Francisco Martínez de la Rosa

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Francisco Martínez de la Rosa
Francisco Martínez de la Rosa
Francisco Martínez de la Rosa
Presidente do Conselho de Ministros da Espanha
Período 15 de janeiro de 1834 a 7 de junho de 1835
Monarca Isabel II da Espanha
Antecessor(a) Francisco de Paula de Cea Bermúdez y Buzo
Sucessor(a) José María Queipo de Llano y Ruiz de Sarabia
Presidente do Congresso dos Deputados do Reino de Espanha
Período 1º- 28 de novembro de 1821 a 27 de dezembro de 1821
2º- 1 de dezembro de 1852 a 10 de dezembro de 1853
3º- 1º de maio de 1857 a 16 de julho de 1857
4º- 2 de dezembro de 1858 a 18 de fevereiro de 1862
Antecessor(a) 1º- Pedro González Vallejo
2º- Luis Mayans e Enríquez de Navarra
3º- Facundo Infante Chávez
4º- Juan Bravo Murillo
Sucessor(a) 1º- Diego Clemencín y Viñas
2º- Evaristo Fernández de San Miguel y Valledor
3º- Juan Bravo Murillo
4º- Alejandro Mon e Menendez
Ministro das Relações Exteriores da Espanha
Período 1º- 15 de janeiro de 1834 a 7 de junho de 1835
2º- 21 de agosto de 1844 a 12 de fevereiro de 1846
3º- 25 de outubro de 1857 a 14 de janeiro de 1858
Antecessor(a) 1º- Francisco de Paula de Cea Bermúdez y Buzo
2º- Ramón María Narváez y Campos
3º- Pedro José Pidal y Carniado
Sucessor(a) 1º- José María Queipo de Llano y Ruiz de Sarabia
2º- Manuel de Pando y Fernández de Pinedo
3º- Francisco Javier de Istúriz Montero
Seccretário de Estado da Espanha
Período 28 de fevereiro de 1822 a 5 de agosto de 1822
Antecessor(a) Ramon Lopez-Pelegrin
Sucessor(a) Evaristo Fernández de San Miguel y Valledor
Dados pessoais
Nascimento 10 de março de 1787
Granada, Espanha
Morte 7 de fevereiro de 1862 (74 anos)
Madrid
Nacionalidade espanhola
Alma mater Universidade de Granada
Partido Realista Moderado
Religião Ateísmo
Profissão Poeta, dramaturgo, político e diplomata
Assinatura Assinatura de Francisco Martínez de la Rosa

Francisco de Paula Martínez de la Rosa Berdejo Gómez y Arroyo (Granada, 10 de março de 1787Madrid, 7 de fevereiro de 1862) foi um poeta, dramaturgo, diplomata e político espanhol.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Este catedrático de Filosofia Moral da Universidade de Granada (1808) somou-se às filas dos revolucionários liberais durante a Guerra da Independência (1808-14) e foi deputado nas Cortes de Cádis que aprovaram a Constituição de 1812. Portanto, foi encarcerado após o regresso de Fernando VII e o restabelecimento do absolutismo.

Recuperou a liberdade durante o Triênio Liberal (1820-23), no qual assumiu o liderado do ramo mais moderado dos liberais (os "dozeanistas") frente à maioria de "exaltados", e até mesmo encabeçou o governo como ministro de Estado em 1822.

O seu gabinete foi composto por José Maria Moscoso de Altamira Quiroga (Governo), Diego Clemencín (Ultramar), Nicolas María Garelly Battifora (Justiça), Felipe de Sierra Pampley (Fazenda), Luis Balanzat Briones (Guerra) e Jacinto de Romarate no Ministério da Marinha.[1]

Após a Sublevação da Guarda Real em julho de 1822, apresentou a sua demissão, que foi aceite finalmente em agosto. Após a sua queda, a situação radicalizou-se. Por um lado o governo era assumido pelo setor dos exaltados enquanto por outro Fernando VII via fracassar as suas tentativas de recuperar o poder absoluto e decidia recorrer à intervenção estrangeira, a que se tornaria efetiva com a intervenção do exército francês dos Cem Mil Filhos de São Luís, sob proteção da Santa Aliança, restabelecendo a monarquia absoluta na Espanha em outubro de 1823.

A conseguinte reação absolutista durante a Década Ominosa (1823-33), obrigou-o a exilar-se na França e acabou de conduzi-lo a uma postura ideológica eclética, inspirada no liberalismo doutrinário de Guizot: defenderia um liberalismo muito moderado que servira para uma transação com a monarquia e com os partidários do absolutismo. Foi essa postura centrista que levou a regente Maria Cristina a chamá-lo para formar governo em 1834-35.

Naquele período crucial, Martínez de la Rosa pôs em pé um regime de monarquia limitada com o primeiro Parlamento bicameral da história da Espanha, refletido no Estatuto Real (1834). Buscando o apoio da opinião liberal à causa de Isabel II contra as pretensões ao Trono de Dom Carlos Maria Isidro de Bourbon, decretou a amnistia para os liberais encarcerados durante o período absolutista; mas, sempre em posições centristas, tentou também humanizar a guerra declarada contra os carlistas.

A sua moderação foi ultrapassada de seguida pelas aspirações radicais das massas populares, que levaram para o governo líderes progressistas como Mendizábal e impuseram modelos constitucionais mais abertamente liberais (1836). No sucessivo, Martínez de la Rosa seria um dos inspiradores da formação do Partido Moderado, que presidiria longos períodos da vida política espanhola, representando a ala conservadora do liberalismo, sobre a qual descansou o reinado de Isabel II. Ele próprio foi deputado, embaixador em Paris e em Roma, presidente do Conselho de Estado, ministro de Estado (1844-46 e 1857-58) e presidente do Congresso (1851, 1857 e 1860).

Como escritor inscreveu-se na linha do romantismo; destacou-se sobretudo no terreno dramático (La conjuración de Venecia, 1834), embora também praticou a poesia e o ensaio (El espíritu del siglo, 1851). O seu prestígio intelectual levou-o a fazer parte das Reais Academias Espanhola (que presidiu de 1839 a 1862), da História, de Belas Artes e de Jurisprudência, bem como a ser presidente do Ateneu de Madrid.

Obras[editar | editar código-fonte]

Drama[editar | editar código-fonte]

  • La viuda de Padilla (1812, Cádis)
  • Lo que puede un empleo (1812, Cádiz) Comédia satírica.
  • Morayama (1815)
  • La niña en casa y la madre en la máscara (1815)
  • Los celos infundados o el marido en la chimenea (1824)
  • Edipo (1828)
  • Aben Humeya (1836)
  • La conjuración de Venecia. Año de 1310 (1830)
  • La boda y el duelo 1839

Romance histórico[editar | editar código-fonte]

  • Hernán Pérez del Pulgar, el de las hazañas. Madrid, 1834.
  • Isabel de Solís. (1837)

Lírica[editar | editar código-fonte]

  • Poesías. Madrid, 1833

Ensaio[editar | editar código-fonte]

  • Espíritu del siglo. (1835, 1836, 1838)
  • Bosquejo histórico de la política de España en tiempos de la dinastía austriaca. Madrid 1856
  • La moralidad como norma de las acciones humanas. Madrid, 1856

Referências

  1. «Gabinetes durante o reinado de Fernando VII.». Arquivado do original em 29 de abril de 2009 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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