Fadiga

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 Nota: Para outros significados, veja Fadiga (desambiguação).
"A Costureira Cansada", tela de Angelo Trezzini (1827-1904).

A palavra fadiga é usada cotidianamente para descrever uma série de males subjetivos intrínsecos que vão desde um estado genérico de letargia até uma sensação específica de calor nos músculos provocada pelo trabalho intenso. Fisiologicamente, "fadiga" descreve a incapacidade de continuar funcionando ao nível normal da capacidade pessoal[1][2][3] devido a uma percepção ampliada do esforço.[4] Fadiga é onipresente na vida cotidiana, mas geralmente torna-se particularmente perceptível durante exercícios pesados. É o chamado esgotamento, na essência da palavra.

A fadiga possui duas formas; uma se manifesta como uma incapacidade muscular local para desenvolver um trabalho e a outra se manifesta como uma sensação abrangente de falta de energia, corporal ou sistêmica. Devido a estas duas facetas divergentes de sintomas de fadiga, tem sido proposto que as causas da fadiga sejam encaradas sob perspectivas "central" e "periférica".[5][6]

A fadiga pode ser perigosa quando são realizadas tarefas que demandem concentração constante, tais como dirigir um veículo. Quando uma pessoa está suficientemente fatigada, ele ou ela pode experimentar períodos de microssono (perda de concentração). Todavia, testes cognitivos objetivos deverão ser feitos para diferenciar os déficits neurocognitivos dos males cerebrais daqueles atribuíveis ao cansaço.

Acredita-se que a sensação de fadiga origina-se no sistema ativador reticular na base do cérebro. Estruturas musculo-esqueléticas podem ter co-evoluído com estruturas cerebrais apropriadas de modo que todo o conjunto funcione de forma construtiva e adaptativa.[7] Os sistemas conjuntos de músculos, juntas e funções proprioceptivas e cinestésicas mais partes do cérebro evoluem e funcionam conjuntamente de forma unitária).[8]

Tipos

Existem dois tipos principais de fadiga: central e periférica. Estes tipos de fadiga são bastante importantes, no caso do desporto influenciam bastante o desempenho do atleta.

Lista de condições associadas

Ver também

Referências

  1. Gandevia SC (1992). «Some central and peripheral factors affecting human motoneuronal output in neuromuscular fatigue». Sports medicine (Auckland, N.Z.). 13 (2): 93-8. PMID 1561512 
  2. Hagberg M (1981). «Muscular endurance and surface electromyogram in isometric and dynamic exercise». Journal of applied physiology: respiratory, environmental and exercise physiology. 51 (1): 1-7. PMID 7263402 
  3. Hawley JA, Reilly T (1997). «Fatigue revisited». Journal of sports sciences. 15 (3): 245-6. PMID 9232549 
  4. Enoka RM, Stuart DG (1992). «Neurobiology of muscle fatigue». J. Appl. Physiol. 72 (5): 1631-48. PMID 1601767 
  5. Gandevia SC, Enoka RM, McComas AJ, Stuart DG, Thomas CK (1995). «Neurobiology of muscle fatigue. Advances and issues». Adv. Exp. Med. Biol. 384: 515-25. PMID 8585476 
  6. Kent-Braun JA (1999). «Central and peripheral contributions to muscle fatigue in humans during sustained maximal effort». European journal of applied physiology and occupational physiology. 80 (1): 57-63. PMID 10367724 
  7. Edelman, Gerald Maurice (1989). The remembered present: a biological theory of consciousness. Nova York: Basic Books. ISBN 0-465-06910-X 
  8. Kelso, J. A. Scott (1995). Dynamic patterns: the self-organization of brain and behavior. Cambridge, Mass: MIT Press. ISBN 0-262-61131-7 

Ligações externas

Em inglês

Em português