Linguagem animal: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Etiquetas: Inserção de predefinição obsoleta Editor Visual Edição via dispositivo móvel Edição feita através do sítio móvel Edição móvel avançada
Etiquetas: Inserção de predefinição obsoleta Editor Visual Edição via dispositivo móvel Edição feita através do sítio móvel Edição móvel avançada
Linha 7: Linha 7:
De fato, [[linguagem]] é definida como "qualquer e todo sistema de signos...". Um conjunto de signos somente, ou seja, qualquer conjunto de coisas que significam, não é, por si só, uma linguagem. A linguagem é sempre um [[sistema]], mas qual a diferença entre um conjunto de signos e um sistema de signos? Os macacos, mesmo com uma centena de expressões e gritos, ainda não tem uma linguagem, porque não articulam ou combinam esses signos, nem podem interpretar combinações de signos. Para combinar e interpretar, é necessário que haja uma [[sintaxe]] e uma [[semântica]] que, somadas aos signos, formam um sistema linguístico. Por exemplo, o conjunto de sinais de trânsito formam um conjuntos de signos (coisas que comunicam, que tem um significado). Entretanto, não se pode falar na "linguagem" dos sinais de trânsito, pois estes não formam um sistema (não podem ser combinados, etc.). Por outro lado, expressões artísticas, como a dança e a pintura, por exemplo, são linguagens, pois seus elementos significativos (os movimentos na dança, as cores na pintura, etc.) podem ser combinados de diferentes formas para comunicar coisas diferentes. Assim, para ter uma linguagem, mesmo que rudimentar, o macaco, ou qualquer outro animal, teria que ter não só um [[léxico]] (ou seja, um conjunto de signos), mas teria que combinar esses signos para gerar novos significados. Os animais (modulo espécie) tem demonstrado serem capazes de armazenar um grande número de itens lexicais (cf. [http://en.wikipedia.org/wiki/Sarah_(chimpanzee) Sarah] e [http://en.wikipedia.org/wiki/Washoe_(chimpanzee) Washoe]), mas nunca demonstraram poder combinar ou interpretar combinações de signos. Segundo [[Noam Chomsky]],<ref>cf. Hauser, Chomsky and Fitch 2002.</ref> o que diferencia os humanos (espécie que desenvolve linguagens) e os outros animais (que não desenvolvem linguagens) não pode ser algo evolutivamente muito custoso. Geneticamente, os humanos diferem muito pouco dos animais, principalmente de outros [[primatas]]. O salto evolutivo que nos diferenciou dos macacos e nos possibilitou desenvolver linguagem, portanto, não pode ser algo muito complicado, mesmo porque, a evolução, no seu sentido darwiniano, trabalha sempre dando passos pequenos. Chomsky acredita que a [[recursividade]] tenha sido esse passo evolutivo (veja o verbete [[Programa Minimalista]] para mais informações sobre a teoria chomskyana e a evolução da linguagem na espécie humana).
De fato, [[linguagem]] é definida como "qualquer e todo sistema de signos...". Um conjunto de signos somente, ou seja, qualquer conjunto de coisas que significam, não é, por si só, uma linguagem. A linguagem é sempre um [[sistema]], mas qual a diferença entre um conjunto de signos e um sistema de signos? Os macacos, mesmo com uma centena de expressões e gritos, ainda não tem uma linguagem, porque não articulam ou combinam esses signos, nem podem interpretar combinações de signos. Para combinar e interpretar, é necessário que haja uma [[sintaxe]] e uma [[semântica]] que, somadas aos signos, formam um sistema linguístico. Por exemplo, o conjunto de sinais de trânsito formam um conjuntos de signos (coisas que comunicam, que tem um significado). Entretanto, não se pode falar na "linguagem" dos sinais de trânsito, pois estes não formam um sistema (não podem ser combinados, etc.). Por outro lado, expressões artísticas, como a dança e a pintura, por exemplo, são linguagens, pois seus elementos significativos (os movimentos na dança, as cores na pintura, etc.) podem ser combinados de diferentes formas para comunicar coisas diferentes. Assim, para ter uma linguagem, mesmo que rudimentar, o macaco, ou qualquer outro animal, teria que ter não só um [[léxico]] (ou seja, um conjunto de signos), mas teria que combinar esses signos para gerar novos significados. Os animais (modulo espécie) tem demonstrado serem capazes de armazenar um grande número de itens lexicais (cf. [http://en.wikipedia.org/wiki/Sarah_(chimpanzee) Sarah] e [http://en.wikipedia.org/wiki/Washoe_(chimpanzee) Washoe]), mas nunca demonstraram poder combinar ou interpretar combinações de signos. Segundo [[Noam Chomsky]],<ref>cf. Hauser, Chomsky and Fitch 2002.</ref> o que diferencia os humanos (espécie que desenvolve linguagens) e os outros animais (que não desenvolvem linguagens) não pode ser algo evolutivamente muito custoso. Geneticamente, os humanos diferem muito pouco dos animais, principalmente de outros [[primatas]]. O salto evolutivo que nos diferenciou dos macacos e nos possibilitou desenvolver linguagem, portanto, não pode ser algo muito complicado, mesmo porque, a evolução, no seu sentido darwiniano, trabalha sempre dando passos pequenos. Chomsky acredita que a [[recursividade]] tenha sido esse passo evolutivo (veja o verbete [[Programa Minimalista]] para mais informações sobre a teoria chomskyana e a evolução da linguagem na espécie humana).


==Comunicação entre primatas==
==Primate: studied examples==
Os seres humanos são capazes de distinguir palavras reais de palavras falsas com base na ordem [[Fonologia|fonológica]] da própria palavra. Em um estudo de 2013, [[Babuíno|babuínos]] demonstraram ter essa habilidade, também. A descoberta levou os pesquisadores a acreditar que a leitura não é uma habilidade tão avançada quanto se acreditava anteriormente, mas sim baseada na capacidade de reconhecer e distinguir letras umas das outras. A configuração experimental consistiu em seis babuínos adultos jovens, e os resultados foram medidos permitindo que os animais usassem uma [[Ecrã tátil|tela sensível ao toque]] e selecionando se a palavra exibida era de fato uma palavra real ou uma não-palavra como "''dran''" ou "''telk''". O estudo durou seis semanas, com aproximadamente cinquenta mil testes concluídos nesse período. Os experimentadores explicam o uso de bigramas, que são combinações de duas [[Letra|letras]] (geralmente diferentes). Eles nos dizem que os bigramas usados ​​em não-palavras são raros, enquanto os bigramas usados ​​em palavras reais são mais comuns.<ref>{{cite journal|last=Haghighat|first=Leila|title=Baboons Can Learn to Recognize Words|url=http://www.nature.com/news/baboons-can-learn-to-recognize-words-1.10432|journal=Nature News|access-date=15 April 2013|doi=10.1038/nature.2012.10432|year=2012|s2cid=178872255}}</ref>
Os seres humanos são capazes de distinguir palavras reais de palavras falsas com base na ordem [[Fonologia|fonológica]] da própria palavra. Em um estudo de 2013, [[Babuíno|babuínos]] demonstraram ter essa habilidade, também. A descoberta levou os pesquisadores a acreditar que a leitura não é uma habilidade tão avançada quanto se acreditava anteriormente, mas sim baseada na capacidade de reconhecer e distinguir letras umas das outras. A configuração experimental consistiu em seis babuínos adultos jovens, e os resultados foram medidos permitindo que os animais usassem uma [[Ecrã tátil|tela sensível ao toque]] e selecionando se a palavra exibida era de fato uma palavra real ou uma não-palavra como "''dran''" ou "''telk''". O estudo durou seis semanas, com aproximadamente cinquenta mil testes concluídos nesse período. Os experimentadores explicam o uso de bigramas, que são combinações de duas [[Letra|letras]] (geralmente diferentes). Eles nos dizem que os bigramas usados ​​em não-palavras são raros, enquanto os bigramas usados ​​em palavras reais são mais comuns.<ref>{{cite journal|last=Haghighat|first=Leila|title=Baboons Can Learn to Recognize Words|url=http://www.nature.com/news/baboons-can-learn-to-recognize-words-1.10432|journal=Nature News|access-date=15 April 2013|doi=10.1038/nature.2012.10432|year=2012|s2cid=178872255}}</ref>


Em um estudo de 2016, uma equipe de [[Biólogo|biólogos]] de várias [[Universidade|universidades]] concluiu que os macacos possuem tratos vocais fisicamente capazes de falar, "mas não têm um [[cérebro]] pronto para falar para controlá-lo".<ref>{{cite journal |last1=Fitch |first1=W. T. |last2=de Boer |first2=B. |last3=Mathur |first3=N.|last4=Ghazanfar|first4=A. A. |date=December 2016 |title=Monkey vocal tracts are speech-ready |journal=[[Science Advances]] |volume=2|number=12|doi=10.1126/sciadv.1600723 |pmid=27957536 |pmc=5148209 |pages=e1600723|bibcode=2016SciA....2E0723F }}</ref><ref>{{cite news|url=http://news.nationalpost.com/news/canada/why-cant-monkeys-talk-their-anatomy-is-speech-ready-but-their-brains-arent-wired-for-it-research-suggests|title=Why can't monkeys talk? Their anatomy is 'speech-ready' but their brains aren't wired for it: neuroscientist|work=[[National Post]]|access-date=10 December 2016}}</ref>
Em um estudo de 2016, uma equipe de [[Biólogo|biólogos]] de várias [[Universidade|universidades]] concluiu que os macacos possuem tratos vocais fisicamente capazes de falar, "mas não têm um [[cérebro]] pronto para falar para controlá-lo".<ref>{{cite journal |last1=Fitch |first1=W. T. |last2=de Boer |first2=B. |last3=Mathur |first3=N.|last4=Ghazanfar|first4=A. A. |date=December 2016 |title=Monkey vocal tracts are speech-ready |journal=[[Science Advances]] |volume=2|number=12|doi=10.1126/sciadv.1600723 |pmid=27957536 |pmc=5148209 |pages=e1600723|bibcode=2016SciA....2E0723F }}</ref><ref>{{cite news|url=http://news.nationalpost.com/news/canada/why-cant-monkeys-talk-their-anatomy-is-speech-ready-but-their-brains-arent-wired-for-it-research-suggests|title=Why can't monkeys talk? Their anatomy is 'speech-ready' but their brains aren't wired for it: neuroscientist|work=[[National Post]]|access-date=10 December 2016}}</ref>


==Comparação dos termos "linguagem animal" e "comunicação animal"==
== Comunicação entre abelhas ==
Vale a pena distinguir "linguagem animal" de "comunicação animal", embora haja algum intercâmbio comparativo em certos casos (por exemplo, os estudos do [[Chlorocebus|macaco ''vervet'']] de Cheney & Seyfarth).<ref name="Seyfarth 1990">{{Cite journal | doi = 10.1016/S0003-3472(05)80704-3 | last1 = Seyfarth | first1 = R. M. | last2 = Cheney | first2 = D.L. | year = 1990 | title = The assessment by vervet monkeys of their own and other species' alarm calls | journal = Animal Behaviour | volume = 40 | issue = 4| pages = 754–764 | s2cid = 33689834 }}</ref>
[[Imagem:Waggle dance.png|thumb|170px|A comunicação entre [[abelhas]] foi estudada por [[Karl Ritter von Frisch]]]]

Alguns insetos se comunicam através de [[feromônios]], mas essa comunicação claramente não se baseia em uma [[linguagem]] e aproxima-se da [[comunicação intercelular]]. Um caso notável são os insetos sociais, e especificamente as [[abelha]]s, estudadas pelo zoólogo Karl von Frisch,<ref>cf. Frisch 1950.</ref> que comunicam-se através de uma "dança". Uma abelha que tenha encontrado alimento volta à colmeia e é rodeada pelas outras operárias. Após regurgitar o néctar que colheu, a abelha começa a fazer um movimento que imita a figura de um 8 (veja a figura A). A "dança" comporta duas mensagens distintas. Uma sobre a distância, indicada pelo número de oitos desenhados num período de tempo; e uma sobre a direção em que se encontra o alimento, indicada pelo ângulo formado pelo eixo do 8 em relação ao sol (que as abelhas sabem onde está mesmo com o tempo encoberto, por ter uma sensibilidade particular à luz polarizada, veja a figura B). Entretanto, mesmo no caso das abelhas, não se pode falar em linguagem. Apesar das operárias "responderem" à mensagem da primeira abelha (indo até a fonte indicada e colhendo mais alimento), a resposta é sempre instintiva e automática. As abelhas não comentam sobre o pólen que acharam ontem, como estava gostoso, nem que esperam achar mais hoje, etc.
[[File:CleverHans.jpg|thumb|"Clever Hans", um cavalo Orlov Trotter que se dizia ser capaz de realizar aritmética e outras tarefas intelectuais]]
Talvez o crítico mais conhecido de "Linguagem Animal" seja Herbert Terrace. A crítica de 1979 de Terrace usando sua própria pesquisa com o chimpanzéee [[Nim Chimpsky]]<ref name="Terrace 1979">{{Cite book | last1 = Terrace | first1 = Herbert S. | title = Nim | year = 1979 | publisher = Knopf : distributed by Random House | location = New York | isbn = 978-0-394-40250-5 | oclc = 5102119 | url = https://archive.org/details/nim00terr }}</ref><ref name="Terrace Petitto 1979">{{Cite journal | doi = 10.1126/science.504995 | last1 = Terrace | first1 = H.S. | last2 = Petitto | first2 = L.A. | last3 = Sanders | first3 = R.J. | last4 = Bever | first4 = T.G. | s2cid = 7517074 | year = 1979 | title = Can an ape create a sentence? | journal = Science | volume = 206 | issue = 4421| pages = 891–902 | pmid = 504995 | bibcode = 1979Sci...206..891T }}</ref> foi contundente e basicamente significou o fim da pesquisa em linguagem animal naquela época, a maioria das quais enfatizava a produção de linguagem por animais. Em suma, ele acusou os pesquisadores de interpretar demais seus resultados, especialmente porque raramente é [[Parcimônia|parcimonioso]] atribuir uma verdadeira "produção de linguagem" intencional quando outras explicações mais simples para os comportamentos (sinais de mão gestuais) pudessem ser apresentadas. Além disso, seus animais não mostraram generalização do conceito de referência entre as modalidades de compreensão e produção; essa generalização é uma das muitas fundamentais que são triviais para o uso da linguagem humana. A explicação mais simples de acordo com Terrace foi que os animais aprenderam uma série sofisticada de estratégias comportamentais baseadas em contexto para obter reforço primário ([[alimento]]) ou social, comportamentos que poderiam ser superinterpretados como uso da linguagem.

Em 1984, durante essa reação anti-Linguagem Animal, [[Louis Herman]] publicou um relato de linguagem artificial no [[Golfinho-roaz|golfinho-nariz-de-garrafa]] na revista ''Cognition''.<ref name="Herman 1984">{{Cite journal | doi = 10.1016/0010-0277(84)90003-9 | last1 = Herman | first1 = L. M. | last2 = Richards | first2 = D. G. | last3 = Wolz | first3 = J. P. | year = 1984 | title = Comprehension of sentences by bottlenosed dolphins | journal = Cognition | volume = 16 | issue = 2| pages = 129–219 | pmid = 6540652 | s2cid = 43237011 }}</ref> Uma grande diferença entre o trabalho de Herman e a pesquisa anterior foi sua ênfase em um método de estudar apenas a compreensão da linguagem (em vez da compreensão da linguagem e produção pelo(s) animal(es)), o que permitiu controles rigorosos e testes estatísticos, em grande parte porque ele era limitando seus pesquisadores a avaliar os comportamentos físicos dos animais (em resposta a sentenças) com observadores cegos, em vez de tentar interpretar possíveis enunciados ou produções de linguagem. Os nomes dos golfinhos aqui eram [[Akeakamai]] e Phoenix.<ref name="Herman 1984" /> [[Irene Pepperberg]] usou a modalidade vocal para produção e compreensão da linguagem em um [[Papagaio-cinzento|papagaio cinza]] chamado [[Alex (papagaio)|Alex]] no modo verbal,<ref name="Pepperberg 1999">{{Cite book | last1 = Pepperberg | first1 = Irene M. | title = The Alex studies : cognitive and communicative abilities of grey parrot | year = 1999 | publisher = Harvard University Press | location = Cambridge, Mass. | isbn = 978-0-674-00051-3 | oclc = 807730081 }}</ref><ref name="Pepperberg 2010">{{Cite journal | last1 = Pepperberg | first1 = IM. | title = Vocal learning in Grey parrots: A brief review of perception, production, and cross-species comparisons. | journal = Brain Lang | volume = 115 | issue = 1 | pages = 81–91 |date=Oct 2010 | doi = 10.1016/j.bandl.2009.11.002 | pmid = 20199805 | s2cid = 1744169 | url = https://animalstudiesrepository.org/acwp_asie/151 }}</ref><ref name="Pepperberg 2012">{{Cite journal | last1 = Pepperberg | first1 = IM. | last2 = Carey | first2 = S. | title = Grey parrot number acquisition: the inference of cardinal value from ordinal position on the numeral list. | journal = Cognition | volume = 125 | issue = 2 | pages = 219–32 |date=Nov 2012 | doi = 10.1016/j.cognition.2012.07.003 | pmid = 22878117 |pmc = 3434310}}</ref><ref name="Pepperberg 2013">{{Cite journal | last1 = Pepperberg | first1 = IM. | title = Abstract concepts: data from a Grey parrot. | journal = Behav Processes | volume = 93 | pages = 82–90 |date=Feb 2013 | doi = 10.1016/j.beproc.2012.09.016 | pmid = 23089384 | s2cid = 33278680 }}</ref> e [[Sue Savage-Rumbaugh]] continua a estudar bonobos<ref name="Savage-Rumbaugh 1990">{{Cite journal | doi = 10.1002/dev.420230706 | pmid = 2286294 | last1 = Savage-Rumbaugh | first1 = E. S. | year = 1990 | title = Language Acquisition in a Nonhuman Species: Implications for the innateness debate |journal = [[Developmental Psychobiology (journal)|Developmental Psychobiology]] | volume = 23 | issue = 7| pages = 599–620 }}</ref><ref name="Savage-Rumbaugh 2000">{{Cite journal | doi = 10.1177/1354067X0062003 | last1 = Savage-Rumbaugh | first1 = E. S. | last2 = Fields | first2 = W. M. | year = 2000 | title = Linguistic, cultural and cognitive capacities of bonobos (Pan paniscus) | journal = Culture and Psychology | volume = 6 | issue = 2| pages = 131–154 | s2cid = 145714904 }}</ref> como [[Kanzi]] e Panbanisha. R. Schusterman duplicou muitos dos resultados dos [[Golfinho|golfinhos]] em seus [[Leão-marinho|leões marinhos]] da Califórnia ("Rocky") e veio de uma tradição mais [[Behaviorismo|behaviorista]] do que a abordagem cognitiva de Herman. A ênfase de Schusterman está na importância de uma estrutura de [[aprendizagem]] conhecida como "[[Classe de equivalência|classes de equivalência]]".<ref name="Schusterman 1998">{{Cite journal | last1 = Schusterman | first1 = RJ. | last2 = Kastak | first2 = D. | title = Functional equivalence in a California sea lion: relevance to animal social and communicative interactions. | journal = Anim Behav | volume = 55 | issue = 5 | pages = 1087–95 |date=May 1998 | doi = 10.1006/anbe.1997.0654 | pmid = 9632496 | s2cid = 25316126 }}</ref><ref name="Kastak 2001">{{Cite journal | last1 = Kastak | first1 = CR. | last2 = Schusterman | first2 = RJ. | last3 = Kastak | first3 = D. | title = Equivalence classification by California sea lions using class-specific reinforcers. | journal = J Exp Anal Behav | volume = 76 | issue = 2 | pages = 131–58 |date=Sep 2001 | doi = 10.1901/jeab.2001.76-131 | pmid = 11599636 | pmc = 1284831 }}</ref>

No entanto, no geral, não houve [[diálogo]] significativo entre as esferas da linguística e da linguagem animal, apesar de capturar a [[imaginação]] do público na [[imprensa]] popular. Além disso, o crescente campo da evolução da linguagem é outra fonte de intercâmbio futuro entre essas disciplinas. A maioria dos pesquisadores de [[primatas]] tende a mostrar um viés em relação a uma habilidade pré-linguística compartilhada entre humanos e chimpanzés, que remonta a um [[Antepassado|ancestral]] comum, enquanto pesquisadores de golfinhos e [[Psittacidae|papagaios]] enfatizam os princípios [[Cognição|cognitivos]] gerais subjacentes a essas habilidades. Controvérsias relacionadas mais recentes em relação às habilidades dos animais incluem as áreas intimamente ligadas da [[Teoria da mente|Teoria da Mente]], [[Imitação]] (por exemplo, Nehaniv & Dautenhahn, 2002),<ref>{{cite book | last1 = Nehaniv | first1 = Chrystopher |last2=Dautenhahn |first2=Kerstin|author2-link=Kerstin Dautenhahn | title = Imitation in animals and artifacts | publisher = MIT Press | location = Cambridge, Mass | year = 2002 | isbn = 9780262271219 | oclc = 51938434 }}</ref> [[Cultura em animais|Cultura Animal]] (e.g.&nbsp;Rendell & Whitehead, 2001),<ref name="Rendell 2001">* {{Cite journal | last1 = Rendell | first1 = L. | last2 = Whitehead | first2 = H. | year = 2001 | title = Culture in whales and dolphins | journal = Behavioral and Brain Sciences | volume = 24 | issue = 2| pages = 309–382 | doi = 10.1017/S0140525X0100396X | pmid=11530544| s2cid = 24052064 }}</ref> e [[História da linguística|Evolução da Linguagem]] (e.g.&nbsp;Christiansen & Kirby, 2003).<ref name="Christiansen 2003">{{Cite book | last1 = Christiansen | first1 = Morten H. | last2 = Kirby | first2 = Simon | title = Language evolution | year = 2003 | publisher = Oxford University Press | location = Oxford ; New York | isbn = 978-0-19-924484-3 | oclc = 51235137 }}</ref>

Houve um recente surgimento na pesquisa da linguagem animal que contestou a ideia de que a comunicação animal é menos sofisticada do que a [[comunicação humana]]. Denise Herzing pesquisou golfinhos nas [[Bahamas]], criando uma conversa bidirecional por meio de um teclado submerso.<ref>{{Cite journal|last1=Herzing|first1=Denise L.|last2=Delfour|first2=Fabienne|last3=Pack|first3=Adam A.|date=2012|title=Responses of human-habituated wild Atlantic Spotted Dolphins to play behaviours using a two-way human/dolphin interface|url=http://www.wilddolphinproject.org/wp-content/uploads/2011/11/Herzing_etal-copy-2.pdf|journal=International Journal of Comparative Psychology|volume=25|pages=137–165}}</ref> O teclado permite que os mergulhadores se comuniquem com os golfinhos selvagens. Ao usar sons e símbolos em cada tecla, os golfinhos podiam pressionar a tecla com o nariz ou imitar o som de assobio emitido para pedir aos humanos um adereço específico. Este experimento em andamento mostrou que em criaturas não linguísticas o pensamento brilhante e rápido ocorre apesar de nossas concepções anteriores de comunicação animal. Pesquisas adicionais feitas com Kanzi usando lexigramas fortaleceram a ideia de que a comunicação animal é muito mais complexa do que pensávamos.<ref>{{cite journal | last1 = Savage-Rumbaugh | first1 = S. | last2 = Rumbaugh | first2 = D. | last3 = Fields | first3 = W. | title = Empirical kanzi: The ape language controversy revisited. (2009) | url = http://connection.ebscohost.com/c/articles/43154892/empirical-kanzi-ape-language-controversy-revisited | archive-url = https://web.archive.org/web/20130518234735/http://connection.ebscohost.com/c/articles/43154892/empirical-kanzi-ape-language-controversy-revisited | url-status = dead | archive-date = 2013-05-18 | journal = Skeptic | volume = 15 | issue = 1| pages = 25–33 }}</ref>


== Ver também ==
== Ver também ==
Linha 27: Linha 35:
{{Referências}}
{{Referências}}


== Bibliografia ==
==Bibliografia==
{{Refbegin}}
* BENVENISTE, Émile. ''Problemas de Linguística geral''. São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1976.
* [[Derek Bickerton|Bickerton, D.]] (2005). Language evolution: a brief guide for linguists. [http://www.derekbickerton.com/blog/SCIENCE/_archives/2005/7/1/989799.html link]
* BONNER, J. Tyler. ''A Evolução da Cultura nos Animais''. Rio de Janeiro, Zahar, 1983.
* Deacon, T. W. (1997) The Symbolic Species: The Co-evolution of Language and the Human Brain. Allen Lane: The Penguin Press, {{ISBN|0-393-03838-6}}
* CHAUVIN, Remy. ''A Etologia, Estudo Biológico do Comportamento Animal''. Rio de Janeiro, Zahar, 1977.
* {{Cite journal | doi = 10.1126/science.1089401 | last1 = Fitch | first1 = W.T. | last2 = Hauser | first2 = M.D. | year = 2004 | title = Computational constraints on syntactic processing in a nonhuman primate | url = http://eamusic.dartmouth.edu/~larry/music1052008/grad_student_readings/sievers/Primate_Constraints.pdf | journal = Science | volume = 303 | issue = 5656| pages = 377–380 | pmid = 14726592 | bibcode = 2004Sci...303..377F | s2cid = 18306145 }}
* EIBL-EIBESFELDT, Irenaus. ''Etologia - Introducion al Estudio Comparado del Comportamiento''. Barcelona, Omega, 1974.
* {{Cite journal | doi = 10.1126/science.180.4089.978 | last1 = Fouts | first1 = R. S. | year = 1973 | title = Acquisition and testing of gestural signs in four young chimpanzees | journal = Science | volume = 180 | issue = 4089| pages = 978–80 | pmid = 17735931 | bibcode = 1973Sci...180..978F | s2cid = 38389519 }}
* FRISCH, Karl von. ''Bees, their vision, chemical senses and language''. Ithaca, Cornell University Press. 1950.
* Gardner R. Allen and Gardner Beatrice T. (1980) Comparative psychology and language acquisition. In Thomas A. Sebok and Jean-Umiker-Sebok (eds.): Speaking of Apes: A Critical Anthology of Two-Way Communication with Man. New York: Plenum Press, pp.&nbsp;287–329.
* HAUSER, M. D., CHOMSKY, N., and FITCH, W. T. The Faculty of Language: What Is It, Who Has It, and How Did It Evolve?. ''Science'' 298, 2002.
* {{Cite journal | doi = 10.1016/S1364-6613(00)01467-4 | last1 = Gomez | first1 = R.L | last2 = Gerken | first2 = L. | year = 2000 | title = Infant artificial language learning and language acquisition | journal = Trends in Cognitive Sciences | volume = 4 | issue = 5| pages = 178–186 | pmid = 10782103 | s2cid = 15933380 }}
* HINDE, Robert A. ''Bases Biologicas de la Conducta Social Humana''. México, Siglo XXI, 1977.
* {{Cite journal | doi = 10.1038/2011264a0 | last1 = Goodall | first1 = J. | year = 1964 | title = Tool Using and Aimed Throwing in a Community of Free-Living Chimpanzees | journal = Nature | volume = 201 | issue = 4926| pages = 1264–1266 | pmid = 14151401 | bibcode = 1964Natur.201.1264G | s2cid = 7967438 }}
* ROSENSTOCK-HUESSY, Eugen. ''A Origem da Linguagem''. RJ, Record, 2002 [http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=2HzFmaLIdRAC&oi=fnd&pg=PA9&dq=linguagem+animal&ots=NAqvObYpRE&sig=a9DuLtK4P72ofYVEnJDW3qQbSow#v=onepage&q=linguagem%20animal&f=false Disponível no Google Livros] Dez. 2010.
* {{Cite journal | doi = 10.1126/science.298.5598.1569 | last1 = Hauser | first1 = M.D. | last2 = Chomsky | first2 = N. | last3 = Fitch | first3 = W.T. | year = 2002 | title = The faculty of language: what is it, who has it, and how did it evolve? | journal = Science | volume = 298 | issue = 5598| pages = 1569–1579 | pmid = 12446899 }}
* Hayes, C. (1951). The Ape in Our House. New York: Harper & Row.
* {{Cite journal | doi = 10.1016/0149-7634(85)90013-2 | last1 = Herman | first1 = L. M. | last2 = Forestell | first2 = P. H. | year = 1985 | title = Reporting presence or absence of named objects by a language-trained dolphin | journal = Neuroscience and Biobehavioral Reviews | volume = 9 | issue = 4 | pages = 667–691 | pmid = 4080284 | s2cid = 6959236 }}
* {{Cite journal | doi = 10.1037/0096-3445.122.2.184 | last1 = Herman | first1 = L. M. Kuczaj | last2 = Holder | first2 = M. D. | last3 = Holder | year = 1993 | first3 = Mark D. | title = Responses to anomalous gestural sequences by a language-trained dolphin: Evidence for processing of semantic relations and syntactic information | journal = Journal of Experimental Psychology: General | volume = 122 | issue = 2| pages = 184–194 | pmid = 8315399 }}
* {{Cite journal | doi = 10.1038/scientificamerican0960-88 | last1 = Hockett | first1 = C. | year = 1960 | title = The origin of speech | journal = Scientific American | volume = 203 | issue = 3| pages = 88–96 | pmid = 14402211 | bibcode = 1960SciAm.203c..88H }}
* Holder, M. D., Herman, L. M. & Kuczaj, S. III (1993). A bottlenosed dolphin's responses to anomalous gestural sequences expressed within an artificial gestural language. In H. R. Roitblat, L. M. Herman & P.E. Nachtigall (Eds): Language and Communication: Comparative Perspectives, 299–308. Hillsdale, NJ: Lawrence Erlbaum.
* Hurford J.R., Studdert-Kennedy, M., & Knight, C. (Eds.) (1998) Approaches to the evolution of language: Social and cognitive bases. Cambridge: Cambridge University Press.
* [[Julian Huxley|Huxley, Julian]] & [[Ludwig Karl Koch|Ludwig Koch]] (photographs by Ylla) 1938. ''Animal language''. Text by Julian Huxley, long-playing record of animal language by Ludwig Koch. London, ''Country Life''. Reprinted and republished by Grosset & Dunlap, New York 1964. Record in the 1964 reissue is by Columbia Special Products, 33 1/3 rpm, small format, ZVT 88894. Side 1 contains Sounds at the Zoo (presumably Zoological Society of London) and African sounds; side 2 African sounds continued.
* {{Cite journal | last1 = Kako | first1 = E. | year = 1999 | title = Elements of syntax in the systems of three language-trained animals | journal = Animal Learning & Behavior | volume = 27 | pages = 1–14 | doi = 10.3758/BF03199424 | doi-access = free }}
*{{cite journal | last1 = Kanwal | first1 = J.S. | last2 = Matsumura | first2 = S. | last3 = Ohlemiller | first3 = K. | last4 = Suga | first4 = N. | year = 1994 | title = Analysis of acoustic elements and syntax in communication sounds emitted by mustached bats | journal = Journal of the Acoustical Society of America | volume = 94 | issue = 3| pages = 1229–1254 | doi = 10.1121/1.410273 | pmid = 7962992 | bibcode = 1994ASAJ...96.1229K }}
* Kellogg, W.N., & Kellogg, L.A. (1933). The ape and the child. New York: Whittlesey House (McGraw-Hill).
* Knight, C., Studdert-Kennedy, M., Hurford, J.R. (Eds.) (2000). The evolutionary emergence of language: Social function and the origins of linguistic form. Cambridge: Cambridge University Press.
* Kohts. N. (1935). [http://www.kohts.ru/ladygina-kohts_n.n./ichc/ Infant ape and human child. Museum Darwinianum, Moscow.]
* Ladygina-Kohts, N.N, & de Waal, F.B.M. (2002). Infant Chimpanzee and Human Child: A Classic 1935 Comparative Study of Ape Emotions and Intelligence (Tr: B. Vekker). New York: Oxford University Press.
* {{Cite journal | doi = 10.1007/BF01066934 | pmid = 24197536 | last1 = Lenneberg | first1 = E.H. | year = 1971 | title = Of language, knowledge, apes, and brains | journal = Journal of Psycholinguistic Research | volume = 1 | issue = 1| pages = 1–29 | s2cid = 986088 }}
* Miles, H.L. (1990) "The cognitive foundations for reference in a signing orangutan" in S.T. Parker and K.R. Gibson (eds.) "Language" and intelligence in monkeys and apes: Comparative Developmental Perspectives. Cambridge Univ. Press.
* Pinker, S. (1984). Language Learnability and Language Development. Cambridge, MA: Harvard University Press. Reprinted in 1996 with additional commentary.
* {{Cite journal | last1 = Pinker | first1 = S. | last2 = Bloom | first2 = P. | year = 1990 | title = Natural language and natural selection | journal = Behavioral and Brain Sciences | volume = 13 | issue = 4| pages = 707–784 | doi=10.1017/S0140525X00081061| citeseerx = 10.1.1.116.4044 | s2cid = 6167614 }}
* Plooij, F.X. (1978). "Some basic traits of language in wild chimpanzees?" in A. Lock (ed.) Action, Gesture and Symbol. New York: Academic Press.
* {{Cite journal | doi = 10.1126/science.172.3985.808 | last1 = Premack | first1 = D. | author-link = David Premack | year = 1971 | title = Language in a chimpanzee? | journal = Science | volume = 172 | issue = 3985| pages = 808–822 | pmid = 5572906 | bibcode = 1971Sci...172..808P }}
* Roitblat, H.R., Herman, L.M. & Nachtigall, P.E. (Eds.)(1993). Language and Communication: Comparative Perspectives, 299–308. Hillsdale, NJ: Lawrence Erlbaum.
* Rumbaugh Duane M. (1980) Language behavior of apes. In Thomas A. Sebok and Jean-Umiker-Sebok(eds.): Speaking of Apes: A Critical Anthology of Two- Way Communication with Man. New York: Plenum Press, pp.&nbsp;231–259.
* {{Cite journal | doi = 10.1037/0096-3445.115.3.211 | last1 = Savage-Rumbaugh | first1 = E.S. | last2 = McDonald | first2 = K. | last3 = Sevcik | first3 = R.A. | last4 = Hopkins | first4 = W.D. | last5 = Rupert | first5 = E | year = 1986 | title = Spontaneous symbol acquisition and communicative use by pygmy chimpanzees (Pan paniscus) | journal = Journal of Experimental Psychology: General | volume = 115 | issue = 3| pages = 211–235 | pmid = 2428917 | citeseerx = 10.1.1.140.2493 }}
* Sayigh, L.S., Tyack, P.L., Wells, R.S. & Scott, M.D. (1990). Signature whistles of free-ranging bottlenose dolphins (Tursiops truncatus): stability and mother-offspring comparisons. ''Behavioral Ecology and Sociobiology'', 247–260.
* {{Cite journal | last1 = Schusterman | first1 = R. J. | last2 = Gisiner | first2 = R. | year = 1988 | title = Artificial language comprehension in dolphins and sea lions: The essential cognitive skills | journal = The Psychological Record | volume = 34 | pages = 3–23 | doi = 10.1007/BF03394849 | s2cid = 148803055 }}
* {{Cite journal | last1 = Schusterman | first1 = R.J. | last2 = Gisiner | first2 = R. | year = 1989 | title = Please parse the sentence: animal cognition in the Procrustean bed of linguistics | journal = Psychological Record | volume = 39 | pages = 3–18 | doi = 10.1007/BF03395051 | s2cid = 151609199 }}
* {{Cite journal | last1 = Schusterman | first1 = R. J. | last2 = Kastak | first2 = D. | year = 1993 | title = A California Sea-Lion (Zalaphos californianus) is capable of forming equivalence relations | journal = The Psychological Record | volume = 43 | issue = 4| pages = 823–839 | doi = 10.1007/BF03395915 | s2cid = 147715775 }}
* {{Cite journal | last1 = Schusterman | first1 = R. J. | last2 = Krieger | first2 = K. | year = 1984 | title = California sea lions are capable of semantic comprehension | journal = The Psychological Record | volume = 38 | issue = 3| pages = 311–348 | doi = 10.1007/BF03395027 | s2cid = 148081685 }}
* [[Burrhus Frederic Skinner|Skinner, B.F.]] (1957). Verbal behavior. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall.
* {{cite journal | last1 = Wilkie | first1 = R. | last2 = McKinnon | first2 = A. | year = 2013 | title = George Herbert Mead on Humans and Other Animals: Social Relations after Human-Animal Studies | url = http://www.socresonline.org.uk/18/4/19.html | journal = Sociological Research Online | volume = 18 | issue = 4| page = 19 | doi=10.5153/sro.3191| s2cid = 146644748 }}
* {{cite journal | last1 = Wittmann | first1 = Henri | author-link = Henri Wittmann | year = 1991 | title = Classification linguistique des langues signées non vocalement | url = http://www.nou-la.org/ling/1991a-class.pdf | journal = Revue Québécoise de Linguistique Théorique et Appliquée | volume = 10 | issue = 1| pages = 215–88 }}
{{Refend}}


== Ligações externas ==
==Ligações externas==
{{Refbegin}}
*{{Link||2=http://acp.eugraph.com/ |3=Animal Communication Project}}
* [http://linguistlist.org/issues/17/17-1528.html Discussion: Starling Study: Recursion] (Linguist List)
*{{Link||2=http://www.friendsofwashoe.org/ |3=Washoe learned American Sign Language}}
* [http://www.ibac.info/ International Bioacoustics Council] research on animal language.
*{{Link||2=http://nobelprize.org/nobel_prizes/medicine/laureates/1973/frisch.html |3=Nobel Prize 1973 - Karl von Frisch}}
* [http://acp.eugraph.com The Animal Communication Project.] More information on animal communication.
* [http://linguistlist.org/issues/17/17-1528.html Discussion: Starling Study: Recursion](Linguist List)
* [https://web.archive.org/web/20060717100826/http://www.psyking.net/id31.htm Excellent compendium of links to the websites of all of the major animal language studies]
* [http://www.ibac.info/ International Bioacoustics Council]Research on animal language.
* [http://www.bl.uk/listentonature Listen to Nature] includes article "The Language of Birds"
* [http://www.psyking.net/id31.htm Excellent compendium of links to the websites of all of the major animal language studies]
* [https://web.archive.org/web/20060617225933/http://jarvislab.net/Evolution.html Jarvis Lab homepage] Evolution of Brain Structure for Vocal Learning
* [http://www.bl.uk/listentonature Listen to Nature]includes article "The Language of Birds"
{{Refend}}
* [https://web.archive.org/web/20101126202834/http://www.jarvislab.net/Evolution.html Jarvis Lab homepage]Evolution of Brain Structure for Vocal Learning


{{Inteligência animal}}
{{Inteligência animal}}

Revisão das 01h03min de 22 de outubro de 2022

As linguagens animais são formas de comunicação animal não humana que apresentam semelhanças com a linguagem humana. Os animais se comunicam através de uma variedade de sinais, como sons ou movimentos. A sinalização entre os animais pode ser considerada complexa o suficiente para ser uma forma de linguagem se o inventário de sinais for grande, os sinais forem relativamente arbitrários e os animais parecerem produzi-los com um grau de volição (em oposição a comportamentos condicionados relativamente automáticos ou instintos incondicionados, geralmente incluindo expressões faciais). Em testes experimentais, a comunicação animal também pode ser evidenciada pelo uso de lexigramas por chimpanzés e bonobos.

Muitos pesquisadores argumentam que a comunicação animal carece de um aspecto fundamental da linguagem humana, a criação de novos padrões de sinais sob várias circunstâncias. Os humanos, por outro lado, produzem rotineiramente combinações inteiramente novas de palavras. Alguns pesquisadores, incluindo o linguista Charles Hockett, argumentam que a linguagem humana e a comunicação animal diferem tanto que os princípios subjacentes não estão relacionados.[1] Assim, o linguista Thomas A. Sebeok propôs não usar o termo "linguagem" para sistemas de signos animais.[2] No entanto, outros linguistas e biólogos, incluindo Marc Hauser, Noam Chomsky e W. Tecumseh Fitch, afirmam que existe um continuum evolutivo entre os métodos de comunicação da linguagem animal e humana.[3]

O que é linguagem

Ver artigo principal: Linguagem

De fato, linguagem é definida como "qualquer e todo sistema de signos...". Um conjunto de signos somente, ou seja, qualquer conjunto de coisas que significam, não é, por si só, uma linguagem. A linguagem é sempre um sistema, mas qual a diferença entre um conjunto de signos e um sistema de signos? Os macacos, mesmo com uma centena de expressões e gritos, ainda não tem uma linguagem, porque não articulam ou combinam esses signos, nem podem interpretar combinações de signos. Para combinar e interpretar, é necessário que haja uma sintaxe e uma semântica que, somadas aos signos, formam um sistema linguístico. Por exemplo, o conjunto de sinais de trânsito formam um conjuntos de signos (coisas que comunicam, que tem um significado). Entretanto, não se pode falar na "linguagem" dos sinais de trânsito, pois estes não formam um sistema (não podem ser combinados, etc.). Por outro lado, expressões artísticas, como a dança e a pintura, por exemplo, são linguagens, pois seus elementos significativos (os movimentos na dança, as cores na pintura, etc.) podem ser combinados de diferentes formas para comunicar coisas diferentes. Assim, para ter uma linguagem, mesmo que rudimentar, o macaco, ou qualquer outro animal, teria que ter não só um léxico (ou seja, um conjunto de signos), mas teria que combinar esses signos para gerar novos significados. Os animais (modulo espécie) tem demonstrado serem capazes de armazenar um grande número de itens lexicais (cf. Sarah e Washoe), mas nunca demonstraram poder combinar ou interpretar combinações de signos. Segundo Noam Chomsky,[4] o que diferencia os humanos (espécie que desenvolve linguagens) e os outros animais (que não desenvolvem linguagens) não pode ser algo evolutivamente muito custoso. Geneticamente, os humanos diferem muito pouco dos animais, principalmente de outros primatas. O salto evolutivo que nos diferenciou dos macacos e nos possibilitou desenvolver linguagem, portanto, não pode ser algo muito complicado, mesmo porque, a evolução, no seu sentido darwiniano, trabalha sempre dando passos pequenos. Chomsky acredita que a recursividade tenha sido esse passo evolutivo (veja o verbete Programa Minimalista para mais informações sobre a teoria chomskyana e a evolução da linguagem na espécie humana).

Comunicação entre primatas

Os seres humanos são capazes de distinguir palavras reais de palavras falsas com base na ordem fonológica da própria palavra. Em um estudo de 2013, babuínos demonstraram ter essa habilidade, também. A descoberta levou os pesquisadores a acreditar que a leitura não é uma habilidade tão avançada quanto se acreditava anteriormente, mas sim baseada na capacidade de reconhecer e distinguir letras umas das outras. A configuração experimental consistiu em seis babuínos adultos jovens, e os resultados foram medidos permitindo que os animais usassem uma tela sensível ao toque e selecionando se a palavra exibida era de fato uma palavra real ou uma não-palavra como "dran" ou "telk". O estudo durou seis semanas, com aproximadamente cinquenta mil testes concluídos nesse período. Os experimentadores explicam o uso de bigramas, que são combinações de duas letras (geralmente diferentes). Eles nos dizem que os bigramas usados ​​em não-palavras são raros, enquanto os bigramas usados ​​em palavras reais são mais comuns.[5]

Em um estudo de 2016, uma equipe de biólogos de várias universidades concluiu que os macacos possuem tratos vocais fisicamente capazes de falar, "mas não têm um cérebro pronto para falar para controlá-lo".[6][7]

Comparação dos termos "linguagem animal" e "comunicação animal"

Vale a pena distinguir "linguagem animal" de "comunicação animal", embora haja algum intercâmbio comparativo em certos casos (por exemplo, os estudos do macaco vervet de Cheney & Seyfarth).[8]

"Clever Hans", um cavalo Orlov Trotter que se dizia ser capaz de realizar aritmética e outras tarefas intelectuais

Talvez o crítico mais conhecido de "Linguagem Animal" seja Herbert Terrace. A crítica de 1979 de Terrace usando sua própria pesquisa com o chimpanzéee Nim Chimpsky[9][10] foi contundente e basicamente significou o fim da pesquisa em linguagem animal naquela época, a maioria das quais enfatizava a produção de linguagem por animais. Em suma, ele acusou os pesquisadores de interpretar demais seus resultados, especialmente porque raramente é parcimonioso atribuir uma verdadeira "produção de linguagem" intencional quando outras explicações mais simples para os comportamentos (sinais de mão gestuais) pudessem ser apresentadas. Além disso, seus animais não mostraram generalização do conceito de referência entre as modalidades de compreensão e produção; essa generalização é uma das muitas fundamentais que são triviais para o uso da linguagem humana. A explicação mais simples de acordo com Terrace foi que os animais aprenderam uma série sofisticada de estratégias comportamentais baseadas em contexto para obter reforço primário (alimento) ou social, comportamentos que poderiam ser superinterpretados como uso da linguagem.

Em 1984, durante essa reação anti-Linguagem Animal, Louis Herman publicou um relato de linguagem artificial no golfinho-nariz-de-garrafa na revista Cognition.[11] Uma grande diferença entre o trabalho de Herman e a pesquisa anterior foi sua ênfase em um método de estudar apenas a compreensão da linguagem (em vez da compreensão da linguagem e produção pelo(s) animal(es)), o que permitiu controles rigorosos e testes estatísticos, em grande parte porque ele era limitando seus pesquisadores a avaliar os comportamentos físicos dos animais (em resposta a sentenças) com observadores cegos, em vez de tentar interpretar possíveis enunciados ou produções de linguagem. Os nomes dos golfinhos aqui eram Akeakamai e Phoenix.[11] Irene Pepperberg usou a modalidade vocal para produção e compreensão da linguagem em um papagaio cinza chamado Alex no modo verbal,[12][13][14][15] e Sue Savage-Rumbaugh continua a estudar bonobos[16][17] como Kanzi e Panbanisha. R. Schusterman duplicou muitos dos resultados dos golfinhos em seus leões marinhos da Califórnia ("Rocky") e veio de uma tradição mais behaviorista do que a abordagem cognitiva de Herman. A ênfase de Schusterman está na importância de uma estrutura de aprendizagem conhecida como "classes de equivalência".[18][19]

No entanto, no geral, não houve diálogo significativo entre as esferas da linguística e da linguagem animal, apesar de capturar a imaginação do público na imprensa popular. Além disso, o crescente campo da evolução da linguagem é outra fonte de intercâmbio futuro entre essas disciplinas. A maioria dos pesquisadores de primatas tende a mostrar um viés em relação a uma habilidade pré-linguística compartilhada entre humanos e chimpanzés, que remonta a um ancestral comum, enquanto pesquisadores de golfinhos e papagaios enfatizam os princípios cognitivos gerais subjacentes a essas habilidades. Controvérsias relacionadas mais recentes em relação às habilidades dos animais incluem as áreas intimamente ligadas da Teoria da Mente, Imitação (por exemplo, Nehaniv & Dautenhahn, 2002),[20] Cultura Animal (e.g. Rendell & Whitehead, 2001),[21] e Evolução da Linguagem (e.g. Christiansen & Kirby, 2003).[22]

Houve um recente surgimento na pesquisa da linguagem animal que contestou a ideia de que a comunicação animal é menos sofisticada do que a comunicação humana. Denise Herzing pesquisou golfinhos nas Bahamas, criando uma conversa bidirecional por meio de um teclado submerso.[23] O teclado permite que os mergulhadores se comuniquem com os golfinhos selvagens. Ao usar sons e símbolos em cada tecla, os golfinhos podiam pressionar a tecla com o nariz ou imitar o som de assobio emitido para pedir aos humanos um adereço específico. Este experimento em andamento mostrou que em criaturas não linguísticas o pensamento brilhante e rápido ocorre apesar de nossas concepções anteriores de comunicação animal. Pesquisas adicionais feitas com Kanzi usando lexigramas fortaleceram a ideia de que a comunicação animal é muito mais complexa do que pensávamos.[24]

Ver também

Referências

  1. Hockett, Charles F. (1960). «Logical considerations in the study of animal communication». In: Lanyon, W.E.; Tavolga, W.N. Animals sounds and animal communication. [S.l.]: American Institute of Biological Sciences. pp. 392–430 
  2. Martinelli, Dario (2010). «Introduction to Zoosemiotics». A Critical Companion to Zoosemiotics. Biosemiotics. 5. [S.l.: s.n.] pp. 1–64. ISBN 978-90-481-9248-9. doi:10.1007/978-90-481-9249-6_1 
  3. Hauser, Marc D.; Chomsky, Noam; Fitch, W. Tecumseh (22 de novembro de 2002). «The Faculty of Language: What Is It, Who Has It, and How Did It Evolve?» (PDF). Science. American Association for the Advancement of Science. pp. 1569–1579. Consultado em 28 de março de 2014. Arquivado do original (PDF) em 28 de dezembro de 2013. We argue that an understanding of the faculty of language requires substantial interdisciplinary cooperation. We suggest how current developments in linguistics can be profitably wedded to work in evolutionary biology, anthropology, psychology, and neuroscience. We submit that a distinction should be made between the faculty of language in the broad sense (FLB)and in the narrow sense (FLN). FLB includes a sensory-motor system, a conceptual-intentional system, and the computational mechanisms for recursion, providing the capacity to generate an infinite range of expressions from a finite set of elements. We hypothesize that FLN only includes recursion and is the only uniquely human component of the faculty of language. We further argue that FLN may have evolved for reasons other than language, hence comparative studies might look for evidence of such computations outside of the domain of communication (for example, number, navigation, and social relations). 
  4. cf. Hauser, Chomsky and Fitch 2002.
  5. Haghighat, Leila (2012). «Baboons Can Learn to Recognize Words». Nature News. doi:10.1038/nature.2012.10432. Consultado em 15 April 2013  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  6. Fitch, W. T.; de Boer, B.; Mathur, N.; Ghazanfar, A. A. (December 2016). «Monkey vocal tracts are speech-ready». Science Advances. 2 (12): e1600723. Bibcode:2016SciA....2E0723F. PMC 5148209Acessível livremente. PMID 27957536. doi:10.1126/sciadv.1600723  Verifique data em: |data= (ajuda)
  7. «Why can't monkeys talk? Their anatomy is 'speech-ready' but their brains aren't wired for it: neuroscientist». National Post. Consultado em 10 December 2016  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  8. Seyfarth, R. M.; Cheney, D.L. (1990). «The assessment by vervet monkeys of their own and other species' alarm calls». Animal Behaviour. 40 (4): 754–764. doi:10.1016/S0003-3472(05)80704-3 
  9. Terrace, Herbert S. (1979). Nim. New York: Knopf : distributed by Random House. ISBN 978-0-394-40250-5. OCLC 5102119 
  10. Terrace, H.S.; Petitto, L.A.; Sanders, R.J.; Bever, T.G. (1979). «Can an ape create a sentence?». Science. 206 (4421): 891–902. Bibcode:1979Sci...206..891T. PMID 504995. doi:10.1126/science.504995 
  11. a b Herman, L. M.; Richards, D. G.; Wolz, J. P. (1984). «Comprehension of sentences by bottlenosed dolphins». Cognition. 16 (2): 129–219. PMID 6540652. doi:10.1016/0010-0277(84)90003-9 
  12. Pepperberg, Irene M. (1999). The Alex studies : cognitive and communicative abilities of grey parrot. Cambridge, Mass.: Harvard University Press. ISBN 978-0-674-00051-3. OCLC 807730081 
  13. Pepperberg, IM. (Oct 2010). «Vocal learning in Grey parrots: A brief review of perception, production, and cross-species comparisons.». Brain Lang. 115 (1): 81–91. PMID 20199805. doi:10.1016/j.bandl.2009.11.002  Verifique data em: |data= (ajuda)
  14. Pepperberg, IM.; Carey, S. (Nov 2012). «Grey parrot number acquisition: the inference of cardinal value from ordinal position on the numeral list.». Cognition. 125 (2): 219–32. PMC 3434310Acessível livremente. PMID 22878117. doi:10.1016/j.cognition.2012.07.003 
  15. Pepperberg, IM. (Feb 2013). «Abstract concepts: data from a Grey parrot.». Behav Processes. 93: 82–90. PMID 23089384. doi:10.1016/j.beproc.2012.09.016  Verifique data em: |data= (ajuda)
  16. Savage-Rumbaugh, E. S. (1990). «Language Acquisition in a Nonhuman Species: Implications for the innateness debate». Developmental Psychobiology. 23 (7): 599–620. PMID 2286294. doi:10.1002/dev.420230706 
  17. Savage-Rumbaugh, E. S.; Fields, W. M. (2000). «Linguistic, cultural and cognitive capacities of bonobos (Pan paniscus)». Culture and Psychology. 6 (2): 131–154. doi:10.1177/1354067X0062003 
  18. Schusterman, RJ.; Kastak, D. (May 1998). «Functional equivalence in a California sea lion: relevance to animal social and communicative interactions.». Anim Behav. 55 (5): 1087–95. PMID 9632496. doi:10.1006/anbe.1997.0654  Verifique data em: |data= (ajuda)
  19. Kastak, CR.; Schusterman, RJ.; Kastak, D. (Sep 2001). «Equivalence classification by California sea lions using class-specific reinforcers.». J Exp Anal Behav. 76 (2): 131–58. PMC 1284831Acessível livremente. PMID 11599636. doi:10.1901/jeab.2001.76-131  Verifique data em: |data= (ajuda)
  20. Nehaniv, Chrystopher; Dautenhahn, Kerstin (2002). Imitation in animals and artifacts. Cambridge, Mass: MIT Press. ISBN 9780262271219. OCLC 51938434 
  21. * Rendell, L.; Whitehead, H. (2001). «Culture in whales and dolphins». Behavioral and Brain Sciences. 24 (2): 309–382. PMID 11530544. doi:10.1017/S0140525X0100396X 
  22. Christiansen, Morten H.; Kirby, Simon (2003). Language evolution. Oxford ; New York: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-924484-3. OCLC 51235137 
  23. Herzing, Denise L.; Delfour, Fabienne; Pack, Adam A. (2012). «Responses of human-habituated wild Atlantic Spotted Dolphins to play behaviours using a two-way human/dolphin interface» (PDF). International Journal of Comparative Psychology. 25: 137–165 
  24. Savage-Rumbaugh, S.; Rumbaugh, D.; Fields, W. «Empirical kanzi: The ape language controversy revisited. (2009)». Skeptic. 15 (1): 25–33. Cópia arquivada em 18 de maio de 2013 

Bibliografia

  • Bickerton, D. (2005). Language evolution: a brief guide for linguists. link
  • Deacon, T. W. (1997) The Symbolic Species: The Co-evolution of Language and the Human Brain. Allen Lane: The Penguin Press, ISBN 0-393-03838-6
  • Fitch, W.T.; Hauser, M.D. (2004). «Computational constraints on syntactic processing in a nonhuman primate» (PDF). Science. 303 (5656): 377–380. Bibcode:2004Sci...303..377F. PMID 14726592. doi:10.1126/science.1089401 
  • Fouts, R. S. (1973). «Acquisition and testing of gestural signs in four young chimpanzees». Science. 180 (4089): 978–80. Bibcode:1973Sci...180..978F. PMID 17735931. doi:10.1126/science.180.4089.978 
  • Gardner R. Allen and Gardner Beatrice T. (1980) Comparative psychology and language acquisition. In Thomas A. Sebok and Jean-Umiker-Sebok (eds.): Speaking of Apes: A Critical Anthology of Two-Way Communication with Man. New York: Plenum Press, pp. 287–329.
  • Gomez, R.L; Gerken, L. (2000). «Infant artificial language learning and language acquisition». Trends in Cognitive Sciences. 4 (5): 178–186. PMID 10782103. doi:10.1016/S1364-6613(00)01467-4 
  • Goodall, J. (1964). «Tool Using and Aimed Throwing in a Community of Free-Living Chimpanzees». Nature. 201 (4926): 1264–1266. Bibcode:1964Natur.201.1264G. PMID 14151401. doi:10.1038/2011264a0 
  • Hauser, M.D.; Chomsky, N.; Fitch, W.T. (2002). «The faculty of language: what is it, who has it, and how did it evolve?». Science. 298 (5598): 1569–1579. PMID 12446899. doi:10.1126/science.298.5598.1569 
  • Hayes, C. (1951). The Ape in Our House. New York: Harper & Row.
  • Herman, L. M.; Forestell, P. H. (1985). «Reporting presence or absence of named objects by a language-trained dolphin». Neuroscience and Biobehavioral Reviews. 9 (4): 667–691. PMID 4080284. doi:10.1016/0149-7634(85)90013-2 
  • Herman, L. M. Kuczaj; Holder, M. D.; Holder, Mark D. (1993). «Responses to anomalous gestural sequences by a language-trained dolphin: Evidence for processing of semantic relations and syntactic information». Journal of Experimental Psychology: General. 122 (2): 184–194. PMID 8315399. doi:10.1037/0096-3445.122.2.184 
  • Hockett, C. (1960). «The origin of speech». Scientific American. 203 (3): 88–96. Bibcode:1960SciAm.203c..88H. PMID 14402211. doi:10.1038/scientificamerican0960-88 
  • Holder, M. D., Herman, L. M. & Kuczaj, S. III (1993). A bottlenosed dolphin's responses to anomalous gestural sequences expressed within an artificial gestural language. In H. R. Roitblat, L. M. Herman & P.E. Nachtigall (Eds): Language and Communication: Comparative Perspectives, 299–308. Hillsdale, NJ: Lawrence Erlbaum.
  • Hurford J.R., Studdert-Kennedy, M., & Knight, C. (Eds.) (1998) Approaches to the evolution of language: Social and cognitive bases. Cambridge: Cambridge University Press.
  • Huxley, Julian & Ludwig Koch (photographs by Ylla) 1938. Animal language. Text by Julian Huxley, long-playing record of animal language by Ludwig Koch. London, Country Life. Reprinted and republished by Grosset & Dunlap, New York 1964. Record in the 1964 reissue is by Columbia Special Products, 33 1/3 rpm, small format, ZVT 88894. Side 1 contains Sounds at the Zoo (presumably Zoological Society of London) and African sounds; side 2 African sounds continued.
  • Kako, E. (1999). «Elements of syntax in the systems of three language-trained animals». Animal Learning & Behavior. 27: 1–14. doi:10.3758/BF03199424Acessível livremente 
  • Kanwal, J.S.; Matsumura, S.; Ohlemiller, K.; Suga, N. (1994). «Analysis of acoustic elements and syntax in communication sounds emitted by mustached bats». Journal of the Acoustical Society of America. 94 (3): 1229–1254. Bibcode:1994ASAJ...96.1229K. PMID 7962992. doi:10.1121/1.410273 
  • Kellogg, W.N., & Kellogg, L.A. (1933). The ape and the child. New York: Whittlesey House (McGraw-Hill).
  • Knight, C., Studdert-Kennedy, M., Hurford, J.R. (Eds.) (2000). The evolutionary emergence of language: Social function and the origins of linguistic form. Cambridge: Cambridge University Press.
  • Kohts. N. (1935). Infant ape and human child. Museum Darwinianum, Moscow.
  • Ladygina-Kohts, N.N, & de Waal, F.B.M. (2002). Infant Chimpanzee and Human Child: A Classic 1935 Comparative Study of Ape Emotions and Intelligence (Tr: B. Vekker). New York: Oxford University Press.
  • Lenneberg, E.H. (1971). «Of language, knowledge, apes, and brains». Journal of Psycholinguistic Research. 1 (1): 1–29. PMID 24197536. doi:10.1007/BF01066934 
  • Miles, H.L. (1990) "The cognitive foundations for reference in a signing orangutan" in S.T. Parker and K.R. Gibson (eds.) "Language" and intelligence in monkeys and apes: Comparative Developmental Perspectives. Cambridge Univ. Press.
  • Pinker, S. (1984). Language Learnability and Language Development. Cambridge, MA: Harvard University Press. Reprinted in 1996 with additional commentary.
  • Pinker, S.; Bloom, P. (1990). «Natural language and natural selection». Behavioral and Brain Sciences. 13 (4): 707–784. CiteSeerX 10.1.1.116.4044Acessível livremente. doi:10.1017/S0140525X00081061 
  • Plooij, F.X. (1978). "Some basic traits of language in wild chimpanzees?" in A. Lock (ed.) Action, Gesture and Symbol. New York: Academic Press.
  • Premack, D. (1971). «Language in a chimpanzee?». Science. 172 (3985): 808–822. Bibcode:1971Sci...172..808P. PMID 5572906. doi:10.1126/science.172.3985.808 
  • Roitblat, H.R., Herman, L.M. & Nachtigall, P.E. (Eds.)(1993). Language and Communication: Comparative Perspectives, 299–308. Hillsdale, NJ: Lawrence Erlbaum.
  • Rumbaugh Duane M. (1980) Language behavior of apes. In Thomas A. Sebok and Jean-Umiker-Sebok(eds.): Speaking of Apes: A Critical Anthology of Two- Way Communication with Man. New York: Plenum Press, pp. 231–259.
  • Savage-Rumbaugh, E.S.; McDonald, K.; Sevcik, R.A.; Hopkins, W.D.; Rupert, E (1986). «Spontaneous symbol acquisition and communicative use by pygmy chimpanzees (Pan paniscus)». Journal of Experimental Psychology: General. 115 (3): 211–235. CiteSeerX 10.1.1.140.2493Acessível livremente. PMID 2428917. doi:10.1037/0096-3445.115.3.211 
  • Sayigh, L.S., Tyack, P.L., Wells, R.S. & Scott, M.D. (1990). Signature whistles of free-ranging bottlenose dolphins (Tursiops truncatus): stability and mother-offspring comparisons. Behavioral Ecology and Sociobiology, 247–260.
  • Schusterman, R. J.; Gisiner, R. (1988). «Artificial language comprehension in dolphins and sea lions: The essential cognitive skills». The Psychological Record. 34: 3–23. doi:10.1007/BF03394849 
  • Schusterman, R.J.; Gisiner, R. (1989). «Please parse the sentence: animal cognition in the Procrustean bed of linguistics». Psychological Record. 39: 3–18. doi:10.1007/BF03395051 
  • Schusterman, R. J.; Kastak, D. (1993). «A California Sea-Lion (Zalaphos californianus) is capable of forming equivalence relations». The Psychological Record. 43 (4): 823–839. doi:10.1007/BF03395915 
  • Schusterman, R. J.; Krieger, K. (1984). «California sea lions are capable of semantic comprehension». The Psychological Record. 38 (3): 311–348. doi:10.1007/BF03395027 
  • Skinner, B.F. (1957). Verbal behavior. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall.
  • Wilkie, R.; McKinnon, A. (2013). «George Herbert Mead on Humans and Other Animals: Social Relations after Human-Animal Studies». Sociological Research Online. 18 (4): 19. doi:10.5153/sro.3191 
  • Wittmann, Henri (1991). «Classification linguistique des langues signées non vocalement» (PDF). Revue Québécoise de Linguistique Théorique et Appliquée. 10 (1): 215–88 

Ligações externas