Werner Schünemann

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 Nota: Não confundir com Werner Schumann.
Werner Schünemann
Werner Schünemann
Nome completo Werner Eduardo Schünemann
Nascimento 21 de fevereiro de 1959 (65 anos)
Porto Alegre, RS
Nacionalidade Brasil brasileiro
Ocupação ator
Cônjuge Tânia Oliveira (1993-2015)

Werner Eduardo Schünemann (Porto Alegre, 21 de fevereiro de 1959) é um ator e cineasta brasileiro.

Biografia

Neto de alemães, Werner nasceu em Porto Alegre, mas foi criado entre Novo Hamburgo e São Leopoldo. Começou a fazer teatro aos quinze anos, primeiramente na escola e depois no Grupo Faltou o João, no qual estreou em 1979 com o texto de sua autoria "Forca: os fortes", apresentado em direção coletiva [1].

Aos 18 anos, passou a morar em Porto Alegre, onde se graduou em História pela UFRGS. Ao mesmo tempo em que seguia seu trabalho em teatro, foi professor de História numa escola de ensino médio (1980-83) e assinou uma coluna semanal sobre cinema no Jornal NH, de Novo Hamburgo (1981-85). Neste mesmo período, ligou-se ao Grupo Vende-se Sonhos e à turma de jovens cineastas de Porto Alegre, que em três anos realizou três longas-metragens em super-8. Werner foi ator em "Deu pra ti anos 70" (1981), estreou como roteirista e diretor em "Coisa na roda" (1982) e foi o protagonista de "Inverno" (1983). Os filmes foram premiados como Melhor Filme Super-8 em três edições consecutivas do Festival de Gramado.

Nos anos seguintes, o mesmo grupo de realizadores e atores produziu mais três longas, agora na bitola profissional de 35 mm e com lançamento nos cinemas. Werner foi o protagonista de "Verdes anos" (1984), escreveu e dirigiu "Me beija" (1984, prêmio de Melhor Direção no Festival de Brasília) e fez a voz de um dos personagens principais de "Aqueles dois" (1985) [2]. A partir de 1985, começou a trabalhar também com publicidade, dirigindo filmes comerciais e institucionais.

Seu filme seguinte, "O mentiroso" (1988), voltou a ser premiado em Brasília, desta vez como Melhor Filme [3]. Um pouco antes (1987), Werner foi um dos fundadores da Casa de Cinema de Porto Alegre, da qual se desligou em 1991. Nos anos 1990, voltou a trabalhou como diretor de publicidade e na direção de campanhas políticas para a televisão.

Com atuação na política cinematográfica, foi presidente da associação de cineastas do Rio Grande do Sul (APTC/RS, 1997-99) e em seguida da Fundacine, Fundação Cinema RS (1999-2001), tendo sido responsável pela organização, em junho de 2000, em Porto Alegre, do terceiro Congresso Brasileiro de Cinema, onde surgiu o projeto de criação da Ancine [4].

Na RBS TV, retransmissora local da Rede Globo, dirigiu, atuou e fez locução de programas especiais, e foi apresentador da série "Curtas Gaúchos" em 2001. No mesmo período, foi chamado para fazer o papel do General Netto no filme "Netto perde sua alma", de Tabajara Ruas e Beto Souza. Por esta atuação, foi mais uma vez premiado em Brasília, agora com o Troféu Candango de Melhor Ator, e chamou a atenção da TV Globo, que o contratou para interpretar outro líder da Guerra dos Farrapos, o General Bento Gonçalves, na minissérie "A Casa das Sete Mulheres" (2003).

Assim, depois de mais de 20 anos de carreira, o ator tornou-se nacionalmente conhecido, passando a fazer parte do elenco fixo da maior emissora do país. Desde então, fez sete telenovelas, além de minisséries, episódios e várias participações especiais. Trabalhou em mais de uma dezena de filmes e voltou também a fazer teatro.

Atuação na televisão

Atuação no cinema

Como ator [6]

Como diretor e roteirista

  • 2003 - Mar doce (documentário, não finalizado)
  • 2002 - O príncipe das águas (curta-metragem)
  • 2001 - Os alemães do Rio Grande do Sul (documentário para TV)
  • 1997 - O futuro da terra (curta-metragem)
  • 1988 - O mentiroso
  • 1984 - Me beija
  • 1982 - Coisa na roda (longa-metragem em super-8)

Atuação no teatro [7]

  • 2015 - "Querido Brahms"
  • 2009 - DNA, nossa comédia (direção de Bibi Ferreira)
  • 2006 - Cassino coração (direção de Marcos Barreto)
  • 2003 - A Tomada de Laguna
  • 1985 - Das duas uma (grupo Vende-se Sonhos)
  • 1983 - Priscas eras (grupo Faltou o João)
  • 1981 - Erêndira (grupo Faltou o João)
  • 1979 - Forca: os fortes (grupo Faltou o João)

Referências

  1. "Dicionário de astros e estrelas do cinema brasileiro", de Antônio Leão da Silva Neto, Coleção Aplauso, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2010, p. 439.
  2. "Dicionário de cineastas brasileiros", de Luiz Felipe Miranda, Art Editora, 1990, p. 312
  3. "Festival de Brasília, 40 anos", de Maria do Rosário Caetano, 2007, pp. 160-163
  4. "Discussões e resoluções do 3º Congresso Brasileiro de Cinema", Fundacine, Porto Alegre, 2000.
  5. Flávia Almeida (1 de julho de 2015). «Werner Schünemann entra no elenco de Babilônia». O Fuxico. Consultado em 8 de julho de 2015 
  6. «Filmografia no IMDb». Consultado em 21 de abril de 2012 
  7. «Verbete na "Enciclopédia do Teatro Brasileiro"». Consultado em 21 de abril de 2012