Conversão de padrões de televisão

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A conversão de padrões de televisão é o processo efetuado para alterar um tipo de sistema de televisão para outro. A mais comum é a conversão de NTSC para PAL, ou o contrário. Isto é feito para que programas de televisão de um país possam ser assistidos em outro com um padrão diferente. O vídeo televisivo passa por um dispositivo conversor de padrões que muda para um outro sistema desejado.

Converter entre um número de pixels e de frequência de quadros por segundo diferentes é um problema técnico complexo. No entanto, a frequente troca internacional de programação televisiva criou padrões de conversão necessários; e em muitos casos obrigatórios. Vários sistemas de televisão diferentes emergiram por razões políticas e técnicas - e pode-se dizer que é sorte uma programação de uma nação ser compatível com outra.

História[editar | editar código-fonte]

O primeiro caso conhecido de conversão de sistemas de televisão ocorreu na Europa alguns anos após a Segunda Guerra Mundial - principalmente com a RTF (da França) e a BBC (do Reino Unido) tentando trocar suas programações de 441 linhas e 405 linhas. O problema só agravou com a chegada do PAL, do SECAM (de 625 linhas) e do serviço francês de 819 linhas. Até a década de 1980, padrões de conversão era tão difícil que filmes de 35 mm de 24 fps foi o meio preferido para efetuar intercâmbio de programação.

Visão Geral[editar | editar código-fonte]

Talvez a conversão mais difícil tecnicamente de fazer seja de PAL para NTSC.

  • PAL tem 625 linhas a 50 campos por segundo.
  • NTSC tem 525 linhas a 60 campos por segundo.

Os dois padrões de televisão são, para todo efeito prático, temporalmente e espacialmente incompatíveis entre si. Além da quantidade de linhas ser diferente, gerar 60 campos por segundo a partir de outro que tenha apenas 50 campos ocasiona um problema visivelmente interessante. A cada segundo, 10 campos adicionais devem ser gerados aparentemente "do nada". O conversor tem de gerar novos quadros a partir dos existentes em tempo real.

Sinais ocultos: nem sempre transferidos[editar | editar código-fonte]

A televisão contém muitos sinais ocultos. Este é um tipo de sinal que não é transferido, salvo o sinal closed caption, em alguns conversores caros. Sinais teletexto não precisam ser transferidos, mas o fluxo de dados de legendas deve ser sempre que isto for tecnologicamente possível. Com transmissão HDTV isto é um problema a menos, porque a maior parte do significado só passa ao fluxo de dados de legendas no novo material. Contudo, DVB e ATSC têm uma diferença significativa nos tipos de fluxo de dados de legendas.

Função da teoria da informação[editar | editar código-fonte]

Teoria por trás dos sistemas de conversão[editar | editar código-fonte]

A teoria da informação implica que a conversão de um padrão de televisão para outro será mais fácil se:

  • for feita de uma taxa de repetição maior para uma menor (NTSC para PAL ou SECAM, por exemplo).
  • for feita de uma resolução maior para uma menor (HDTV para NTSC).
  • não for feita de uma varredura progressiva para outra semelhante (PAL e NTSC interlaced são temporalmente e espacialmente incompatíveis entre si).
  • a moção entre os quadros for limitada, de forma a reduzir os solavancos temporais ou espaciais.
  • o sinal de ruídos rácios no material fonte não for altamente prejudicial.
  • o material fonte não possuir qualquer defeito no sinal contínuo (ou periódico) que inibe a tradução.

Sistemas de amostragem e rácios[editar | editar código-fonte]

A subamostra em um sistema de vídeo é usualmente expressada como um rácio de três partes. Os três termos do rácio são: o número de brilho ("luminosidade" ou Y) da amostra, seguido pelo número de amostras de componentes de duas cores (croma): U/CB e V/Cr, para cada área da amostra completa.

Para comparação da qualidade, somente o rácio entre aqueles valores é importante, 4:4:4 tão facilmente poderá ser chamado 1:1:1; contudo, tradicionalmente o valor do brilho é sempre 4, com os valores restantes adaptado em conformidade.

Rácio comum em sub amostras cromáticas

Os princípios de amostragem acima se aplicam tanto na televisão analógica quanto na televisão digital.

Telecine judder[editar | editar código-fonte]

O processo de conversão "3:2 pulldown" para 24 fps de filme para televisão (telecine) cria um ligeiro erro no sinal de vídeo comparado aos quadros originais do filme. Esta é uma razão pela qual filmes NTSC vistos em equipamento domiciliar típico não podem aparecer da mesma forma como quando vistos no cinema. O fenômeno é particularmente evidente no decurso lento, movimentos regulares de câmera que aparecem ligeiramente repuxados quando "telecinados". Este processo é geralmente referido como telecine judder.

Material PAL na qual 2:2:2:2:2:2:2:2:2:2:2:3 pulldown foi aplicado, sofre de uma semelhante falta de lisura, no entanto, este efeito não é usualmente chamado de telecine judder.

Em todos os efeitos o 12º quadro é exibido durante a duração de 3 campos PAL (60 milissegundos) - enquanto que os outros 11 quadros são exibidos durante o período de 2 campos PAL (40 milissegundos). Sistemas de conversão de televisão devem evitar criar efeitos telecine judder durante o processo de conversão. Evitar este judder é de importância econômica como um montante substancial de resolução material NTSC (60 Hz, tecnicamente 29.97 fps) originado do filme - terá este problema quando convertido para PAL ou SECAM (ambos 50 Hz e 25fps).

Ver também[editar | editar código-fonte]