Amadeo de Souza-Cardoso: diferenças entre revisões
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Revisão das 11h27min de 8 de janeiro de 2013
Predefinição:Info/Artista plástico gay Amadeo de Souza-Cardoso [1] (Manhufe, freguesia de Mancelos, Amarante, 14 de novembro de 1887 – Espinho, 25 de outubro de 1918) foi um pintor português.
Pertencente à primeira geração de pintores modernistas portugueses [2], Amadeo de Souza-Cardoso destaca-se entre todos eles pela qualidade excecional da sua obra e pelo diálogo que estabeleceu com as vanguardas históricas do início do século XX. "O artista desenvolveu, entre Paris e Manhufe, a mais séria possibilidade de arte moderna em Portugal num diálogo internacional, intenso mas pouco conhecido, com os artistas do seu tempo" [3]. A sua pintura articula-se de modo aberto com movimentos como o cubismo o futurismo ou o expressionismo, atingindo em muitos momentos – e de modo sustentado na produção dos últimos anos –, um nível em tudo equiparável à produção de topo da arte internacional sua contemporânea.
A morte aos 30 anos de idade irá ditar o fim abrupto de uma obra pictórica em plena maturidade e de uma carreira internacional promissora mas ainda em fase de afirmação. Amadeo ficaria longamente esquecido [4],dentro e, sobretudo, fora de Portugal: "O silêncio que durante longos anos cobriu com um espesso manto a visibilidade interpretativa da sua obra [...], e que foi também o silêncio de Portugal como país, não permitiu a atualização histórica internacional do artista"; e "só muito recentemente Amadeo de Souza-Cardoso começou o seu caminho de reconhecimento historiográfico" [5].
Biografia
Filho de Emília Cândida Ferreira Cardoso e José Emygdio de Sousa Cardoso, Amadeo de Souza-Cardoso nasce em Manhufe, Amarante, "numa família de boa burguesia rural, poderosa e de muita religião, entre nove irmãos [...]. Seu pai era uma espécie de «gentleman farmer», vinhateiro rico, de espírito prático, desejando educar eficientemente os filhos" [6].
Estuda no Liceu Nacional de Amarante e mais tarde em Coimbra. Em 1905 ingressa no curso preparatório de desenho na Academia Real de Belas-Artes, em Lisboa; e em Novembro do ano seguinte (no dia em que celebra o seu 19º aniversário), parte para Paris, instalando-se no bairro de Montparnasse, famoso ponto de encontro de intelectuais e artistas, onde irá viver todos os anos de permanência nessa cidade (1907 – 1914). Ao longo desses 8 anos regressará, no entanto, diversas vezes a Portugal para estadias mais ou menos breves [7].
Estabelece contacto com outros artistas portugueses a residir em Paris, entre os quais Francisco Smith, Eduardo Viana e Emmerico Nunes. Frequenta os ateliês de Godefroy e Freynet com o intuito de preparar a admissão ao curso de arquitetura, projeto que abraça, em parte para responder às expectativas familiares, mas que acaba por abandonar. Publica caricaturas em periódicos portugueses como O Primeiro de Janeiro (1907) e a Ilustração Popular (1908 – 1909) [8].
O início da sua atividade como pintor data provavelmente de 1907. No ano seguinte conhece Lucie Meynardi Pecetto, com quem viria a casar-se sete anos mais tarde. Em 1909 frequenta as aulas do pintor Anglada-Camarasa na Académie Vitti e mais tarde as Academias Livres [9].
Em 1910 estabelece uma forte e duradoura ralação de amizade com Amedeo Modigliani, Constantin Brancusi e Alexander Archipenko. Na correspondência para Portugal Amadeo refere-se à sua fascinação por aquilo que denomina por "pintores primitivos" (e pela escultura e arquitetura da cristandade); por outro lado, revela um sentimento artístico já amadurecido, manifestando a sua oposição ao naturalismo em favor de opções plásticas exigentes, distanciadas de pressupostos académicos [10].
No dia 5 de Março de 1911 Modigliani e Amadeo inauguram uma exposição no ateliê do pintor português, perto do Quai d'Orsay, cujo livro de honra é assinado por Picasso, Apollinaire, Max Jacob e Derain; e no mês seguinte Amadeo participa pela primeira vez numa grande mostra internacional, o XXVII Salon des Independents, exposição determinante e que dá grande visibilidade ao cubismo. Nesse mesmo ano conhece Sonia e Robert Delaunay e, através deles, Apollinaire, Picabia, Chagall, Boccioni, Klee, Franz Marc e Auguste Macke [11].
Em 1912 publica o álbum XX Dessins, onde reúne desenhos desse ano e do anterior que terão grande divulgação na imprensa francesa e portuguesa; participa no X Salon d’Automne (Grand Palais), encerrando o seu curto ciclo expositivo em Paris [12]. É um dos artistas representados no famoso Armory Show (International Exhibition of Modern Art), Nova Iorque, 1913, exposição que marca a grande viragem modernista no meio artístico norte-americano: atento ao panorama artístico alemão, expõe também em Berlim, no Erster Deutscher Herbstsalon (Primeiro Salão de Outono Alemão), organizado pela Galeria Der Sturm, em conjunto com artistas maioritariamente associados à "novíssima pintura", dos futuristas italianos ao grupo do Blaue Reiter e ao casal Delaunay [13]. Em 1914 tem trabalhos expostos em Londres e nos Estados Unidos da América (Exhibition of Painting and Sculpture in the "Modern Spirit", Milwaukee Art Society). O seu espírito instável fá-lo passar por "momentos torturantes de ansiedade" [14].
Durante uma viagem a Barcelona toma conhecimento do início da 1ª Guerra Mundial (1914-1918). Regressa a Portugal e a 26 de Setembro casa-se com Lucie Pecetto, fixando residência na Casa do Ribeiro, em Manhufe, que o seu pai mandara construir. No ano seguinte reencontra Sonia e Robert Delaunay, que entretanto haviam fixado residência em Vila do Conde. Amadeo ocupa o seu tempo entre a pintura, a caça, os passeios a cavalo, mas o seu isolamento começa a tornar-se difícil de suportar e faz planos para regressar a Paris. 1916 fica marcado por várias tentativas falhadas de participação em exposições internacionais; nesse mesmo ano publica o álbum 12 Reproductions e realiza exposições individuais no Porto (Salão de Festas do Jardim Passos Manuel) e em Lisboa (Liga Naval, Palácio do Calhariz). O acolhimento crítico, "num país pouco acostumado a exposições deste género, em que o modelo dos salons ainda vigorava, foi sobretudo marcado pela surpresa"; a articulação da montagem, "as obras exibidas e a internacionalização do artista português causaram espanto generalizado". Durante a estadia em Lisboa convive com Almada Negreiros e com membros do grupo Orpheu [15].
Em 1917 envolve-se em projetos editoriais com Almada Negreiros, mas, sobretudo trabalha intensamente, aprofundando o seu universo pictórico, que expande em novas direções. Anseia no entanto pelo regresso a Paris, o que não viria a acontecer. No ano seguinte contrai uma doença de pele que lhe afeta o rosto e as mãos e o impede de trabalhar. Abandona Manhufe e refugia-se em Espinho, na tentativa vã de escapar à epidemia de Gripe Espanhola que se espalha rapidamente e à qual viria a sucumbir em 25 de Outubro desse mesmo ano [16].
De personalidade algo paradoxal, Amadeo era "convictamente monárquico" [17] e poderá ter pertencido – este facto não é mencionado nas publicações mais importantes sobre Amadeo –, a um movimento conhecido por Grupo do Tavares, que incluiria, entre outros, Eduardo Viana, Almada Negreiros e Santa Rita [18].
Obra
O ano seguinte à sua partida para Paris "terá sido um ano de choque", um ano de revelação, marcando o início da sua atividade como pintor [19], embora as suas primeiras pinturas conhecidas datem dos anos imediatos; trata-se ainda de exercícios, de escala reduzida, "pequenas «pochades» de impressão, como toda a gente fazia" [20], onde representa interiores de cafés ou paisagens de forma mais ou menos convencional. Se muitas destas obras revelam hesitação, a lição de Cézanne informa já algumas das paisagens mais bem-sucedidas [21]..
Maturidade
Em 1910 Amadeo estuda com Anglada Camarasa, "pintor espanhol de colorido vibrante mas também de algum simbolismo estilizado", que impulsiona esse momento de crescimento; no ano seguinte a sua obra começa a revelar verdadeiros sinais de maturidade, num "estilo precioso e mundano […], algo decorativo no seu grafismo estilizado e no seu colorido espetacular, onde se revela a influência [...] do orientalismo luxuoso dos Ballets Russes de Diaghilev" [22], esse "verdadeiro fenómeno pluridisciplinar que, com as suas danças exóticas e exuberantes […] transfigurou a paisagem mental de todos os artistas" [23].
Marcado por uma multiplicidade de referências – da longa tradição erudita da arte Europeia à intensidade hierática da arte primitiva Africana; da linearidade sofisticada das gravuras e aguarelas japonesas às ruturas formais e concetuais do cubismo e do futurismo –, para Amadeo, neste momento de consolidação de ideias é igualmente determinante a amizade e conivência de artistas como Modigliani ou Brancusi. É neste quadro de referências que surgem pinturas como Saut du Lapin (Salto do Coelho) ou Os galgos, 1911, e o álbum de 20 desenhos que irá publicar no ano seguinte, com o seu pendor marcadamente decorativo "em que assomam ainda ecos do Jugenstil muniquense" [24], e onde procura afirmar a sua identidade, gráfica e pessoal, revendo-se em memórias ou fantasias e projetando a "construção de alguns cenários mais adequados à sua mitologia pessoal. […] Amadeo é um cavaleiro veloz, um caçador com galgos e falcões, que atravessa a galope as suas montanhas em Manhufe […] até chegar a sua casa, que se perspetiva como um castelo no cimo de uma hierarquia de colinas" (ver, por exemplo, Les Faucons, 1912) [25].
Em 1912 participa no Salon de Independents e no Salon d’Automne com um "conjunto de obras, sedutoras no tempo pelo uso de uma moderada técnica cubista , temperada com os arabescos decorativos de um imaginário singular, visualmente muito apelativo" (e onde se sente uma vontade de representar o movimento que poderá talvez relacionar-se com os princípios do manifesto futurista). Em obras como Avant la Corrida, 1912 – exposto no Salon d’Automne e no Armory Show –, Amadeo procura um caminho singular através de aspetos temáticos menos comuns e de soluções formais algo híbridas que o associam a movimentos artísticos díspares, "aproximando-se deliberadamente das margens alternativas dos respetivos programas" [26]. A sua participação com trabalhos deste tipo no Armory Show, 1913, irá ser um sucesso do ponto de vista comercial. Das 8 pinturas expostas, são vendidas 7, três das quais – Saut du Lapin, 1911; Chateau Fort, c. 1912; Paysage, 1912 -, a Jerome Eddy , autor do primeiro livro em inglês sobre o cubismo. A opinião deste importante colecionador fixará, por muitos anos, a análise interpretativa da obra de Amadeo "nesse período, brilhante e sofisticado, mas ainda distante de futuros desenvolvimentos" [27].
Paralelamente, vemo-lo trabalhar a paisagem em obras onde o sentido predominantemente linear cede o lugar a um outro tipo de plasticidade, numa reaproximação à sensibilidade impressionista que evolui rapidamente para obras totalmente abstratas: "Entre um jogo geométrico de relevos (de lembranças cézanianas) e um ritmo colorido de massas de arvoredo, Amadeo avança para soluções de progressiva indiferenciação, como se essas massas densas perdessem a sua referência à realidade, para se transformarem em exclusivas soluções formais". Irá radicalizar a sua abordagem, aproximando-se de forma mais explícita da decomposição cubista (como na famosa Cozinha da Casa de Manhufe, 1913), que noutras pinturas será tratada através de um cromatismo aberto mais próximo de Delaunay (veja-se, por exemplo, Título desconhecido – Les Cavaliers, c. 1913); e tematicamente oscila entre caminhos diversos, com as alusões figurativas – à figura humana, à natureza-morta ou à paisagem –, a alternar com obras estritamente abstratas como, por exemplo, Sem título, 1913 [28].
Em 1914 expõe trabalhos em Londres e Berlim, o que indicia um desejo de encontrar novas vias de internacionalização. A participação no 1º Salão de Outono (Herbstsalon) organizado pela Galeria Der Sturm, é particularmente significativa da sua ligação ao polo de difusão berlinense. "O dramatismo e a intensa espiritualidade que forma a personalidade do artista, não podem ser excluídos do seu envolvimento com o movimento expressionista e com as sensibilidades estéticas que com ele se cruzaram […]. Coincidindo sensivelmente com a cronologia da sua passagem expositiva pela Alemanha, Amadeo desenvolveu várias séries de trabalhos […] de intenso diálogo com os conteúdos, formais e teóricos, dos expressionismos do seu tempo" [29] (é o que acontece de forma explícita com um conjunto de cabeças, ou máscaras, datado de 1914, que remete, também, para as explorações pioneiras de Picasso em torno das máscaras africanas). E será esta, afinal, uma das principais linhas unificadoras da sua obra plurifacetada. Mesmo quando os caminhos formais apontam noutras direções, "a sua alma de expressionista, esquiva a classificações e a modelos rígidos, individualista, inquieta e dissonante […] sustenta o desenvolvimento do seu trabalho", atravessando todas as fases, desde as primeiras paisagens até ao seu modo final [30].
O diálogo com as vanguardas do início do Século XX será o grande motor por detrás da obra de Amadeo, mas há fatores determinantes de outra de outra ordem e que se prendem com um universo temático marcado por referentes pessoais. Numa carta dirigida à sua mãe em 1908, o pintor lamentava a ausência de "um forte meio da arte" na sua terra natal, mas queixava-se igualmente da "atmosfera parda" ou o "sol anémico" de Paris, que contrapunha ao seu "Portugal prodigioso, país supremo para artistas" [31]. Segundo Helena Freitas, "o alimento espiritual de Amadeo é também a iconografia da sua terra e das suas tipologias". Na sua pintura encontramos alusões a essa luz diferente; ao sol, às montanhas, às azenhas e moinhos; aos alvos das barracas de feira; às canções, bonecos e figuras populares… (veja-se, por exemplo, Canção Popular - a Russa e o Figaro, c. 1916) [32].
Obras finais
Regressa a Portugal após tomar conhecimento da eclosão da 1ª Guerra Mundial (1914-1918): "este virar de página vai transtornar definitivamente os seus projetos e fechar para sempre o seu livro de viagens". Isolado no norte do país, remetido para uma zona periférica de um país já de si periférico, esse isolamento é apenas mitigado pelo intercâmbio com Eduardo Viana, com Sonia e Robert Delaunay (então a residir em Portugal), e por brevíssimos contactos com elementos do chamado grupo futurista português. Vive esses últimos anos – o seu período de "maior energia e criatividade individual" –, num frenesim criativo, sonhando com a participação em mostras internacionais (que nunca se concretizam) e com o regresso, sempre adiado, a Paris. "Neste trabalho, sabiamente manipulador de uma memória seletiva, estão presentes os sinais de maturidade do artista na escolha do seu caminho. Mas é um caminho solitário e desamparado". E essas obras notáveis, onde desenvolve pesquisas consonantes com a de autores máximos das vanguardas da época – dos cubistas aos membros da vanguarda russa –, ficarão praticamente esquecidas da historiografia internacional da arte [33].
Os últimos trabalhos de Amadeo, datáveis de 1917, "são o núcleo mais consistente e poderoso da sua afirmação como artista". Nestas obras reforçam-se as associações inesperadas, alógicas, "ao mesmo tempo que se adensam e complexificam os processos técnicos, na espessura e materialidade das tintas misturadas com areias e outros agregantes, nas colagens, nos trompe-l’oeils e suas simulações" [34]. Partindo de um princípio gerador baseado na fragmentação cubista, irá integrar na pintura elementos iconográficos típicos desse movimento (dos instrumentos musicais à palavra escrita), fragmentos apropriados da vida real (madeira, espelhos, ganchos de cabelo, etc.), representações de partes do corpo ou de produtos contemporâneos produzidos industrialmente (como uma máquina registadora), e formas totalmente abstratas [35]… Essa diversidade aparentemente incongruente é gerida de forma magistral, "num jogo combinatório poderoso e de uma energia plástica rara" [36] que coloca essas obras a par das pinturas mais notáveis suas contemporâneas [37].
Embora a "notoriedade do seu percurso expositivo e [...] integração no contexto internacional dos diálogos de vanguarda" [38] o coloquem no centro da revolução que atravessou o mundo das artes nas primeiras décadas do século XX, a origem de Amadeo num país pequeno e periférico, a sua morte prematura e inconstância estilística, "camaleónica" [39], criaram sérias dificuldades ao seu reconhecimento. Mesmo em Portugal, depois da sua morte ocorreu um longo hiato até que a sua obra merecesse a devida atenção; e apenas em 1983, com a inauguração do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, se tornou finalmente possível um acesso real e permanente a obras de referência como Título desconhecido (Entrada), ou Título desconhecido (Coty), 1917 [40].
Rescaldo
- 1922 – São expostas as 3 pinturas (legado da coleção de A. S. Eddy) em Chicago - The Art Insitute of Chicago.
- 1925 – Exposição retrospetiva de Amadeo na Galerie Briant-Robert, Paris. O 1º Salão de Outono, Lisboa, inclui uma pequena homenagem retrospetiva ao pintor.
- 1935 – Criação do Prémio Amadeo de Souza-Cardoso, SPN, a atribuir anualmente no Salão de Arte Moderna.
- 1953 – Inauguração da Sala Amadeo de Souza-Cardoso na Biblioteca-Museu Municipal de Amarante. Incorporação de 5 pinturas no Museu Nacional de Arte Contemporânea, Lisboa.
- 1956 – Exposição antológica na Galeria Alvarez, Porto.
- 1957 – É editada a primeira monografia sobre Amadeo, da autoria de José Augusto França [41].
- 1958 – Exposição retrospetiva na Casa de Portugal, Paris.
- 1959 – Incorporação da pintura Les Cavaliers no MNAM, Paris. Exposição retrospetiva, Palácio Foz, Lisboa, e no Museu Nacional Soares dos Reis, Porto [42]. Representação de Amadeo na V Bienal de S. Paulo, Brasil.
- 1968 – Aquisição das 5 primeiras obras de Amadeo pela Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.
- 1969 – Comemorações do Cinquentenário da morte de Amadeo, Galeria Bucholz, Lisboa. Exposição das aquisições da Fundação Calouste Gulbenkian em Paris, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.
- 1983 – Inauguração do Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; obras de Amadeo integram a mostra permanente do Centro.
- 1987 – 1887-1987 Centenário do nascimento de Amadeo de Souza-Cardoso, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.
- 1991 – Exposição no âmbito da Europália, Bruxelas.
- 1998 – Fundação Juan March, Madrid.
- 1999 – At the Edge: A Portuguese Futurist, Amadeo de Sousa-Cardoso, The Corcoran Gallery of Art, Washington D.C. e The Arts Club of Chicago, EUA.
- 2001 – Amadeo de Souza-Cardoso: um pioneiro do Modernismo em Portugal, Museu do Chiado, Lisboa.
- 2006 – Amadeo de Souza-Cardoso: Diálogo de Vanguardas, Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.
Sob a coordenação científica de Helena de Freitas, a Fundação Calouste Gulbenkian publicou, em colaboração com a Editora Assírio & Alvim, as seguintes obras de referência:
- Freitas, Helena de – Amadeo de Sousa-Cardoso: Fotobiografia [Catalogue Raisonné]. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2007. ISBN 978-972-635-192-4
- Freitas, Helena de – Amadeo de Sousa Cardoso: Pintura [Catalogue Raisonné]. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2008. ISBN 978-972-635-203-7
Referências
- ↑ Pela grafia moderna, Amadeu de Sousa Cardoso.
- ↑ França 1991, p. 75
- ↑ Freitas 2006, p. 17
- ↑ França 1972, p. 62
- ↑ Freitas 2006, p. 67
- ↑ França 1972, p. 12
- ↑ Alfaro 2006, pp. 429, 433, 437, 445, 455, 467
- ↑ Alfaro 2006, p. 433
- ↑ Alfaro 2006, pp. 433, 437
- ↑ Alfaro 2006, p. 441, 443
- ↑ Alfaro 2006, pp. 445, 447, 449
- ↑ Alfaro 2006, pp. 453, 455
- ↑ Alfaro 2006, p. 461
- ↑ Carta de Amadeo à sua mãe. Citado em: Alfaro 2006, p. 471
- ↑ Alfaro 2006, pp. 467, 473, 475, 483, 487
- ↑ Alfaro 2006, pp. 491-493
- ↑ Alfaro 2006, p. 133
- ↑ João Mendes da Costa Amaral (Político) 1893-1981
- ↑ Freitas 2006, p. 25
- ↑ França 1991, p. 77
- ↑ Freitas 2008, p. 20
- ↑ França 1991, p. 77
- ↑ Freitas 2006, p. 29
- ↑ França 1991, p. 78
- ↑ Freitas 2006, p. 33
- ↑ Freitas 2006, p. 35, 37
- ↑ Freitas 2008, p. 26
- ↑ Freitas 2008, pp. 22, 25
- ↑ Freitas 2008, pp. 28-29
- ↑ Freitas 2008, p. 31
- ↑ Amadeo, citado por Freitas 2006, p. 53
- ↑ Freitas 2008, p. 31
- ↑ Freitas 2008, pp. 31,35,36
- ↑ Freitas 2008, p. 35
- ↑ França 1991, p. 91
- ↑ Freitas 2008, p. 35
- ↑ Toda a exposição Amadeo de Souza-Cardoso: Diálogo de Vanguardas, Fundação Calouste Gulbenkian, 2006, se realiza em função desta ideia, estabelecendo paralelismos entre obras de Amadeo e de muitos dos artistas mais importantes das vanguardas internacionais da época, como Picasso, Juan Gris, Léger ou Malevich.
- ↑ Freitas 2006, p. 67
- ↑ Ingendaay, Paul – Chamäleon aus Amarante [2001]. Citado em: A.A.V.V. – Amadeo de Souza-Cardoso, diálogo de vanguardas. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2006, p. 379. O próprio Amadeo declarou, numa entrevista de 1916 ao jornal O Dia: "Eu não sigo escola alguma. As escolas morreram. […] Sou impressionista, cubista, futurista, abstracionista? De tudo um pouco". Amadeo, citado em: A.A.V.V. – Amadeo de Souza-Cardoso, diálogo de vanguardas. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2006, p. 489.
- ↑ Freitas 2008, p. 51
- ↑ França 1972
- ↑ Souza-Cardoso, Amadeo - Exposição Retrospetiva de Amadeo de Souza Cardoso. Lisboa: Secretariado Nacional de Informação, 1959.
Bibliografia
- Alfaro, Catarina (2006). «Biografia de Amadeo de Souza-Cardoso: 1887-1918». In: A.A.V.V. Amadeo de Souza-Cardoso: diálogo de vanguardas. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. ISBN 978-972-635-185-6
- França, José Augusto (1991). A Arte em Portugal no Século XX: 1911-1961. Lisboa: Bertrand Editora. ISBN 972-25-0045-7
- França, José Augusto (1972). Amadeo de Souza-Cardoso (1957) 2 ed. [S.l.]: Editorial Inquérito
- Freitas, Helena de (2006). «Amadeo de Souza-Cardoso, diálogo de vanguardas». In: A.A.V.V. Amadeo de Souza-Cardoso: diálogo de vanguardas. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. ISBN 978-972-635-185-6
- Freitas, Helena de (2008). Amadeo de Souza-Cardoso; Catálogo Raisonné, Pintura. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian
- Souza-cardoso, Amadeo (1959). Secretariado Nacional de Informação, ed. Exposição Retrospetiva de Amadeo de Souza Cardoso. Lisboa: [s.n.]
Ver também
Ligações externas
- «Museu Amadeo de Souza-Cardoso»
- «Centro de Arte Moderna José Azeredo Perdigão: Amadeo de Souza-Cardoso»
- «Pintores portugueses: Amadeo de Souza-Cardoso»
- «Seis Séculos de Pintura Portuguesa: Amadeo de Souza-Cardoso»
- «Amadeo de Souza-Cardoso»
- «Galeria de Amadeo de Souza-Cardoso»