Hidroxicloroquina: diferenças entre revisões

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No tratamento de curta duração da malária aguda, os efeitos adversos incluem cólicas abdominais, diarreia, problemas cardíacos, diminuição do apetite, [[Cefaleia|dores de cabeça]], náuseas e [[vómito]]s.<ref name=drugs.com/> No tratamento de longa duração do [[lúpus]] ou da [[artrite reumatoide]], os efeitos adversos incluem sintomas agudos, acrescidos de alterações na pigmentação dos olhos, [[acne]], [[anemia]], descoloração do cabelo, bolhas na boca e nos olhos, problemas no sangue, convulsões, problemas de visão, diminuição dos reflexos, perturbações emocionais, coloração excessiva da pele, perda de audição, urticária, [[prurido]], problemas no fígado ou [[insuficiência hepática]], perda de cabelo, pele escamada, eritema, [[vertigem]], perda de peso e ocasionalmente [[incontinência urinária]].<ref name=drugs.com/> A hidroxicloroquina pode ainda agravar os casos de [[psoríase]] e [[porfiria]].<ref name=drugs.com/>
No tratamento de curta duração da malária aguda, os efeitos adversos incluem cólicas abdominais, diarreia, problemas cardíacos, diminuição do apetite, [[Cefaleia|dores de cabeça]], náuseas e [[vómito]]s.<ref name=drugs.com/> No tratamento de longa duração do [[lúpus]] ou da [[artrite reumatoide]], os efeitos adversos incluem sintomas agudos, acrescidos de alterações na pigmentação dos olhos, [[acne]], [[anemia]], descoloração do cabelo, bolhas na boca e nos olhos, problemas no sangue, convulsões, problemas de visão, diminuição dos reflexos, perturbações emocionais, coloração excessiva da pele, perda de audição, urticária, [[prurido]], problemas no fígado ou [[insuficiência hepática]], perda de cabelo, pele escamada, eritema, [[vertigem]], perda de peso e ocasionalmente [[incontinência urinária]].<ref name=drugs.com/> A hidroxicloroquina pode ainda agravar os casos de [[psoríase]] e [[porfiria]].<ref name=drugs.com/>


As crianças podem ser particularmente suseptíveis a desenvolver efeitos adversos da hidroxicloroquina.<ref name=drugs.com/>
As crianças podem ser particularmente susceptíveis a desenvolver efeitos adversos da hidroxicloroquina.<ref name=drugs.com/>


===Retinopatia===
===Retinopatia===
A retinopatia grave e irreversível é um dos efeitos adversos mais graves da administração a longo prazo de hidroxicloroquina.<ref name=drugs.com/><ref name="pmid18427609" /> As pessoas que tomem 400 mg ou menos por dia geralmente apresentam um risco negligenciável de toxicidade [[Mácula|macular]]. O risco começa a ser superior quando a pessoa toma o medicamento durante cinco ou mais anos e apresenta uma dose acumulada de mais de 1000 gramas. A toxicidade macular está ralacionada com a dose acumulada total, e não com a dose diária, pelo que em casos de risco está recomendado o rastreio ocular, mesmo na ausência de sintomas na visão.<ref>{{citar periódico|último1 = Marmor |primeiro1 = MF |último2 = Kellner |primeiro2 = U |último3 = Lai |primeiro3 = TYY |último4 = Lyons |primeiro4 = JS |último5 = Mieler |primeiro5 = WF |título= Revised Recommendations on Screening for Chloroquine and Hydroxychloroquine Retinopathy |periódico= Ophthalmology |data=fevereiro de 2011 | volume = 118 |número= 2 |páginas= 415–22 | doi = 10.1016/j.ophtha.2010.11.017 | pmid = 21292109 }}</ref>
A retinopatia grave e irreversível é um dos efeitos adversos mais graves da administração a longo prazo de hidroxicloroquina.<ref name=drugs.com/><ref name="pmid18427609" /> As pessoas que tomem 400 mg ou menos por dia geralmente apresentam um risco negligenciável de toxicidade [[Mácula|macular]]. O risco começa a ser superior quando a pessoa toma o medicamento durante cinco ou mais anos e apresenta uma dose acumulada de mais de 1000 gramas. A toxicidade macular está relacionada com a dose acumulada total, e não com a dose diária, pelo que em casos de risco está recomendado o rastreio ocular, mesmo na ausência de sintomas na visão.<ref>{{citar periódico|último1 = Marmor |primeiro1 = MF |último2 = Kellner |primeiro2 = U |último3 = Lai |primeiro3 = TYY |último4 = Lyons |primeiro4 = JS |último5 = Mieler |primeiro5 = WF |título= Revised Recommendations on Screening for Chloroquine and Hydroxychloroquine Retinopathy |periódico= Ophthalmology |data=fevereiro de 2011 | volume = 118 |número= 2 |páginas= 415–22 | doi = 10.1016/j.ophtha.2010.11.017 | pmid = 21292109 }}</ref>


==Eficácia não comprovada no tratamento da COVID-19==
==Eficácia não comprovada no tratamento da COVID-19==
{{VT|COVID-19#Investigação}}
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Em 13 de fevereiro de 2020, uma força-tarefa sul-coreana recomendava a hidroxicloroquina e [[cloroquina]] no tratamento experimental de [[COVID-19]].<ref>{{citar web|url=http://www.koreabiomed.com/news/articleView.html?idxno=7428|título=Physicians work out treatment guidelines for coronavirus|data=13 de fevereiro de 2020|website=Korea Biomedical Review|acessodata=2020-03-18}}</ref> Estudos posteriores realizados em culturas celulares ''[[in vitro]]'' demonstraram que a hidroxicloroquina era mais potente que a cloroquina contra o [[coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2]].<ref>{{citar periódico|último =Yao|primeiro =Xueting|último2 =Ye|primeiro2 =Fei|último3 =Zhang|primeiro3 =Miao|último4 =Cui|primeiro4 =Cheng|último5 =Huang|primeiro5 =Baoying|último6 =Niu|primeiro6 =Peihua|último7 =Liu|primeiro7 =Xu|último8 =Zhao|primeiro8 =Li|último9 =Dong|primeiro9 =Erdan|último10 =Song|primeiro10 =Chunli|último11 =Zhan|primeiro11 =Siyan|data=9 de março de 2020|título=In Vitro Antiviral Activity and Projection of Optimized Dosing Design of Hydroxychloroquine for the Treatment of Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 (SARS-CoV-2)|periódico=Clinical Infectious Diseases|doi=10.1093/cid/ciaa237|issn=1537-6591|pmid=32150618}}</ref><ref>Sahraei Z, Shabani M, Shokouhi S, Saffaei A. Aminoquinolines Against Coronavirus Disease 2019 (COVID-19): Chloroquine or Hydroxychloroquine. ''Int J Antimicrob Agents''. 2020 Mar 16:105945. {{doi|10.1016/j.ijantimicag.2020.105945}} {{pmid|32194152}}</ref><ref>Liu, J., Cao, R., Xu, M. et al. Hydroxychloroquine, a less toxic derivative of chloroquine, is effective in inhibiting SARS-CoV-2 infection in vitro. Cell Discov 6, 16 (2020). https://doi.org/10.1038/s41421-020-0156-0</ref> Em 17 de março de 2020, a Comissão Técnica Científica da ''Agenzia italiana del farmaco'' mostrou-se favorável à inclusão da cloroquina e da hidroxicloroquina no tratamento de COVID-19.<ref>{{citar web|url=https://aifa.gov.it/-/azioni-intraprese-per-favorire-la-ricerca-e-l-accesso-ai-nuovi-farmaci-per-il-trattamento-del-covid-19|título=Azioni intraprese per favorire la ricerca e l'accesso ai nuovi farmaci per il trattamento del COVID-19|website=Italian Medicines Agency (AIFA)|língua=it|acessodata=2020-03-18|data=17 de março de 2020}}</ref>
Em 13 de fevereiro de 2020, uma força-tarefa sul-coreana recomendava a hidroxicloroquina e [[cloroquina]] no tratamento experimental de [[COVID-19]].<ref>{{citar web|url=http://www.koreabiomed.com/news/articleView.html?idxno=7428|título=Physicians work out treatment guidelines for coronavirus|data=13 de fevereiro de 2020|website=Korea Biomedical Review|acessodata=2020-03-18}}</ref> Estudos posteriores realizados em culturas celulares ''[[in vitro]]'' demonstraram que a hidroxicloroquina era mais potente que a cloroquina contra o [[coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2]].<ref>{{citar periódico|último =Yao|primeiro =Xueting|último2 =Ye|primeiro2 =Fei|último3 =Zhang|primeiro3 =Miao|último4 =Cui|primeiro4 =Cheng|último5 =Huang|primeiro5 =Baoying|último6 =Niu|primeiro6 =Peihua|último7 =Liu|primeiro7 =Xu|último8 =Zhao|primeiro8 =Li|último9 =Dong|primeiro9 =Erdan|último10 =Song|primeiro10 =Chunli|último11 =Zhan|primeiro11 =Siyan|data=9 de março de 2020|título=In Vitro Antiviral Activity and Projection of Optimized Dosing Design of Hydroxychloroquine for the Treatment of Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 (SARS-CoV-2)|periódico=Clinical Infectious Diseases|doi=10.1093/cid/ciaa237|issn=1537-6591|pmid=32150618}}</ref><ref>Sahraei Z, Shabani M, Shokouhi S, Saffaei A. Aminoquinolines Against Coronavirus Disease 2019 (COVID-19): Chloroquine or Hydroxychloroquine. ''Int J Antimicrob Agents''. 2020 Mar 16:105945. {{doi|10.1016/j.ijantimicag.2020.105945}} {{pmid|32194152}}</ref><ref>Liu, J., Cao, R., Xu, M. et al. Hydroxychloroquine, a less toxic derivative of chloroquine, is effective in inhibiting SARS-CoV-2 infection in vitro. Cell Discov 6, 16 (2020). https://doi.org/10.1038/s41421-020-0156-0</ref> Apesar da possível eficácia, ainda era cedo para concluir qualquer desfecho com o uso do fármaco, pois os estudos disponíveis eram preliminares. Um [[Estudo clínico randomizado controlado|ensaio aleatorizado controlado]] por pesquisadores chineses em março de 2020, demonstrou '''não haver efeito positivo''' da hidroxicloroquina em doses diárias de 400 mg.<ref>{{citar web|url=http://subject.med.wanfangdata.com.cn/UpLoad/Files/202003/43f8625d4dc74e42bbcf24795de1c77c.pdf|título=A pilot study of hydroxychloroquine in treatment of patients with common coronavirus disease-19 (COVID-19)}}</ref> Um estudo posterior na França, apresentou resultados positivos com o uso do fármaco. <ref> Gautret et al. (2020) Hydroxychloroquine and azithromycin as a treatment of COVID- 19: results of an open-label non-randomized clinical trial. International Journal of Antimicrobial Agents – In Press 17 March 2020 – DOI : 10.1016/j.ijantimicag.2020.105949</ref><ref>{{citar web|url=https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2020.03.16.20037135v1|título=Hydroxychloroquine and Azithromycin as a treatment of COVID-19: preliminary results of an open-label non-randomized clinical trial}}</ref> No entanto, a metodologia deste estudo foi criticada, uma vez que os participantes não foram aleatorizados e foram excluídos desfechos negativos do estudo.<ref>{{citar web|url=https://pubpeer.com/publications/B4044A446F35DF81789F6F20F8E0EE#4|título=PubPeer comment}}</ref>


O medicamento foi amplamente divulgado como uma cura pela população - vítima de [[Notícia falsa|fake news]] - e por diversas pessoas influentes, como [[Donald Trump]] e [[Jair Bolsonaro]]<ref>{{Citar web |url=https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/07/28/trump-defende-hidroxicloroquina-e-se-queixa-de-popularidade-de-fauci.ghtml |titulo=Trump defende hidroxicloroquina e se queixa de popularidade de Fauci |acessodata=2021-08-27 |website=G1 |lingua=pt-br}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://www.poder360.com.br/governo/bolsonaro-e-maior-influenciador-da-cloroquina-no-mundo-aponta-levantamento/ |titulo=Bolsonaro é maior influenciador da cloroquina no mundo, aponta levantamento |data=2021-06-06 |acessodata=2021-08-27 |website=Poder360 |lingua=pt-br}}</ref>.
Um [[Estudo clínico randomizado controlado|ensaio aleatorizado controlado]] por investigadores chineses demonstrou não haver efeito positivo da hidroxicloroquina em doses diárias de 400 mg.<ref>{{citar web|url=http://subject.med.wanfangdata.com.cn/UpLoad/Files/202003/43f8625d4dc74e42bbcf24795de1c77c.pdf|título=A pilot study of hydroxychloroquine in treatment of patients with common coronavirus disease-19 (COVID-19)}}</ref> Um estudo posterior, realizado em Marselha, França, concluiu que uma dose diária de 600 mg poderia diminuir a carga viral, inibir a entrada do vírus na célula e bloquear o transporte do vírus entre as organelas da célula.<ref> Gautret et al. (2020) Hydroxychloroquine and azithromycin as a treatment of COVID- 19: results of an open-label non-randomized clinical trial. International Journal of Antimicrobial Agents – In Press 17 March 2020 – DOI : 10.1016/j.ijantimicag.2020.105949</ref><ref>{{citar web|url=https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2020.03.16.20037135v1|título=Hydroxychloroquine and Azithromycin as a treatment of COVID-19: preliminary results of an open-label non-randomized clinical trial}}</ref> No entanto, a metodologia deste estudo foi posteriormente criticada, uma vez que os participantes não foram aleatorizados e foram excluídos dos resultados três dos participantes do grupo de tratamento que foram transferidos para uma unidade de cuidados intensivos e um que morreu.<ref>{{citar web|url=https://pubpeer.com/publications/B4044A446F35DF81789F6F20F8E0EE#4|título=PubPeer comment}}</ref>


Até março de 2020 não havia nenhum consenso e nenhuma evidência comprovada de que o medicamento tem realmente efeito positivo ou que seu uso é seguro para este caso<ref name="Avdic">Avdic, Edina. [https://www.hopkinsguides.com/hopkins/view/Johns_Hopkins_ABX_Guide/540748/all/Hydroxychloroquine "Hydroxychloroquine"]. Johns Hopkins ABX Guide</ref>.
Apesar de alguns estudos sugerirem que pode haver benefícios no uso contra o vírus, outros indicam benefícios pequenos ou nenhum. As pesquisas ainda estão em um nível muito inicial para permitir qualquer conclusão.<ref name="Avdic">Avdic, Edina. [https://www.hopkinsguides.com/hopkins/view/Johns_Hopkins_ABX_Guide/540748/all/Hydroxychloroquine "Hydroxychloroquine"]. Johns Hopkins ABX Guide</ref><ref name="American"/><ref name="ANVISA"> [http://portal.anvisa.gov.br/noticias/-/asset_publisher/FXrpx9qY7FbU/content/covid-19-esclarecimentos-sobre-hidroxicloroquina-e-cloroquina/219201 "Esclarecimentos sobre hidroxicloroquina e cloroquina"]. ANVISA, 19/03/2020</ref> Um artigo de Elisabeth Mahase no prestigiado periódico científico ''[[The BMJ]]'' afirmou que até março de 2020 não havia nenhum consenso e nenhuma evidência comprovada de que o medicamento tem realmente efeito positivo ou que seu uso é seguro para este caso, podendo mesmo produzir efeitos danosos para o paciente. Ela observou ainda que o medicamento tem sido propagandeado por influentes autoridades, como o presidente dos Estados Unidos [[Donald Trump]], de maneira irresponsável e sem qualquer base científica. Também tem circulado a notícia de que a agência reguladora nacional dos Estados Unidos, a [[FDA]], aprovou o medicamento, mas isso é uma [[notícia falsa]].<ref>Mahase, Elisabeth. [https://www.bmj.com/content/368/bmj.m1166 "Covid-19: six million doses of hydroxychloroquine donated to US despite lack of evidence"]. In: ''The BMJ'', 2020; 368 </ref> O que a FDA de fato fez foi uma recomendação de "uso emergencial" sob condições controladas em somente alguns tipos de pacientes, e quando não houvesse possibilidade de testes clínicos.<ref name="Avdic"/> Uma outra meta-análise publicada em 15 de maio de 2020 pela American Society of Health-System Pharmacists concluiu que os dados sobre sua eficiência e segurança ainda são insuficientes para recomendar seu uso.<ref name="American">American Society of Health-System Pharmacists. [https://www.ashp.org/-/media/assets/pharmacy-practice/resource-centers/Coronavirus/docs/ASHP-COVID-19-Evidence-Table.ashx ''Assessment of Evidence for COVID-19-Related Treatments'']. 15/05/2020</ref> No Brasil a [[ANVISA]] emitiu uma nota oficial dizendo que "apesar de promissores, não existem estudos conclusivos que comprovam o uso desses medicamentos [hidroxicloroquina e cloroquina] para o tratamento da Covid-19. Portanto, não há recomendação da ANVISA, no momento, para a sua utilização em pacientes infectados ou mesmo como forma de prevenção à contaminação pelo novo coronavírus; e a automedicação pode representar um grave risco à sua saúde".<ref name="ANVISA"/> Em 5 de junho de 2020 Peter Horby, Professor de Doenças Infecciosas Emergentes e Saúde Global no Departamento de Medicina de Nuffield, [[Universidade de Oxford]], e Investigador Chefe do julgamento, disse: "O estudo RECOVERY mostrou que a hidroxicloroquina não é um tratamento eficaz em pacientes hospitalizados com COVID-19."<ref>{{Citar web|titulo=No clinical benefit from use of hydroxychloroquine in hospitalised patients with COVID-19 — RECOVERY Trial|url=https://www.recoverytrial.net/news/statement-from-the-chief-investigators-of-the-randomised-evaluation-of-covid-19-therapy-recovery-trial-on-hydroxychloroquine-5-june-2020-no-clinical-benefit-from-use-of-hydroxychloroquine-in-hospitalised-patients-with-covid-19?fbclid=IwAR2vg7IV5MhTS_gH4QXERwFJN03wS7fREdb0QB11NBfbYsg4nvR4qVKja7M|obra=www.recoverytrial.net|acessodata=2020-06-06|data=2020-06-05|publicado=|ultimo=Horby|primeiro=Peter|ultimo2=Landray|primeiro2=Martin}}</ref>

O primeiro estudo de qualidade sobre o caso, concluído em junho de 2020, demonstrou nenhuma diferença no tratamento de hidroxicloroquina para tratar COVID-19.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.nytimes.com/2020/06/03/health/hydroxychloroquine-coronavirus-trump.html |titulo=Malaria Drug Promoted by Trump Did Not Prevent Covid Infections, Study Finds |data=2020-06-03 |acessodata=2021-08-27 |jornal=The New York Times |ultimo=Grady |primeiro=Denise |lingua=en-US |issn=0362-4331}}</ref>

Em junho de 2020, Peter Horby, professor de doenças infecciosas emergentes e saúde global da [[Universidade de Oxford]], disse: "O estudo RECOVERY mostrou que a hidroxicloroquina não é um tratamento eficaz em pacientes hospitalizados com COVID-19."<ref>{{Citar web|titulo=No clinical benefit from use of hydroxychloroquine in hospitalised patients with COVID-19 — RECOVERY Trial|url=https://www.recoverytrial.net/news/statement-from-the-chief-investigators-of-the-randomised-evaluation-of-covid-19-therapy-recovery-trial-on-hydroxychloroquine-5-june-2020-no-clinical-benefit-from-use-of-hydroxychloroquine-in-hospitalised-patients-with-covid-19?fbclid=IwAR2vg7IV5MhTS_gH4QXERwFJN03wS7fREdb0QB11NBfbYsg4nvR4qVKja7M|obra=www.recoverytrial.net|acessodata=2020-06-06|data=2020-06-05|publicado=|ultimo=Horby|primeiro=Peter|ultimo2=Landray|primeiro2=Martin}}</ref>

Uma revisão sistemática, feita em fevereiro de 2021 pelo grupo britânico [[Colaboração Cochrane|Cochrane]], concluiu: "HCQ para pessoas infectadas com COVID-19 tem pouco ou nenhum efeito no risco de morte e provavelmente nenhum efeito na progressão para ventilação mecânica. Os eventos adversos são triplicados em comparação com o placebo."<ref>{{Citar periódico |url=https://doi.org/10.1002/14651858.CD013587.pub2 |titulo=Chloroquine or hydroxychloroquine for prevention and treatment of COVID-19 |data=2021-02-12 |acessodata=2021-08-27 |jornal=Cochrane Database of Systematic Reviews |número=2 |ultimo=Singh |primeiro=Bhagteshwar |ultimo2=Ryan |primeiro2=Hannah |doi=10.1002/14651858.cd013587.pub2 |issn=1465-1858 |pmc=PMC8094389 |pmid=33624299 |ultimo3=Kredo |primeiro3=Tamara |ultimo4=Chaplin |primeiro4=Marty |ultimo5=Fletcher |primeiro5=Tom}}</ref>

Em março de 2021, a OMS declarou a ineficácia da hidroxicloroquina contra a COVID-19, ressaltando os riscos de efeitos adversos em caso de automedicação.<ref>{{Citar web |url=https://www.cnnbrasil.com.br/saude/oms-cloroquina-nao-funciona-contra-a-covid-19-e-pode-causar-efeitos-adversos/ |titulo=OMS: Hidroxicloroquina não funciona contra Covid-19 e pode causar efeito adverso |acessodata=2021-08-27 |website=CNN Brasil |lingua=pt-BR}}</ref>


== Ver também ==
== Ver também ==
* [[Hepatite medicamentosa]]
* [[Hepatite medicamentosa]]
* [[Automedicação]]
* [[Automedicação]]
*[[Desinformação na pandemia de COVID-19]]


{{referências}}
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Revisão das 05h03min de 27 de agosto de 2021

Hidroxicloroquina
Alerta sobre risco à saúde
Nome IUPAC (RS)-2-[{4-[(7-chloroquinolin-4-yl)amino]pentyl}(ethyl)amino]ethanol
Identificadores
Número CAS 118-42-3
PubChem 3652
Código ATC P01BA02
Propriedades
Fórmula química C18H26ClN3O
Massa molar 335.87 g mol-1
Farmacologia
Metabolismo hepático
Meia-vida biológica 32 a 50 dias
Ligação plasmática 45%
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.

Hidroxicloroquina é um fármaco usado na prevenção e tratamento de malária sensível à cloroquina.[1][2] Entre outras aplicações, pode ser usada no tratamento de artrite reumatoide, lúpus eritematoso, porfiria cutânea tarda, febre Q e doenças fotossensíveis.[3][1] É administrada por via oral.[1]

Está também a ser usada popularmente como tratamento sem comprovação científica para COVID-19.[4] Ensaios clínicos, no entanto, indicaram a ineficácia da hidroxicloroquina para tratar COVID-19 e indicaram também a possibilidade de surgimento de efeitos adversos graves,[5] incluindo aumento do índice de mortalidade.[6]

Pode apresentar reações adversas em diversos locais tais como trato gastrointestinal, sistema hematológico, neurológico, neuromuscular, dermatológico e cardiológico, além de toxicidade retiniana.[7] Os efeitos secundários mais comuns são vómitos, cefaleia, alterações na visão e fraqueza muscular.[1] Entre possíveis efeitos secundários mais graves estão reações alérgicas[1] e, com uso prolongado, retinopatia.[1][8] Embora não seja isenta de riscos, continua a ser usada como tratamento de doença reumática durante a gravidez.[9] A hidroxicloroquina é um antimalárico pertencente à classe das 4-aminoquinolinas.[1]

A droga foi sintetizada em 1946, por Surrey e Hammer, e aprovada para uso médico nos Estados Unidos em 1955.[10][1] Faz parte da Lista de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial de Saúde, uma lista dos medicamentos mais eficazes, seguros e fundamentais num sistema de saúde.[11]

Indicações

A hidroxicloroquina é usada no tratamento de malária, lúpus eritematoso sistémico, doenças reumáticas como a artrite reumatoide, porfiria cutânea tarda e febre Q.[1] É amplamente usada no tratamento de artrite pós-doença de Lyme.[12] Também é amplamente usada no tratamento de síndrome de Sjögren primária, embora não tenha demonstrado ser eficaz.[13]

Contraindicações

O rótulo indica que a hidroxicloroquina não deve ser prescrita a pessoas com hipersensibilidade aos compostos das 4-aminoquinolinas.[14] entre diversas contra-indicações.[15][16]

Efeitos adversos

Os efeitos adversos mais comuns são náuseas ligeiras e ocasionalmente cólicas abdominais com diarreia ligeira. Os efeitos adversos mais graves afetam o olho, incluindo retinopatia associada à dose mesmo após a toma ser suspensa.[1]

No tratamento de curta duração da malária aguda, os efeitos adversos incluem cólicas abdominais, diarreia, problemas cardíacos, diminuição do apetite, dores de cabeça, náuseas e vómitos.[1] No tratamento de longa duração do lúpus ou da artrite reumatoide, os efeitos adversos incluem sintomas agudos, acrescidos de alterações na pigmentação dos olhos, acne, anemia, descoloração do cabelo, bolhas na boca e nos olhos, problemas no sangue, convulsões, problemas de visão, diminuição dos reflexos, perturbações emocionais, coloração excessiva da pele, perda de audição, urticária, prurido, problemas no fígado ou insuficiência hepática, perda de cabelo, pele escamada, eritema, vertigem, perda de peso e ocasionalmente incontinência urinária.[1] A hidroxicloroquina pode ainda agravar os casos de psoríase e porfiria.[1]

As crianças podem ser particularmente susceptíveis a desenvolver efeitos adversos da hidroxicloroquina.[1]

Retinopatia

A retinopatia grave e irreversível é um dos efeitos adversos mais graves da administração a longo prazo de hidroxicloroquina.[1][8] As pessoas que tomem 400 mg ou menos por dia geralmente apresentam um risco negligenciável de toxicidade macular. O risco começa a ser superior quando a pessoa toma o medicamento durante cinco ou mais anos e apresenta uma dose acumulada de mais de 1000 gramas. A toxicidade macular está relacionada com a dose acumulada total, e não com a dose diária, pelo que em casos de risco está recomendado o rastreio ocular, mesmo na ausência de sintomas na visão.[17]

Eficácia não comprovada no tratamento da COVID-19

Em 13 de fevereiro de 2020, uma força-tarefa sul-coreana recomendava a hidroxicloroquina e cloroquina no tratamento experimental de COVID-19.[18] Estudos posteriores realizados em culturas celulares in vitro demonstraram que a hidroxicloroquina era mais potente que a cloroquina contra o coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2.[19][20][21] Apesar da possível eficácia, ainda era cedo para concluir qualquer desfecho com o uso do fármaco, pois os estudos disponíveis eram preliminares. Um ensaio aleatorizado controlado por pesquisadores chineses em março de 2020, demonstrou não haver efeito positivo da hidroxicloroquina em doses diárias de 400 mg.[22] Um estudo posterior na França, apresentou resultados positivos com o uso do fármaco. [23][24] No entanto, a metodologia deste estudo foi criticada, uma vez que os participantes não foram aleatorizados e foram excluídos desfechos negativos do estudo.[25]

O medicamento foi amplamente divulgado como uma cura pela população - vítima de fake news - e por diversas pessoas influentes, como Donald Trump e Jair Bolsonaro[26][27].

Até março de 2020 não havia nenhum consenso e nenhuma evidência comprovada de que o medicamento tem realmente efeito positivo ou que seu uso é seguro para este caso[28].

O primeiro estudo de qualidade sobre o caso, concluído em junho de 2020, demonstrou nenhuma diferença no tratamento de hidroxicloroquina para tratar COVID-19.[29]

Em junho de 2020, Peter Horby, professor de doenças infecciosas emergentes e saúde global da Universidade de Oxford, disse: "O estudo RECOVERY mostrou que a hidroxicloroquina não é um tratamento eficaz em pacientes hospitalizados com COVID-19."[30]

Uma revisão sistemática, feita em fevereiro de 2021 pelo grupo britânico Cochrane, concluiu: "HCQ para pessoas infectadas com COVID-19 tem pouco ou nenhum efeito no risco de morte e provavelmente nenhum efeito na progressão para ventilação mecânica. Os eventos adversos são triplicados em comparação com o placebo."[31]

Em março de 2021, a OMS declarou a ineficácia da hidroxicloroquina contra a COVID-19, ressaltando os riscos de efeitos adversos em caso de automedicação.[32]

Ver também

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n o «Hydroxychloroquine Sulfate Monograph for Professionals». The American Society of Health-System Pharmacists. 20 de março de 2020. Consultado em 20 de março de 2020. Cópia arquivada em 20 de março de 2020 
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