Vianinha: diferenças entre revisões

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'''Oduvaldo Vianna Filho''', também conhecido como '''Vianinha''' ([[São Paulo]], [[4 de julho]] de [[1936]] — [[Rio de Janeiro]], [[16 de julho]] de [[1974]]), foi um [[dramaturgo]], [[ator]] e [[diretor de teatro]] e [[televisão]] [[brasileiro]].<ref>{{Citar periódico|titulo=Biografia de Vianinha é relançada - Diário do Grande ABC|jornal=Jornal Diário do Grande ABC|url=http://www.dgabc.com.br/(X(1)S(ciqd5qcjdnro4s3gwt1xw3nn))/Noticia/310646/biografia-de-vianinha-e-relancada|idioma=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://pcb.org.br/fdr/index.php?option=com_content&view=article&id=633:40-anos-sem-vianinha-intelectual-comunista-e-dramaturgo-da-condicao-humana&catid=5:entrevistas-com-a-historia|titulo=40 anos sem Vianinha, intelectual comunista e dramaturgo da condição humana|acessodata=2017-06-23|obra=pcb.org.br|ultimo=Nunes|primeiro=Mariana|lingua=en-gb}}</ref><ref>{{Citar periódico|data=2014-01-03|titulo=Vianinha: A Arte é essencial para a Revolução - A Verdade|jornal=Jornal A Verdade|url=http://averdade.org.br/2014/01/vianinha-arte-e-essencial-para-revolucao/|idioma=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.terra.com.br/istoegente/75/divearte/livro_vianinha.htm|titulo=ISTOÉ Gente Online|acessodata=2017-06-23|obra=www.terra.com.br}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.record.com.br/autor_entrevista.asp?id_autor=2622&id_entrevista=182|titulo=Grupo Editorial Record|acessodata=2017-06-23|obra=www.record.com.br}}</ref>
'''Oduvaldo Vianna Filho''', também conhecido como '''Vianinha''' ([[São Paulo]], [[4 de julho]] de [[1936]] — [[Rio de Janeiro]], [[16 de julho]] de [[1974]]), foi um [[dramaturgo]], [[Comunismo no Brasil|militante comunista]], [[ator]] e [[diretor de teatro]] e televisão [[brasileiro]].<ref>{{Citar periódico|titulo=Biografia de Vianinha é relançada - Diário do Grande ABC|jornal=Jornal Diário do Grande ABC|url=http://www.dgabc.com.br/(X(1)S(ciqd5qcjdnro4s3gwt1xw3nn))/Noticia/310646/biografia-de-vianinha-e-relancada|idioma=pt-BR}}</ref><ref name ="pcb1">{{Citar web|url=https://pcb.org.br/fdr/index.php?option=com_content&view=article&id=633:40-anos-sem-vianinha-intelectual-comunista-e-dramaturgo-da-condicao-humana&catid=5:entrevistas-com-a-historia|titulo=40 anos sem Vianinha, intelectual comunista e dramaturgo da condição humana|acessodata=2017-06-23|obra=pcb.org.br|ultimo=Nunes|primeiro=Mariana|lingua=en-gb}}</ref><ref>{{Citar periódico|data=2014-01-03|titulo=Vianinha: A Arte é essencial para a Revolução - A Verdade|jornal=Jornal A Verdade|url=http://averdade.org.br/2014/01/vianinha-arte-e-essencial-para-revolucao/|idioma=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.terra.com.br/istoegente/75/divearte/livro_vianinha.htm|titulo=ISTOÉ Gente Online|acessodata=2017-06-23|obra=www.terra.com.br}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.record.com.br/autor_entrevista.asp?id_autor=2622&id_entrevista=182|titulo=Grupo Editorial Record|acessodata=2017-06-23|obra=www.record.com.br}}</ref> Participante ativo do [[Teatro de Arena]], fundador do [[Centro Popular de Cultura]] da [[UNE]] e do [[Grupo Opinião]], tem sua dramaturgia marcada pela exposição da realidade brasileira através do homem simples e trabalhador, em contraposição à [[hegemonia cultural]] estrangeira.<ref>{{Citar web |ultimo=Cultural |primeiro=Instituto Itaú |url=http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa26597/oduvaldo-vianna-filho |titulo=Oduvaldo Vianna Filho |acessodata=2020-12-10 |website=Enciclopédia Itaú Cultural |lingua=pt-br}}</ref> Entre suas obras de mais sucesso encontra-se a [[série de televisão]] [[A Grande Família (1972)|A Grande Família]].<ref name="globo2">{{Citar web |url=https://memoriaglobo.globo.com/entretenimento/humor/a-grande-familia-1a-versao/ |titulo=A Grande Família – 1ª versão – Memória |acessodata=2020-12-10 |lingua=pt-BR}}</ref>


== Biografia ==
== Biografia ==
Vianinha chegou ao teatro pela via da militância política. Tanto o [[comunismo]] quanto a arte já estavam presentes em sua trajetória desde sua infância, uma vez que seus pais eram engajados em ambos. Nascido em junho de 1936 no Rio de Janeiro, Oduvaldo Vianna Filho era fruto do segundo casamento do pai, o dramaturgo [[Oduvaldo Vianna]], com a [[Radionovela|radionovelista]] Deocélia Vianna.<ref name="usp1">{{Citar web |ultimo=Bustamante |primeiro=Fernando |ultimo2=Alfonso |primeiro2=Daniel Angyalossy |url=https://www.revistas.usp.br/opiniaes/article/view/159261 |titulo=Vianinha e sua luta política no campo estético sob a ditadura |data=2019-12-27 |acessodata=2020-12-10 |website=Opiniães |paginas=74–96 |lingua=pt |doi=10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2019.159261}}</ref> Os Vianna sempre foram simpatizantes do [[Partido Comunista Brasileiro]] e cediam sua casa para reuniões do partido mesmo antes de se filiarem oficialmente no curto período em que o PCB esteve na legalidade.<ref>{{Citar web |ultimo=http://www.funarte.gov.br |primeiro=Funarte- |url=http://portais.funarte.gov.br/brasilmemoriadasartes/acervo/familia-vianna/deocelia-vianna-uma-companheira-de-viagem/ |titulo=Deocélia Vianna: Uma companheira de viagem - Brasil Memória das Artes |acessodata=2020-12-10 |lingua=pt-br}}</ref>
Filho de [[Oduvaldo Viana]] que também marcou época no [[teatro brasileiro]], Vianinha estreou no teatro em 1955, como ator, na peça "[[Rua da igreja]]", com o grupo do [[Teatro Paulista do Estudante]]. Com espírito polêmico e sempre muito combativo, Vianna fez parte do [[Teatro de Arena de São Paulo|Teatro de Arena]] e estreou como autor em 1959, ao escrever "[[Chapetuba Futebol Clube]]".<ref>{{citar web

|url=http://www.funarte.gov.br/vianninha/linhatempo.html|titulo=Linha do tempo|acessodata=26 de novembro de 2012|autor =|data=|publicado=Funarte|lingua2=}}</ref> Participou como ator do filme ''[[Cinco Vezes Favela]]'' de 1962 (Segmento: Escola de Samba, Alegria de Viver).
Vianinha estudou na [[Escola Estadual Caetano de Campos]] e aos 14 anos ingressou nas fileiras da [[União da Juventude Comunista]], participando ativamente do [[movimento estudantil]] após ser nomeado presidente da Associação Metropolitana de Estudantes Secundários e vice-presidente da [[União Brasileira dos Estudantes Secundaristas]].<ref name="memoria">{{Citar web |ultimo=Pontes |primeiro=Heloisa |ultimo2=Miceli |primeiro2=Sergio |url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S2238-38752012000400241&lng=en&nrm=iso&tlng=pt |titulo= MEMÓRIA E UTOPIA NA CENA TEATRAL |data=2012-12 |acessodata=2020-12-10 |website=Sociologia &amp; Antropologia |paginas=241–264 |doi=10.1590/2238-38752012v2411}}</ref>

Com a cassação do partido comunista durante o governo [[Eurico Gaspar Dutra|Dutra]] em 1947, a casa dos Vianna passou a funcionar como ponto de reunião dos comitês estadual e central do partido. A família mudou-se para a cidade de São Paulo e Vianinha atuou clandestinamente como secretário-geral da União Paulista dos Estudantes Secundários.<ref name="memoria"/> Aos 17 anos, matriculou-se na [[Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie|Faculdade de Arquitetura do Mackenzie]], curso que abandonaria no terceiro ano para então se dedicar ao teatro amador.

=== Teatro Paulista do Estudante e Teatro de Arena ===
Juntamente com [[Gianfrancesco Guarnieri]], Vianinha fundou o grupo Teatro Paulista do Estudante como uma iniciativa da União Paulista dos Estudantes Secundários e do PCB. Sua estréia como ator foi em 1955 através do texto "Rua da Igreja" do dramaturgo irlandês Lennox Robinson, uma sugestão de [[Ruggero Jacobbi]].<ref name="TPE">{{Citar web |ultimo=Murrer |primeiro=André Dutra [UNESP |url=https://repositorio.unesp.br/handle/11449/153355 |titulo=A criação do Teatro Paulista do Estudante (TPE), sua inserção e fusão com o Grupo Arena da cidade de São Paulo: conflitos e contradições |data=2017-07-03 |acessodata=2020-12-10}}</ref><ref name="usp1"/>

O grupo fez um acordo para ensaiar na sede do [[Teatro de Arena (São Paulo)|Teatro de Arena]] e em pouco tempo oficializaram sua incorporação. Sua entrada, juntamente com [[Augusto Boal]] que recém-chegava dos Estados Unidos, marcou uma nova trajetória para o grupo. Foi após a montagem de "[[Eles não Usam Black-tie]]" que Vianna afirmou que o [[Teatro do Brasil|teatro brasileiro]] passava por uma "fase da conscientização diante de realidade que não pode mais ser ignorada", e então começou uma busca pela representação do nacional no teatro e que atingisse um público [[proletário]].<ref name="usp1"/> Em 1959 Vianinha escreveu sua primeira peça, "Chapetuba Futebol Clube", que se propunha a ser um teatro de caráter popular tanto em sua dramaturgia e encenação quanto em
sua expectativa de estabelecer novas relações com o público. Foi através do [[futebol]] que o autor encontrou os elementos propícios para reafirmar o caráter nacional que deveriam orientar o teatro brasileiro, e a peça consolidou-se como um marco por seu valor dramatúrgico e por sua importância na análise da realidade social.<ref name="chapetuba">{{Citar web |ultimo=Borges |primeiro=Luiz Paixão Lima |url=http://seer.upf.br/index.php/rd/article/view/7281 |titulo=Representações do capitalismo em Chapetuba Futebol Clube, de Oduvaldo Vianna Filho |data=2018-05-30 |acessodata=2020-12-10 |website=Revista Desenredo |lingua=pt |doi=10.5335/rdes.v14i1.7281}}</ref>

=== Centro Popular de Cultura ===
Durante sua temporada no Rio de Janeiro, Vianinha integrou o núcleo formador do [[Centro Popular de Cultura]] em 1962, organização associada à [[União Nacional de Estudantes]] (UNE). Com o apoio do [[Instituto Superior de Estudos Brasileiros]] e de [[Carlos Estevam Martins]], escreveu "A mais-valia vai acabar, seu Edgar" que procurava despertar uma reflexão crítica no público ao mesmo tempo em que buscava a popularização da linguagem.<ref>{{Citar web |ultimo=Cultural |primeiro=Instituto Itaú |url=http://enciclopedia.itaucultural.org.br/evento395652/a-mais-valia-vai-acabar-seu-edgar |titulo=A Mais-Valia Vai Acabar, Seu Edgar |acessodata=2020-12-10 |website=Enciclopédia Itaú Cultural |lingua=pt-br}}</ref> Nesta obra, Vianna rompe com a [[Teatro do naturalismo|dramaturgia naturalista]] e realista e desvenda cenicamente a [[mais-valia]], conceito pilar da [[economia marxista]].<ref name="usp1"/>

=== Grupo Opinião ===
Imediatamente após o [[Golpe de Estado no Brasil em 1964|golpe militar de 1964]], um grupo de artistas ligados ao CPC (posto na ilegalidade) reúne-se com o intuito de criar um foco de resistência à situação. A iniciativa obteve grande sucesso e contagiou diversos outros setores artísticos, além de artistas dispersos ligados aos movimentos de arte popular. Após uma apresentação no Rio de Janeiro em 11 de dezembro de 1964, o grupo passou a se denominar [[Grupo Opinião]].<ref>{{Citar web |ultimo=Cultural |primeiro=Instituto Itaú |url=http://enciclopedia.itaucultural.org.br/grupo399366/grupo-opiniao |titulo=Grupo Opinião |acessodata=2020-12-10 |website=Enciclopédia Itaú Cultural |lingua=pt-br}}</ref>


Durante a [[década de 70]], Vianinha contribuiu para a renovação da [[teledramaturgia]] com adaptações de clássicos teatrais. Em 1972, a direção da [[Rede Globo]] decidiu criar uma versão do seriado estadunidense ''[[All in the Family]]'' que retratava a vida de uma família comum cheia de humorosos conflitos. A primeira temporada da série de televisão [[A Grande Família (1972)|A Grande Família]], no entanto, foi criticada pelo público que não se via retratada nas situações adaptadas do programa estrangeiro. Foi somente após a inserção da intelectualidade vinculada ao PCB que a audiência do programa subiu.<ref name="silva">{{Citar web |ultimo=Silva |primeiro=Roberta Alves da |url=https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=7576964 |titulo=A primeira versão de a grande família: um melodrama sem vilões nem mocinhos |data=2013 |acessodata=2020-12-10 |website=Ars Historica |paginas=9}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20111108072129/http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/0,27723,GYN0-5273-238221,00.html |titulo=Memória Globo - Rede Globo |data=2011-11-08 |acessodata=2020-12-10 |website=web.archive.org}}</ref> Vianinha, em conjunto com outros dois dramaturgos e militantes do PCB, [[Paulo Pontes]] e Armando Costa, conseguiram abrasileirar a família Silva (protagonistas do programa), tornando os problemas, os diálogos e as referências em partes da realidade brasileira.<ref name="silva"/><ref name="pcb1"/> Muito embora as [[Censura no Brasil|censuras policial e empresarial]] limitassem a [[liberdade de expressão]], Vianinha conseguiu atrair uma audiência de massa para a [[comédia de costumes]] retratando as dificuldades enfrentadas pela população durante os anos de chumbo, com sutis críticas tanto à política econômica antissocial da época quanto à mentalidade reacionária e repressiva da [[ditadura militar brasileira]].<ref name ="pcb1"/>
Em 1972, juntamente com [[Armando Costa]], criou e dirigiu na [[Rede Globo de Televisão]] uma das séries humorísticas de muito sucesso, que voltaria a ser apresentada na mesma emissora: ''[[A Grande Família (1972)|A Grande Família]]''.


== Morte e legado ==
Suas peças "[[A Mão na luva]]", "[[Allegro desbum]]" e "[[Rasga coração]]" ganharam diversas montagens no Brasil. Uma muito elogiada pela crítica é a última, "[[Rasga coração]]", que ele terminou de escrever poucos dias antes de falecer, vitimado por um [[câncer]] [[Pulmão|pulmonar]], com apenas 38 anos.
Vianinha faleceu aos 38 anos, em 16 de julho de 1974, vítima de [[câncer de pulmão]]. Sua última peça, "Rasga Coração", foi escrita poucos dias antes de sua morte.<ref>{{Citar web |url=https://cultura.estadao.com.br/noticias/cinema,colaborador-da-tv-cinema-e-teatro-vianinha-morreu-ha-40-anos,1529588 |titulo=Colaborador da TV, cinema e teatro, Vianinha morreu há 40 anos - Cultura |acessodata=2020-12-10 |website=Estadão |lingua=pt-BR}}</ref> Em sua homenagem, o PCB organiza o Coletivo Cultural Vianinha desde 2013 como um espaço para o campo cultural e artístico. Em 2017, a [[Festa Literária das Periferias]] teve o dramaturgo como homenageado em sua sexta edição.<ref>{{Citar web |url=https://oglobo.globo.com/cultura/flup-2017-homenageia-dramaturgo-vianinha-21961397 |titulo=Flup 2017 homenageia o dramaturgo Vianinha |data=2017-10-18 |acessodata=2020-12-10 |website=O Globo |lingua=pt-BR}}</ref>


==Carreira==
== Carreira ==
=== Teatro ===
=== Teatro ===
;Como diretor:
;Como diretor:
{| class="wikitable"
*1959 - ''[[Chapetuba Futebol Clube]]''
! Ano
*1961 - ''[[A mais-valia vai acabar, seu Edgar]]''
! Título
*1963 - ''[[Quartos quadras da Terra]]''
! Autoria
*1964 - ''[[Show Opinião|Opinião]]''
! Direção
*1965 - ''[[Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come]]''
! Produção
*1965 - ''[[Moço em estado de sítio]]''
|-
*1966 - ''[[A Mão na luva]]''
| 1959
*1968 - ''[[Papa Highirte]]''
| Chapetuba Futebol Clube<ref>{{Citar web |ultimo=Cultural |primeiro=Instituto Itaú |url=http://enciclopedia.itaucultural.org.br/evento399235/chapetuba-futebol-clube |titulo=Chapetuba Futebol Clube |acessodata=2020-12-10 |website=Enciclopédia Itaú Cultural |lingua=pt-br}}</ref>
*1971 - ''[[A longa noite de cristal]]''
| Oduvaldo Vianna Filho
*1971 - ''[[Corpo a corpo (peça teatral)|Corpo a corpo]]''
| Augusto Boal
*1972 - ''[[Nossa vida em família]]''
| Henrique Cesar, Teatro de Arena
*1973 - ''[[Allegro desbum]]''
|-
*1974 - ''[[Rasga coração]]''
| 1961
| A mais-valia vai acabar, seu Edgar<ref>{{Citar web |ultimo=Cultural |primeiro=Instituto Itaú |url=http://enciclopedia.itaucultural.org.br/evento395652/a-mais-valia-vai-acabar-seu-edgar |titulo=A Mais-Valia Vai Acabar, Seu Edgar |acessodata=2020-12-10 |website=Enciclopédia Itaú Cultural |lingua=pt-br}}</ref>
| Oduvaldo Vianna Filho
| Chico de Assis
| Teatro Jovem
|-
| 1963
| Quartos quadras da Terra<ref>{{Citar web |ultimo=Cultural |primeiro=Instituto Itaú |url=http://enciclopedia.itaucultural.org.br/evento405513/quatro-quadras-de-terra |titulo=Quatro Quadras de Terra |acessodata=2020-12-10 |website=Enciclopédia Itaú Cultural |lingua=pt-br}}</ref>
| Oduvaldo Vianna Filho
| Centro Popular de Cultura
| Centro Popular de Cultura
|-
| 1964
| [[Show Opinião|Opinião]]<ref>{{Citar web |ultimo=Cultural |primeiro=Instituto Itaú |url=http://enciclopedia.itaucultural.org.br/evento401317/opiniao |titulo=Opinião |acessodata=2020-12-10 |website=Enciclopédia Itaú Cultural |lingua=pt-br}}</ref>
| Oduvaldo Vianna Filho
| Augusto Boal
| Grupo Opinião, Teatro de Arena
|-
| 1965
| Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come
| Oduvaldo Vianna Filho
|
|
|-
| 1965
| Moço em estado de sítio
| Oduvaldo Vianna Filho
|
|
|-
| 1966
| A Mão na luva
| Oduvaldo Vianna Filho
|
|
|-
| 1968
| [[Papa Highirte]]
| Oduvaldo Vianna Filho
|
|
|-
| 1971
| A longa noite de cristal
| Oduvaldo Vianna Filho
|
|
|-
| 1971
| Corpo a corpo
| Oduvaldo Vianna Filho
|
|
|-
| 1972
| Nossa vida em família
| Oduvaldo Vianna Filho
|
|
|-
| 1973
| Allegro desbum
| Oduvaldo Vianna Filho
|
|
|-
| 1974
| Rasga coração
| Oduvaldo Vianna Filho
|
|
|}


;Como ator:
;Como ator:
{| class="wikitable"
*1955 - "Rua da igreja"
! Ano
*1958 - "Eles não usam black-tie"
! Título
*1965 - ''Liberdade, Liberdade''
! Autoria
! Direção
! Produção
|-
| 1955
| Rua da igreja<ref>{{Citar web |ultimo=Cultural |primeiro=Instituto Itaú |url=http://enciclopedia.itaucultural.org.br/evento405520/rua-da-igreja |titulo=Rua da Igreja |acessodata=2020-12-10 |website=Enciclopédia Itaú Cultural |lingua=pt-br}}</ref>
| Lennox Robinson
| Ruggero Jacobbi
| Teatro Paulista do Estudante
|-
| 1958
| [[Eles não Usam Black-tie]]<ref>{{Citar web |ultimo=Cultural |primeiro=Instituto Itaú |url=http://enciclopedia.itaucultural.org.br/evento397907/eles-nao-usam-black-tie |titulo=Eles Não Usam Black-Tie |acessodata=2020-12-10 |website=Enciclopédia Itaú Cultural |lingua=pt-br}}</ref>
| Gianfrancesco Guarnieri
| José Renato
| Teatro de Arena
|-
| 1965
| Liberdade, Liberdade<ref>{{Citar web |ultimo=Cultural |primeiro=Instituto Itaú |url=http://enciclopedia.itaucultural.org.br/evento398401/liberdade-liberdade |titulo=Liberdade, Liberdade |acessodata=2020-12-10 |website=Enciclopédia Itaú Cultural |lingua=pt-br}}</ref>
| Flávio Rangel, Millôr Fernandes
| Flávio Rangel
| Grupo Opinião, Teatro de Arena
|}


=== Cinema ===
=== Cinema ===
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*1971 - ''[[Um Homem sem Importância]]''
*1971 - ''[[Um Homem sem Importância]]''


====Como Roteirista====
; Como roteirista:
* 1975 - ''[[O Casal]]''
* 1975 - ''[[O Casal]]''
* 1974 - ''[[Ainda Agarro Esta Vizinha ...]]''
* 1974 - ''Ainda Agarro Esta Vizinha...''
* 1971 - ''[[O Doce esporte do Sexo]]''
* 1971 - ''O Doce esporte do Sexo''
* 1970 - ''[[Em Família (filme)]]''
* 1970 - ''[[Em Família (filme)]]''
*1968 - ''[[Dura Lex, Sed Lex, no Cabelo só Gumex]]''
*1968 - ''Dura Lex, Sed Lex, no Cabelo só Gumex''


{{Referências}}
{{Referências}}


== Ligações externas ==
== Ligações externas ==
* {{facebook|coletivoculturalvianinha|Coletivo Cultural Vianinha}}
*[http://www.funarte.gov.br/vianninha Vianinha arquivo online]
*[http://www.revistafenix.pro.br/pdf/Artigo%20Alcides%20Freire%20Ramos.pdf RAMOS, Alcides Freire. ''Vianinha e o Cinema Novo'' (PDF)]
*[http://www.revistafenix.pro.br/pdf/Artigo%20Alcides%20Freire%20Ramos.pdf RAMOS, Alcides Freire. ''Vianinha e o Cinema Novo'' (PDF)]
*[https://web.archive.org/web/20081025032836/http://www.dhi.uem.br/publicacoesdhi/dialogos/volume01/vol5_rsm2.html A Teledramaturgia de Oduvaldo Vianna Filho: da Tragédia ao Humor - A Utopia da Politização do Cotidiano]
*[https://web.archive.org/web/20081025032836/http://www.dhi.uem.br/publicacoesdhi/dialogos/volume01/vol5_rsm2.html A Teledramaturgia de Oduvaldo Vianna Filho: da Tragédia ao Humor - A Utopia da Politização do Cotidiano]
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[[Categoria:A Grande Família|Oduvaldo Vianna Filho]]
[[Categoria:A Grande Família|Oduvaldo Vianna Filho]]

Revisão das 08h30min de 10 de dezembro de 2020

Oduvaldo Vianna Filho
Vianinha
Nome completo Oduvaldo Vianna Filho
Outros nomes Vianninha
Nascimento 4 de julho de 1936
Rio de Janeiro
Morte 16 de julho de 1974 (38 anos)
Rio de Janeiro
Ocupação dramaturgo, diretor, ator
Atividade 1959-1974

Oduvaldo Vianna Filho, também conhecido como Vianinha (São Paulo, 4 de julho de 1936Rio de Janeiro, 16 de julho de 1974), foi um dramaturgo, militante comunista, ator e diretor de teatro e televisão brasileiro.[1][2][3][4][5] Participante ativo do Teatro de Arena, fundador do Centro Popular de Cultura da UNE e do Grupo Opinião, tem sua dramaturgia marcada pela exposição da realidade brasileira através do homem simples e trabalhador, em contraposição à hegemonia cultural estrangeira.[6] Entre suas obras de mais sucesso encontra-se a série de televisão A Grande Família.[7]

Biografia

Vianinha chegou ao teatro pela via da militância política. Tanto o comunismo quanto a arte já estavam presentes em sua trajetória desde sua infância, uma vez que seus pais eram engajados em ambos. Nascido em junho de 1936 no Rio de Janeiro, Oduvaldo Vianna Filho era fruto do segundo casamento do pai, o dramaturgo Oduvaldo Vianna, com a radionovelista Deocélia Vianna.[8] Os Vianna sempre foram simpatizantes do Partido Comunista Brasileiro e cediam sua casa para reuniões do partido mesmo antes de se filiarem oficialmente no curto período em que o PCB esteve na legalidade.[9]

Vianinha estudou na Escola Estadual Caetano de Campos e aos 14 anos ingressou nas fileiras da União da Juventude Comunista, participando ativamente do movimento estudantil após ser nomeado presidente da Associação Metropolitana de Estudantes Secundários e vice-presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas.[10]

Com a cassação do partido comunista durante o governo Dutra em 1947, a casa dos Vianna passou a funcionar como ponto de reunião dos comitês estadual e central do partido. A família mudou-se para a cidade de São Paulo e Vianinha atuou clandestinamente como secretário-geral da União Paulista dos Estudantes Secundários.[10] Aos 17 anos, matriculou-se na Faculdade de Arquitetura do Mackenzie, curso que abandonaria no terceiro ano para então se dedicar ao teatro amador.

Teatro Paulista do Estudante e Teatro de Arena

Juntamente com Gianfrancesco Guarnieri, Vianinha fundou o grupo Teatro Paulista do Estudante como uma iniciativa da União Paulista dos Estudantes Secundários e do PCB. Sua estréia como ator foi em 1955 através do texto "Rua da Igreja" do dramaturgo irlandês Lennox Robinson, uma sugestão de Ruggero Jacobbi.[11][8]

O grupo fez um acordo para ensaiar na sede do Teatro de Arena e em pouco tempo oficializaram sua incorporação. Sua entrada, juntamente com Augusto Boal que recém-chegava dos Estados Unidos, marcou uma nova trajetória para o grupo. Foi após a montagem de "Eles não Usam Black-tie" que Vianna afirmou que o teatro brasileiro passava por uma "fase da conscientização diante de realidade que não pode mais ser ignorada", e então começou uma busca pela representação do nacional no teatro e que atingisse um público proletário.[8] Em 1959 Vianinha escreveu sua primeira peça, "Chapetuba Futebol Clube", que se propunha a ser um teatro de caráter popular tanto em sua dramaturgia e encenação quanto em sua expectativa de estabelecer novas relações com o público. Foi através do futebol que o autor encontrou os elementos propícios para reafirmar o caráter nacional que deveriam orientar o teatro brasileiro, e a peça consolidou-se como um marco por seu valor dramatúrgico e por sua importância na análise da realidade social.[12]

Centro Popular de Cultura

Durante sua temporada no Rio de Janeiro, Vianinha integrou o núcleo formador do Centro Popular de Cultura em 1962, organização associada à União Nacional de Estudantes (UNE). Com o apoio do Instituto Superior de Estudos Brasileiros e de Carlos Estevam Martins, escreveu "A mais-valia vai acabar, seu Edgar" que procurava despertar uma reflexão crítica no público ao mesmo tempo em que buscava a popularização da linguagem.[13] Nesta obra, Vianna rompe com a dramaturgia naturalista e realista e desvenda cenicamente a mais-valia, conceito pilar da economia marxista.[8]

Grupo Opinião

Imediatamente após o golpe militar de 1964, um grupo de artistas ligados ao CPC (posto na ilegalidade) reúne-se com o intuito de criar um foco de resistência à situação. A iniciativa obteve grande sucesso e contagiou diversos outros setores artísticos, além de artistas dispersos ligados aos movimentos de arte popular. Após uma apresentação no Rio de Janeiro em 11 de dezembro de 1964, o grupo passou a se denominar Grupo Opinião.[14]

Durante a década de 70, Vianinha contribuiu para a renovação da teledramaturgia com adaptações de clássicos teatrais. Em 1972, a direção da Rede Globo decidiu criar uma versão do seriado estadunidense All in the Family que retratava a vida de uma família comum cheia de humorosos conflitos. A primeira temporada da série de televisão A Grande Família, no entanto, foi criticada pelo público que não se via retratada nas situações adaptadas do programa estrangeiro. Foi somente após a inserção da intelectualidade vinculada ao PCB que a audiência do programa subiu.[15][16] Vianinha, em conjunto com outros dois dramaturgos e militantes do PCB, Paulo Pontes e Armando Costa, conseguiram abrasileirar a família Silva (protagonistas do programa), tornando os problemas, os diálogos e as referências em partes da realidade brasileira.[15][2] Muito embora as censuras policial e empresarial limitassem a liberdade de expressão, Vianinha conseguiu atrair uma audiência de massa para a comédia de costumes retratando as dificuldades enfrentadas pela população durante os anos de chumbo, com sutis críticas tanto à política econômica antissocial da época quanto à mentalidade reacionária e repressiva da ditadura militar brasileira.[2]

Morte e legado

Vianinha faleceu aos 38 anos, em 16 de julho de 1974, vítima de câncer de pulmão. Sua última peça, "Rasga Coração", foi escrita poucos dias antes de sua morte.[17] Em sua homenagem, o PCB organiza o Coletivo Cultural Vianinha desde 2013 como um espaço para o campo cultural e artístico. Em 2017, a Festa Literária das Periferias teve o dramaturgo como homenageado em sua sexta edição.[18]

Carreira

Teatro

Como diretor
Ano Título Autoria Direção Produção
1959 Chapetuba Futebol Clube[19] Oduvaldo Vianna Filho Augusto Boal Henrique Cesar, Teatro de Arena
1961 A mais-valia vai acabar, seu Edgar[20] Oduvaldo Vianna Filho Chico de Assis Teatro Jovem
1963 Quartos quadras da Terra[21] Oduvaldo Vianna Filho Centro Popular de Cultura Centro Popular de Cultura
1964 Opinião[22] Oduvaldo Vianna Filho Augusto Boal Grupo Opinião, Teatro de Arena
1965 Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come Oduvaldo Vianna Filho
1965 Moço em estado de sítio Oduvaldo Vianna Filho
1966 A Mão na luva Oduvaldo Vianna Filho
1968 Papa Highirte Oduvaldo Vianna Filho
1971 A longa noite de cristal Oduvaldo Vianna Filho
1971 Corpo a corpo Oduvaldo Vianna Filho
1972 Nossa vida em família Oduvaldo Vianna Filho
1973 Allegro desbum Oduvaldo Vianna Filho
1974 Rasga coração Oduvaldo Vianna Filho
Como ator
Ano Título Autoria Direção Produção
1955 Rua da igreja[23] Lennox Robinson Ruggero Jacobbi Teatro Paulista do Estudante
1958 Eles não Usam Black-tie[24] Gianfrancesco Guarnieri José Renato Teatro de Arena
1965 Liberdade, Liberdade[25] Flávio Rangel, Millôr Fernandes Flávio Rangel Grupo Opinião, Teatro de Arena

Cinema

Como ator
Como roteirista
  • 1975 - O Casal
  • 1974 - Ainda Agarro Esta Vizinha...
  • 1971 - O Doce esporte do Sexo
  • 1970 - Em Família (filme)
  • 1968 - Dura Lex, Sed Lex, no Cabelo só Gumex

Referências

  1. «Biografia de Vianinha é relançada - Diário do Grande ABC». Jornal Diário do Grande ABC 
  2. a b c Nunes, Mariana. «40 anos sem Vianinha, intelectual comunista e dramaturgo da condição humana». pcb.org.br (em inglês). Consultado em 23 de junho de 2017 
  3. «Vianinha: A Arte é essencial para a Revolução - A Verdade». Jornal A Verdade. 3 de janeiro de 2014 
  4. «ISTOÉ Gente Online». www.terra.com.br. Consultado em 23 de junho de 2017 
  5. «Grupo Editorial Record». www.record.com.br. Consultado em 23 de junho de 2017 
  6. Cultural, Instituto Itaú. «Oduvaldo Vianna Filho». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 10 de dezembro de 2020 
  7. «A Grande Família – 1ª versão – Memória». Consultado em 10 de dezembro de 2020 
  8. a b c d Bustamante, Fernando; Alfonso, Daniel Angyalossy (27 de dezembro de 2019). «Vianinha e sua luta política no campo estético sob a ditadura». Opiniães. pp. 74–96. doi:10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2019.159261. Consultado em 10 de dezembro de 2020 
  9. http://www.funarte.gov.br, Funarte-. «Deocélia Vianna: Uma companheira de viagem - Brasil Memória das Artes». Consultado em 10 de dezembro de 2020 
  10. a b Pontes, Heloisa; Miceli, Sergio (dezembro de 2012). «MEMÓRIA E UTOPIA NA CENA TEATRAL». Sociologia & Antropologia. pp. 241–264. doi:10.1590/2238-38752012v2411. Consultado em 10 de dezembro de 2020 
  11. Murrer, André Dutra [UNESP (3 de julho de 2017). «A criação do Teatro Paulista do Estudante (TPE), sua inserção e fusão com o Grupo Arena da cidade de São Paulo: conflitos e contradições». Consultado em 10 de dezembro de 2020 
  12. Borges, Luiz Paixão Lima (30 de maio de 2018). «Representações do capitalismo em Chapetuba Futebol Clube, de Oduvaldo Vianna Filho». Revista Desenredo. doi:10.5335/rdes.v14i1.7281. Consultado em 10 de dezembro de 2020 
  13. Cultural, Instituto Itaú. «A Mais-Valia Vai Acabar, Seu Edgar». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 10 de dezembro de 2020 
  14. Cultural, Instituto Itaú. «Grupo Opinião». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 10 de dezembro de 2020 
  15. a b Silva, Roberta Alves da (2013). «A primeira versão de a grande família: um melodrama sem vilões nem mocinhos». Ars Historica. 9 páginas. Consultado em 10 de dezembro de 2020 
  16. «Memória Globo - Rede Globo». web.archive.org. 8 de novembro de 2011. Consultado em 10 de dezembro de 2020 
  17. «Colaborador da TV, cinema e teatro, Vianinha morreu há 40 anos - Cultura». Estadão. Consultado em 10 de dezembro de 2020 
  18. «Flup 2017 homenageia o dramaturgo Vianinha». O Globo. 18 de outubro de 2017. Consultado em 10 de dezembro de 2020 
  19. Cultural, Instituto Itaú. «Chapetuba Futebol Clube». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 10 de dezembro de 2020 
  20. Cultural, Instituto Itaú. «A Mais-Valia Vai Acabar, Seu Edgar». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 10 de dezembro de 2020 
  21. Cultural, Instituto Itaú. «Quatro Quadras de Terra». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 10 de dezembro de 2020 
  22. Cultural, Instituto Itaú. «Opinião». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 10 de dezembro de 2020 
  23. Cultural, Instituto Itaú. «Rua da Igreja». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 10 de dezembro de 2020 
  24. Cultural, Instituto Itaú. «Eles Não Usam Black-Tie». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 10 de dezembro de 2020 
  25. Cultural, Instituto Itaú. «Liberdade, Liberdade». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 10 de dezembro de 2020 

Ligações externas