João Marcelino de Sousa Gonzaga

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João Marcelino de Sousa Gonzaga
Presidente da Província do Rio de Janeiro
Período 24 de abril de 1880
a 15 de março de 1881
Antecessor(a) Américo de Moura Marcondes de Andrade
Sucessor(a) Bernardo Avelino Gavião Peixoto
Presidente da Província do Rio de Janeiro
Período 2 de maio de 1864
a 20 de julho de 1865
Antecessor(a) Patrício José Correia da Câmara
Sucessor(a) Francisco do Rego Barros
Presidente da província de Alagoas
Período 1863
a 1864
Antecessor(a) Antônio Alves de Sousa Carvalho
Sucessor(a) Roberto Calheiros de Melo
Deputado provincial em São Paulo pela 6ª Legislatura
Período 1846
a 1847
Dados pessoais
Nascimento 1 de abril de 1820 (204 anos)[1][2]
Rio de Janeiro
Morte 27 de março de 1898 (77 anos)[3]
Estação de Roseira, Pindamonhangaba, São Paulo
Progenitores Pai: João Bernardino Gonzaga
Alma mater Academia de Direito de São Paulo (1841)
Partido Conservador
Profissão advogado

João Marcelino de Sousa Gonzaga (Rio de Janeiro, 1 de abril[1] de 1820[2] — Estação de Roseira, Pindamonhangaba 27 de março de 1898[3]) foi um advogado e político brasileiro.[2]

História[editar | editar código-fonte]

Nascido na província do Rio de Janeiro, filho do Capitão de mar e guerra da Armada Imperial Brasileira João Bernardino Gonzaga (??-1853)[4][5], João Marcelino de Sousa Gonzaga cresceu em Pindamonhangaba até mudar-se para São Paulo onde ingressou em 1837 na Academia de Direito de São Paulo (embora comentava-se na época que Gonzaga possa ter ingressado antes de completar a idade mínima de ingresso, de quinze anos de idade conforme o artigo 8º da lei Imperial de 11 de agosto de 1827)[6][7]), formando-se bacharel em direito na décima turma em 27 de outubro de 1841.[8] Posteriormente exerceu o direito até ingressar no poder judiciário como juiz na Vila de Pindamonhangaba da 7ª Comarca da Província de São Paulo até dezembro de 1848, quando foi transferido para Assu no Rio Grande do Norte.[9][10] Entre 1846 e 1847 exerceu seu primeiro de muitos cargos políticos, quando foi eleito deputado provincial em São Paulo para a 6ª Legislatura.[11] Nas 8ª (1850-51) e 9ª (1851-52) Legislaturas foi suplente de deputado provincial.[12][13]Ao mesmo tempo, foi juiz da Comarca de Taubaté até se demitir em fevereiro de 1862.[14]

Posteriormente foi nomeado em 15 de julho de 1863 por carta imperial de Pedro II governador da província de Alagoas.[15] Gonzaga ocupou o cargo até 16 de março de 1864.[16] Em seguida foi novamente nomeado pelo Imperador presidente da província do Rio Grande do Sul, de 2 de maio de 1864 a 20 de julho de 1865. Durante sua administração foi iniciada a Guerra do Paraguai. Temendo um ataque em sua província, preparou as defesas através da criação de duas divisões de combate (comandadas por David Canabarro e Francisco Pedro Buarque de Abreu) com voluntários para enfrentar o Exército Paraguaio. Seu temor se confirmou após a Invasão do Rio Grande do Sul em 10 de junho de 1865 pelo Exército Paraguaio.[17]

Por conta de atritos entre David Canabarro e Francisco Pedro Buarque de Abreu e disputas eleitorais anteriores entre o ex-deputado provincial Henrique Francisco d'Ávila (futuro presidente da província do Rio Grande do Sul na década de 1880) e João Nunes da Silva Tavares (barão de Itaqui), Gonzaga acabou demitido do governo provincial em julho por prometer apoio ao barão e, no fim, apoiar d'Ávila. Foi sucedido no comando da província por Francisco do Rego Barros, conde da Boa Vista (apoiado pelo Barão de Itaqui).[18]

Foi também presidente da província do Rio de Janeiro, de 24 de abril de 1880 a 15 de março de 1881.[2]

Referências

  1. a b «Várias Notícias- 4ª Coluna». Jornal do Commércio (RJ), ano 77, edição 91, página 2/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 1 de abril de 1897. Consultado em 10 de abril de 2020 
  2. a b c d Universidade Federal Fluminense, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro. «João Marcelino de Sousa Gonzaga». Identidades do Rio. Consultado em 10 de abril de 2020 
  3. a b Alfredo Ferreira Rodrigues (1901). «Março». Almanaque literário e estatístico do Rio Grande do Sul/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 10 de abril de 2020 
  4. «Capitães de Mar e Guerra». Almanach do Rio de Janeiro, página 342/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 1824. Consultado em 10 de abril de 2020 
  5. «Aviso de missa de sétimo dia - 6ª Coluna». Diário do Rio de Janeiro, ano XXXII, edição 166, página 3/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 20 de junho de 1853. Consultado em 10 de abril de 2020 
  6. Almeida Nogueira (1907). «Capítulo V - A turma de 1837-1841». A Academia de São Paulo: Tradições e reminiscencias, estudantes, estudantões, estudantadas, página 133/ Acervo da Universidade de Toronto -republicado no Internet Archive 
  7. D. Pedro I (1827). «Lei Imperial de 11 de agosto de 1827 - Crêa dous Cursos de sciencias Juridicas e Sociaes, um na cidade de S. Paulo e outro na de Olinda». Governo Federal do Brasil - Palácio do Planalto. Consultado em 10 de abril de 2020 
  8. Academia de Direito de São Paulo. «João Marcelino de Sousa Gonzaga». Arcadas-Associação dos Antigos Alunos da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Consultado em 10 de abril de 2020 
  9. «Comunicado:Guaratinguetá». O Novo Tempo, edição 77, página 1/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 12 de dezembro de 1844. Consultado em 10 de abril de 2020 
  10. «Notícias e fatos diversos - 2[ Coluna». Correio da Tarde (RJ), edição 287, página 3/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 30 de dezembro de 1848. Consultado em 10 de abril de 2020 
  11. «6ª Legislatura – 1846/1847». Assembléia Legislativa de São Paulo. Consultado em 10 de abril de 2020 
  12. «8ª Legislatura – 1850/1851». Assembléia Legislativa de São Paulo. Consultado em 10 de abril de 2020 
  13. «9 Legislatura». Assembléia Legislativa de São Paulo. Consultado em 10 de abril de 2020 
  14. «Transcrições:Notícias do Sul - 2ª Coluna». O Cearense, ano XVI, edição 1516, página 2 / republicado pela Biblioteca Nacional - Hemeroteca Digital Brasileira. 18 de março de 1862. Consultado em 12 de abril de 2020 
  15. «Noticiário:foram nomeados». Dezenove de Dezembro, ano X, edição 385, página 4/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 30 de maio de 1863. Consultado em 13 de abril de 2020 
  16. «Correspondência - 1ªcoluna». O Cearense, ano XVIII, edição 1650, página 3/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 8 de março de 1864. Consultado em 13 de abril de 2020 
  17. JARDIM, Wagner (2018). Longe Da Pátria. [S.l.]: Clube de Autores. p. 123. ISBN 978-8567542102 
  18. BOTH, Amanda Chiamenti (2018). A trama que sustentava o Império: mediação entre as elites locais e o Estado Imperial brasileiro (Jaguarão, segunda metade do século XIX). [S.l.]: EDIPUCRS. p. 88-89. ISBN 9788539711178 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


Precedido por
Antônio Alves de Sousa Carvalho
Presidente da província de Alagoas
1863 — 1864
Sucedido por
Roberto Calheiros de Melo
Precedido por
Patrício José Correia da Câmara
Presidente da província do Rio Grande do Sul
1864 — 1865
Sucedido por
Francisco do Rego Barros
Precedido por
Américo de Moura Marcondes de Andrade
Presidente da província do Rio de Janeiro
1880 — 1881
Sucedido por
Martinho Álvares da Silva Campos


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