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Corsi


Quand à Dieu plaira
(Quando Deus Quiser)
País: Florença, Toscana, Itália
Títulos: Condes de Montepescalli
Marqueses de Caiazzo
Marqueses de San Pellegrinetto
Barões de Turri e Moggio
Ano de fundação: século XIII

A Família Corsi foi uma das principais famílias nobres da cidade de Florença por muitos séculos.

Foi responsável, através da construção artística e contemporânea de seus Palácios, pela modificação e renovação de parâmetros antes aplicados a outros palácios na baixa idade-média, hoje transformados em Museus abertos a visitação, como o Palazzo Corsi-Horne e a Villa Guicciardini Corsi Salviati.

Teve influência direta na arte e na criação do melodrama e da ópera, bem como da Camerata Fiorentina, tendo sido Jacopo Corsi, dito "Pai dos Pobres", o maior mecenas nesse sentido, tendo patrocinado e participado não só da na criação da primeira ópera que se tem notícia, Dafne, de 1597, como também, através de seu irmão Bardo e seus descendentes, na composição, patrocínio e execução de Euridice em 1602, e L'Argonautica em 1608.

Foram incontáveis os artistas comissionados e financiados pela casa Corsi, dentre os quais estão Jacopo Peri, Ottavio Rinuccini, Giulio Caccini, Cigoli, Cristofano Stati, Giulio Parigi, Pompeo Caccini, Settimia Caccini, Remigio Cantagallina, Zanobi Lastricati, Orazio Mochi e muitos outros.

Exímios embaixadores da Casa Médici, tiveram influência também na vida política, legislativa e judiciária não só da cidade de Florença como de toda a Toscana, tendo em sua casa inúmeros prioristas, gonfalonieres, senadores, importantes mercantes e nobiliarquico, desde a Baronia (Barões) até aos Marquesados (Marqueses) e Condados (Condes).

Origem[editar | editar código-fonte]

Bandeira Oficial da Ilha de Córsega


Corsi é um sobrenome originário da ilha da Córsega, ou se pronunciada em seu dialeto original, em Corso, ilha Corse, significa o plural de seu povo, comumente conhecidos como Corsos. Na língua italiana, o plural sempre é definido pela vogal "i", sendo o plural da palavra Corso, os Corsi. Daí seu surgimento. Todo nascido na ilha então, se não tivesse um sobrenome familiar, tornava "Fulano Corsi", sobrenome utilizado como método de identificação e pertencimento. Além deste, outros sobrenomes também nasceram derivados deste mesmo sentido, do pertencimento do povo a depender da região da ilha em que viviam, como os sobrenomes Corse, Corso, Corsini, Bonnaccorsi ou Corsú, sendo o último mais primitivo e incomum. [1]

Pela sua proximidade com as regiões marítimas da Itália, seu povo primitivo tinha como tradição o escambo e a troca com invasores e visitantes, que culminou, séculos mais tarde, no aperfeiçoamento cultural, desenvolvimento e enriquecimento de grandes famílias mercantis, além da fala, adaptando à sua língua os dialetos que recebia com mais frequência, em destaque o dialeto italiano da Toscana, que propiciou a inicial migração e adaptação desse povo em diversas zonas italianas, sobretudo, no norte, sendo destacadas as províncias de Lucca, Florença, Arezzo, Módena, Massa-Carrara e toda a região da Toscana.[1] [2]

História Florentina[editar | editar código-fonte]

Os livros "Firenze illustrata nella sua storia: famiglie, monumenti, arti e scienze dalla sua origine fino ai nostri tempi" (A História de Firenze Ilustrada: Famílias, Monumentos, Artes e Ciência da sua origem ao nosso tempo) de Emilio Bacciotti, publicado no ano de 1879[3], e o "Sommario storico delle famiglie celebri Toscane, compilato da Demostene Tiribilli-Giuliani, riveduto dal Cav. Luigi Passerini" (Resumo histórico das famosas famílias toscanas, compilado por Demostene Tiribilli-Giuliani, revisado por Cav. Luigi Passerini), de 1855, descrevem dentre outras, a origem da família Corsi e alguns de seus feitos. [4]

Descritos como poderosos patrícios romanos de Gregório VII, possuem o sangue real lombardo[4], sendo descritos como uma família inicialmente dotada de muitas forjas, recém chegados de Fiesole e de Dicomano. [3] No início do século XIII os Corsis foram ganhando espaço dentre as famílias nobiliares florentinas, tudo devido as suas posessões e riquezas, provavelmente trazidas da Córsega. [3]

Fizeram parte da Guerra dos Gelfos e Gibelinos, tendo seu destaque à Carlo di Bonamico, que lutou ao lado dos Gibelinos na batalha de Montaperti em 1260 e acabou sendo condenado ao confinamento em 1268 com a derrota dos mesmos. [3] [4]

O corpo de uma mulher morta é apresentado ao Gonfaloniere da Justiça em Florença em 1425, a lendária origem da Compagnia della Misericordia

Galgaram diversos títulos de prioristas e gonfalonieres à época, que elevaram seu status social, tendo em seu maior destaque até então o magistrado Bardo di Lapo di Corso di Bonamico, em 1354, ex-cônsul da Nação Florentina a Nápoles de 1346. [4] Desta data até 1530 se contaram 9 gonfalonieres e 28 prioristas, um marco significativo levando-se em conta que grandes casas florentinas, e mais antigas que os Corsi, não possuíam sequer um representante nestas categorias. [3]

Giovanni di Lapo di Corso di Bonamico, irmão de Bardo, foi embaixador em Pistoia em 1373. [4]

A divisão principal desta dinastia se deu no século XIV com os filhos de Francesco di Lapo di Corso, ocasião em que dividiram-se em dois ramos, os de Lapo, e os de Domenico, encerrando esta primeira fase inicial da família em Florença. [3] [4]

Membros notáveis desta época:
Carlo di Bonamico: Guerreiro da guerra dos Gelfos e Gibelinos em 1268.
Bardo di Lapo di Corso di Bonamico: Gonfaloneiro em 1354 e ex-cônsul da Nação Florentina a Nápoles em 1346.
Giovanni di Lapo di Corso di Bonamico: Embaixador diplomático em Pistoia em 1373.
Corso di Buonnacorso di Lapo: Foi eleito priorista em 1298.
Francescho di Corso, dito "Cecco": Foi eleito priorista cinco vezes entre os anos de 1304 e 1316, bem como se tornou gonfaloneiro em 1313.
Nanni di Corso: Condenado e decapitado em 1382 por ajudar Giovanni d'Azzo degli Ubaldini

Ramo de Lapo di Francesco[editar | editar código-fonte]

O Ramo de Lapo de Francesco é o mais prestigioso e é aquele que contém mais posses e títulos.

Os filhos de Lapo foram Corso, Tommaso e Simone, tendo Tommaso falecido sem deixar quaisquer descendentes.

O Retrato de como se davam as execuções na época medieval. Cortava-se a cabeça para comprovar a morte.

Corso di Lapo foi embaixador do Sultão à Constantinopla em 1465 e fundador do feudo de San Pellegrinetto do qual seus descendentes se tornaram marqueses anos depois. Simone, seu irmão, foi eleito Priorista em 1422, sendo este Simone o bisavô de Jacopo que, Comissário e Embaixador de Pisa, foi executado na mesma cidade no ano de 1529 por suspeita de traição à casa Medici. Além de Jacopo, Francesco seu filho também foi executado, o que levou a ira e a separação inicial do ramo deste para com o de Domenico, haja vista que Giovanni di Bardo di Bartolo di Domenico foi considerado um dos principais responsáveis pela delação e execução dos próprios familiares. [4]

Além de Francesco, quando de sua morte, Jacopo havia outros filhos, sendo estes Lisabetta, que se casou com a família Capponi, Simone, Giovanni, Bardo, Antonio, Luigi e Caterina. Muitos destes, como Bardo, construíram com base na atividade Mercante de Seda uma monstruosa riqueza, quais renderam títulos nas cidades de Nápoles e Messina, entrando para o elenco nobiliarquico das respectivas cidades e recebendo o título de Barões de Turri e Moggio, concedido pelo Rei das Duas Sicílias e hoje nas mãos de Carlo de Raimondo Corsi, nascido em 1965. Antonio, por sua vez, tornou-se gonfaloneiro na cidade de Florença. [4]

O destaque desta geração, no entanto, repousa nas mãos de Simone e Giovanni, que realmente mantiveram o status da família vivo em Florença. Simone, por exemplo, foi muito próximo e admirado pela dinastia Médici, sendo eleito senador em 1565 e deputado embaixador de obediência ao Papa Pio V. Francesco, filho de Simone, foi tesoureiro de Fernando I, Grão-Duque da Toscana e Cosme II de Médici. Jacopo, também de Simone, foi grande amigo de Cosme I de Médici, Grão-Duque da Toscana, tendo o acompanhando pessoalmente a Roma para sua coroação como Granduque em 1569, onde tornou seu principal embaixador e comissário, além de, assim como o pai, ter tornado senador em 1596. Sua descendência conhecida deixa de ser catalogada em Luigi di Antonio, capitão de guerra que trabalhava a serviço da França, morto em 1777, não sabendo-se de novos e possíveis descendentes. [4]

Giovanni, por sua vez, se casa com Alessandra Della Gherardesca, filha de um Conde. Da linhagem inicial de Giovanni nascem três filhos, sendo estes Jacopo Corsi, Giulio e Bardo. Giulio morreu jovem sem deixar quais descendentes. Bardo, o mais proeminente desta linhagegm, foi escalado para ser embaixador do Papa Urbano VIII e também dos Reis da Inglaterra em 1623, mas cancelou as designações por ter estado doente à época. Passou grande parte da sua vida em Nápoles com o tio de mesmo nome, com quem aprendeu a arte do Mercantilismo, e enriqueceu mais do que qualquer outro membro desta Casa. Em 1617 comprou por 11.700 ducados o feudo de Caiazzo do Reino de Nápoles, sendo elevado e condecorado pelo Reio Filipe III de Espanha, que concedeu o título de Marquês a Família. Como faleceu sem herdeiros em 1625, o título automaticamente foi transferido aos filhos de Jacopo Corsi, filhos de Giovanni, seu irmão, a quem havia criado como filhos. Anos mais tarde, por concessão soberana, conquistaram o título maior de Condes de Montepescali. [4]

Jacopo, filho de Giovanni, é sempre lembrado pelo seu liberalismo, sendo retratado por cronistas como chamado de "Pai dos Pobres" ou "Pai dos Miseráveis" pelo povo, por suas diversas ações altruísticas. Foi um dos principais patrocinadores e mecenas de sua geração, a quem hoje devemos pela criação do Melodrama e da Ópera como conhecemos. Foi enviado por Fernando I, Grão-Duque da Toscana como embaixador de Veneza em 1593, falecendo precocemente no ano de 1602, ocasião em que deixou cinco filhos menores de idade, dois homens e três mulheres. [4]

Alessandra, a filha mais jovem de Jacopo tornou-se uma freira em 1616, Maria faleceu três anos após a morte do pai, aos sete anos de idade, Settimia casou-se com Agnolo Guicciardini, enquanto que Giovanni e Lorenzo tocaram os bens e administraram a fortuna da família. [4]

Gravura de Domenico Maria Corsi

Lorenzo di Jacopo constrói uma carreira brilhante na corte de Roma e em 1642 é enviado como embaixador do Rei Luís XIII de França após a morte de Maria de Médici. Governou a cidade de Avinhão na França como vicelegatário do Papado de 1653 a 1655, sendo eleito Cardinal em 1656 e o principal Comissário e Embaixador da cidade de Roma e seus respectivos distritos. Sua precoce e inesperada morte no mesmo ano em que foi eleito Cardinal destroncou a família que apostava em Lorenzo como principal provedor nobiliárquico nesta geração. [4]

Giovanni, o último membro restante até então, foi embaixador de Milão em 1634 para gratular o Cardinal que havia sido eleito governador naquele estado. Em 1637 foi eleito Senador e em 1655 orador principal do Papa Alexandre VII em Roma, ocasião em que desencadeou sua doença, provavelmente um AVC, resultando na sua morte em 1661, deixando três filhos. Após a sua morte uma capela foi erguida em sua homenagem pela sua filha Laura, que havia se casado com o Marquês de Bontieri e Boccheggiano Giovanni Vincenzo Salviati. Domenico Maria Corsi, por sua vez, havia sido educado anos antes pelo tio Lorenzo, e destinado a uma vida eclesiástica, sendo elevado a Cardinal em 1668, ocasião em que se tornou o principal provedor da dinastia nesta geração. Obtém, depois de grandes feitos, o Vescovado de Rimini e o Legado de Ferrara, morrendo neste último cargo em 1697. [4]

Do último filho de Giovanni, Antonio, que nasce Giovanni di Antonio, quem foi melhor amigo de Cosme III de Médici e Governador de Civitavecchia, tendo morrido precocemente aos 38 anos, deixando três filhos, Domenico, que morreu ainda jovem, Antonio, e Maddalena, casada com Roberto Capponi. [4]

De Antonio e Laura Riccardi nascem Giovanni e Cósimo. Giovanni, seu primogênito, foi o caçador maior da corte de Leopoldo II do Sacro Império Romano-Germânico e conselheiro, sendo pai de Tommaso e Francesco Antonio, havendo o primeiro destes morrido precocemente em 1833. Francesco, por sua vez, teve duas filhas mulheres, Maddalena e Giulia, a primeira casada com Carlo Settimmani, e a segunda com o primeiro Amerigo Corsi, filho de Giuseppe di Cósimo, afim de que preservassem os bens e o sobrenome familiar. [4]

Cósimo, irmão de Giovanni, foi cavalheiro de Malta e embaixador em Milão em 1766 a mando de Leopoldo II do Sacro Império Romano-Germânico para que cumprimentasse Fernando I da Áustria pelo seu recente casamento. É dele que nasce Giuseppe, pai de Camillo, e Cósimo, este último elevado a Cardinal em 1844 em Pisa, além de Amerigo, seu primogênito, a quem casa com a prima Giulia do ramo principal para mantimento do sobrenome e bens familiares. [4]

De Amerigo e Giulia nascem Francesco, que se tornou o principal e único descendente deste ramo ao fim do século XIX, administrador de todos os bens florentinos, a quem deu continuidade a prole nos anos seguintes, repassada também, eventualmente, as famílias Guicciardini e Salviati quando a descendência esbarrou novamente em mãos femininas.

Membros notáveis desta época:
Corso di Lapo: foi embaixador do Sultão à Constantinopla em 1465 e se casou com Bartolomea Degli Albizzi, participando de facções anti-Médici. Sua linhagem está catalogada no artigo sobre os Marqueses de San Pellegrinetto
Simone di Lapo: foi eleito Priorista em 1422.
Tommaso di Lapo: foi um importante mercante, casado com Monna Aurea Degli Alberti, havendo importantíssima influência no Reino da Hungria.
Jacopo di Simone: comissário e Embaixador de Pisa, executado na mesma cidade com seu filho Francesco em 1529. Sua morte marcou a quebra inicial de contato e amizade entre os descendentes de Lapo di Francesco e Domenico di Francesco, haja vista que seus descendentes acreditaram no envolvimento direto de Giovanni di Bardo di Bartolo di Domenico nesta execução.
Simone di Jacopo: . foi muito próximo e admirado pela dinastia Médici, sendo eleito senador em 1565 e deputado embaixador de obediência ao Papa Pio V
Francesco di Simone: foi tesoureiro de Fernando I, Grão-Duque da Toscana e Cosme II de Médici
Jacopo di Simone: foi grande amigo de Cosme I de Médici, Grão-Duque da Toscana, tendo o acompanhando pessoalmente a Roma para sua coroação como Granduque em 1569, onde tornou seu principal embaixador e comissário, além de, assim como o pai, ter tornado senador em 1596
Luigi di Antonio: Capitão de guerra que trabalhava a serviço da França, morto em 1777.
Lisabetta di Jacopo: Casou-se com a família Capponi.
Bardo di Jacopo: construiu com base na atividade Mercante de Seda uma monstruosa riqueza, quais renderam títulos nas cidades de Nápoles e Messina, entrando para o elenco nobiliarquico das respectivas cidades e recebendo o título de Barões de Turri e Moggio, concedido pelo Rei das Duas Sicílias.
Carlo de Raimondo: nascido em 1965 é o atual Barão de Turri e Moggio.
Antonio di Jacopo: foi um gonfaloneiro.
Giovanni di Jacopo: se casa com Alessandra Della Gherardesca, filha de um Conde. Da linhagem inicial de Giovanni nascem três filhos, sendo estes Jacopo Corsi, Giulio e Bardo.
Jacopo Corsi: é sempre lembrado pelo seu liberalismo, sendo retratado por cronistas como chamado de "Pai dos Pobres" ou "Pai dos Miseráveis" pelo povo, por suas diversas ações altruísticas. Foi um dos principais patrocinadores e mecenas de sua geração, a quem hoje devemos pela criação do Melodrama e da Ópera como conhecemos. Foi enviado por Fernando I, Grão-Duque da Toscana como embaixador de Veneza em 1593, falecendo precocemente no ano de 1602, ocasião em que deixou cinco filhos menores de idade, dois homens e três mulheres.
Bardo di Giovanni: o mais proeminente desta linhagegm, foi escalado para ser embaixador do Papa Urbano VIII e também dos Reis da Inglaterra em 1623, mas cancelou as designações por ter estado doente à época. Passou grande parte da sua vida em Nápoles com o tio de mesmo nome, com quem aprendeu a arte do Mercantilismo, e enriqueceu mais do que qualquer outro membro desta Casa. Em 1617 comprou por 11.700 ducados o feudo de Caiazzo do Reino de Nápoles, sendo elevado e condecorado pelo Rei Filipe III de Espanha, que concedeu o título de Marquês a Família. Como faleceu sem herdeiros em 1625, o título automaticamente foi transferido aos filhos de Jacopo Corsi, filhos de Giovanni, seu irmão, a quem havia criado como filhos.
Alessandra di Jacopo: tornou-se uma freira em 1616.
Settimia di Jacopo: casou-se com Agnolo Guicciardini.
Lorenzo di Jacopo: constrói uma carreira brilhante na corte de Roma e em 1642 é enviado como embaixador do Rei Luís XIII de França após a morte de Maria de Médici. Governou a cidade de Avinhão na França como vicelegatário do Papado de 1653 a 1655, sendo eleito Cardinal em 1656 e o principal Comissário e Embaixador da cidade de Roma e seus respectivos distritos. Sua precoce e inesperada morte no mesmo ano em que foi eleito Cardinal destroncou a família que apostava em Lorenzo como principal provedor nobiliárquico de sua geração.
Giovanni di Jacopo: Foi o segundo Marquês de Caiazzo, foi embaixador de Milão em 1634 para gratular o Cardinal que havia sido eleito governador naquele estado. Em 1637 foi eleito Senador e em 1655 orador principal do Papa Alexandre VII em Roma, ocasião em que desencadeou sua doença, provavelmente um AVC, resultando na sua morte em 1661, deixando três filhos.
Laura di Giovanni: casou-se com o Marquês de Bontieri e Boccheggiano Giovanni Vincenzo Salviati e ergueu uma capela em memória ao falecimento do pai.
Domenico Maria Corsi: foi educado pelo tio Lorenzo e destinado a uma vida eclesiástica, sendo elevado a Cardinal em 1668, ocasião em que se tornou o principal provedor da dinastia em sua geração. Obtém, depois de grandes feitos, o Vescovado de Rimini e o Legado de Ferrara, morrendo neste último cargo em 1697.
Antonio di Giovanni di Jacopo: foi o terceiro Marquês de Caiazzo e o primeiro Conde de Montepescali.
Giovanni di Antonio: segundo Conde de Montepescali, foi melhor amigo de Cosme III de Médici e Governador de Civitavecchia, tendo morrido precocemente aos 38 anos, deixando três filhos, Domenico, que morreu ainda jovem, Antonio, e Maddalena, casada com Roberto Capponi.
Antonio di Giovnni: terceiro Conde de Montepescali, casou com Laura Riccardi.
Giovanni di Antonio e di Laura Riccardi: quarto Conde de Montepescali, foi o caçador maior da corte de Leopoldo II do Sacro Império Romano-Germânico e conselheiro, sendo pai de Tommaso e Francesco Antonio, havendo o primeiro destes morrido precocemente em 1833, deixando a linhagem deste ramo pela primeira vez sob o controle feminino.
Francesco Antonio di Giovanni: foi o quinto Conde de Montepescali, pai de Giulia e Maddalena.
Cósimo di Antonio e di Laura Riccardi: foi cavalheiro de Malta e embaixador em Milão em 1766 a mando de Leopoldo II do Sacro Império Romano-Germânico para que cumprimentasse Fernando I da Áustria pelo seu recente casamento. É dele que nasce Giuseppe, pai de Amerigo, Camillo e Cósimo.
Cósimo di Giuseppe: foi elevado a Cardinal em 1844 em Pisa.
Amerigo di Giuseppe: membro cadeto do ramo principal, é quem casa com a prima Giulia do ramo principal para mantimento do sobrenome e bens familiares.
Giulia di Antonio Francesco: foi a sexta Condessa de Montepescali, sendo a primeira mulher a assumir tal posição.
Francesco di Giulia: foi o sétimo Conde de Montepescali, se tornou o principal e único descendente deste ramo ao fim do século XIX, administrador de todos os bens florentinos, a quem deu continuidade a prole nos anos seguintes, repassada também, eventualmente, as famílias Guicciardini e Salviati quando a descendência esbarrou novamente em mãos femininas.

Ramo de Domenico di Francesco[editar | editar código-fonte]

O Ramo de Domenico é mais complexo que o de Lapo, porque além de não ter sofrido grandes desastres e perdas, é uma linhagem de muitos filhos que se dispersam não só por toda a região da Toscana, como também para o restante do mundo. O fenômeno do acúmulo de riqueza e possessões vista no ramo de Lapo, no de Domenico por si só se torna inviável, haja vista a quantidade inicial de herdeiros do próprio Domenico, que havia seis filhos, sendo cinco deles homens, o que incentivou que construíssem sua riqueza fora do porto seguro de Florença.

Quadro de Claude Lorrain que representa um porto de mar francês de 1638, no momento fundamental do mercantilismo.

Os filhos de Domenico di Francesco foram Bartolo, Francesco, Matteo, Tita, Piero e Bardo. Tita se casou com Odoardo Acciaioli, capitão do povo de Pistoia. A linhagem de Domenico então se constrói pelos cinco filhos remanescentes.

Bartolo di Domenico foi um proeminente Mercante de Seda e investidor Florentino, tendo investimentos com a nobre família Frescobaldi e grandes nomes do Reino da Hungria, sendo classificado pela Tratte di Florença em 1426 como o homem mais rico de sua casa. No entanto, Bartolo tinha muitos filhos, o que acabou dividindo sua riqueza com a morte, sendo pai de Simone, Bernardo, Bardo, Domenico, Lorenzo, Bartolo, Francesca e Lisabetta. O Filho Simone é descrito como tendo alugado um Palácio a família Ungheri. Bernardo, por sua vez, teve quatro filhos, Bartolommeo, Giovanni, Francesco e Bartolo, quais construíram grande riqueza e aos poucos mudaram-se de Florença.

O membro que mais se destaca dos descendentes de Bartolo foi Giovanni di Bardo di Bartolo di Domenico, filho de Francesca Tedaldi, nascido em 1472 e eleito gonfaloneiro em 1512. Giovanni foi embaixador pessoal do Rei Fernando II de Aragão da Espanha, tendo residido neste país em 1513. Foi embaixador de Veneza em 1512, de Siena em 1521, e de Carlos V do Sacro Império Romano-Germânico, quando este elevou ao título. Retornou como embaixador em Veneza no ano de 1524, e no mesmo ano retornou a Espanha para auxiliar e representar Carlos V do Sacro Império Romano-Germânico na convenção da república que trataria com o Rei da França. Clemente VII, que era amigo de Giovanni, quando ascendeu ao papado, confiou a tutela de Alexandre de Médici, e no reinado de Hipólito de Médici ordenou que Giovanni governasse Florença, visto que Hipólito era muito jovem. Quando a casa Médici caiu e foi retirada brevemente do poder em 1527, Giovanni teve que fugir com o Cardeal Silvio Passerini, ocasião em que se esconderam e permaneceram na cidade de Lucca, onde teve um grande papel em assegurar que as fortalezas de Pisa não fossem entregues aos rebeldes. Conforme a guerra seguiu, Giovanni passou a ser considerado um rebelde valioso, ocasião em que teve também de abandonar Lucca para se refugiar em Roma sob a proteção de seu amigo Papa Clemente VII. Giovanni foi duramente criticado pelos descendentes de Lapo di Francesco, porque o acusaram de ser estritamente responsável pela decapitação de Jacopo e seu filho Francesco em 1529, na cidade de Pisa, o que afastou, cada vez mais, os descendentes de Domenico daqueles de Lapo. Quando foi enviado de volta a Florença após a casa Médici ter recuperado seu poder, foi eleito gonfaloneiro, situação em usou do seu cargo para perseguir Silvestro Aldobrandini, quase sendo enviado à forca, escapando por piedade incomum de Baccio Valori. Em 1532 foi eleito Senador de Florença e em 1534 foi enviado como embaixador de confiança do Papa Paulo III. Após a morte precoce de Alexandre de Médici, quem Giovanni havia criado e sido seu pupilo, se mostrou contra a ascensão e eleição de Cosme I de Médici, Grão-Duque da Toscana. Cósimo, ao ascender, para evitar novos conflitos dentre a elite de Florença, delegou Giovanni como embaixador em 1537, e posteriormente colocou Giovanni no seu conselho de estado, qual foi membro até sua morte em 1547. [4]

Na linhagem de Francesco di Domenico não existem grandes destaques.

Estátua de Matteo Civitali.

Matteo di Domenico, terceiro filho de Domenico di Lapo, se casou com Bartolommea de' Pigli, tendo relação direta com os descendentes de Salvestro de Médici. A filha de Matteo, Alessandra, se casou com o Político e Conde Recco Capponi, e sua outra filha, Ginevra, com o Marquês Gino Ginori. Os filhos homens de Matteo foram Matteo, Lionardo, Bruto e Marsilio. Giovanni, da linhagem de Arrigo, mudou-se de Florença ainda jovem, situação em que passou a viver em Lucca, onde registrou a partir de 1444 seus filhos, sendo um destes, Michele, mencionado como herdeiro de algumas esculturas de Matteo Civitali, por ter se casado com Brigida, irmão do artista. Iacopo di Matteo, no entanto, cultivou e manteve o relacionamento com a casa Médici, casando sua filha Catherina Lisabetta Corsi com Tanai de' Medici, da dinastia dos banqueiros.

Piero di Domenico, um dos filhos mais jovens, no entanto, foi o que manteve a administração geral da família, haja vista que sua descendência se estabeleceu poderosamente em diversos lugares da Toscana. Sua filha Nera se casou com o poderoso banqueiro Francesco Sassetti, e sua filha Violanta Sassetti com o Conde Neri Capponi. De Violanta e o Conde Neri nasceu Violante Capponi, que se casou com Corso Corsi, da qual linhagem foram os Marqueses de San Pellegrinetto. Antonio di Piero, dito el pulito se casou com a Maddalena Degli Albizzi, situação em que administrou boa parte dos bens da família Degli Albizzi entre os anos de 1431 a 1434. Corso di Piero, por sua vez, construiu sua riqueza fora da cidade de Florença, situação em que se mudou, depois de já ter havido um filho na cidade, para Santa Maria a Monte, na província de Pisa. Bartolomeo di Piero, por sua vez, se tornou Priorista em 1444.

Domenico di Piero teve dois filhos, Giuliano e Pietro, sendo o primeiro destes um dos mais influentes investidores e bancários na cidade de Pisa em 1467. Pietro, por sua vez, focou na aquisição de terras aos arredores da Toscana, situação em que é mencionado com um extenso testamento em 1524. Como Giuliano não teve filhos, todos os seus investimentos e aplicações retornaram aos filhos de Pietro, que por sua vez, também os deixou grandes terrenos, que foram enfoque de grandes batalhas judiciais no século XVI tanto na província de Pisa como de Módena, Luca e Florença. Os três filhos de Pietro, Domenico e Giovanni Jacopo Corsi acabaram ocasionalmente separando-se após a divisão do testamento deixado pelo pai e pelo tio. Domenico di Pietro mudou-se para a cidade de Calci em Pisa, situação em administrou e tocou boa parte dos investimentos deixados por Giuliano. Em Calci, Domenico di Pietro teve dois filhos, Simone e Giovanna, tendo esta última se casado com o Conde Niccolao Barsotti.

Giovanni Jacopo di Pietro era um adolescente quando da partilha dos bens deixados pelo Pai Pietro, e posteriormente pelo tio Giuliano, situação em que se viu prejudicado e abandonado pelos irmãos quando mudaram-se para outras cidades italianas. Jacopo permaneceu então na cidade de Florença cultivando contato e relacionamento com outros ramos cadetos de Domenico di Lapo, situação em que seu único filho Giovanni foi convidado pelo pintor Antonio di Francesco, do ramo de San Pellegrinetto, a ser administrador de seus bens na cidade de Pietrasanta, para onde estava se mudando definitivamente em 1496.

Em Pietrasanta, com a ajuda do pintor Antonio di Francesco, Giovanni di Jacopo adquiriu experiência na área de administração e contabilidade, além de estabelecer relacionamento com grandes famílias Mercantis.

Membros notáveis desta época:
Tita di Domenico: se casou com Odoardo Acciaioli, capitão do povo de Pistoia
Bartolo di Domenico: foi um proeminente Mercante de Seda e investidor Florentino, tendo investimentos com a nobre família Frescobaldi e grandes nomes do Reino da Hungria, sendo classificado pela Tratte di Florença em 1426 como o homem mais rico de sua casa.
Simone di Bartolo di Domenico: é descrito como tendo alugado um Palácio a família Ungheri.
Lorenzo: foi responsável por se casar com Margherita Capponi, filha do Conde Neri di Gino Capponi, sendo um dos mais influentes nobres da cidade de Pisa no ano de 1525.
Bernardo di Bartolo di Bernardo: foi Priorista em 1535, tendo esta linhagem se estabelecido na cidade de Prato, em Reggio Emilia.
Buonnacorso di Antonio di Bartolo: foi priorista em 1559
Giovanni di Bardo di Bartolo di Domenico: filho de Francesca Tedaldi, nascido em 1472 e eleito gonfaloneiro em 1512. Giovanni foi embaixador pessoal do Rei Fernando II de Aragão da Espanha, tendo residido neste país em 1513. Foi embaixador de Veneza em 1512, de Siena em 1521, e de Carlos V do Sacro Império Romano-Germânico, quando este elevou ao título. Retornou como embaixador em Veneza no ano de 1524, e no mesmo ano retornou a Espanha para auxiliar e representar Carlos V do Sacro Império Romano-Germânico na convenção da república que trataria com o Rei da França. Clemente VII, que era amigo de Giovanni, quando ascendeu ao papado, confiou a tutela de Alexandre de Médici, e no reinado de Hipólito de Médici ordenou que Giovanni governasse Florença, visto que Hipólito era muito jovem.
Matteo di Domenico: terceiro filho de Domenico di Lapo, se casou com a dinastia Pigli, tendo relação direta com os descendentes de Salvestro de Médici.
Alessandra di Matteo: se casou com o Político e Conde Recco Capponi.
Ginevra di Matteo: se casou com o Marquês Gino Ginori.
Giovanni di Matteo da linhagem de Arrigo: mudou-se de Florença ainda jovem, situação em que passou a viver em Lucca, onde registrou a partir de 1444 seus filhos, sendo um destes, Michele, mencionado como herdeiro de algumas esculturas de Matteo Civitali, por ter se casado com Brigida, irmão do artista
Catherina Lisabetta Corsi: se casa com Tanai de' Medici, da dinastia dos banqueiros.
Nera di Domenico: se casou com o poderoso banqueiro Francesco Sassetti, e sua filha Violanta Sassetti com o Conde Neri Capponi. Seus descendentes foram os Marqueses de San Pellegrinetto
Antonio di Piero: dito el pulito se casou com a Maddalena Degli Albizzi, situação em que administrou boa parte dos bens da família Degli Albizzi entre os anos de 1431 a 1434.
Corso di Piero: construiu sua riqueza fora da cidade de Florença, situação em que se mudou, depois de já ter havido um filho na cidade, para Santa Maria a Monte, na província de Pisa.
Bartolomeo di Piero: se tornou Priorista em 1444.
Giuliano di Domenico di Piero: foi um dos mais influentes investidores e bancários na cidade de Pisa em 1467.
Pietro di Domenico di Piero: focou na aquisição de terras aos arredores da Toscana, situação em que é mencionado com um extenso testamento em 1524.
Domenico di Pietro: mudou-se para a cidade de Calci em Pisa, situação em administrou e tocou boa parte dos investimentos deixados por Giuliano. Em Calci, Domenico di Pietro teve dois filhos, Simone e Giovanna, tendo esta última se casado com o Conde Niccolao Barsotti.
Giovanni di Jacopo di Pietro: foi convidado pelo pintor Antonio di Francesco, do ramo de San Pellegrinetto, a ser administrador de seus bens na cidade de Pietrasanta, para onde estava se mudando definitivamente em 1496. Em Pietrasanta, com a ajuda do pintor Antonio di Francesco, Giovanni di Jacopo adquiriu experiência na área de administração e contabilidade, além de estabelecer relacionamento com grandes famílias Mercantis como os Bartoli e os Boni, situação em que passou a investir parte do seu patrimônio.

Legado[editar | editar código-fonte]

Artístico[editar | editar código-fonte]

Livros, Composições e Músicas[editar | editar código-fonte]
Capa de Dafne mencionando o nome de Jacopo Corsi.
Giulio Caccini[editar | editar código-fonte]

A partir de 1578, Jacopo Corsi esteve em contato por pelo menos uma década com Giulio Caccini, o presenteando com dinheiro e inúmeros presentes. [5]

Por ao menos um ano, Giulio foi um artista assalariado e patrocinado por Jacopo, e forneceu não só obras artísticas, como diversos móveis a família: Um estúdio feito em Mármore e uma mesa lateral de nogueira para dobrar e segurar livros de música. [5]

A amizade entre os dois fora de longa data e o Compositor ficou conhecido por ser intermediário na compra dos mobiliários do Palazzio Corsi, a pedidos de Jacopo. Em 1604, após dois anos da morte de seu amigo, Giulio ainda ficou encarregado da venda de alguns de seus bens, como "um grande órgão de madeira" e uma viola. [5]

Mascherata di Pan[editar | editar código-fonte]

A Mascherata di Pan foi uma das primeiras composições de Jacopo, criada em 1586. No entanto, jamais foi apresentada ou publicada, e acabou se perdendo no tempo, tendo apenas registro de sua existência nos Arquivos Familiares localizados no Archivo di Stato di Firenze. [5]

Dafne[editar | editar código-fonte]

Apesar de muito esquecido quanto aos créditos da canção, se não fosse por Jacopo Corsi, certeiro seria que Dafne não existisse. Isto porque além de contribuir compondo parte da peça e patrociná-la, cedeu seu palácio, o Palazzo Tornabuoni em Florença, para estreia privativa da mesma no Carnaval de 26 de Dezembro de 1597, sob o olhar e presença de importantes autoridades florentinas. [6]

Tudo começou em 1590, quando Jacopo Corsi associou-se com o cantor e compositor Jacopo Peri. Ambos sentiam que a arte contemporânea estava inferior às obras clássicas gregas e romanas, e decidiram tentar recriar a tragédia grega de Apolo e Dafne. Peri e Corsi contaram com a participação de Ottavio Rinuccini para criação do libreto. Anos depois, por volta de 1594, o projeto estava concluído e se consagrava como a primeira ópera mundial. [7] [5]

No Carnaval de 26 de Dezembro de 1597, Jacopo a apresentou em seu palácio na presença de ilustres autoridades, como o Sr. Don Giovanni de' Medici, tendo incrível repercussão e fomentando a ópera nas camadas mais nobres florentinas. [5]

Corsi e Peri foram amigos por longa data e partilhavam dos mesmos ideais, uma amizade que perdurou séculos através de suas obras. [5]

Seis fragmentos da composição sobreviveram, dois de Corsi e quatro de Peri, todavia, a maior parte da música escrita por Corsi e Peri está perdida. O libreto, de Ottavio Rinuccini, sobreviveu intacto. [8]

Euridice[editar | editar código-fonte]

Apesar de ter sido uma ópera encomendada para um casamento da família Medici, ela não financiou a produção desta ópera, muito menos a organizou. A maior parte do financiamento e apoio veio de Jacopo Corsi e de seu irmão Bardo, que usando de seu próprio patrimônio e influência, a realizaram como parte do festivo do casamento entre Maria de Médici e o Rei Henrique IV de França quais estavam organizando. Foi o próprio Bardo, inclusive, que adiantou grande soma necessária para o dote dos nubentes, e, pelo mesmo motivo, que a corte comemorou a realização deste casamento em seu Palácio, na Villa Corsi, hoje conhecida como Villa Guicciardini Corsi Salviati. [5]

A Ópera que estreou em 6 de outubro de 1600 no Palazzo Pitti (Palácio Pitti), foi composta por Jacopo Peri e Giulio Caccini, com libretto de Ottavio Rinuccini, os mesmos componentes e membros que construíram "Dafne", anos antes, amigos íntimos de Jacopo Corsi. [5]

Gravura de Remigio Cantagallina, em 1608, retrata barco de Bardo e o desenha interpretando Anfião.

O memorável evento musical ficou caracterizado, também e principalmente, pela cenografia de Ludovico Cigoli, na criação de trajes de grande beleza desenhados pelo mesmo. [5]

Além de financiar e dirigir o evento, Jacopo ainda participou tocando cravo (uma espécie antiga de piano) na apresentação. [5]

Anos depois da apresentação, no inventário de Jacopo pontuado após sua morte em 1602, que se encontraram os trajes desenhados por Ludovico. As roupas de Plutão e Orfeu, e, além disso, dez vestidos de ninfas drapeados em Dourado. Evidente que permaneceram na posse de Jacopo porque havia sido ele quem havia financiado Euridice e propiciado sua existência. [5]

Todos os feitos e esforços de Jacopo Corsi se resumem em Euridice, um coroamento de anos de estudo, pesquisa, e de contatos que adquiriu ao longo da vida. Euridice afirmou a família socialmente perante a mais alta nata de nobres de florença, e suas tentativas de ressurreição e homenagem persistem até os dias de hoje. Em comemoração a este feito que Jacopo encomendou a estátua de "Orfeu" a Cristofano Stati em 1600. [5] [9]

L'Argonautica[editar | editar código-fonte]

Anos depois do primeiro sucesso com Euridice e da exímia organização marital do casamento de Maria de Médici e o Rei Henrique IV da França, em 1608 Bardo Corsi foi encarregado pela família Medici para cuidar da comemoração do casamento de Cosme II de Médici e Maria Madalena da Áustria, todavia, nesta ocasião, Bardo não contou com a ajuda de seu irmão Jacopo Corsi e de sua tamanha influência no meio artístico de Florença, pois havia falecido em 1602. [5]

Entre outras coisas, Bardo financiou um dos dezoito navios fantásticos para a apresentação de L'Argonautica no Rio Arno no dia 3 de novembro de 1608 em Florença. Bardo encomendou o navio diretamente a Giulio Parigi, o arquiteto oficial das celebrações, e a Pompeo Caccini os projetos de trajes e equipamentos para à tripulação de seu barco. De acordo com a descrição dada por Francesco Cini, o navio do Bardo foi o do Anfião, o mítico marido de Niobe que conseguiu, com a magia do som de sua lira, mover as pedras necessárias para construir as paredes de Tebas. [5]

Anfião, inclusive, na ocasião foi interpretado pelo próprio Bardo que, nessa qualidade, dirigiu o navio. A cena feita por Bardo, com todos os outros da Argonáutica, foram retratadas em uma gravura de Remigio Cantagallina. [5]

Esculturas[editar | editar código-fonte]
Orpheu[editar | editar código-fonte]
Orpheu de Cristofano Stati foi uma ordem de Jacopo Corsi.

Em 23 de fevereiro de 1601, um ano antes de sua morte, Jacopo Corsi, em comemoração ao sucesso da ópera "Euridice" que fora financiada, apoiada e organizada por ele e seu irmão para o casamento de Maria de Médici e o Rei Henrique IV de França, encomendou a escultura de "Orpheus" e um "Tritão" a Cristofano Stati por dez escudos, sendo reconhecida como a última de suas encomendas. [5] [9]

Embora a estátua de "Tritão" tenha se perdido no Tempo, "Orpheus" ainda vive. [5]

De 1601 a 1607, a estátua repousou no Palácio Principal de Artes de Jacopo, localizado na Via Del Parione. [5]

Em 1607 a estátua foi transportada ao Palácio Tornabuoni pelo seu irmão Bardo Corsi, para integrar sua coleção pessoal de obras de arte e receber uma sala a sua dedicatória, a "sala d'Orfeu" localizada no térro 72 do palácio. "Orpheu" foi vista, desde então, sob a posse do Marquês de Caiazzo Bardo Corsi, irmão de Jacopo, quem havia herdado seus bens e a curadoria de seus filhos até sua morte. Bardo se importou em demasiado com a estátua, que em tese, se relacionava com seu irmão e deu a ela exímio destaque em seu palácio. Não só completando o projeto original de Jacopo e Cristoforo Stati de tê-la concebido como uma escultura para uma fonte, mas também garantindo o relevo que possuía na história da família. A estátua ainda pôde expressar seu significado simbólico e serviu como uma lembrança das obras e ações de Jacopo, que havia morrido prematuramente, referindo-se, também, a um evento marcante para a história da família: a representação de Eurídice, por sua vez conectada com o casamento de Maria de' Medici, fato que sancionou a importância e proeminência da família Corsi entre a aristocracia ligada à corte dos Medici.[5]

Em 1638, 14 anos após a morte de Bardo Corsi, os filhos de Jacopo, Monsenhor Lorenzo Corsi, que como seu pai havia cultivado o amor pela música e era um mecenas, e o Marquês Giovanni Corsi, que havia herdado os bens e títulos de Bardo, que havia morrido sem filhos, redecoraram a sala de Orfeu, dando-lhe manutenção, na mesma época em que estavam focados no embelezamento do Palazzo Tornabuoni e da Villa Corsi em Sesto Fiorentino. A lembrança de Jacopo ainda se fazia presente nesta época, onde era constantemente lembrado e associado a estátua por seus filhos. [5]

No século XIX, a família sofreu grande colapso econômico, uma falência perpetuada aos dias de hoje, qual fortuna a família Corsi jamais recuperou. "Orpheu" foi uma consequência desta grave crise e foi vendida pelo Marquês Tommaso Corsi, membro do ramo que possuiu o Palazzo Tornabuoni a época, em 10 de janeiro de 1824, onde erroneamente classificou a estátua como sendo "Um Apolo que toca violino". Tal atitude, até hoje, ainda é considerada uma ofensa a lembrança de Jacopo para os outros membros cadetes da família. [5]

Após vendida, continuamente, entre 1926 e 1930, fez parte do luxuoso catálogo de Stella Rubinstein, chamado de Blumenthal e da coleção de Joseph Spiridon, no início do século XX. [5]

Logo depois, em um período não especificado na história, passou a ser propriedade do magnata americano George Blumenthal, até que foi doada ao Metropolitan Museum of New York em 1941 e ali permanece até hoje. [5] [10].

Orfeu entrou no museu com a atribuição errônea a Pietro Francavilla e a identificação igualmente incorreta, mas compreensível, como Apolo, culpa do próprio Tommaso que assim a havia vendido anos atrás, sendo corrigida somente em 1948 quando Filippo Rossi Forneceu aos gerentes do Metropolitan Museum a preciosa correção de atribuição sobre a peça em sua posse. [5]

Bustos Feitos por Giovanni Caccini[editar | editar código-fonte]
Busto de Giulio Corsi (1562-1586) por Giovanni Caccini.
Busto de Giulio Corsi (1562-1586) por Giovanni Caccini.

Em 1588, Jacopo contratou o escultor Giovanni Caccini e o pintor Santi di Tito por 63 ducados para a realização póstuma do Busto de Giulio Corsi, irmão de Jacopo falecido em 1586 em Madrid, na Espanha, e de seu pai Giovanni di Jacopo|Giovanni, que havia falecido muitos anos antes. [5] As obras foram finalizadas e erguidas em 1593, no Palazzio Corsi, em Sesto Fiorentino. [9]

Jacopo gostou tanto do trabalho do pintor Santi di Tito que encomendou outras pinturas, tornando-o, anos mais tarde, o principal retratista da família. Encomendou primeiro uma de si mesmo, outra para suas filhas Giulia e Alessandra, e uma última com seu filho Giovanni. Essas pinturas, infelizmente, se perderam, restando apenas os bilhetes de pagamento no Archivo di Stato di Firenze.  [11]

Para os seus dois casamentos contratou Niccolò Betti para pintar o brasão da família e reformar o Palácio Corsi. [11] [9]

Após sua morte, seus bens e coleções ficaram para seus filhos, a curadoria de Bardo Corsi, o único irmão que restara vivo á época.




O Miseno[editar | editar código-fonte]
Miseno de Stoldo Lorenzi, encomenda de Antonio Corsi, hoje no New York Metropolitan Museum.

Quando em 1573, Antonio di Jacopo pagou 223 liras ao escultor Stoldo Lorenzi para confecção de 4 fontes para o jardim em Villa Corsi, foi retratado como Messer , um título honorifico dado principalmente ao corpo judiciário italiano à época, especificamente a juízes, insinuando que Antonio percorreu carreira jurídica ao longo da vida. A estátua "Miseno" fora encomendada para decorar a "Fonte do Tribunal", provavelmente inspirada e uma homenagem ao Tribunal ao qual Antonio pertenceu enquanto jurista. Esta estátua, inclusive, ainda existe e pode ser encontrada no New York Metropolitan Museum, além da fonte, que pode ser encontrada no pátio da Villa Corsi em Sesto Florentino. [5]




Mercúrio por Zanobi Lastricati[editar | editar código-fonte]
Mercúrio no Walters Art Museum.

Mercúrio é o mensageiro dos deuses, também conhecido por Hermes. É tipicamente retratado como um jovem com asas no chapéu ou nos pés. [12]

Foi encomendada por Lorenzo Ridolfi em 1549 e concluída em 1551, onde repousou, por certo tempo, no centro do pátio do Palazzo Ridolfi, em Florença. A inscrição na base afirma que os "amigos florentinos Zanobi Lastricati e Ciano Compagni fizeram a figura para aprender". Este último era um perfumista empregado pelo duque de Florença e, com base em uma antiga escultura de mármore de Mercúrio, ele fez um modelo, que Lastricati então usou para fundir o bronze. A inscrição expressa a ideia de que as esculturas da antiguidade representavam um ideal digno de imitação. O pedestal original era sustentado por tartarugas de bronze, agora em uma coleção particular americana. [12]

Em 1607 se localizava no Palazzo Tornabuoni, e fora uma das aquisições de Bardo Corsi à época, pertencendo a sua coleção pessoal por muitos anos. [5]

Hoje se encontra no Walters Art Museum em Baltimore, nos Estados Unidos, fazendo parte de uma coleção privada, no segundo andar. [5] [12]

Brasão Familiar por Orazio Mochi[editar | editar código-fonte]

Orazio Mochi havia sido aluno de Giovanni Caccini, amigo íntimo da família Corsi e principalmente de Jacopo Corsi. Por esta razão foi comissionado por Bardo Corsi em 1610 para a construção do Brasão de sua família que repousaria no Pátio do Palazzo Tornabuoni, comprado em 1607. [5]

A escultura, que persiste aos dias atuais, ainda se encontra no Palácio e no mesmo lugar em que fora colocada desde 1610.

Brasão Corsi feito por Orazio Mochi.

Stemma Corsi di Orazio Mochi.png

Bustos Familiares por Alessandro Rondoni[editar | editar código-fonte]

Domenico, educado pelo seu tio Monsenhor Lorenzo Corsi, herdou sua apreciação e amor pelas artes, além de sua grande ambição e, com a morte do mesmo em 1656 pela grande praga, todas suas coleções de pinturas de uma importante coleção fiorentina. [9]

Durante os anos de 1685 a 1686 pagou o escultor Alessandro Rondoni para construir os bustos de seus familiares. Foram 35 escudos por cada um, do seu pai Giovanni, do seu irmão Antonio, do seu admirado tio Monsignor Lorenzo, e um próprio que guardaria em Roma. [13]

Em 1687, pouco antes da finalização dos bustos, é descrito que Domenico Recebeu em Roma, sessenta pinturas de Florença, vindas do Palácio Corsi, todas de mulheres, flores, frutas, crianças e animais quais enviaria a Florença para finalização da galeria que queria montar para ornar onde os bustos ficariam. [9]

Finalizados os bustos em 1688, com exceção de Domenico, todos os outros membros já estavam mortos quanto do pedido, execução e finalização do projeto, sendo todas consideradas em suma, construções póstumas. Para a construção do busto de seu pai Giovanni, fora usada de molde uma pintura feita por Mario Balassi, não publicada. [9]

Esses quatro trabalhos contratados por Domenico perduraram por séculos na galleria de Villa Corsi Salviati, em Sesto Fiorentino, e foram muito bem cuidadas por seus descendentes. [9]

Com a sua morte e a publicidade de seu inventário desenhado em 1697, foram descobertas diversas obras raras e estátuas em sua possessão que foram divididas entre várias pessoas. Seu busto ficou em Roma onde servira por muitos anos, e os bustos de seus familiares, que já estavam em sesto fiorentino, ali permaneceram, e das demais obras muitas se perderam, porque não estavam sobre a proteção da família em Florença. [9]


Pinturas[editar | editar código-fonte]
Pintura de Giovanni Corsi por Mario Balassi[editar | editar código-fonte]
Retrato de Giovanni Corsi por Mario Balassi.

Um ano após a morte de seu pai, em 11 de Março de 1662, Domenico Maria Corsi pagou 15 escudos a Mario Balassi para que efetuasse duas pinturas póstumas de seu pai que seriam usadas de embasamento para a construção dos Bustos de Alessandro Rondoni, anos depois.[9]

Uma pintura se destinou a Domenico em Roma e a outra ficou para a viúva de Giovanni, a Sra. Maria Virginia Vitelli. [9]

Os laços entre a família Balassi e a Casa Corsi eram antigos. Antes desta contratação, em 1630, Mario já havia trabalhado tanto para o próprio e falecido Giovanni quanto para o tio de Domenico, o Monsenhor Lorenzo Corsi. O irmão de Mario, Fausto, por sua vez também já havia trabalhado como zelador dos bens da casa Corsi e Medici. [9]

Retrato de Giovanni Corsi por Valore e Domenico Casini.
Pintura dos irmãos Valore e Domenico Casini[editar | editar código-fonte]

Por volta de 1628, quando ainda era jovem, Giovanni di Jacopo Corsi encomendou uma Pintura aos irmãos Casini. Nela Giovanni está retratado em todo o seu orgulho juvenil, vestido com um suntuoso traje elegante estilo turco ao lado de um cachorro, provavelmente um cachorro que pertenceu a família. [9]

Os cachorros eram muito lembrados e retratados pela família em diversos aspectos. De 1571 a 1573, o tio-avô de Giovanni Antonio Corsi contratou Stoldo Lorenzi para construir uma estátua, um Pluto (Deus da Riqueza) de pedra cinza, que ficaria na fonte onde se recebia a água do cachorro. [5]

Não muito distante, em 1593, Jacopo Corsi, pai de Giovanni, encomendou a Romolo Ferrucci del Tadda algumas esculturas de animais para a Villa Corsi, se mostrando uma tradição da família o contato com os animais. [5]

Títulos[editar | editar código-fonte]

Condado de Montepescali[editar | editar código-fonte]

Por concessão soberana, no século XVII o ramo de Lapo di Francesco conquistaram o título maior de Condes de Montepescali na figura de Antonio di Giovanni di Jacopo, seu primeiro possuidor.

Hereditariedade:
1º Conde de Montepescali: Antonio di Giovanni di Jacopo (concessão soberana)
2º Conde de Montepescali: Giovanni di Antonio (herdou)
3º Conde de Montepescali: Antonio di Giovnni (herdou)
4º Conde de Montepescali: Giovanni di Antonio e di Laura Riccardi (herdou)
5º Conde de Montepescali: Francesco Antonio di Giovanni (herdou)
6º Condessa de Montepescali: Giulia di Antonio Francesco (herdou)
7º Conde de Montepescali: Francesco di Giulia (herdou)

Marquesado de Caiazzo[editar | editar código-fonte]

Em 1617, Bardo di Giovanni, comprou por 11.700 ducados o feudo de Caiazzo do Reino de Nápoles, sendo elevado e condecorado pelo Rei Filipe III de Espanha, que concedeu o título de Marquês a Família. Como faleceu sem herdeiros em 1625, o título automaticamente foi transferido aos filhos de Jacopo Corsi, filhos de Giovanni, seu irmão, a quem havia criado como filhos. Por concessão soberana conquistaram o título maior de Condes de Montepescali.

Hereditariedade:
1º Marquês de Caiazzo: Bardo di Giovanni (comprou)
2º Marquês de Caiazzo: Giovanni di Jacopo (herdou)
3º Marquês de Caiazzo: Conde de Montepescali Antonio di Giovanni di Jacopo (herdou)

Marquesado de San Pellegrinetto[editar | editar código-fonte]

Em 1617 o ramo familiar de Bardo Corsi foi elevado ao título de Marqueses pelo Rei Filipe III de Espanha. Com a concessão, Corso di Antonio, que pertencia a este ramo e era líder do Feudo de San Pellegrinetto, se tornou o primeiro Marquês desta localidade.

Hereditariedade:
1º Marquês de San Pellegrinetto: Corso di Antonio (elevado)
2º Marquês de San Pellegrinetto: Antonio di Corso (herdou)
3º Marquês de San Pellegrinetto: Giovanni di Antonio (herdou)
4º Marquês de San Pellegrinetto: Antonio di Giovanni (herdou)
5º Marquês de San Pellegrinetto: Giovanni Antonio II (herdou)
6º Marquês de San Pellegrinetto: Marco di Giovanni (herdou)
7º Marquês de San Pellegrinetto: Giovanni di Marco (herdou)
8º Marquês de San Pellegrinetto: Arcangiolo di Giovanni (herdou)
9º Marquês de San Pellegrinetto: Angiolo di Arcangiolo (herdou)
10º Marquês de San Pellegrinetto: Pietro di Angiolo (herdou)
11º Marquês de San Pellegrinetto: Pilade di Pietro (herdou)
12º Marquesa de San Pellegrinetto: Olga di Pilade (herdou)
13º Marquês de San Pellegrinetto: Almir di Olga (herdou)
14º Marquesa de San Pellegrinetto: Gislaine di Olga (herdou)
15º Marquês de San Pellegrinetto: Marcos Vinícius di Gislaine (herdou)

Baronia de Turri e Moggi[editar | editar código-fonte]

Bardo di Jacopo contruiu com base na atividade Mercante de Seda uma monstruosa riqueza, quais renderam títulos nas cidades de Nápoles e Messina, entrando para o elenco nobiliárquico das respectivas cidades e recebendo o título de Barão de Turri e Moggio, concedido pelo Rei das Duas Sicílias e hoje nas mãos de Carlo de Raimondo Corsi, nascido em 1965.

Hereditariedade:
1º Barão de Turri e Moggio: Bardo di Jacopo (concessão)
(vacância)
2º Barão de Turri e Moggio: Raffaelle di Bardo (herdou)
3º Barão de Turri e Moggio: Leopoldo di Raffaelle (herdou)
4º Barão de Turri e Moggio: Raimondo di Leopoldo di Raffaelle (herdou)
5º Barão de Turri e Moggio: Carlo di Leopoldo di Raffaelle (herdou)

Propriedades[editar | editar código-fonte]

Florença[editar | editar código-fonte]
Palazzo Corsi-Horne/Palazzo Fossi[editar | editar código-fonte]
Fachada do Palazzo, atual Museu, Corsi-Horne.

O Palazzo Corsi-Horne é um palácio de Florença situado na zona de Santa Croce, no n.º 6 da Via de' Benci, esquina com o Corso dei Tintori, sendo o Palazzo Fossi o n.º 4 da mesma rua. Foi a primeira propriedade de todas adquirida pelos Corsi, qual apelidaram de Palazzo Corsi. No século XIV, as casas desta zona pertenciam à poderosa família Alberti e eram um só Palácio. Em 1489, devido a uma dívida, os Alberti venderam a propriedade à Jacopo di Simone, que ampliou e remodelou o palácio de 1495 a 1502 nos ditames do renascimento até quadruplicar o seu valor. Alguns estudiosos erroneamente atribuem a compra do palácio a Simone e Luigi, mas isso seria impossível, porque ambos nasceram após o ano de 1500. A confusão, justificável, se dá porque a posse do Palácio (que foi didivido), ficou para os irmãos, incluindo Luigi e Simone que ali moraram por mais tempo, após a execução do pai em 1529. O projeto de reforma efetuado por Jacopo foi atribuído a Giuliano da Sangallo ou, segundo um maior número de estudiosos, a Simone del Pollaiolo, dito il Cronaca. Não era um edifício muito grande, mas isso foi compensado com um desenho acertado e trabalhos de cantaria de grande riqueza, convertendo-se em modelo para múltiplos palácios erguidos no século XVI. [14]

Em 1556, com a eleição de Simone ao Senado Florentino, Giovanni, que até então morava em Palermo, foi convidado a retornar à Florença. Antes que comprasse sua própria casa, viveu no Palácio Corsi-Horne até 1563. Vale ressaltar que nessa época o palácio era descrito como pertencente somente a Simone, que deve ter comprado a parte dos outros irmãos em algum momento. [5] Tornou-se um lugar de moradia não fixa para os proprietários e após a saída de Giovanni, o palácio foi alugado em 1589 por Gino di Filippo da família Rinuccini, mesma família que auxiliou os Corsi na composição do libretto de Daphne anos mais tarde, em 1597. [5] [14] No século XVIII, de 1700 a 1800, o palácio passou de muitas mãos, quando finalmente deixou os Corsi. Foi primeiramente habitada pela família Nencini, que o vendeu em 1812, e na primeira metade do século XIX passou aos Fossi, que remodelaram completamente o edíficio, divindo-o em duas propriedades para que tivessem um Palácio de seu nome.

Sala do primeiro andar do Palazzo.

As salas pertencentes precisamente no eixo destinado a cozinhas, armazéns e quartos de empregados se tornaram o que conhecemos hoje como Palazzo Fossi, e o restante manteve-se como pertencente ao Palazzo Corsi-Horne. [5] O então Palazzo Fossi teve um triste fim, se manteve nesta família até 1909, até que foi vendido e adquirido pelo Sindicato de Seguros Contra Acidentes de Trabalho. Em 1933 foi vendido ao Fundo Mútuo entre Empresas Agrícolas e Florestais de Seguro de Acidentes de Trabalho, e se fundiu com o INAIL em 1943, tornando-se oficialmente uma propriedade Governamental. [5] Por outro lado, o destino do que sobrara do Palazzo Corsi-Horne foi glorioso. Em 1912 foi adquirido por Herbert P. Horne, depois de ter experimentado outros palácios florentinos, como o Palazzo Da Cintoia. Horne, de 1912 a 1915 , promoveu e coordenou uma exigente restauração do edifício de acordo com a aparência que deveria ter no início do Renascimento com a ajuda do engenheiro Eugenio Campani. Eliminou as partições com outros edifícios, incluindo as deixadas pelo Palazzo Fossi, as superfetações e os revestimentos realizados nos séculos anteriores, devolvendo assim legibilidade e valor ao edifício renascentista, com zona de trabalho no rés-do-chão, adega-armazém subterrâneo (acessível por escada acessível a cavalos e animais de carga), piso principal com os apartamentos principais, e finalmente um segundo andar com as cozinhas (geralmente localizadas ali para que a fumaça não atravessasse a casa) e os quartos dos empregados.

Sala do primeiro andar do Palazzo.

Após a morte de Horne em 1916, o palácio foi cedido ao Estado e não ao Município de Florença por legado testamentário, sendo criada uma fundação para cuidar das obras de arte nele mantidas e torná-las acessíveis ao público. O Museu da Fundação Horne foi inaugurado em 1921 , graças ao impulso de dois amigos de Horne, Giovanni Poggi e Carlo Gamba Ghiselli . Este último, em particular, foi presidente da fundação e curador do museu desde a morte de Horne até a sua morte em 1963, sendo responsável pela preparação geral das coleções que ainda hoje apresenta. [5] Já afetado por algumas obras de acabamento efetuadas entre 1921 e 1922 com financiamento do Ministério da Educação (reforma funcional para o tornar acessível como museu), foi submetido à consolidação de algumas estruturas e restauro da loggia do último andar em 1954 e 1958 aos cuidados do arquiteto Guido Morozzi da Superintendência de Monumentos.

Em 4 de novembro de 1966, o museu foi seriamente danificado durante a enchente de Florença, estando localizado em uma das áreas "mais baixas" e, portanto, mais gravemente afetada pelo desastre. Embora tenha reaberto apenas dez anos depois, a restauração do prédio e das coleções só foi concluída em 1989. A nova disposição do rés-do-chão e do segundo andar foi dirigida por Ugo Procacci e Luciano Bellosi, atualizada por novas e significativas intervenções nos últimos anos graças ao apoio de entidades públicas e privadas. Entre 1997 e 2000 as fachadas do prédio foram restauradas aos cuidados da arquiteta Marinella Del Buono, da Superintendência do Patrimônio Ambiental e Arquitetônico, e em 2004 os rebocos dos alçados internos (arquiteta Fúlvia Zeuli). No mesmo ano, a complexa restauração do subsolo foi concluída por um projeto do arquiteto Antonio Fara e com a contribuição decisiva da Cassa di Risparmio di Firenze. [5] O palácio figura na lista elaborada em 1901 pela Direção-Geral de Antiguidades e Belas Artes, como um edifício monumental considerado património artístico nacional, estando sujeito a restrições arquitetônicas desde 1913, pouco depois da destruição feita pela família Fossi de boa parte do edíficio de 1832 a 1849. [5]

Casa Popular no bairro de Santo Leo[editar | editar código-fonte]
Jardim do Palazzo Antinori onde antes era localizada uma das primeiras casas adquiridas pela família Corsi.

Em 1563, o Mercante de Seda Giovanni Corsi comprou esta casa, que ficava localizada na atual Via dei Pecori (qual antigamente era chamada de "via della Vacca"). Era uma parte do grande palácio que pertencia a longa data a Família Boni, que foram mercantes de Seda, assim como os Corsi. Mais precisamente, se via localizado entre o mercato vecchio e o ghetto ebraico, hoje, ambos demolidos. O Palazzo dei Boni, qual incluia o espaço da casa pertencente aos Corsi, foi demolido em 1803 por Fabio Orlandini, dono do edifício à época, que o transformou em um jardim. Fora nesta antiga casa que Jacopo Corsi, Bardo Corsi e Giulio Corsi passaram sua infância. Em 1587 quando Jacopo Corsi se casou com Settimia Bandini, a casa da família na via della Vacca foi submetida a uma série de melhorias e novos móveis que envolveram pintores, carpinteiros e estofadores. Em 1584 Jacopo adquiriu duas estátuas de pedra que pertenciam anteriormente ao jardim do palácio de Don Luigi de Toledo, quais ficaram na porta desta residência até que fossem retiradas em 1607, e realocadas ao Palazzo Tornabuoni, de Bardo. [5]


Villa Corsi, posteriormente conhecida como Villa Corsi Salviati e Villa Guicciardini Corsi Salviati[editar | editar código-fonte]
A Villa Corsi ainda permanece a um ramo da família até os dias de hoje.

Foi adquirida de Luca di Andrea Carnesecchi em 1503 por Simone di Jacopo, sendo uma casa extra, já que vivia no antigo Palazzo Fossi deixado por seu pai Iacopo di Simone. Esta Villa, que hoje é uma das mais importantes na história de Florença, quando comprada não passava de uma simples fazenda qual foi alterada ao longo dos anos pela família Corsi. As reformas na Villa, inclusive, só começaram a ser feitas em 1556, gerações depois, após o então senador Simone convidar seu irmão Giovanni di Jacopo a retornar para Florença, da qual tinha se mudado após a morte do pai anos antes. Entre 1564 a 1569, passou de Simone para Giovanni, qual realizou diversas reformas que propiciaram a moradia no lugar. Giovanni instalou todas as instalações de água e encanamentos existentes no lugar, e efetuou diversos reparos na Villa, mas morreu jovem, em 1571, antes que pudesse finalizar tudo que pretendia em Villa Corsi Salviati.

A morte de Giovanni, no entanto, não pararam as reformas do lugar, que foram assumidas por seu irmão Antonio Corsi, que havia assumido a curadoria de seus filhos órfãos: Jacopo Corsi, Giulio Corsi e Bardo Corsi. Antonio, de 1571 a 1573, conduziu a criação do Jardim no lugar e providenciou considerável embelezando escultural. Contratou Stoldo Lorenzi e sua oficina, na maioria constituída por seus familiares, para a construção de quatro fontes para o lugar. Uma destas, inédita em toda Florença, representava a figura de Miseno, o trompetista mítico de Enéias mencionado na Eneida virgiliana. A decisão de Giovanni, e principalmente de Antonio Corsi em equipar seu jardim com fontes talvez tenha relação aos seus negócios mercantis, e por terem permanecido muito tempo em Nápoles e Messina, locais que registram uma presença generalizada de jardins e fontes, públicas e privadas. As quatro fontes consistiram em um tritão de pedra cinza para a fonte no meio do jardim, um Miseno de mármore para a fonte do tribunal, um putto de pedra cinza que recebe água do cachorro e um rio de pedra para o jardim da faixa de gramado. A relação entre Stoldo, sua oficina, família e os Corsi duraram por muitos anos, sendo um dos principais artistas que auxiliaram na reforma da Villa Corsi.

A Fonte do Tribunal, feita por Stoldo Lorenzi, no pátio em Villa Corsi Salviati.

Em 1570 Antonio Corsi comprou instrumentos musicais para a Villa, como um Cravo (espécie de piano), destinado a si ou para um de seus sobrinhos, Bardo ou Jacopo, quais assegurou que recebessem uma educação musical mais completa do que aquela que recebiam as famílias comuns e ricas de Florença à época. Após a morte de Antonio, em 1587, foi substituído por Jacopo Corsi e Bardo Corsi na administração do lugar, já que Giulio Corsi havia falecido prematuramente, em 1586. Jacopo nutriu grande interesse pelo jardim deixado por seu pai Giovanni e tio Antonio, a ponto de querer documentá-lo, passando a ser o principal local para encontros sociais e sobretudo culturais da família, principalmente por suas esculturas mitológicas, a caverna e a selva, um cenário ideal para shows e apresentações musicais promovidas por Jacopo antes da compra da casa na Via del Parione. Em 1593, Jacopo encomenda a Romolo Ferrucci del Tadda algumas esculturas de animais para a Villa Corsi. De fato, Romolo já havia trabalhado anos antes para a família, e havia esculpido uma baleia-pedra para ornamentação da fonte da caverna, no mesmo prédio. A esta fonte também acrescentou duas corujas e, em 1595, uma galinha, sendo os últimos elementos de um repertório ornitológico útil para indicar a provável repetição, em Sesto, de uma fonte de caverna exemplar.

Estátua de Pietro Bernini encomendada por Jacopo Corsi e que hoje está no Museu Staatliche em Berlim.

Para fins recreativos e conseguir receber hóspedes dignos da mais alta classe florentina, Jacopo providenciou um lugar para jogos de basquete, um passatempo que Jacopo frequentemente compartilhava com Piero e Giovanni de 'Medici e Virginio Orsini, seus amigos. Em 16 de setembro de 1595, Jacopo e Bardo contrataram Pietro Bernini por 145 liras para a confecção de uma importante escultura para a Villa Corsi. É a primeira vez que o nome do artista emerge na contabilidade familiar dos Corsi e posteriormente aparece em outro cadastro no qual, em maio de 1598, informa que a escultura foi terminada, sendo um camponês que espreme uvas, hoje mantido no Museu Staatliche em Berlim.

Galeria de 1625 criada pelo Monsenhor Lorenzo e pelo Marquês Giovanni.

Após a morte de Jacopo em 1602 e de seu irmão Bardo em 1624, a Villa passou em 1625 às mãos do Monsenhor Lorenzo, que detinha uma vasta coleção de Arte construída em Roma, e seu irmão, o Marquês Giovanni, que era o atual detentor e morador da Villa. Ambos investiram fortemente em reformas, principalmente quanto à aquisição de esculturas e outros bens. [5] Em 1625, Giovanni tratou de encomendar naturezas mortas para paisagismo e quadros de Baccio del Bianco, Francesco Furini e Pandolfo Sacchi para, juntamente com Lorenzo, criarem uma vasta e extensa galeria familiar. [15]

Essa galeria, finalizada no mesmo ano, percorre toda a fachada esquerda da Villa que dá ao jardim, sendo uma das maiores conquistas artísticas realizadas pelos dois irmãos e que se mantêm até os dias de hoje. [15] Em 1632, a mando de Giovanni e Lorenzo, a Villa e o seu jardim também sofreram grandes alterações com a contratação do arquiteto Gherardo Silvani e de Antonio Novelli para a restauração das esculturas feitas no século dezesseis por Antonio Corsi e a construção de uma Galeria com vistas ao jardim. [16] [15] Dentre as obras restauradas estavam o Misênio e o Tritão de Stoldo Lorenzi e o Sátiro de Pietro Bernini. [15] Continuamente, em 1640 a 1641, contrataram Baccio del Bianco para a realização dos Afrescos da Villa e o brasão que hoje ornamenta sua entrada principal. Infelizmente, com a exceção do Brasão, muitas destas obras estão hoje perdidas. [16] Por fim, renovaram todo o jardim, criando um aviário, um poço ao centro do jardim, um tanque de peixes e um sistema de vegetação selvagem que adornassem todo o ambiente. [16]

Jardim minimalista da Villa Corsi em 2017.

O Jardim em formato estrela então tornou-se ainda mais impecável, com um salão para árvores cítricas e um belo campo à sua frente, com algumas cavernas estrategicamente desenhadas, com estátuas de animais dentro feitas por Romolo Del Tadda. [16] Tais ensinamentos foram seguidos continuamente pelos filhos de Giovanni, o Conde de Montepescali Antonio Corsi e o Cardeal Domenico Maria Corsi, que ensinados pelo seu tio Lorenzo e seu pai, encarregaram de renovar, transformar e adquirir mais obras artísticas e novos bustos, além de criar novas galerias e terraços para a Villa. Em 1687, antes da conclusão dos bustos de Alessandro Rondoni, sessenta pinturas, incluindo “retratos de mulheres, flores, frutas e muitos tipos de animais" chegaram de Roma à Villa em Florença e foram adicionados à galeria de Arte da Família. [15] Continuamente, com a morte de Domenico em 1697 no final do século XVII, a Villa Corsi parecia estar em seu ápice.

Gravura de 1750 por Giuseppe Zocchi, entitulada como "The Villa of the Marquesses Corsi".

No século XVIII, mais precisamente em 1750, fascinado pela grandiosidade do lugar, Giuseppe Zocchi, um dos maiores gravadores de sua geração, retratou a Villa em uma de suas pinturas, intitulada como "The Villa of the Marquesses Corsi". [15] Em um inventário familiar de 1757 é relatada a presença de diversas obras artísticas expostas na Galeria Corsi: duas estátuas de mármore de três braços de altura, uma representando Lucrezia Roma, dois grupos de mármore de três braços de altura representando ninfas e pastores, uma estátua de uma cabra que brinca com um menino de asas com uma tigela de uvas em uma base de mármore, outra de uma pantera com um elfo e uma caixa de uvas, e quatro bustos de mármore representando, respectivamente, o Monsenhor Lorenzo Corsi, o Conde de Montepescali Antonio Corsi, o Cardeal Domenico Maria Corsi e o Marquês Giovanni, além de seis quadro de óleo sobre telas de três e meio braços de altura, com insígnias da ordem das cortes da Europa de madeiramento escuro. [15] Além destas esculturas destacadas foram numeradas muitas outras, que, construídas em 1740 por Vittorio Barbieri, representavam figuras mitológicas e foram postas nas ornamentações dos laranjais da família na parte externa da Villa. [15]

Na segunda metade do século XVIII, o espaço da galeria foi reduzido para a criação de duas salas de estar, o pátio foi fechado, e as pinturas e as estátuas passaram pouco a pouco a serem realocadas de maneira mais compactada. [15] No século XIX as aquisições foram diminuindo e quando a família passou por grave recessão financeira desfizeram de algumas obras de arte. Desde então passou, de geração em geração, sem ter algum destaque, apenas mudando de nome, de Villa Corsi para Villa Corsi Salviati, para então Villa Guicciardini Corsi Salviati, hoje aberta para visitas de turistas interessados em conhecer mais sobre a história florentina. A maioria dos arquivos históricos de administração da família repousavam nesta Villa, e hoje pertecem ao Archivo di Stato di Firenze, doado pelos descendentes no início do século XX. [5] [15]

Villa Montughi[editar | editar código-fonte]
Outra gravura de Giuseppe Zocchi, desta vez entitulada como "Villa Montughi delli S. S. Marobi Gerini" retratam como a vila era de 1744.

Foi comprada em 1586 por Jacopo Corsi e o Bardo Corsi por 5.500 ducados dos herdeiros falidos de Bernardo de Niccolò Soderini. No inventário de Jacopo, pouco depois da sua morte em 1602, foi relatado a existência de um grande cravo (semelhante ao piano) na residência. A propriedade foi vendida da família em 1816. [17]

Casa na Via del Parione[editar | editar código-fonte]
Triunfo de Baco por Andrea Bôscoli, encomendada por Jacopo Corsi em 1599, e erroneamente atribuída como sendo de Diego Velázquez.

Foi comprada em 1593 por Jacopo Corsi e nela residiu e realizou diversas reuniões de sua Academia. Foi comprada de Don Giovanni de 'Medici a quem era muito amigo e apegado. Esta casa ficava a frente do Palácio de Don Giovanni e foi vendida pelos herdeiros de Jacopo em 1610, poucos anos após sua morte. Tal edifício, entre 1598 e 1600, passou por diversas reformas de caiação, e implementação de mobílias, todas encomendadas por Jacopo. É neste mesmo local que se encontraram as numerosas antiguidades que haviam chegado de Roma para ele, e que haviam sido restauradas pelos seus escultores Giovanni Caccini e Cristofano Stati. Em janeiro de 1599 foi construída uma "sala grande" em que convergiam paramentos de couro dourado, tapeçarias, portas com franjas de prata, esculturas e bustos (muito provavelmente os bustos feitos de sua família por Giovanni Caccini em 1593), içados sobre alguns "banquinhos" pintados com as armas e cores da família por Pompeo Caccini, filho do músico Giulio, também empregado pelos Corsi por muitos anos. Uma grande pintura foi destinada a esta mesma sala com a representação de um Triunfo de Baco por Andrea Bôscoli, com uma procissão de Bacantes providenciada pelo o próprio Cristoforo Stati para Jacopo em 1599, erroneamente atribuída a Diego Velázquez. Muitas tapeçarias foram compradas, e em grandes quantidades, por Jacopo e Bardo. Cenas naturalistas ideais para criar ambientes Arcádicos e pastorais que parecem antecipar as soluções propostas por Cigoli para o primeiro representação oficial de Eurídice no Palazzo Pitti. Esses gastos se entrelaçam, em crescente compras e comissões para instrumentos musicais, suas respectivas afinações, e papéis de música. Indicativos mostram que nele foram realizados um "baile de máscaras" e uma "comédia", ou seja, muito plausivelmente, as representações da Daphne e os primeiros ensaios para o Eurídice. Foi uma espécie de palco privado da Casa Corsi, meramente recreativo e cultural, para um público ilustre, projetada nesse sentido, também, para que os compromissos de Jacopo com a música não entrassem em conflito com o cotidiano normal da casa de família, que não teria suportado durante muito tempo as indas e vindas de músicos, cenógrafos, pintores e escultores necessários à preparação de complexas representações cênicas. [5]

Palazzo Tornabuoni[editar | editar código-fonte]
Biblioteca do Palazzo Tornabuoni em 2016.

Foi comprado em 1607 pelo Marquês de Caiazzo Bardo Corsi e permaneceu na posse da família até o final do século XIX, por volta de 1880. Se tornou o principal palácio de Bardo e grande referência, até hoje, para a história de florença. Neste palácio repousou, e ainda repousa, milhares de obras, desde pinturas à esculturas. Em 1607, cinco anos após a morte de Jacopo Corsi, Bardo, que havia herdado seus bens, a curadoria de seus filhos, e, por conseguinte, suas obras de arte, mandou transportar tudo que Jacopo Tinha de mais valioso para ornar ao Palácio Tornabuoni, incluindo "Orpheu" de Cristofano Stati. Uma das principais aquisições que acompanharam o palácio fora o "Mercúrio de Bronze" de Zanobi Lastricati, que pertencia aos proprietários anteriores do edifício. Além disso o palácio foi ornado por Bardo com duas estátuas de pedra que pertenciam anteriormente ao jardim do palácio de Don Luigi de Toledo, adquiridas por seu irmão Jacopo em 1584, e um "galo de pedra", que havia sido esculpido por Orazio Mochi, além de brasões da família, também escupidos por Orazio, que só se finalizaram em 1610, três anos após a compra do Palácio. Em 1609 começou a reorganizar o pequeno jardim que estava localizado na parte de trás do prédio, de frente para a atual Via dei Pescioni. Para isso realizou as "divisões do horto", e em setembro enviou "quatro corbelli de esponjas e nichos de Pisa para uma fonte". Materiais estes que serviriam para cobrer uma caverna ou nicho esculpido na parede, provavelmente como pano de fundo para a estátua de Orfeu, que havia herdado de seu irmão Jacopo anos antes, transformando Tornabuoni na referência que é hoje para Florença. [5]

Outros Palácios[editar | editar código-fonte]

Palazzo Corsi-Albizi
Giardino Corsi Annalena
Villa Finaly
Palazzo del Circolo dell'Unione
Palazzo Corsi na cidade de Anghiari (Arezzo)

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

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Referências[editar | editar código-fonte]

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