamento de materiais necessários para o desenvolvimento das aulas, registro dos planos de aula e acesso à internet, possibilitando realização de pesquisas, uso de aplicativos educacionais específicos para sua disciplina e implementação de avanço e inovação para o contexto de sala de aula. Também é útil para o compartilhamento de informações e troca de conhecimentos entre os professores, ajudando-os a se aprimorarem e evitando que se sintam excluídos por terem menos domínio dessas novas tecnologias quando comparados a outros colegas ou mesmo a alguns alunos.<ref name=":24">Quaresma, C. R. T., Abegg, I., Garcês, S. B. B., & Felix, R. R. (2014). Tecnologias na educação: inclusão digital dos professores da rede estadual a partir da implementação do programa tablet educacional. ''RENOTE Revista Novas Tecnologias na Educação.'', ''12''(1), 1–9. Obtido de <nowiki>https://seer.ufrgs.br/renote/article/view/49820/31180</nowiki></ref> <ref>Tybel, A. de J., Nobre, I. A. M., & Nunes, V. B. (2014). ''Uso de tablets na educação na percepção de professores da educação profissional''. ''Nuevas Ideas en Informática Educativa TISE''. Serra. Obtido de <nowiki>http://www.fnde.gov.br/tableteducacional/inicio</nowiki></ref>

Contudo, a implantação dos ''tablets'' como ferramentas pedagógicas trazem desafios semelhantes aos apontados para a utilização dos computadores pessoais, incluindo a necessidade de investimento na formação continuada dos professores para que seja possível a utilização deste dispositivo em sala de aula de maneira pedagógica, proporcionando o enriquecimento tecnológico e pedagógico. A fluência tecnológica do professor e o conhecimento prévio da ferramenta e seu sistema são fundamentais para a sua boa utilização. Por isso, não há melhora no modo de ensinar apenas com a entrega de ''tablets'' a professores e estudantes. É necessário manter uma estratégia de treinamento para dominarem os recursos tecnológicos e capacitação frequente. Há as dificuldades de ordem técnica, como falta de familiaridade com o sistema e tempo restrito para sua utilização. Também há questões práticas, que incluem apropriação das ferramentas e aplicativos do ''tablet'' e acesso à internet, que, pela lentidão, muitas vezes, inviabiliza a navegação. Muitos recursos instalados nos ''tablets'' despertam interesse, mas não podem ser usados porque são on-line e não carregam se não houver acesso à internet de qualidade.<ref name=":24" /> Quando avaliada a literatura que aborda a utilização dos equipamentos móveis como ferramenta pedagógica, as desvantagens ou os desafios apontados em nível organizacional são necessidade de modificar o modelo curricular atual; resistência ou descrédito por parte de alguns professores quanto à ferramenta; necessidade de investimento na formação dos professores, em infraestrutura e apoio técnico. Também são citados o risco do jovens se dispersarem ou distraírem durante as atividades; o perigo de violação da privacidade através de e-mails, por exemplo; o medo da sobrecarga de trabalho que pode advir do uso do aparelho, que muitas vezes é visto como uma tarefa a mais.<ref name=":22" />


'''Aparelhos móveis'''

Com relação aos dispositivos móveis de telefonia, a evolução das novas tecnologias fez com que deixassem de ser utilizados apenas para telefonar ou enviar mensagens para se tornar uma grande experiência sociocultural. Hoje, eles garantem o acesso à internet e permitem elaborar vídeos, captar fotografias, preparar textos, comunicar através de mensagens escritas, entre outras atividades. Por isso, constituem uma poderosa ferramenta de comunicação que não deve ser ignorado pela escola.<ref name=":17" /> <ref name=":25">Soares, L. C. da S. (2016). Dispositivos móveis na educação: desafios ao uso do smartphone como ferramenta pedagógica. Em ''Encontro Internacional de Formação de Professores  e Fórum Permanente de Inovação Educacional'' (Vol. 9, pp. 1–12). Obtido de <nowiki>https://eventos.set.edu.br/index.php/enfope/article/view/2531/732</nowiki></ref> Juntamente com os ''tablets'', a tecnologia dos ''smartphones'' estão a fazer emergir um novo paradigma educacional, a aprendizagem através de dispositivos móveis, a que se dá o nome de ''mobile learning (m-learning''). Esse conceito agrega uma série de possibilidades criadas com o aparecimento das novas tecnologias móveis, infra-estruturas e protocolos de redes de comunicação sem fios e os crescentes desenvolvimentos na área da aprendizagem à distância, sendo sua extensão natural a partir de aparelhos que permitem maior mobilidade e disponibilidade a qualquer momento e lugar.<ref name=":17" /> <ref name=":26">Rodrigues, D. M. de S. A. (2015). ''O uso do celular como ferramenta pedagógica''. Porto Alegre. Obtido de <nowiki>https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/134444/000986009.pdf?sequence=1</nowiki></ref>

A utilização desses dispositivos móveis permite que a aprendizagem se faça, cada vez mais, fora da sala de aula e dentro dos ambientes real e virtual dos estudantes, fazendo com que eles experimentem uma aprendizagem mais significativa, contextualizada, pessoal, colaborativa e contínua ao longo da vida. Entre as características dos dispositivos móveis, algumas são muito úteis para seu uso com fins educativos, como portabilidade, podendo ser levados consigo; interação social, permitindo troca de dados e colaboração com outros utilizadores; conectividade, proporcionando a ligação a outros tipos de aparelhos através de uma rede comum, e sensibilidade ao contexto, propiciando resposta aos dados reais ou simulados no local, ambiente e tempo.<ref name=":17" />

Podem ser listados alguns benefícios ou vantagens no uso dos ''smartphones'' como ferramenta pedagógica, como ampliação do alcance e da equidade em educação; melhora da educação em áreas de conflito ou que sofreram desastres naturais; suporte à aprendizagem ''in loco''; aproximação entre o aprendizado formal e o informal; melhora na comunicação e na aprendizagem personalizada e contínua; assistência a alunos com deficiência; melhor aproveitamento do tempo em sala de aula; perspectiva de aprender em qualquer hora e lugar; construção de novas comunidades de aprendizado; possibilidade de avaliação e ''feedback'' imediatos e otimização da relação custo-benefício na educação. Os seus inúmeros recursos internos tornam-os capazes de filmar, tirar fotos, produzir montagens, gravar áudios, além de oferecer uma grande variedade de acesso a aplicativos e programas criados para atender necessidades de todo tipo, inclusive, educativas.<ref name=":25" /> <ref name=":26" /> <ref name=":27">Lopes, P. A., & Pimenta, C. C. C. (2017, Abril 14). O uso do celular em sala de aula como ferramenta pedagógica: benefícios e desafios. ''Revista Cadernos de Estudos e Pesquisa na Educação Básica'', pp. 52–66. Obtido de <nowiki>https://periodicos.ufpe.br/revistas/cadernoscap/article/view/229430/28802</nowiki></ref>

Para inserir o uso dos dispositivos móveis de telefonia como recursos nas salas de aulas e obter sucesso com essa ferramenta pedagógica, algumas recomendações são feitas aos governantes, como criar ou atualizar políticas ligadas ao aprendizado móvel; conscientizar todos os participantes do processo (gestores escolares, professores, alunos e familiares) sobre sua importância; expandir e melhorar opções de conexão; ter acesso igualitário, garantindo equidade de gênero e socioeconômica; criar e otimizar conteúdo educacional; manter um programa de treinamento e capacitação de professores quanto às tecnologias móveis e suas possibilidades pedagógicas; promover o uso seguro, saudável e responsável de tecnologias móveis e usar tecnologia para melhorar a comunicação e a gestão educacional. Esses são grandes desafios para quem pensa educação de um modo mais amplo.<ref name=":25" />

Alguns desafios em utilizar os ''smartphones'' no contexto educacional são coordenar um grupo de aprendizagem dentro da sala de aula usando os dispositivos; aproximar o modelo de educação formal da escola e informal dos aparelhos; expor conteúdos curriculares através de um equipamento com um ecrã tão reduzido e realizar avaliações de aprendizagem em contexto extraescolar. Há ainda questões relacionadas ao tipo de teclado, autonomia da bateria, capacidade de memória e tipo de recursos que cada modelo de aparelho possui. Deve-se atentar ainda que todos os recursos criados para facilitar a vida das pessoas, podem ser usados de má-fé e causar danos. O mau uso do dispositivo móvel pelos alunos pode ocorrer, sobretudo, quando não há um prévio e necessário trabalho interdisciplinar de conscientização dos valores éticos e morais para ajuda-los a compreender as sérias consequências de tal prática. Por isso, esse trabalho deve ser realizado antes e durante a sua implementação e deve persistir.<ref name=":17" /> <ref name=":27" />


Assim, com todas essas inovações tecnológicas e com as grandes transformações sociais que elas trouxeram, não se pode manter o antigo paradigma educacional, com cadeiras enfileiradas, um professor que centra a atenção em si e alunos que não participam das aulas. As tecnologias precisam agregar valor ao processo ensino-aprendizagem. O professor não pode usar o computador, o ''table''t ou o ''smartphone'' em suas aulas e manter a mesma didática. Por outro lado, os alunos não devem usar essas tecnologias para copiar e colar conteúdo da internet, observando superficialmente o que está exposto, sem pesquisar adequadamente, avaliar as fontes, compreender o assunto e usar a sua criatividade, pois isso diminui a perspectiva de ganho dessa metodologia. Assim, o papel do professor na mediação pedagógica também é orientar a aprendizagem no seu aspecto gerencial, devendo ter um planejamento prévio bem feito e estar aberto a improvisação, quando necessário. Por fim, é fundamental que o professor se aproprie de novas formas e técnicas de ensino para o desenvolvimento de uma aprendizagem que torne a sua aula mais atraente e participativa, incrementando a aprendizagem de seus alunos através de uma compreensão mais profunda do conteúdo e da construção de conhecimentos.

===Ensino colaborativo===


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Revisão das 01h33min de 20 de fevereiro de 2019

A tecnologia educacional[1] é uma área de estudo que se preocupa com o design de oportunidades de ensino e aprendizagem. É comum associar a área de tecnologia educacional estritamente ao uso de dispositivos mídias na educação, como o livro, o filme ou o computador[2]. Essa perspectiva, mais restrita é usualmente relacionada a informática na educação ou a "...inserção do computador no processo de ensino-aprendizagem de conteúdos curriculares de todos os níveis e modalidades de educação."[3]

No entanto, os profissionais da área e os interessados em tecnologia educacional estão particularmente conectados às práticas do design instrucional e aos estudos sobre performance, que incluem a seleção de mídias como parte das considerações sobre o ensino e aprendizagem. A definição da Association for Educational Communications and Technology (AECT), tradicional grupo ligado a academia norte-americana define a área como:

"A tecnologia educacional é o estudo e prática ética da facilitação do aprendizado e a melhoria da performance através da criação, uso e organização de processos e recursos tecnológicos."[4] .

As mudanças provocadas pelo uso das tecnologias educacionais geram a necessidade de competências que até então não eram necessárias, mas que neste novo contexto deverão ser desenvolvidas pelos indivíduos[5]. Neste contexto, a tecnologia educacional é o meio e não o fim do processo educativo e como tal deve ser inserida nas atividades de sala de aula como companheira e não apenas como uma forma de automatizar processos antes realizados, pois assim assumimos a produção de novos conhecimentos e não somente a reprodução.

Dispositivos e mídias

A tecnologia educacional não é uma atividade recente se levarmos em conta a inserção de mídias na educação. Desde o começo do registro da palavra escrita, passando ao uso de novas mídias[6], vemos evidências de discussão sobre o impacto dessas mediações no processo de ensino e aprendizagem. Atualmente tendemos a associar a tecnologia a artefatos eletrônicos como o computador ou o tablet. No entanto, o giz e da lousa, tido como artefatos antiquados (antigamente eram feitas de pedra - ardósia) bem como os livros impressos são tecnologias sofisticadas, largamente utilizadas ao redor do planeta. Um dos grandes desafios para os sistemas de ensino é a reflexão sobre o papel do desenvolvimento tecnológico e seus artefatos e sistemas (atualmente associados às TICs) no ambiente educacional, tais como o papel da internet, da televisão e do rádio que funcionam como meios educativos formais ou informais.

Nos estudos da tecnologia educacional, procura-se pensar em formas adequadas de utilizar os recursos tecnológicos na educação, ou seja, as funções maiores da escola serão enriquecidas com a grandeza das novas fontes de informações e ferramentas tecnológicas modernas preocupando-se com as técnicas e sua adequação às necessidades e à realidade dos educandos, da escola, do professor, da cultura em que a educação está inserida.

Contínuas transformações tecnológicas em todo o mundo vem influenciando as relações sociais. Neste contexto os espaços formais de ensino (escola, universidade) e os espaços não formais tem mais uma vez buscado refletir sobre a influência da tecnologia no processo de ensino e aprendizagem. Nestes termos, como resultado do avanço das pesquisas em torno do computador e da Internet no final do século XX trouxeram renovado interesse na inserção desses sistemas na educação. A tecnologia educacional deixa de ser encarada como "ferramentas" que tornam mais eficientes e eficazes os processos já sedimentados, passando a ser consideradas como elementos estruturantes de diferentes metodologia. A múltiplas mídias (desde o livro até a Internet) permitem a utilização de diversas linguagens e novas forma de comunicação. É crescente o número de escolas e centros de educação que estão usando ferramentas on-line e colaborativas para aprendizado e busca de informações.

Todas as ferramentas podem ser utilizadas como instrumentos educacionais. Parte da função da tecnologia educacional é avaliar sua integração nas práticas educativas de modo a promover um momento de ensino-aprendizagem que seja coeso.

A perspectiva pedagógica

O educador tem papel primordial na avaliação e seleção de mídias e ferramentas para uso no ensino, independente da perspectiva pedagógica na qual se baseia. Para alguns, a tecnologia educacional pode ser pensada para facilitar a "assimilação" do conhecimento; para outros como um mediador na construção de estruturas mentais; ainda para outros como uma "ferramenta cognitiva"[7] que funciona como um mediador do processo de aprendizagem. Na mídia popular, o dispositivo é muitas vezes apenas pensado como um "motivador" ou estimulador da curiosidade do aluno por querer conhecer, por pesquisar, por buscar a informação mais relevante.

Histórico no Brasil

Sala de aula do século XIX, em Auckland.

Nas décadas de 1950 e 1960, a tecnologia educacional se integrou aos estudos vigentes em psicologia educacional, o que gerou grande interesse por CAI (instrução facilitada pelo computador). Em 1971, foi realizado, na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), um seminário sobre o uso computadores no ensino de Física bem como a I Conferência Nacional de Tecnologia em Educação Aplicada ao Ensino Superior (I CONTECE) no Rio de Janeiro. Outras experiências surgiram como o uso de software para simulação no ensino de química na Universidade federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1973. As experiências culminaram no primeiro grande projeto de escopo nacional, o projeto EDUCOM no início dos anos 80 em cinco universidades brasileiras (UFMG, UFRGS, UFPE, UNICAMP e UFRJ). O projeto teve como objetivo articular os estudos desenvolvidos na universidade, que agiriam em consórcio, realizando de projetos em parcerias com escolas[3].

Projetos recentes relevantes

  • Programa Nacional de Tecnologia Educacional ou ProInfo - É um programa "educacional com o objetivo de promover o uso pedagógico da informática na rede pública de educação básica"[8], em articulação com os estados e municípios. Foi criado em 1997 pela portaria 522 do Ministério da Educação. Na sua primeira fase teve como enfoque a instalação de computadores, com conexão a Internet nas escolas bem como a formação de professores. A partir do Decreto 6300 de 2007, o programa se expande, promovendo a criação de laboratórios de informática e fomentando a produção de recursos digitais[9].
  • Um Computador por Aluno ou UCA - Partindo da influência da proposta do OLPC, iniciou-se no Brasil um projeto centrado na distribuição de laptops para alunos em escolas públicas. No projeto foram incluídas propostas para formação para professores com o envolvimento de instituições de ensino superior do país além da implantação de infraestrutura[10]. Um pré-piloto foi realizado em cinco escolas em diferentes estados. Nessa fase foram experimentadas diferentes modelos (Mobilis, Classmate e XO), todos utilizando alguma distriuição do sistema operacional livre Linux[11]. A segunda fase, ou piloto[12], iniciou-se em 2010, com a meta distribuir 150.000 computadores portáteis. Nesta fase a escolha recaiu sobre o Classmate (representado pelo consórcio de empresas CCE/Digibras/Metasys). Expandiu-se o raio de ação para 300 escolas ao redor do país. Ademais, seis cidades receberam laptops para todas as suas escolas públicas, sendo chamadas de “UCA-Total”. A terceira fase do UCA teve como meta a expansão vislumbrando a compra de 600 mil laptops. Foi realizada através de uma de ata de registro de preços pelo governo federal, para que a compra dos laptops fosse efetuado pelos estados e municípios interessados. O projeto hoje se encontra em uma situação ambígua, com limitado apoio do governo[13]. Na falta de investimento em uma avaliação sistemática dos resultados, torna-se difícil avaliar a fidelidade da implementação e a qualidade do projeto como um todo. Alguns estudos e análises abrangentes apontam problemas já conhecidos em projetos envolvendo a utilização de computadores em escolas, incluindo limitada infra-estrutura, manutenção e formação docente[14]. Outros, focados em estudos de caso, apontam mudanças de práticas e interessantes projetos desenvolvidos em interação com o laptop[15].
  • Tablets - Atualmente o projeto ProUCA concentra-se na distribuição de tablets para professores. O processo se iniciou em 2011 com um pregão (FNDE 081/2011) para registro de preços para 900.000 tablets em dois modelos - um com tela maior e outro com tela menor. O pregão foi realizado em quatro lotes, sendo que as empresas Positivo (3 lotes) e Digibras (1 lote) venceram. Os estados e municípios poderiam adquirir os equipamentos que foram distribuídos a partir de 2013.

Uma série de outros projetos relacionados foram desenvolvidos no âmbito dos municípios e dos estados por iniciativa pública, privada ou em parceria, envolvendo os mais variados dispositivos e modelos de projetos.

  • Introdução de jogos para facilitar o ensino: O desenvolvimento de jogos é uma área que se desenvolve cada vez mais nos dias atuais, mas esse desenvolvimento não só aparece como uma forma de entretenimento lúdica, mas também como um artifício colocado em sala de aula para prender a atenção do aluno e facilitar seu aprendizado. Está se tornando cada vez mais comum o uso de Softwares educacionais para ajudar no ensino nas salas de aula.

Dados sobre tecnologia e educação no Brasil

De acordo com o último levantamento sobre o ensino básico do TIC & Educação (2013)[16] conduzido pelo CETIC.br:

  • 95% das escolas da rede pública, e 99% da rede privada tem acesso a Internet, sendo que a velocidade da conexão ainda é baixa para a maioria das escolas públicas (52%, 2Mbps);
  • 98% dos professores indicam ter computador em casa. Destes, a quase totalidade dos computadores de mesa (99%) utilizam o sistema operacional Windows, com pequena representação de Linux (3%, considerando que mais de uma máquina pode estar presente no domicílio); Para computadores portáteis a proporação é pouco menor (95% para Windows);
  • 96% dos professores indicam ter acesso a internet em casa.

Uso da internet nas escolas: Por ser um meio onde o aluno tem acesso a um contingente muito grande de informações de uma maneira rápida e confortável, a internet vem sendo nos últimos anos integrada ao ensino como uma maneira onde os alunos e os professores teriam acessos a novas culturas, realidades, em todo o mundo, desenvolvendo seus conhecimentos. Em alguns países sua implantação nas escolas já apresenta um número bastante significativo:

No mundo: Na Europa os NREN (National Research and Education Network) chegam a atender um percentual de 80% a 100% das escolas de ensino superior em países como França, Inglaterra, Espanha. Quando se fala em ensino secundário, esse percentual chega a cair para menos de 10% nesses mesmos países citados antes.

Os benefícios e os problemas encontrados pela tecnologia na educação

O crescimento tecnológico trouxe junto com ele novos artifícios e métodos tecnológicos utilizados para o desenvolvimento e aprimoramento dos métodos educacionais utilizados hoje em dia. A utilização da internet, tablets e jogos para facilitar a assimilação dos alunos sobre determinado tipo de assunto ou a criação de sistemas computacionais para a análise do desenvolvimento de uma sala de aula em relação a seu nível de aprendizagem, são alguns exemplos do uso dessas novas tecnologias na educação.

O modelo educacional atual foi construído devido ao desenvolvimento de modelos anteriores. Esse desenvolvimento passou pelo modelo clássico Greco-romano que utilizava a disciplina para a construção de um cidadão ideal, predeterminado, e pregava o amor à sabedoria, pela era do iluminismo onde se iniciou um modelo antropológico-social e onde existiria uma propagação da educação entre todas as camadas sociais, chegando ao modelo atual, onde a educação propicia a construção de uma pessoa apta a ajudar na evolução da sociedade.

Com a disseminação da internet na década de 90 e o aumento no desenvolvimento de novas tecnologias, o uso de ferramentas tecnológicas passou a ser muito cogitado no meio educacional.

Relação com o ensino a distância

Desenvolvimento de softwares com sistematização de ensino virtual: Existe a criação e o aprimoramento de Ambientes virtuais de aprendizagem, que são softwares que auxiliam na aplicação do modelo de ensino. São elaborados para auxiliar os professores no ambiente de ensino, através do gerenciamento dos conteúdos, do seu curso e dos alunos, permitindo acompanhar o progresso deles constantemente. Modelos que utilizam tele-aulas que vão de assuntos iniciais como soma e subtração até assuntos mais complexos como cálculo numérico, derivadas, integrais, alem de possuir também uma variação muito grande de matérias, geografia, biologia, história entre outras, onde o aluno assiste às aulas pela TV e praticam o que foi aprendido em materiais com exercícios. Esse sistema de teleaulas é um exemplo do modelo de. Existe ainda outro auxílio tecnológico, que é um método educacional muito interessante e também faz uso da , proposto pela onde os alunos acessam seu site e podem fazer uso de uma videoteca com mais de 3200 vídeos, com uma grande variedade de conteúdos que vão de assuntos iniciais como soma e subtração até assuntos mais complexos como cálculo numérico, derivadas, integrais, alem de possuir também uma variação muito grande de matérias, geografia, biologia, história entre outras. Possui também desafios interativos, e avaliações a partir de qualquer computador com acesso a web. Nesse sistema, os país e professores podem verificar o progresso de seus alunos ou filhos através de relatórios em tempo real, com estatísticas deles, matérias aprendidas e comparativos com outros alunos. É um método que emprega o aprendizado de cada aluno no seu ritmo, onde muitas vezes em uma sala de aula isso não ocorre, pois o aluno tem que seguir o ritmo de seus colegas. Isso faz com que o conhecimento seja construído e não apenas transferido e imposto pelo professor, faz com que o aluno tenha o controle nessa construção e assim possa ele guiar da melhor forma que seja para ele.

As gerações atuais, já inseridas nessa cultura tecnológica, de modo geral,lidam facilmente com esses avanços. Entretanto, é necessário que se desenvolvam habilidades cada vez mais refinadas e especificas para destacarem-se no mundo do trabalho, o qual também está com forte influência da tecnologia. Por isso, é essencial estar apto a lidar com a informática e, principalmente, conhecer a abrangência de recursos que ele fornece ao usuário. Indicamos algumas dentre diversas possibilidades de utilização do computador na abordagem de temas matemáticos. Sugerimos o trabalho com programas computacionais direcionados que contribuem para a visualização e verificação de propriedades e auxiliam na resolução de problemas, uma vez que permitem construções e efeitos pouco viáveis ou impossíveis de serem realizados apenas com lápis, papel e instrumentos de medição e desenho. Para você conhecer e explorar o uso de tais recursos computacionais e experimentar procurando tornar o estudo mais interessante e dinâmico. -- Winstats - é um programa gratuito que permite o tratamento de dados estatístico, realizando cálculos de medidas estatísticas e obtendo diversos tipos de gráficos, estudos de probabilidade.

Tecnologias

Áudio e vídeo

Com o progresso da globalização e o desenvolvimento de novas tecnologias, a forma tradicional de educar ficou ultrapassada e incapaz de respaldar as transformações que surgem no panorama educacional.[17] A escola, buscando melhorar o ensino e proporcionar a formação integral do sujeito, tem que se adaptar às novas culturas e manter-se atualizada quanto às modernas tecnologias de informação e comunicação.[18]

A tecnologia está cada vez mais presente no cotidiano das pessoas, que buscam agilidade e facilidade na forma de obter conhecimentos. Isso tem trazido modificações aos modelos de educação, com o surgimento de novas situações de aprendizagem, havendo a necessidade de inserir novas metodologias na cultura escolar, que dinamizem o processo de ensino e aprendizagem, transformando os discentes em protagonistas autônomos e capazes de construir saberes práticos a partir das informações obtidas.[18] [19] As tecnologias educacionais correspondem às estratégias para inovar a educação, sendo uma forma sistêmica de planejar, implementar e auxiliar o processo de ensino e aprendizagem, tornando-o mais eficiente.[17] [20] Entre as tecnologias educacionais, estão os vídeos e os áudios, que tanto podem ser utilizados em sala de aula, como podem ser disponibilizados aos alunos para serem utilizados onde e quando quiserem.

Os vídeos são uma forma de tecnologia educacional que pode ser usada por meio de televisão, DVDs ou internet e, se forem bem utilizados como ferramenta pedagógica pelos professores, têm o poder de proporcionar uma grande diversidade de construção de aprendizagem. Para isso, é preciso criar estratégias que possibilitem sua integração à educação evitando o deslumbramento excessivo e o seu uso indiscriminado e despropositado.[21] O Professor precisa sempre lembrar que as ferramentas audiovisuais são apenas instrumentos que ajudam o seu trabalho, mas não o substituem, devendo ser empregadas, dentro da sequência pedagógica, no momento correto, na quantidade adequada e com o objetivo definido.

Em Sala de aula, os vídeos aproximam o tema que está sendo ensinado à rotina do Aluno, com as linguagens de aprendizagem, e insere novas questões no processo educacional. Os vídeos têm uma linguagem diferente dos livros, estando interligados à televisão e a um contexto de lazer e entretenimento, fazendo com que os alunos se sintam mais à vontade, tornando a sala de aula, imperceptivelmente, mais descontraída.[21] Dentro da metodologia das aulas expositivas, para sair do formato tradicional e favorecer a participação dos alunos, podem ser incorporados segmentos de vídeos, estrategicamente selecionados junto com exercícios interativos de perguntas e respostas para ajudar a compreensão e significar o conteúdo ensinado. No contexto de Educação a distância, as salas de aula virtuais são mediadas por tecnologias eletrônicas, com áudio e vídeo bidirecionais.[22] Isso possibilita a aprendizagem de quem não pode, por algum motivo, participar de atividades presenciais. Também nos modelos mistos, em que parte do ensino é presencial e parte se dá através da mediação do computador, os vídeos exercem um relevante papel educacional.

Os vídeos também são muito importantes quando se planeja empregar a metodologia de sala de aula invertida (flipped classroom) Nessa metodologia, inverte-se a lógica das aulas, ou seja, os conteúdos são ministrados tipicamente em casa, através de vídeos gravados pelo professor ou obtidos na internet e disponibilizados aos alunos para direcionar o estudo, enquanto o momento em sala de aula é aproveitado para discutir os temas, tirar dúvidas, praticar exercícios e resolver problemas acompanhados pelo professor, otimizando o aproveitamento do tempo. Além disso, os alunos podem procurar outros materiais e assistir a outros vídeos relacionados na internet, buscando mais informações e aprofundando os conhecimentos para enriquecer o debate em sala. Esse modelo é claramente centrado no aluno, pois é ele que faz a gestão do tempo e dos assuntos a serem estudados, cabendo ao professor o papel de orientador da aprendizagem, através do fornecimento do material e das discussões realizadas.[23] [24]

Com relação às formas como os vídeos podem ser disponibilizados, temos:

  •       A televisão instrucional, que corresponde a um sistema elementar, geralmente dirigido a grupos específicos, e que consiste em um conjunto de programas bem planejados e gravados, sendo visualizados de forma agradável e bastante instrutiva, facilitando a compactação do conteúdo ensinado através de aulas simples e significativas por conta das imagens, do ritmo e da continuidade como ocorre a sequência didática.[17] [25]
  •       Os vídeos digitais disponibilizados por DVD, que permitem a fixação do conhecimento através de uma maior atenção porque, como instrumento complementar, permite rever uma determinada situação de aprendizagem, tirar dúvidas e analisar o conteúdo sem o inconveniente da instantaneidade da televisão.[17] [18]
  •       Os vídeos obtidos através da internet, que são os principais instrumentos tecnológicos utilizados atualmente, possibilitando o rompimento das fronteiras na obtenção de informação e sua transformação em conhecimento, à medida que nos permite acesso fácil, rápido, contínuo e gratuito, independentemente de local e horário. Nesse sentido, representou um impulso vital à ideia de educação à distância e de inclusão digital. Em alguns casos, ainda se pode editar o vídeo, acrescentar textos ou áudios.[17] [19]

O áudio também pode ser utilizado como elemento motivador do aprendizado, seja em sala de aula ou como atividade em casa, sendo mais comumente utilizado em conjunto com o vídeo, formando o recurso audiovisual, mas também pode ser utilizado isoladamente com fins pedagógicos. O seu maior veículo propulsor é o rádio, que teve franco desenvolvimento em meados do século passado, quando o progresso tecnológico o tornou um simplificador e verdadeiro estímulo para os novos processos pedagógicos. Hoje, quando desejamos apenas o som como recurso de ensino e aprendizagem, podemos utilizar o próprio rádio, as gravações em CDs ou pendrives e os arquivos de áudio disponíveis na internet, utilizando, por exemplo, os podcasts.[26]

Essas novas tecnologias aplicadas ao ensino, incluindo os recursos audiovisuais, a robótica e a realidade virtual enfatizam temas abordados na grade curricular, desenvolvem habilidades nos estudantes que não ocorreriam no ensino tradicional e colaboram para atenuar o atual quadro de carência pedagógica.[17] [18] Também possibilitam exercitar habilidades importantes na atualidade, como maior versatilidade, criatividade, dinamicidade, iniciativa, colaboração, capacidade crítica, conduta ética, comunicação e interação no ensino, significando a aprendizagem e estimulando a participação ativa do aluno numa perspectiva construtivista. Em relação aos professores, os benefícios são a rápida obtenção de informação sobre recursos instrucionais, a maior interação com os alunos e a facilidade na detecção de pontos fortes e dificuldades específicas dos mesmos. Com isso, professores e alunos começam a perceber o conhecimento como um processo contínuo e continuado de pesquisa.[21] [27]

Os vídeos servem como ferramentas educacionais fortes, sendo mais eficazes que as palestras tradicionais por serem mais capazes de envolver os estudantes e oferecer fácil acesso a grandes quantidades de informação. Isso permite a ancoragem do conhecimento dentro de um contexto significativo de resolução de problemas.[19] [22] Os alunos podem interagir com a mídia, parando para ler texto sobreposto, reproduzindo segmentos, retornando se não tiver compreendido algo. Isso é muito importante pois cada discente segue seu ritmo sem ter a sensação que está incomodando ou prejudicando a turma. Em vez de assistir passivamente ao conteúdo exposto, o estudante pode controlar o vídeo e monitorar seu próprio aprendizado. Isso é importante porque, quando as pessoas estão ativamente envolvidas em sua aprendizagem, elas aprendem mais e se lembram disso mais do que quando são apenas ouvintes.[19]

A utilização de vídeos educativos como aliado do ensino visa ampliar o desenvolvimento socioeducativo, melhorando o acesso à informação e possibilitando que o processo de ensino e aprendizagem se torne mais inovador e motivador para alunos e professores.[28] Esses vídeos têm sido aplicados em diversas experiências pedagógicas, combinando vários elementos, como imagens, textos, falas e som em um único objeto de promoção do conhecimento.[29] Contudo, para servir ao propósito educativo, o material audiovisual deve ser produzido após um bom planejamento, utilizando uma gravação de qualidade, empregando a técnica adequada, sendo preparado de forma responsável e apresentado no momento correto, sendo também combinado com outras mídias e outros recursos didáticos. Ainda deve-se lembrar que a linguagem precisa ser acessível, pensando na grande diversidade do público que irá assistir e buscando fazer com que a informação se transforme em conhecimento e as imagens devem estar carregadas de um simbolismo que faça ressoar nas pessoas, relacionando-se com o grupo que assiste, de modo a que haja uma verdadeira identificação.[28] [30] [31]

Principalmente no caso de pretender compartilhar o vídeo educativo na internet, a sua produção e utilização exige muito mais estudo, pesquisa e responsabilidade para que o conteúdo exposto seja abordado de forma séria e com informações verídicas e verificáveis, tendo em vista que essas mídias audiovisuais conseguem atingir um grande número de pessoas em diferentes partes do mundo.[28] Dos diversos aspectos de um vídeo, o dinamismo entre ambientes, cenários e personagens, destaca-se como um requisito relevante para o bom entendimento do grupo. A exibição musical durante um vídeo também é capaz de transmitir sensações, sentimentos e pensamentos, favorecendo a construção do raciocínio e aprendizado. Por isso, a escolha de um áudio relacionado ao que se quer comunicar é fundamental para a transmissão da mensagem e o desenvolvimento da aprendizagem, pois estímulos visuais e sonoros adequadamente utilizados podem fazer muita diferença.[18] [32]

Usar recursos audiovisuais, como os vídeos educativos, pode representar uma sofisticação no processo de ensino e aprendizagem, sendo algo satisfatório, motivador e inovador, ajudando a captar a atenção do público e despertar a sua curiosidade em relação aos assuntos abordados, pois a sociedade está culturalmente ligada à capacidade de captar informações visuais e processá-las constantemente. Desse modo, consegue-se compartilhar conhecimentos novos.[28] [32] [33] A associação de duas linguagens, som e imagem, estimula os dois sentidos humanos mais privilegiados no mundo moderno, a audição e a visão, fazendo com que as pessoas aprendam melhor em um ambiente de aprendizagem eletrônica. Isso é muito importante para as novas gerações, afeitas à tecnologia, pois envolve os alunos, permite que eles consigam soluções criativas que favoreçam a aprendizagem.[33] [34]

Os vídeos dinamizam as aulas e tornam a assimilação dos conteúdos mais prazerosa. Produzir e compartilhar vídeos é algo cada vez mais frequente atualmente na cultura digital e isso pode ser aproveitado no processo pedagógico, através da troca de conteúdo, de tecnologias e técnicas entre professores e alunos. Computadores, tablets e smartphones são capazes de gravar e processar imagens, sons e textos com alta qualidade e, por estarem conectados à Internet, podem rapidamente acessar as informações e difundi-las em redes sociais. Em muitos projetos, os próprios alunos se responsabilizam por gravar, editar e propagar os conteúdos, necessitando apenas da orientação do professor.[18] [34] Dessa forma, os vídeos educacionais contribuem para o desenvolvimento da percepção artística por meio do uso de imagens, textos, sons, movimentos, cores, cenários, entre outros; melhoram a interação dos alunos com as tecnologias (seja televisão, aparelho de projeção ou computador ligado à internet) e permitem a utilização de códigos e signos da cultura local de cada região, favorecendo a identificação do público, receptor da mensagem, com o seu emissor, possibilitando uma melhor compreensão do que se pretende ensinar, enriquecendo o entendimento de aspectos naturais, sociais, políticos e éticos da sociedade.[30]

Por outro lado, trabalhar apenas com o áudio, principalmente em projetos de audioaulas e de rádios escolares, permite observar características importantes e que devem ser valorizadas na construção do conhecimento. Pode-se destacar a sensorialidade, que dá vazão à imaginação, contribuindo com a complementação da interpretação de mensagens pelo ouvinte e resgata a relação emocional presente nos diálogos; dinâmica, que corresponde à rapidez na produção de conteúdo, imediatismo na comunicação e instantaneidade das mensagens; efetividade, pois a relação custo-benefício da infraestrutura é compensada pela quantidade de ouvintes que os programas podem atingir e invisibilidade, permitindo a audição das mensagens sem impedir a realização de outras atividades, garantindo uma presença afirmativa entre os diversos segmentos receptores.[26]

Como desvantagens dos métodos audiovisuais, nota-se que os vídeos interativos, apesar de serem uma ótima ferramenta educacional, modificando a metodologia de ensino, são pouco utilizados e ainda são escassos estudos relacionados a essa temática.[28] O professor que vai utilizar vídeos disponíveis na internet deve observar se o conteúdo do material é apropriado aos temas a serem abordados em aula, se a qualidade de som e imagem são bons e se o ritmo e a dinâmica do vídeo permitem a aprendizagem da turma, pois, se o vídeo for muito lento, dispersa a atenção e, se for muito rápido, não dá condição de reter as informações, transformando-as em conhecimento.[19] [27] [34] Para quem não tem experiência e pretende elaborar seu próprio material através de vídeo-aulas, a etapa de produção dos vídeos suscita algumas dificuldades, como planejamento da gravação, criação do roteiro, uso de um aparato tecnológico para filmagem com qualidade, edição do vídeo e finalização do produto para arquivar em DVDs ou transmitir pela internet. Dependendo do número de membros da equipe, precisa-se ainda lidar com a disponibilidade de tempo, distância geográfica e demais atividades do cotidiano.[18] [34]

Não é sempre que os professores recebem formação para a produção de aulas em formato de vídeo, ou quando recebem, nem sempre é o suficiente para que tenham autonomia no processo de criação do material e vinculação com o currículo. Geralmente, não existe uma equipe multidisciplinar que congregue professores, profissionais do audiovisual e alunos para pensar, criar, planejar, gravar e editar as aulas levando em consideração os aspectos da interatividade. Essa interatividade, no caso do vídeo didático, relaciona-se com a possibilidade de alunos e professores produzirem, coproduzirem, compartilharem, discutirem seus vídeos, visando uma aprendizagem eficaz através do ambiente virtual de aprendizagem e/ou no ciberespaço como um todo.[34]

Assim, no planejamento pedagógico, o professor deve avaliar bem quando, como e quais vídeos deverá usar, pois estes são ótimos recursos didáticos. Entretanto, podem perder potencial se não forem planejados criteriosamente ou adequadamente utilizados, devendo haver propósito bem definido e significativo para os estudantes, para que eles não percam o interesse pelo tema, dispersem a atenção ou sofram prejuízo na aprendizagem do conteúdo.[21] [27] Por outro lado, os vídeos devem ser entendidos como uma ferramenta para promover a aprendizagem e não como uma pedagogia em si mesmo. Eles não substituem outros recursos nem o preparo do professor, mas auxiliam o trabalho do professor que planejou bem sua sequência didática, escolheu materiais adequados, preparou-se para a aula e está disponível a criar um ambiente de aprendizagem efetiva.[21] [35] Assim, os recursos audiovisuais se somam a outras ferramentas e se integram na formação de um espaço de aprendizagem agradável, estimulante e significativo, abrindo espaço para a verdadeira construção de conhecimento, aquisição de habilidades cognitivas e sociais e conexão com a realidade do jovem, que gosta de cor, movimento e interação.

Computadores, tablets e aparelhos móveis

Computadores

As novas tecnologias vêm adquirindo cada vez mais relevância na vida das pessoas e, dentre elas, o computador tem sido cada vez mais utilizado como instrumento de aprendizagem, acompanhando o rápido aumento de sua ação no meio social. Seu uso pode provocar uma grande revolução na educação devido à grande quantidade de recursos disponíveis, que permitem potencializar a capacidade de ensinar de quem o utiliza. Tudo isso a um custo relativamente pequeno.[36] [37] As recentes inovações tecnológicas da informação, como o emprego do computador e a sua união eficiente com a internet, estão rapidamente transformando a cultura do processo ensino-aprendizagem, valorizando a comunicação, a busca de informações e o compartilhamento dos saberes. O aprendizado apoiado pela tecnologia tem contribuído para os mais diversos tipos de pesquisas, dando acesso a conteúdos completos de livros, revistas, teses, fóruns de discussão, entre outros.[38] [39]

Os jovens de hoje nasceram com as novas tecnologias. São nativos digitais e estão acostumados com o mundo da velocidade, de movimento, multitarefa; com acesso rápido, instantâneo e aleatório; priorizando figuras e gráficos em vez de longos textos; buscando atividade, conexão, diversão, fantasia e muito mais. O tipo de dispositivos que os jovens hoje possuem demonstra que essa geração está perfeitamente ligada às novas tecnologias e fica entediada com a maior parte da educação de hoje, mesmo que esta seja bem intencionada. Por isso, a integração da tecnologia no ambiente da sala de aula permite que os professores se beneficiem da conexão digital com os alunos, fornecendo experiências de aprendizado significativas.[40] [41]

As utilizações do computador no processo educacional podem ser entendidas como[38]:

  •       Aprendizagem sobre os computadores, por meio de programa de conscientização computacional e alfabetização em informática ou curso;
  •       Aprendizagem pelos computadores, de modo que os computadores são usados para orientar os alunos através, por exemplo, de um software tutorial ou fornecendo uma prática adicional em habilidades específicas, como a utilização de um software de treinamento prático;
  •       Aprendizagem com os computadores, fazendo com que os discentes tomem decisões sobre como interagir, usar o computador, dentro de uma simulação ou jogo ou resolução de problemas, ou usa o computador como uma ferramenta para moldar informações que já possuem, desenvolver materiais e realizar pesquisas;
  •       Aprendizagem sobre pensar com computadores, usando o computador para ajudar os estudantes a desenvolverem novos padrões de pensamento que podem ajudá-los em diversas situações de aprendizado usando linguagens de programação;
  •       Gestão de Aprendizagem com Computadores, que corresponde ao uso indireto de computadores na aprendizagem dos alunos, através da manutenção do perfil dos alunos, realização de registros, cálculo de notas, diagnóstico e correção, comunicação com os mesmos.

Desse modo, o computador pode ser usado de várias maneiras, visando atingir diversas finalidades no âmbito educacional, podendo-se simplificar, dividindo-o assim[38] [42]:

  •       Aprendizado assistido por computador, que descreve um ambiente educacional onde um computador é tratado como uma ajuda para uma estratégia geral de ensino-aprendizagem com outros métodos e auxiliares, como palestras, demonstrações, projetos, livros didáticos, livros complementares, planilhas, etc. É usado para complementar o ensino regular e tornar o conteúdo dos livros didáticos mais fácil, interativo e estimulante; facilitar a transição da sala de aula centrada no professor para uma mais interativa; criar uma provisão de autoaprendizagem para professores e alunos; garantir clareza conceitual e melhor aplicação do conteúdo, entre outros tantos objetivos. O computador se torna mais uma ferramenta, assim como o quadro-negro, a calculadora, a caneta, um gráfico, um modelo, um cartão de memória ou um livro, ajudando os professores a ensinar e os alunos a aprender. Os professores recebem recursos com conteúdo multimídia (CDs ou internet) para explicar melhor os tópicos e tornar o processo de ensino-aprendizagem alegre, interessante, fácil de entender. O computador motiva e atende a diferentes habilidades de aprendizado. A internet fornece informações muito mais atualizadas do que livros de texto.
  •       Instrução gerenciada por computador, que se relaciona à situação em que os computadores são ferramentas que podem ser usadas não apenas para ajudar os professores durante o ensino, mas também para ajudar no gerenciamento da sala de aula. É uma estratégia de instrução em que o computador é usado para fornecer objetivos de aprendizagem, recursos de aprendizagem, manutenção de registros, acompanhamento de progresso, avaliação do desempenho do aluno, prescrever e controlar aulas individualizadas. O aluno não necessariamente interage com o sistema de computador, mas a equipe da escola gerencia os seus dados relacionados ao desempenho acadêmico. O aluno pode estar on-line para fazer testes. Além disso, o computador pode diagnosticar as necessidades de aprendizado dos alunos e prescrever sequências opcionais de instrução para eles. Há uma série de softwares projetados para funcionar como planilhas de notas, bancos de dados, bancos de perguntas, análises, entre outros. Esse modo de instrução emprega o uso de computadores no gerenciamento de funções auxiliares / tarefas relacionadas à instrução, como geração de material, preparação do plano de aula, preparação do cronograma, monitoramento do comparecimento, avaliação do desempenho do aluno, preparação de planos de educação individualizados, reforço de comunicação).
  •       Instrução assistida por computador, que se aplica a qualquer programa em que o computador faz o ensino diretamente on-line ou off-line, através de vídeos, imagens, gráficos e animações para explorar os assuntos. Além disso, o termo tem sido usado com frequência como sinônimo de vários outros termos, como aprendizado assistido por computador, aprendizado baseado em computador, instrução aprimorada por computador etc. Nesse modo de instrução, o aluno interage diretamente com um computador e aprende através de lições programadas no computador. Aqui, o computador é usado para tarefas de instrução, fornecendo conteúdo em texto ou multimídia, perguntas de múltipla escolha, feedback imediato, anotações sobre respostas incorretas, resume o desempenho dos alunos, exercícios para prática e planilhas e testes. O papel do professor é orientar os alunos a usar esse material autodidata, independente do professor, em um computador na escola ou em casa. A avaliação pode ser feita pelo mesmo sistema ou o sistema pode redirecionar os alunos para outros sites. São usados softwares instrucionais que podem ser classificados como tutorial, treinamento e prática, simulação, jogo instrutivo, descoberta e resolução de problemas.


Como benefícios, pode-se destacar que os computadores estão sempre avançando em recursos, velocidade, programas e comunicação, e possibilitam várias atividades que contribuem para a aprendizagem. Através deles, pode-se realizar pesquisas; simular situações; testar conhecimentos específicos; descobrir novos conceitos, lugares e ideias; produzir gráficos, animações, vídeos, textos, avaliações, experiências, entre outras possibilidades, que vão desde seguir algo pronto, degrau a degrau, como no tutorial, passando por utilizar o seu conteúdo para construir conhecimento a partir de algo semiestruturado, completando-o, até produzir algo inovador e distinto do que existia até então. Eles representam um recurso flexível, podendo funcionar como um caderno eletrônico e ser adaptado às diferentes necessidades de cada aluno, valorizando a individualidade de cada um, dentro da diversidade do grupo. [22][37]

Os computadores, a internet e as mídias sociais digitais ampliam as possibilidades de acesso ao conhecimento, podendo favorecer o processo de ensino-aprendizagem dos conteúdos curriculares de todas as disciplinas, níveis e modalidade de ensino, tornando-se um instrumento auxiliar excelente, inclusive permitindo a participação direta das pessoas nas decisões que afetam a sua vida cotidiana e seus interesses educacionais.[36] [37] O interesse em usar o computador como ferramenta pedagógica justifica-se pela possibilidade de dinamizar as aulas e contribuir para a construção de aprendizagens significativas através de novas alternativas de trabalho didático; conexão a pontos distante do cotidiano dos estudantes; ampliação da aprendizagem colaborativa por meio de comunidades virtuais e novas formas de interação digital, aumentando o interesse dos discentes e promovendo a aprendizagem com mais facilidade e de forma lúdica ao mesmo tempo que conduz o ensino em elevado nível científico-metodológico e protege os padrões educacionais internacionais. Assim, quando os objetivos educacionais são claramente definidos, o lugar e o papel dessas ferramentas tecnológicas parecem ser naturais e apropriados.[36][43]

Outras oportunidades oferecidas pelo uso de computadores são as oportunidades de expandir enormemente as habilidades de ensino-tutorial e gestão educacional; a agilidade de comunicação e feedback entre professor e aluno, assim como entre professor e os pais; o benefício de aprender a usar a tecnologia e ganhar agilidade tecnológica, influenciando a capacidade de identificação de problemas concretos e de ferramentas para resolvê-lo. Tudo isso favorece a aprendizagem centrada no aluno, colaborativa e de alta ordem, desenvolvendo habilidades na redação, solução de problemas e uso de tecnologia, gerando atitudes positivas em relação à tecnologia como ferramenta de aprendizado por parte de alunos, pais, professores e líderes escolares e, com isso, aprimora-se a qualidade e a sustentabilidade de programas de integração tecnológica.[22] [43] No caso de cursos on-line, o aprendizado autodirigido pode ter o potencial de produzir discussões mais aprofundadas e elevar o nível do aprendizado, inclusive ampliando a participação dos discentes, devendo-se priorizar materiais cujo acesso seja interativo e navegável em vez de usar apenas páginas roláveis.[44]

Como desafios dessa implementação da utilização do computador, nota-se que o docente sente necessidade de uma mudança da sua prática pedagógica na era do conhecimento digital. Com isso, ele que tinha o papel de ensinar e buscava formas de melhorar o ensino, agora se vê diante da necessidade de aprender e precisa estar disposto a usar novos tecnologias para melhorar o seu trabalho. Isso é um verdadeiro desafio. Por outro lado, não se deve, em nome da inovação tecnológica e da entrada da era digital, descartar tudo o que foi utilizado no passado, as metodologias mais tradicionais, a relevância da linguagem oral e escrita e nem se pode usar indiscriminadamente o computador no processo de ensino-aprendizagem. É necessário encontrar um equilíbrio e usar o melhor que cada ferramenta tem a oferecer, sendo importante reconhecer que o uso criterioso dos recursos eletrônicos auxilia a aprendizagem por parte dos alunos, levando-os a utilizarem as informações disponíveis no universo do conhecimento virtual e faz com que adquiram outras habilidades que serão importantes para toda a vida.[37] [45]

Outros problemas do uso do computador nas escolas são a dificuldade em agendar e utilizar os laboratórios de informática, visto a pequena quantidade de computadores para o número de turmas, principalmente quando se fala em boas máquinas e internet de qualidade; a necessidade de treinamento e capacitação permanente de professores, inclusive com a escassez de profissionais da área de tecnologia nas escolas que possam auxiliar o docente; a resistência de alguns gestores em disponibilizar os laboratórios aos professores, sendo necessário descentralizar as decisões e a organização escolar.[36] Por outro lado, professores despreparados ou com aulas mal planejadas podem transformar o uso do computador em uma distração, interferindo de maneira negativa na aprendizagem, ou fazendo do computador um recurso pedagógico instrucionista, servindo como um substituto do quadro, não havendo a possibilidade de o aluno construir o seu próprio conhecimento. Também não se deve usar os computadores apenas para tarefas de baixo nível, como apresentações, realização de exercícios e processamento de texto, pois isso reduz muito a potencialidade dessa ferramenta e ainda é necessário realizar uma maior integração dessas novas tecnologias ao currículo escolar.[38] [39] [45] [46]


Tablets

O tablet, também conhecido como computador tablet, é um computador móvel de uso geral com a tela, a bateria e os circuitos contidos em um único painel. A característica mais distinta dos tablets é a tela sensível ao toque, que permite interação direta. Alguns tablets exigem uma caneta para interação, embora os mais modernos sejam operados diretamente com os dedos. Em comparação com computadores desktops ou laptops, os tablets geralmente são muito mais leves, menores, têm uma duração de bateria mais longa e geralmente um teclado virtual na tela em vez de um teclado real, além de também poderem ser usados em pé. Os tablets geralmente são vendidos com uma variedade de aplicativos, e há também um grande número de aplicativos pagos ou gratuitos disponíveis para download.[47]

Comparando-se tablets e laptops, ambos são computadores que executam e suportam muitos softwares e aplicativos semelhantes, mas também existem algumas diferenças importantes entre eles. São vantagens dos tablets características como flexibilidade, portabilidade e mobilidade; maior durabilidade da bateria; sensibilidade ao toque na tela e interatividade; também há incríveis aplicativos em quantidade e qualidade, adicionando prazer ao aprender; presença de câmera e melhor capacidade de leitura, dando a sensação próxima à leitura de um livro em papel. Como vantagens dos computadores portáteis, destacam-se os processadores mais poderosos; melhor teclado e maior quantidade de software.[47] [48]

Tablets e smartphones têm muito em comum também, sendo ambos móveis e portáteis, possuem tela sensível ao toque, são interativos e suportam muitos aplicativos. Ambos podem se conectar ao Wi-Fi e, portanto, podem ser usados para acessar e-mail, material didático on-line, sites de mídia social ou para fazer videoconferências ou audioconferências. Alguns acreditam que os tablets são a extensão dos smartphones, com telas maiores e sem capacidade de fazer chamadas. No entanto, outros acreditam que os tablets são muito mais úteis em educação, principalmente por conta de sua tela maior, que aumenta a utilidade pedagógica em grande medida. Além disso, os tablets têm quase todos os recursos e vantagens dos smartphones com a única exceção de capacidade de ligações telefônicas. São vantagens dos tablets, as telas maiores, melhor capacidade de leitura, melhor navegação e teclados maiores. Por outro lado, as vantagens dos smartphones são melhor portabilidade, pois sendo menores, cabem até no bolso; capacidade de fazer chamadas telefônicas e geralmente têm um plano de dados que os mantém conectados à Internet na falta de um acesso Wi-Fi.[47] [48]

Quando se avalia a literatura que aborda a utilização dos equipamentos móveis como ferramenta pedagógica, várias vantagens são referidas, entre elas, destacam-se a possibilidade de realizar trabalhos colaborativos; mobilidade; maior interatividade; facilidade de acesso às informações; ubiquidade e aprendizagem em qualquer momento ou lugar. Outras vantagens relacionadas são conectividade; disponibilidade; dinamicidade; equidade; facilidade de comunicação; maior motivação e envolvimento dos participantes e estímulo ao desenvolvimento de novas competências, como pensamento crítico, reflexão, criatividade, participação e organização, entre outras.[48] [49]

De um modo geral, os tablets podem atuar como catalisadores de uma nova ordem educacional movida pela tecnologia. Seu preço é equivalente a alguns livros escolares e, sendo muito leves, podem armazenar todos os livros do estudante, permitir a pesquisa de textos, áudios e vídeos em outras tantas fontes através da internet e ainda suportar novas formas de aprender e ensinar. Seu conteúdo pode ser revisado e atualizado continuamente e, através deles, podem ser registradas anotações; realizadas leitura; praticados jogos educativos; gravados áudios e vídeos; partilhadas informações; realizados projetos, apresentações e aplicados questionários ou testes, com feedback imediato, sendo ótimas ferramentas para motivação, interação, colaboração e aprendizado no exato momento. Também são ótimas ferramentas para acessar sistemas de gerenciamento de aprendizado, servindo para acessar facilmente o material do curso em qualquer momento ou local.[47] [48] [50]

A maioria dos tablets tem câmeras, que podem ser usadas para tirar fotos, capturar vídeos, gravar uma aula registrar o que está escrito no quadro. O podcasting pode servir para fazer projetos ou gravar palestras ou debates. Em uma aula ou conferência, permite fazer anotações que podem ser passadas a outros aparelhos como laptops ou smartphones e podem ser compartilhadas entre colegas. Eles também suportam a maioria dos formatos de vídeo e os estudantes podem assistir a tutoriais no YouTube ou vídeos incorporados nos sistemas de gerenciamento da aprendizagem para uma aprendizagem mais envolvente. Embora os sites de mídia social sejam geralmente considerados distrações para o ensino e a aprendizagem, eles são uma boa maneira de manter a comunicação e o compartilhamento de material entre os alunos. Os tablets ainda são ótimas ferramentas para troca de e-mail, escrever relatórios ou trabalhos e preparar apresentações mais eficazes. Todas essas excelentes aplicações tornam os tablets uma ótima tecnologia para fins de ensino e aprendizado, especialmente no ensino superior.[47] [48] [50]

O tablet também pode ser usado como suporte para o trabalho pedagógico do professor, através do armazenamento de materiais necessários para o desenvolvimento das aulas, registro dos planos de aula e acesso à internet, possibilitando realização de pesquisas, uso de aplicativos educacionais específicos para sua disciplina e implementação de avanço e inovação para o contexto de sala de aula. Também é útil para o compartilhamento de informações e troca de conhecimentos entre os professores, ajudando-os a se aprimorarem e evitando que se sintam excluídos por terem menos domínio dessas novas tecnologias quando comparados a outros colegas ou mesmo a alguns alunos.[51] [52]

Contudo, a implantação dos tablets como ferramentas pedagógicas trazem desafios semelhantes aos apontados para a utilização dos computadores pessoais, incluindo a necessidade de investimento na formação continuada dos professores para que seja possível a utilização deste dispositivo em sala de aula de maneira pedagógica, proporcionando o enriquecimento tecnológico e pedagógico. A fluência tecnológica do professor e o conhecimento prévio da ferramenta e seu sistema são fundamentais para a sua boa utilização. Por isso, não há melhora no modo de ensinar apenas com a entrega de tablets a professores e estudantes. É necessário manter uma estratégia de treinamento para dominarem os recursos tecnológicos e capacitação frequente. Há as dificuldades de ordem técnica, como falta de familiaridade com o sistema e tempo restrito para sua utilização. Também há questões práticas, que incluem apropriação das ferramentas e aplicativos do tablet e acesso à internet, que, pela lentidão, muitas vezes, inviabiliza a navegação. Muitos recursos instalados nos tablets despertam interesse, mas não podem ser usados porque são on-line e não carregam se não houver acesso à internet de qualidade.[51] Quando avaliada a literatura que aborda a utilização dos equipamentos móveis como ferramenta pedagógica, as desvantagens ou os desafios apontados em nível organizacional são necessidade de modificar o modelo curricular atual; resistência ou descrédito por parte de alguns professores quanto à ferramenta; necessidade de investimento na formação dos professores, em infraestrutura e apoio técnico. Também são citados o risco do jovens se dispersarem ou distraírem durante as atividades; o perigo de violação da privacidade através de e-mails, por exemplo; o medo da sobrecarga de trabalho que pode advir do uso do aparelho, que muitas vezes é visto como uma tarefa a mais.[49]


Aparelhos móveis

Com relação aos dispositivos móveis de telefonia, a evolução das novas tecnologias fez com que deixassem de ser utilizados apenas para telefonar ou enviar mensagens para se tornar uma grande experiência sociocultural. Hoje, eles garantem o acesso à internet e permitem elaborar vídeos, captar fotografias, preparar textos, comunicar através de mensagens escritas, entre outras atividades. Por isso, constituem uma poderosa ferramenta de comunicação que não deve ser ignorado pela escola.[40] [53] Juntamente com os tablets, a tecnologia dos smartphones estão a fazer emergir um novo paradigma educacional, a aprendizagem através de dispositivos móveis, a que se dá o nome de mobile learning (m-learning). Esse conceito agrega uma série de possibilidades criadas com o aparecimento das novas tecnologias móveis, infra-estruturas e protocolos de redes de comunicação sem fios e os crescentes desenvolvimentos na área da aprendizagem à distância, sendo sua extensão natural a partir de aparelhos que permitem maior mobilidade e disponibilidade a qualquer momento e lugar.[40] [54]

A utilização desses dispositivos móveis permite que a aprendizagem se faça, cada vez mais, fora da sala de aula e dentro dos ambientes real e virtual dos estudantes, fazendo com que eles experimentem uma aprendizagem mais significativa, contextualizada, pessoal, colaborativa e contínua ao longo da vida. Entre as características dos dispositivos móveis, algumas são muito úteis para seu uso com fins educativos, como portabilidade, podendo ser levados consigo; interação social, permitindo troca de dados e colaboração com outros utilizadores; conectividade, proporcionando a ligação a outros tipos de aparelhos através de uma rede comum, e sensibilidade ao contexto, propiciando resposta aos dados reais ou simulados no local, ambiente e tempo.[40]

Podem ser listados alguns benefícios ou vantagens no uso dos smartphones como ferramenta pedagógica, como ampliação do alcance e da equidade em educação; melhora da educação em áreas de conflito ou que sofreram desastres naturais; suporte à aprendizagem in loco; aproximação entre o aprendizado formal e o informal; melhora na comunicação e na aprendizagem personalizada e contínua; assistência a alunos com deficiência; melhor aproveitamento do tempo em sala de aula; perspectiva de aprender em qualquer hora e lugar; construção de novas comunidades de aprendizado; possibilidade de avaliação e feedback imediatos e otimização da relação custo-benefício na educação. Os seus inúmeros recursos internos tornam-os capazes de filmar, tirar fotos, produzir montagens, gravar áudios, além de oferecer uma grande variedade de acesso a aplicativos e programas criados para atender necessidades de todo tipo, inclusive, educativas.[53] [54] [55]

Para inserir o uso dos dispositivos móveis de telefonia como recursos nas salas de aulas e obter sucesso com essa ferramenta pedagógica, algumas recomendações são feitas aos governantes, como criar ou atualizar políticas ligadas ao aprendizado móvel; conscientizar todos os participantes do processo (gestores escolares, professores, alunos e familiares) sobre sua importância; expandir e melhorar opções de conexão; ter acesso igualitário, garantindo equidade de gênero e socioeconômica; criar e otimizar conteúdo educacional; manter um programa de treinamento e capacitação de professores quanto às tecnologias móveis e suas possibilidades pedagógicas; promover o uso seguro, saudável e responsável de tecnologias móveis e usar tecnologia para melhorar a comunicação e a gestão educacional. Esses são grandes desafios para quem pensa educação de um modo mais amplo.[53]

Alguns desafios em utilizar os smartphones no contexto educacional são coordenar um grupo de aprendizagem dentro da sala de aula usando os dispositivos; aproximar o modelo de educação formal da escola e informal dos aparelhos; expor conteúdos curriculares através de um equipamento com um ecrã tão reduzido e realizar avaliações de aprendizagem em contexto extraescolar. Há ainda questões relacionadas ao tipo de teclado, autonomia da bateria, capacidade de memória e tipo de recursos que cada modelo de aparelho possui. Deve-se atentar ainda que todos os recursos criados para facilitar a vida das pessoas, podem ser usados de má-fé e causar danos. O mau uso do dispositivo móvel pelos alunos pode ocorrer, sobretudo, quando não há um prévio e necessário trabalho interdisciplinar de conscientização dos valores éticos e morais para ajuda-los a compreender as sérias consequências de tal prática. Por isso, esse trabalho deve ser realizado antes e durante a sua implementação e deve persistir.[40] [55]


Assim, com todas essas inovações tecnológicas e com as grandes transformações sociais que elas trouxeram, não se pode manter o antigo paradigma educacional, com cadeiras enfileiradas, um professor que centra a atenção em si e alunos que não participam das aulas. As tecnologias precisam agregar valor ao processo ensino-aprendizagem. O professor não pode usar o computador, o tablet ou o smartphone em suas aulas e manter a mesma didática. Por outro lado, os alunos não devem usar essas tecnologias para copiar e colar conteúdo da internet, observando superficialmente o que está exposto, sem pesquisar adequadamente, avaliar as fontes, compreender o assunto e usar a sua criatividade, pois isso diminui a perspectiva de ganho dessa metodologia. Assim, o papel do professor na mediação pedagógica também é orientar a aprendizagem no seu aspecto gerencial, devendo ter um planejamento prévio bem feito e estar aberto a improvisação, quando necessário. Por fim, é fundamental que o professor se aproprie de novas formas e técnicas de ensino para o desenvolvimento de uma aprendizagem que torne a sua aula mais atraente e participativa, incrementando a aprendizagem de seus alunos através de uma compreensão mais profunda do conteúdo e da construção de conhecimentos.

Ensino colaborativo


Problemas para implementação

Estas tecnologias tentam ajudar a metodologia atual, mas ainda encontram problemas em sua fundamentação. Alguns exemplos dessas dificuldades são:

  • Problema na disponibilidade de conteúdo: Muitas editoras ainda não possuem a disponibilização de seus livros para Tablets devido a problemas com direitos autorais, onde escritores ou até mesmo editoras não aceitam divulgar suas publicações de forma gratuita. Devido isso sistemas como o citado anteriormente, onde seria criado um acervo bibliotecário virtual mundial encontra problemas para torna-se completa a sua realização;
  • Preparo dos professores: A maioria dos professores, não possuem ainda preparo para utilização das tecnologias digitais, não conseguindo por enquanto explorar de uma maneira eficiente o uso de dispositivos tecnológicos como os tablets, ou de novas metodologias de ensino, como a Educação a Distância, por exemplo.
  • Incerteza: Ainda não existem argumentos, nem provas necessárias que provem que essas novas metodologias aplicadas por essas tecnologias sejam realmente eficientes e esse se torna o maior problema enfrentado, a desconfiança de introduzir algo novo em um modelo tradicional e que teoricamente sempre deu certo, faz com que o uso da tecnologia de maneira mais efetiva na educação seja introduzido com cautela e devagar.

Ver também

Referências

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