Eduardo Oinegue

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Eduardo Oinegue
Nome completo Eduardo Oinegue Fulfaro
Nascimento 23 de maio de 1964 (59 anos)
São Paulo, SP
Nacionalidade brasileiro
Ocupação

Eduardo Oinegue Fulfaro (São Paulo, 23 de maio de 1964) é um jornalista e palestrante brasileiro, âncora dos jornalísticos Jornal da Band, comentarista no BandNews TV e BandNews No Meio Do Dia, da BandNews FM.[1]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Cursou jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).[2] Começou a trabalhar como jornalista em 1982, aos dezessete anos, quando estava no primeiro ano da faculdade, inicialmente em jornais de bairro, depois como freelancer. Formou-se em 1985 e no ano seguinte, depois de concluir o 3º Curso Abril de Jornalismo, foi trabalhar na Editora Abril, onde permaneceu por quase vinte anos.

Começou sua carreira profissional como repórter na revista Veja São Paulo. Em seguida, foi convidado a se transferir para a revista Veja, onde foi repórter, editor, editor executivo e redator-chefe.

Integrou a editoria de política da revista, chefiou a sucursal da Veja no Recife por um ano e cinco meses. Por seis anos (1989 a 1995) dirigiu a sucursal da revista em Brasília, cargo que assumiu aos 24 anos. De lá, comandou a cobertura que culminou com o impeachment do presidente Fernando Collor. Convidado pela direção de Veja a retornar a São Paulo, tornou-se editor executivo, sendo promovido a redator-chefe pelo diretor de revista Tales Alvarenga. Supervisionou coberturas em temas variados e escreveu inúmeras capas sobre educação, saúde, justiça, polícia, política, economia e negócios.

Convidado por Roberto Civita, foi também diretor de redação da Exame, principal revista de negócios do Brasil. Nos variados postos que ocupou, travou contato com os principais tomadores de decisão do país, entre políticos, empresários, acadêmicos e estudiosos. Comandou coberturas sobre as maiores guerras comerciais brasileiras, envolvendo grandes marcas e grandes empresas.

Deixou a Editora Abril em 2005, quando fundou a editora Análise Editorial em sociedade com os jornalistas Silvana Quaglio e Alexandre Secco, da qual é presidente do conselho editorial.

A Análise Editorial é a única editora brasileira especializada na produção de anuários. Edita o Análise Advocacia 500, que lista os advogados e escritórios mais admirados do país segundo os responsáveis das áreas jurídicas das mil maiores empresas em atuação no país. Edita ainda os anuários Análise Executivos Jurídicos e Financeiros, que traça o perfil de mais de 2 000 executivos responsáveis pelas áreas jurídicas e financeiras das grandes empresas brasileiras. Anualmente, o anuário premia os executivos jurídicos e financeiros mais admirados pelos próprios pares, em concorrido evento. A Análise Editorial edita ainda o Diretório Nacional da Advocacia, o maior levantamento de escritórios de advocacia do país.

Eduardo Oinegue atuou como consultor de comunicação para grandes grupos empresariais, aconselhando seus dirigentes sobre os melhores caminhos para prevenir os principais riscos à reputação do negócio ou mitigar os danos em caso de crise. A atividade profissional de consultoria foi interrompida ao se tornar âncora da BandNews FM.

Num artigo publicado na revista Observatório da Imprensa,[3] afirma que a comunicação deveria integrar o processo decisório, não apenas ser a consequência de uma estratégia de governos ou empresas. "Boa parte dos problemas que impactam a imagem de uma organização seria solucionada se um profissional de comunicação - cujos conhecimentos técnicos os líderes respeitem - fosse integrado ao grupo decisório para participar da formulação da estratégia", escreveu. Segundo Oinegue, os líderes brasileiros, tanto do setor público quanto do privado, não demonstram muito apreço pela "comunicação". "Há sinais claros de que ela só ganha importância quando surge a chamada 'crise de imagem'". Para desalento dos gestores públicos e privados, a origem dos problemas que comprometem a imagem institucional raramente se deve a falhas na comunicação. Vai desembocar ali em algum momento, claro. Responsabilizar a comunicação, o mordomo dessa história, é um caso clássico de investigação malfeita, é culpar a bala pelo homicídio, em vez de procurar quem puxou o gatilho", completou.

Entre 2009 e 2011, foi publisher do Portal iG (Internet Group), quando contratou 180 profissionais e estruturou a remontagem do seu departamento de jornalismo. Em 2016, tornou-se colunista das Rádio Bandeirantes e da BandNews FM.[4] Convidado pelo presidente Michel Temer para ser porta-voz do governo, recusou o convite. Sugeriu a contratação de um diplomata para a função e entregou ao presidente um plano de comunicação.[5]

Nas eleições de 2018, foi colunista do jornal O Globo, escrevendo às segundas-feiras. Eduardo Oinegue é também palestrante. Em suas palestras, traça o histórico político e econômico do Brasil, analisando os cenários que se avizinham. Tem vários artigos publicados em jornais e revistas de grande circulação.

De novembro de 2016 até agosto de 2019, foi comentarista de política e economia no programa Jornal Gente da Rádio Bandeirantes. Sua coluna 'Identidade Brasil' ia ao ar segundas, quartas e sextas, às 9h. Na ocasião, o Jornal Gente era apresentado por José Paulo de Andrade, Rafael Colombo, Claudio Humberto, Thais Heredia e Pedro Campos.

Em fevereiro de 2019, Oinegue foi anunciado como novo apresentador do Jornal da Band após a morte de Ricardo Boechat.[6][7] Ele assumiu em 13 de maio.

Referências

  1. «Eduardo Oinegue». BandNews. Consultado em 18 de outubro de 2019 
  2. «Eduardo Oinegue é o novo apresentador do Jornal da Band». Band. 13 de maio de 2019. Consultado em 4 de fevereiro de 2023. Cópia arquivada em 4 de fevereiro de 2023 
  3. Oinegue, Eduardo (30 de junho de 2015). «Coloque a comunicação na sala de reuniões» 857 ed. PROJOR. Observatório da Imprensa (1167). ISSN 1519-7670. Consultado em 18 de outubro de 2019 
  4. Redação (10 de novembro de 2016). «Eduardo Oinegue começa nas rádios do Grupo Band». Portal dos Jornalistas. Consultado em 18 de outubro de 2019 
  5. Araújo, Carla; Monteiro, Tânia (22 de setembro de 2016). «Oinegue recusa cargo de porta-voz e apresenta a Temer plano de comunicação». Estadão. Consultado em 18 de outubro de 2019 
  6. «Eduardo Oinegue sucede Boechat no "Jornal da Band", diz colunista». ISTOÉ Independente. 16 de fevereiro de 2019. Consultado em 18 de outubro de 2019 
  7. «Eduardo Oinegue estreia como o novo âncora do 'Jornal da Band'». Diário do Poder. 14 de maio de 2019. Consultado em 18 de outubro de 2019 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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Artigos[editar | editar código-fonte]