Regime do Khmer Vermelho

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O Regime do Khmer Vermelho (1975-1979) refere-se ao domínio de Pol Pot, Nuon Chea, Ieng Sary, Son Sen, Khieu Samphan e o Partido Comunista Khmer Vermelho sobre o Camboja, que o Khmer Vermelho rebatizou como Kampuchea Democrático.

O período de quatro anos, viu a morte de cerca de 2 milhões de cambojanos através do resultado combinado de execuções políticas, fome e trabalho forçado.[1][2] Devido ao grande número, as mortes durante o regime do Khmer Vermelho são frequentemente considerado um genocídio, e conhecido como o Holocausto cambojano ou Genocídio cambojano.

O período de governo do Khmer Vermelho terminou com a invasão do Camboja pelo seu vizinho e antigo aliado o Vietnã na Guerra cambojana-vietnamita, que deixou o Camboja sob a ocupação vietnamita durante uma década.

O período

Quando o Khmer Vermelho assume o poder no Camboja em 1975, formando o Kampuchea Democrático, estão determinados criar uma nova sociedade começando por destruir todos os aspectos da antiga. Põem-se progressivamente à execução de um programa que consiste em fazer deslocar as pessoas das zonas urbanas a cooperativas agrícolas para educá-los, eliminando a idéia de propriedade privada, o desenvolvimento de uma economia e a medicina auto-sustentáveis, suprimindo o dinheiro e as refeições familiares.

O regime comunista do Khmer Vermelho também começou a executar sistematicamente quem tinha relações com o governo anterior. As populações urbanas, como os intelectuais, deveriam por sua vez, serem reeducados e juntarem ao novo regime. As relações com o Vietnam se deterioram e cerca de 10.000 vietnamitas que permaneceram no país depois de maio de 1975 serão eliminados principalmente, devido à sua antiga posição econômica e devido ao aumento da penetração das tropas vietnamitas em território cambojano que aumentam desconfiança dos líderes no que diz respeito às ambições estratégicas e econômicas do seu vizinho.

Os centros de tortura e execução como Tuol Sleng, também chamado de S-21, são criados. O S-21 era um antigo liceu transformado em prisão onde foram encarceradas quase 20.000 pessoas. Nele haverá apenas sete sobreviventes resgatados por seus talentos, como a escultura ou a pintura. Após a sua chegada em 1978, o Vietnã descobre que as últimas pessoas presentes em Tuol Sleng foram executadas pelo Khmer Vermelho antes de fugirem.

O número exato de vítimas do regime dos Khmeres Vermelhos pelo Ocidente ainda está em discussão, mas seria em torno de 1,5 milhões de pessoas.[3]

Referências

  1. Khmer Rouge leader admits crimes
  2. Noam Chomsky on Cambodia under Pol Pot
  3. (em inglês) Ben Kiernan, The Pol Pot Regime: Race, Power, and Genocide in Cambodia under the Khmer Rouge, 1975-79, New Haven: Yale University Press, 1996, pp. 456-460.