Rosane Malta

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Rosane Malta
Rosane Malta
Rosane e o então marido Fernando Collor de Mello no dia da posse dele como presidente no Palácio do Planalto.
Nome completo Rosane Brandão Malta (ex-Rosane Collor de Mello)
Nascimento 21 de outubro de 1963 (60 anos)
Canapi, Alagoas Alagoas
Nacionalidade Brasil Brasileira
Cônjuge Fernando Collor (1984-2005)
Ocupação primeira-dama do Brasil entre 15 de março de 1990 e 2 de outubro de 1992

Rosane Brandão Malta (ex-Rosane Collor de Mello) GCC (Canapi, 21 de outubro de 1963) foi a primeira-dama do Brasil durante a presidência de seu ex-marido Fernando Collor de Mello, entre 1990 e 1992.

Família e casamento

Rosane Brandão Malta nasceu em uma família política que exercia influência em modestos municípios do sertão de Alagoas, como Canapi (onde nasceu[1]), Mata Grande e Inhapi. É filha de João Alvino Malta[2] e de sua esposa, Rosita Brandão.[3] Seu tio-avô, Euclides Malta, foi governador de Alagoas por dois mandatos.[4] Seu irmão, Joãozinho Malta, já foi preso por tráfico de drogas e acusado de assassinato.[5] Aos dez anos, mudou-se para Maceió, onde estudou em um colégio de freiras, o Colégio Santíssimo Sacramento. Rosane possui ainda um diploma em Administração de Empresas.[6]

Antes de conhecer Collor, ela trabalhou como recepcionista da seção alagoana da Legião Brasileira de Assistência, fundada por Darci Vargas. O casamento deles, em 1984, após dois anos de namoro, significou uma aliança entre dois grupos oligárquicos alagoanos, embora a família Collor tivesse mais influência política. Na intimidade o casal se apelidava carinhosamente de Guidu e Quinha. Fernando já havia sido casado anteriormente com a socialite Lilibeth Monteiro de Carvalho, com quem teve dois filhos. Também teve um filho com sua ex-amante Juceneide Braz da Silva, em 1980. Rosane e seu marido não tiveram filhos, mas ela teve uma gravidez de três meses interrompida e submeteu-se a tratamentos de fertilização.[7]

Primeira-dama (1990-1992)

Em março de 1990, Rosane, aos vinte e seis anos de idade, tornou-se primeira-dama do Brasil. Assumiu então a presidência da Legião Brasileira de Assistência (LBA). Contudo, Fernando Collor queria que sua esposa deixasse o cargo de presidente da LBA ou limitasse sua gerência. Quando o Jornal do Brasil conseguiu acesso ao sistema de contabilidade do governo, foi descoberto um desvio de dinheiro da LBA em favor de familiares de Rosane, os Malta. Apesar de a notícia não ter abalado a relação do presidente com o público, ela provocou a saída de Rosane da entidade em 1991.[8]

Houve uma compra superfaturada de leite pela LBA.[9] O irmão mais velho de Rosane, Pompílio, teria recebido 59 milhões de cruzeiros da entidade para fornecer água em carros-pipas no combate à seca em Canapi, o que jamais aconteceu. Além disso, cerca de ₢ 35 milhões foram destinados para combater a seca em Mata Grande, entregues à construtora Malta, cuja dona era uma prima da primeira-dama.

Os momentos de crise matrimonial dos Collor ficaram claros quando o presidente começou a aparecer em público sem sua aliança de casamento. Vaidosa, a primeira-dama Rosane vestia-se à Glorinha Pires Rebelo. Em 1991, ela fretou um avião e voou do Rio de Janeiro para Brasília só para mostrar alguns dos modelitos na Casa da Dinda, o que gerou críticas. A 2 de Julho de 1991 foi agraciada com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo.[10]

Após o impeachment

Em 1995, o casal Collor mudou-se para Miami, Flórida, onde compraram uma casa vizinha à de Julio Iglesias. Em 2000, Rosane foi condenada, em primeira instância, por corrupção ativa e passiva durante a sua gestão na presidência da Legião Brasileira de Assistência. Todavia, foi absolvida em todos os processos a que respondeu na Justiça. Até hoje ela classifica todas as acusações como "mentiras".

Divórcio

Fernando e Rosane se divorciaram em 2005, depois que o ex-presidente mandou encaixotar os objetos pessoais de Rosane em suas residências em São Paulo, Brasília e Miami. Ela também teve seus cartões de crédito e cheques cancelados por Fernando. No ano seguinte, Collor casou-se novamente com sua ex-arquiteta, Caroline Medeiros, e teve com ela duas filhas gêmeas. Rosane recebe uma pensão de cerca de 18 mil reais de Collor. Em dezembro de 2013, foi sentenciado que ela receberá pensão em torno de R$ 20 mil por mais três anos. Além da pensão, ela também ficou com mais dois imóveis.[11]

Vida atual

Em abril de 2005, Rosane tornou-se evangélica[12] e costuma frequentar a igreja duas vezes por semana. Em 2007, iniciou um relacionamento com seu advogado, Alder Flores e está atualmente filiada ao Partido Verde (PV).

Referências

Ver também

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Marly Sarney
Primeira-dama do Brasil
1990 — 1992
Sucedida por
Ruth Cardoso