Claus von Stauffenberg
Claus von Stauffenberg | |
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Claus Schenk Graf von Stauffenberg small.jpg | |
Nascimento | 15 de novembro de 1907 Jettingen-Scheppach Império alemão |
Morte | 21 de julho de 1944 (36 anos) Berlim, Alemanha Nazista |
Nacionalidade | alemão |
Cônjuge | Nina Schenk Gräfin von Stauffenberg (27 de Agosto de 1913 -2 de Abril de 2006) |
Filho(a)(s) | Berthold, Heimeran, Franz-Ludwig, Valerie e Konstanze |
Ocupação | Militar |
Serviço militar | |
Patente | Oberst |
Religião | Católico Romano |
Claus Philipp Schenk, Graf von Stauffenberg (Conde de Stauffenberg)[1] (Jettingen-Scheppach, 15 de Novembro de 1907 — Berlim, 21 de Julho de 1944) foi um coronel alemão da II Guerra Mundial, autor de um dos atentados da resistência alemã contra Adolf Hitler em 1944. Ato conhecido como Atentado de 20 de julho.
Pertencia a uma família nobre da Baviera, detentores do título nobiliárquico de graf, que na nobreza latina equivale-se ao conde.
Vida e carreira militar
Nasceu numa família nobre da Baviera e tradicionalmente católica. Seus pais eram Alfred Schenk Graf von Stauffenberg (português: Alfredo Schenk conde de Stauffenberg) e Caroline geb. Gräfin von Üxküll-Gyllenband (português: Caroline condessa de Üxküll-Gyllenband). Sua mãe passou a se chamar depois do casamento: Caroline Schenk Gräfin von Stauffenberg (português: Caroline Schenk condessa de Stauffenberg).
Claus foi o oficial alemão mais jovem a chegar ao posto de coronel, era uma estrela em ascendência no exército (Heer) das forças armadas alemãs (Wehrmacht).
Foi ferido num ataque aéreo em 7 de abril de 1943 na campanha Norte-Africana quando servia no Afrika Korps. Perdeu dois dedos da mão esquerda, a mão direita e o olho esquerdo, além de graves ferimentos no joelho.
A conspiração
Stauffenberg, junto com outros vários militares alemães que já não suportavam as ordens de Hitler, organizou um atentado a bomba contra o mesmo. Tinham em mente levar duas pastas com explosivos a uma reunião militar onde ele estaria presente. Todo projeto foi coordenado com ajuda de cúmplices que aguardariam Stauffenberg colocar os dispositivos próximos a Hitler. Antes da explosão, ele forjaria uma saída inesperada da sala, alegando querer dar um telefonema.
Foi um dos principais articuladores deste malsucedido atentado que tentou remover o líder nazista do poder. A tentativa de matar Hitler aconteceu em seu quartel-general, conhecido como a "Toca do Lobo" (em alemão, "Wolfsschanze") situado nas proximidades de Rastenburg (atualmente Kętrzyn, junto à aldeia à época chamada Görlitz hoje Gierłoż na Prússia Oriental, atual território da Polônia).
O fracasso
Stauffenberg carregou consigo as duas pastas com 1kg de explosivos cada uma, sendo que só conseguiu levar uma das bombas à sala de reunião onde ocorreu o atentado. Os explosivos foram preparados para simularem o efeito de uma bomba britânica.[2] Isto foi feito para encobrir a ação dos conspiradores. Uma grande e pesada mesa de madeira de carvalho protegeu o Führer da explosão.
Entre 11 feridos e 4 mortos, Hitler teve apenas ferimentos leves. Enquanto recebia socorro médico, Hitler disse: "eu sou imortal."[2]
Horas mais tarde, Hitler recebeu Benito Mussolini no local. O duce fica impressionado com os estragos causados pela explosão. Mas o líder italiano vê um bom presságio no fato de Hitler ter sobrevivido.[2]
Traição
Este mal sucedido atentado custou a vida do Coronel von Stauffenberg e de outros conspiradores que se encontravam em Berlim. Foram traídos por um cúmplice o general Friedrich Fromm. Ao saber que Hitler tinha sobrevivido, Fromm denunciou seus companheiros como os Generais Friedrich Olbricht, Hoepner, Erwin von Witzleben (posteriormente enforcado), o Coronel Mertz e o Tenente Werner von Haeften, os quais foram fuzilados naquele mesmo dia, após julgamento sumário.
No dia seguinte, uma lista com nomes do futuro governo da Alemanha pós-Hitler foi encontrada no cofre de Fromm. Esta era a prova de que ele participara do atentado e tentativa de golpe de estado. O ministro Albert Speer, em vão, tentou interceder em seu favor. Friedrich Fromm foi condenado a morte e fuzilado em 12 de Março de 1945.
Conforme apresentado no filme The Desert Fox: The Story of Rommel, o outro suspeito de participar da conspiração, o Marechal de Campo Erwin Rommel, conhecido como a "Raposa do Deserto", foi concedida a opção de suicidar-se, de que ele fez uso.
Morte
Claus von Stauffenberg disse à sua família:
"se eu conseguir, serei chamado pelo povo alemão de traidor, mas se eu não conseguir, estarei traindo minha consciência".
Atualmente Von Stauffenberg é considerado o modelo de soldado alemão pelo Bundeswehr: "um cidadão fardado".
Foi fuzilado nas primeiras horas do dia 21 de Julho de 1944 no Bendlerblock de Berlim. Diante do pelotão de fuzilamento, suas últimas palavras foram:
– "Es lebe das heilige Deutschland! (Vida Longa para a sagrada Alemanha!)"
Encontra-se sepultado no Memorial da Resistência Alemã, Stauffenbergstr, Berlim na Alemanha.[3]
Imagens
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Certidão de óbito do coronel Stauffenberg.
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Placa no Bendlerblock de Berlim com os nomes de cinco dos conspiradores ali fuzilados. Com os dizeres: "Aqui morreram pela Alemanha, em 20 de Julho de 1944"…
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Selo postal alemão de 1964.
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Berlim, 20 Julho de 1964: evento que recordou o atentado contra Hitler.
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Busto de Claus Von Stauffenberg.
Curiosidades
TV alemã
- 2004: Die Stunde der Offiziere:[4][5] "Semi-documentário"
- 2004: Stauffenberg[6][7] de Jo Baier.[8]
- 2005: Stauffenberg (Fernsehdokumentation) - documentário para TV.
Cinema alemão
- 1955: Der 20. Juli[9] Dirigido pelo ex-membro da resistência Falk Harnack.[10]
- 1955: Es geschah am 20. Juli.[11] Versão alemã ocidental alternativa (direção de Georg Wilhelm Pabst).
- 1989: Stauffenberg. 13 Bilder über einen Täter de Hans Bentzien e Erich Thiede, documentário.
TV americana
- 1988: War and Remembrance escrito por Herman Wouk[12] (br:Lembranças da guerra)[13][14] com Sky Dumont.[15]
- 1990: The Plot to Kill Hitler (em alemão:Stauffenberg – Verschwörung gegen Hitler).[16] com Brad Davis no papel de Claus Stauffenberg.
Cinema americano
- 1951: The Desert Fox: The Story of Rommel, (br:A raposa do deserto). O primeiro filme a apresentar a história de Stauffenberg.
- 1967: The Night of the Generals (br:A Noite dos Generais )[17][18]
- 2008: Valkyrie (br: Operação Valquíria). O ator Tom Cruise interpreta o papel de Claus Stauffenberg.
Referências
- ↑ Segundo o artigo 109 da Constituição de Weimar, criada na fundação da república de Weimar, em decorrência da dissolução do Império Alemão em 1918, o título nobiliárquico de toda família nobre, seria incluído no sobrenome dos principais membros, que ainda residissem na Alemanha.
- ↑ a b c (em português)Discoverybrasil
- ↑ Claus von Stauffenberg (em inglês) no Find a Grave
- ↑ (em inglês)IMDB
- ↑ (em alemão)ZDF
- ↑ (em inglês)IMDB
- ↑ (em alemão)New Video
- ↑ (em inglês)IMDB
- ↑ (em inglês)IMDB
- ↑ (em inglês)IMDB
- ↑ (em inglês)IMDB
- ↑ (em alemão)IMDB
- ↑ (em português)Preceitos
- ↑ (em inglês)Angelfire
- ↑ (em inglês)IMDB
- ↑ (em alemão)Schaffhausen
- ↑ (em português)CINEMA e SEGUNDA GUERRA
- ↑ (em português)Adorocinema
Fontes
- (em alemão) Christian Müller: Oberst i.G. Stauffenberg. Eine Biographie. Droste, Düsseldorf 1970, ISBN 3-7700-0228-8.
- «Hans Bentzien, Claus Schenk Graf von Stauffenberg: Zwischen Soldateneid und Tyrannenmord, ed. Fackelträger, 1997» (em alemão)
- «Harry Horstmann, Operation Walküre: Claus Schenk Graf von Stauffenberg, ed. BoD, 2ª ed., 2008» (em alemão)
- Carell, Paul. Afrika Korps. São Paulo: Editora Flamboyant, 1967.
- Berben Paul - O Atentado contra Hitler. Coleção Blitzkrieg, Nova Fronteira, 1962
Ligações externas
- «Portalbrasil»
- «Notícias Terra - Alemães celebram os 60 anos do complô contra Hitler»
- «Discoverybrasil - O plano secreto para matar Hitler»