Lista de sobremesas e doces japoneses

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Sakuramochi
Wagashi para serem servidos durante uma cerimônia do chá Japonesa

Na culinária japonesa, doces tradicionais são conhecidos como wagashi. Inicialmente, o termo kashi se referia apenas a frutas e nozes.[1]

Os pratos se caracterizam por serem menos doces, gordurosos e levarem menos laticínios na prepração do que a confeitaria clássica ocidental. Costumam ser elaborados com ingredientes típicos do Japão, como pasta de feijão azuki, flores de cerejeira, kuzu, agar e miso; e em vez de se basear pesadamente no uso da farinha de trigo, são usados cereais e grãos como o arroz, feijão vermelho e soja.[2] Devido ao fato de muitos desses ingredientes possuírem gosto adquirido, os doces japoneses não costumam ser vendidos ou apreciados com frequência em países do Ocidente.[3] [4]

Dá-se o nome yogashi aos doces japoneses ocidentalizados. Esses são feitos com base em sobremesas de outros países - principalmente da França e dos Estados Unidos - com leves adaptações na receita, a fim de agradar ao paladar dos japoneses: porções de tamanho reduzido; menor quantia de açúcar adicionada no preparo; alterações na apresentação visual do prato, etc.[5]

Os doces japoneses costumam ter textura gelatinosa e não serem muito doces, de forma que o sabor dos ingredientes-chave sejam mais perceptíveis do que o açúcar.[6] Na verdade, o açúcar branco é raramente utilizado, com açúcar mascavo, mel e outros adoçantes sendo utilizados mais comumente em seu lugar.

 Sobremesas[editar | editar código-fonte]

Imagawayaki (gozasōrō) sendo preparado em uma loja em Sannomiya, Kobe, Japão
Gelatina de café é uma popular sobremesa

Wagashi[editar | editar código-fonte]

Amanatto de amendoim

Wagashi é o termo dado para os doces tradicionais japoneses, que são frequentemente servidos para acompanhar chás - usualmente chá verde, após as refeições. Os mais comuns são os tipos feitos de mochi, anko (pasta de feijão azuki), e frutas. Wagashis normalmente são feitos inteiramente a partir de ingredientes de origem vegetal.[7]

A disseminação da cultura de wagashi no Japão se deu por volta do século XVII. Influenciados pelo uso do açúcar como moeda de troca, pela cultura do chá chinesa e pela popularidade dim sum (lit. um pouco de tudo, prato típico da culinária da China composto de pequenas porções de diferentes aperitivos), a confeitaria do Japão cresce vertiginosamente durante o período Edo.[1]

Os wagashi tradicionalmente são extremamente presentes em cerimônias, e são servidos e dados de presente em ocasiões como funerais, casamentos e festivais.[1][2]

Arare é um tipo de biscoito feito de arroz glutinoso e temperado com molho de soja. Existem variedades doces e salgadas.
Hanabiramochi é um doce japonês comido geralmente no início do ano.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c Ashkenazi, Michael (2000). The Essence of Japanese Cuisine. An Essay on Food and Culture. [S.l.]: University of Pennsylvania Press. ISBN 9780812235661 
  2. a b «和菓子» [Wagashi] (em japonês) 
  3. Hashimoko, Reito (2016). Hashi. A Japanese Cookery (em inglês). [S.l.]: Bloomsbury. ISBN 9781472933126 
  4. Ashkenazi, Michael; Jacob, Jeanne (2003). Food culture in Japan. [S.l.]: Greenwood Publishing Group. ISBN 9780313324383 
  5. «A nova confeitaria oriental». São Paulo: Hashitag. 10 de novembro de 2014. Consultado em 17 de novembro de 2016 
  6. «Wagashi ou yogashi?». São Paulo: Estadão. 2010 
  7. Gordenker, Alice, "So what the heck is this?: Wagashi", Japan Times, 20 de janeiro de 2011, p. 11.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]