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Homofobia: diferenças entre revisões

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Há diversos grupos religiosos, políticos ou culturais que se opõem à homossexualidade. É o caso de determinados religiosos, em especial cristãos (católicos e/ou protestantes), judeus ou muçulmanos. Há também grupos da extrema-esquerda (comunistas ortodoxos e maoístas) e da extrema-direita.
Há diversos grupos religiosos, políticos ou culturais que se opõem à homossexualidade. É o caso de determinados religiosos, em especial cristãos (católicos e/ou protestantes), judeus ou muçulmanos. Há também grupos da extrema-esquerda (comunistas ortodoxos e maoístas) e da extrema-direita.


Dependendo da forma como aplicam a sua oposição (que varia do "não considerar um comportamento recomendável" até à "pena de morte"<ref>[www.godhatesfags.com]</ref>) pode ser considerados "fundamentalistas" ou não.
Dependendo da forma como aplicam a sua oposição (que varia do "não considerar um comportamento recomendável" até à "pena de morte"<ref>[http://www.godhatesfags.com www.godhatesfags.com]</ref>) pode ser considerados "fundamentalistas" ou não. As manifestações desta oposição podem ter consequências directas para pessoas não homossexuais<ref>[http://portugalgay.pt/news/index.asp?uid=180406A EUA: Demonstrações de fundamentalistas cristãos em funerais obrigam a criar leis específicas]</ref>.


Em muitos casos esta oposição tem reflexos legais, novamente variando entre leis que diferenciam entre [[casamento civil|casais do mesmo sexo]] e casais do sexo oposto, até países em que se aplica a [[pena de morte]] a homens que tenham sexo com homens.
Em muitos casos esta oposição tem reflexos legais, novamente variando entre leis que diferenciam entre [[casamento civil|casais do mesmo sexo]] e casais do sexo oposto, até países em que se aplica a [[pena de morte]] a homens que tenham sexo com homens.
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Outras pessoas criticam o uso e abuso correntes do termo "homofobia", já que tal palavra é, muitas vezes, utilizada de maneira pejorativa e acusatória para designar qualquer discordância ou oposição à homossexualidade, ou, mais especificamente, à [[ideologia]] do movimento gay.
Outras pessoas criticam o uso e abuso correntes do termo "homofobia", já que tal palavra é, muitas vezes, utilizada de maneira pejorativa e acusatória para designar qualquer discordância ou oposição à homossexualidade, ou, mais especificamente, à [[ideologia]] do movimento gay.


==Referências==
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== {{Ver também}} ==
== {{Ver também}} ==

Revisão das 10h53min de 20 de setembro de 2007

A homofobia é um termo criado para expressar o ódio, aversão ou a discriminação de uma pessoa contra homossexuais ou homossexualidade.

Origem e significado

O termo é um neologismo criado pelo psicólogo George Weinberg, em 1971, numa obra impressa, combinando as palavra grega phobos ("fobia"), com o prefixo homo-, como remissão à palavra "homossexual".

Phobos (grego) é medo em geral. Fobia seria assim um medo irracional (instintivo) de algo. Porém, "fobia" neste termo é empregado, não só como medo geral (irracional ou não), mas também como aversão ou repulsa em geral, qualquer que seja o motivo.

Motivos para a homofobia

Alguns estudiosos e indivíduos comuns atribuem a origem da homofobia às mesmas motivações que fundamentam o racismo e qualquer outro preconceito. Nomeadamente, uma oposição instintiva a tudo o que não corresponde à maioria com que o indivíduo se identifica e a normas implícitas e estabelecidas por essa mesma maioria, nomeadamente a necessidade de reafirmação dos papéis tradicionais de género, considerando o indivíduo homossexual alguém que falha no desempenho do papel que lhe corresponde segundo o seu género.

Outra possível motivação para tal comportamento é a dúvida de um indivíduo quanto à sua própria sexualidade. Situação a que se dá o nome de homofobia interiorizada.

Algumas pessoas consideram que a homofobia é efectivamente uma forma de xenofobia na sua definição mas estrita: medo a tudo o que seja considerado estranho. Esta generalização é criticada porque o medo irracional pelo diferente não é, claramente, a única causa para a oposição à homossexualidade, já que esta atitude pode também provir de ensinamentos (religião, formas de governo, etc.), preconceito, informação ou ideologia (como em comunidades machistas), por exemplo.

Perspectiva jurídica (Portugal)

De acordo com o novo Código Penal em vigor desde 15 de Setembro de 2007, qualquer forma de discriminação com base em orientação sexual (seja ela sobre homossexuais, heterossexuais ou bissexuais) é crime. Da mesma forma são criminalizados grupos ou organizações que se dediquem a essa discriminação assim como as pessoas que incitem a mesma em documentos impressos ou na Internet.

Manifestações

O insulto homofóbico pode ir da difamação, injúrias verbais ou gestos e mímicas obscenos mais óbvios até formas mais subtis e disfarçadas, como a falta de cordialidade e a antipatia no convívio social, a insinuação, a ironia ou o sarcasmo, casos em que a vítima tem dificuldade em provar objetivamente que a sua honra foi violentada.

Alegadamente um tipo destes ataques (pode dizer-se que a nível mundial) e que funciona como uma espécie de insulto codificado e impune, é o de assobiar, entoar, cantarolar ou bater palmas (alto ou em surdina, dependendo do atrevimento do agressor) quando estão na presença do objeto do seu ataque. Esta forma de apupar ou amesquinhar alguém parece ter raízes muito antigas, de origem semita. A Bíblia refere, a respeito do desprezado Job: "Cada um baterá palmas contra ele e assobiará, tirando-o do seu lugar" (Job, 27:23). Refere um texto que, na Índia rural, "os hermafroditas ou pessoas sexualmente indefinidas anunciam a sua chegada batendo palmas".

Grupos homofóbicos

Há diversos grupos religiosos, políticos ou culturais que se opõem à homossexualidade. É o caso de determinados religiosos, em especial cristãos (católicos e/ou protestantes), judeus ou muçulmanos. Há também grupos da extrema-esquerda (comunistas ortodoxos e maoístas) e da extrema-direita.

Dependendo da forma como aplicam a sua oposição (que varia do "não considerar um comportamento recomendável" até à "pena de morte"[1]) pode ser considerados "fundamentalistas" ou não. As manifestações desta oposição podem ter consequências directas para pessoas não homossexuais[2].

Em muitos casos esta oposição tem reflexos legais, novamente variando entre leis que diferenciam entre casais do mesmo sexo e casais do sexo oposto, até países em que se aplica a pena de morte a homens que tenham sexo com homens.

No entanto, há alguns grupos dentro das idiologias e religiões apresentadas que apoiam activamente os direitos das pessoas GLBT. Da mesma forma existem associações e grupos LGBT que podem, mesmo assim, manifestar-se de forma considerada homofóbica em determinados contextos.

Oposição ao termo

Alguns estudiosos da língua argumentam que o termo, enganosamente, aponta para um motivo específico, fobia (medo irracional), tendo sido o seu sentido modificado para se referir a discriminação da homossexualidade, o que pode não ser o caso. Numa situação similar a palavra xenofobia passou a ser utilizada coloquialmente para qualquer preconceito contra estrangeiros, extravasando assim o seu significado original.

Algumas pessoas preferem classificar o comportamento homofóbico apenas como o "repúdio da sociedade em relação a pessoas que se auto-excluem" ou "desajustamento social por busca do prazer individual" justificando assim a exclusão social das pessoas homossexuais pelo facto de serem diferentes da suposta norma. Entretanto, ativistas gays e defensores da causa homossexual em geral alegam que atitude similar foi utilizada no passado para justificar a xenofobia, o racismo e a escravidão.

Outras pessoas criticam o uso e abuso correntes do termo "homofobia", já que tal palavra é, muitas vezes, utilizada de maneira pejorativa e acusatória para designar qualquer discordância ou oposição à homossexualidade, ou, mais especificamente, à ideologia do movimento gay.


Referências

Ver também

Ligações externas

Predefinição:Fobias