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José Rodrigues dos Santos: diferenças entre revisões

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* ''[[A Chave de Salomão (livro)|A Chave de Salomão]]'', Gradiva, 2014 [Série Tomás Noronha, #7]
* ''[[A Chave de Salomão (livro)|A Chave de Salomão]]'', Gradiva, 2014 [Série Tomás Noronha, #7]
* ''As Flores de Lótus'', Gradiva, 2015
* ''As Flores de Lótus'', Gradiva, 2015
* ''O Pavilhão Púrpura,'' Gradiva, (previsto para 2016)
* ''O Pavilhão Púrpura,'' Gradiva, 2016
* ''O Reino do Meio,'' Gradiva, (previsto para 2017)


== Prémios ==
== Prémios ==

Revisão das 13h42min de 11 de maio de 2016

 Nota: Se procura outras referências de José Rodrigues, veja José Rodrigues (desambiguação).
José Rodrigues dos Santos
José Rodrigues dos Santos
José Rodrigues dos Santos, Paris, 2014.
Nascimento 1 de abril de 1964 (60 anos)
Portugal Beira, Moçambique Colonial
Nacionalidade Portugal Portugal
Ocupação Jornalista, correspondente de guerra, professor universitário e escritor
Prémios Prémio Clube Literário do Porto 2009

José António Afonso Rodrigues dos Santos (Beira, África Oriental Portuguesa, 1 de Abril de 1964) é um jornalista, correspondente de guerra, professor universitário e escritor português nascido na antiga colónia portuguesa de Moçambique. Atualmente, apresenta o Telejornal. Em 2016 foi eleito o melhor escritor português, por 28 000 portugueses.[1]

Anos iniciais em África

Natural da província de Sofala, Cidade da Beira, na antiga colónia de Moçambique do Império Português, filho de José da Paz Brandão Rodrigues dos Santos (Penafiel, 13 de Outubro de 1930 - Janeiro de 1986), médico, e de sua mulher Maria Manuela de Campos Afonso Matos,[2] e mudou-se ainda bebé para a cidade de Tete onde permaneceu até aos nove anos, convivendo com a Guerra Colonial. Tal como a esmagadora maioria dos portugueses, alguns dos seus antepassados estiveram envolvidos na Primeira Guerra Mundial, na Flandres e na Guerra Colonial em África, sendo que o seu segundo romance, intitulado A Filha do Capitão é assumido como um tributo que lhes é prestado.

Percurso durante a adolescência

Após a separação dos seus pais, vai para Lisboa onde vive com a mãe. No entanto, as dificuldades económicas da mãe levam-no a mudar-se para a residência do pai, em Penafiel, no norte de Portugal. A difícil adaptação do pai a terras lusas motivou a partida para Macau. Já no oriente, participa na elaboração de um jornal escolar, que desperta o interesse dos responsáveis da rádio local e leva o jovem estudante a ser entrevistado por uma jornalista que acabara de chegar a Macau: Judite de Sousa, hoje outra bem conhecida jornalista portuguesa, atual funcionária da TVI. Em 1981, aos 17 anos, o jovem José Rodrigues dos Santos inicia-se verdadeiramente no Jornalismo, ao serviço da Rádio Macau.

Família

Casou, em 1988, com Florbela Cardoso. Tem duas filhas, Catarina Cardoso Rodrigues dos Santos (1991) e Inês Cardoso Rodrigues dos Santos (1998).[2]

Carreira como jornalista

Em 1983, regressa a Portugal para frequentar o curso de Comunicação Social da Universidade Nova de Lisboa. Terminado o curso, candidata-se a um estágio na BBC, (British Broadcasting Corporation), a bem conhecida emissora britânica de televisão. A resposta é positiva mas não lhe é concedido qualquer financiamento. Aplica então a herança do pai, entretanto falecido, em três meses de experiência profissional em Inglaterra.

Regressa a Portugal, onde obtém duas distinções: o Prémio Ensaio do Clube Português de Imprensa, em 1986 e o Prémio de Mérito Académico do American Club of Lisbon, em 1987. Devido a essas credenciais é convidado pela BBC World Service para trabalhar em Londres, onde fica durante três anos, até 1990.

Da BBC seguiu para a RTP, onde começou a apresentar o noticiário "24 Horas". Em 16 de Janeiro de 1991, as forças coligadas de 28 países liderados pelos Estados Unidos dão início ao bombardeio aéreo de Bagdad, no Iraque, dando início à Primeira Guerra do Golfo. José Rodrigues dos Santos protagoniza então uma maratona televisiva de cerca de 10 horas, sobre o ataque americano ao Iraque, acabando posteriormente por se tornar o rosto mais conhecido da televisão pública.

Em 1991 passou para a apresentação do diário "Telejornal", o principal jornal diário da televisão portuguesa, no ar já por quarenta anos, e tornou-se colaborador permanente da CNN (Cable News Network), a cadeia norte-americana de informação em contínuo, de 1993 a 2002. Hoje continua a apresentar o Telejornal, em conjunto com João Adelino Faria e Cristina Esteves.

Doutorado em Ciências da Comunicação, com uma tese sobre reportagem de guerra, é professor da Universidade Nova de Lisboa e jornalista da RTP, ocupando por duas vezes o cargo de Director de Informação da televisão pública portuguesa. É um dos mais premiados jornalistas portugueses, tendo sido galardoado, além dos prémios já referidos, com o Grande Prémio de Jornalismo, em 1994, atribuído pelo Clube Português de Imprensa. Internacionalmente, venceu três prémios da CNN: o Best News Breaking Story of the Year, em 1994, pela história "Huambo Battle" relacionada com a Guerra de Angola; o Best News Story of the Year for the Sunday, em 1998, pela reportagem "Albania Bunkers"; e o Contributor Achievement Award, em 2000, pelo conjunto do seu trabalho, aquele que é considerado o Pullitzer do jornalismo televisivo.

Romancista

José Rodrigues dos Santos é hoje um dos jornalistas mais influentes para as novas gerações e no panorama informativo nacional. No entanto, além da sua mais conhecida faceta como jornalista, José Rodrigues dos Santos é também um ensaísta e romancista. Especialmente nesta última vertente, tornou-se dos escritores portugueses contemporâneos a alcançar maior número de edições com livros que venderam mais de cem mil exemplares cada. Até ao final de 2012 publicou quatro ensaios e dez romances. O romance de estreia, intitulado A Ilha das Trevas foi reeditado pela Gradiva, em 2007, actual editora do autor.

Em 2005, José Rodrigues dos Santos estabeleceu um acordo com uma das principais editoras a operar nos Estados Unidos, a Harper Collins, com o objectivo de lançar naquele país a obra O Codex 632. O livro foi apresentado na Book Fair America de 2007 como um dos principais lançamentos daquela editora, estando agendada a sua publicação para o dia 1 de Abril de 2008 sob a chancela da William Murrow, um dos principais selos do grupo. O livro estará à venda na Barnes & Noble e na Borders, as duas principais livrarias dos EUA. Entretanto, outro acordo foi obtido pelo autor e pela Gradiva com o Gotham Group, uma empresa de Los Angeles ligada às principais produtoras de Hollywood, tal como a Paramount, Twentieth Century Fox ou a Universal Studios, com o objectivo de adaptar O Codex 632 ao cinema. A acontecer, José Rodrigues dos Santos será o segundo autor português, a seguir a José Saramago com Ensaio sobre a Cegueira, a ver uma obra ser transposta para o cinema pelos estúdios de Hollywood.

Conforme é descrito no site da RTP, José Rodrigues dos Santos é um homem que perante os sérios problemas de um mundo em constantes convulsões não perde o sentido de humor, sendo-lhe atribuída a frase irónica: "Ainda não percebo porque é que o meu boneco do Contra Informação tem as orelhas tão grandes…"

Controvérsia

Durante 2015, o jornalista sofreu bastante contestação devido às opiniões políticas e julgamentos morais que fez durante a leitura de algumas notícias.

Em Janeiro de 2015, Rodrigues dos Santos foi criticado for ter feito generalizações sobre o povo grego durante reportagens sobre as eleições legislativas na Grécia. Entre outras afirmações polémicas, Rodrigues dos Santos referiu-se aos gregos como um povo de "paralíticos" habituados a obter licenças de doença fraudulentas para receberem “mais um subsidiozinho” [3] [4]

Em Outubro de 2015 o jornalista voltou a sofrer ampla contestação por parte de políticos, outros jornalistas, associações de defesa dos direitos humanos, e público em geral, por ter feito um comentário homofóbico sobre um deputado português homossexual, enquanto lia as notícias em direto.[5] [6] [7] [8] Segundo a RTP em comunicado enviado às redações, o comentário foi um "lamentável equivoco, decorrente de um erro não intencional".[9]

Obras publicadas

Ensaio

  • Comunicação, Difusão Cultural, 1992; Prefácio, 2001
  • Crónicas de Guerra I - Da Crimeia a Dachau, Gradiva, 2001; Círculo de Leitores, 2002
  • Crónicas de Guerra II - De Saigão a Bagdade, Gradiva, 2002; Círculo de Leitores, 2002
  • A Verdade da Guerra, Gradiva, 2002; Círculo de Leitores, 2003

Ficção

Prémios

Referências

Ligações externas

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