Antonio Barberini
Antonio Barberini
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|---|---|
| Cardeal da Santa Igreja Romana | |
| Arcebispo de Reims Camerlengo da Câmara Apostólica | |
| Atividade eclesiástica | |
| Ordem | Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém |
| Diocese | Arquidiocese de Reims |
| Nomeação | 27 de junho de 1657 |
| Predecessor | Henri de Savoie-Nemours |
| Sucessor | Charles-Maurice Le Tellier |
| Mandato | 1657 - 1671 |
| Ordenação e nomeação | |
| Ordenação presbiteral | 19 de março de 1633 por Antonio Marcello Cardeal Barberini, O.F.M.Cap. |
| Nomeação episcopal | 11 de outubro de 1655 |
| Ordenação episcopal | 24 de outubro de 1655 por Dom Giovanni Battista Scanaroli |
| Nomeado arcebispo | 27 de junho de 1657 |
| Cardinalato | |
| Criação | 30 de agosto de 1627 (in pectore) 7 de fevereiro de 1628 (Publicado) por Papa Urbano VIII |
| Ordem | Cardeal-diácono (1627-1653) Cardeal-presbítero (1653-1655) Cardeal-bispo (1655-1671) |
| Título | Santa Maria em Aquiro (1627-1632) Santa Ágata dos Góticos (1632-1642) Santa Maria em Via Lata (1642-1653) Santíssima Trindade no Monte Pincio (1653-1655) Frascati (1655-1661) Palestrina (1661-1671) |
| Brasão | |
| Dados pessoais | |
| Nascimento | Roma 5 de agosto de 1607 |
| Morte | Nemi 4 de agosto de 1671 (63 anos) |
| Nacionalidade | romano |
| Progenitores | Mãe: Costanza Magalotti Pai: Carlo Barberini |
| dados em catholic-hierarchy.org Cardeais Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo | |
Antônio Barberini, dito o Júnior[1] O.S.Io.Hieros. (Roma, 5 de agosto de 1607 - Nemi, 4 de agosto de 1671) foi um cardeal romano, cardeal-sobrinho, arcipreste da Basílica de Santa Maria Maior, Camerlengo da Câmara Apostólica e Arcebispo de Reims.
Biografia
[editar | editar código]Nascido da tradicional família Barberini, era o filho mais novo de Carlo Barberini e Costanza Magalotti, assim, era sobrinho de Maffeo Barberini, mais tarde Papa e do cardeal Antonio Marcello Barberini. Era irmão do cardeal Francesco Barberini, sênior e do Capitão-geral da Igreja Taddeo Barberini, além de primo do cardeal Francesco Maria Macchiavelli. Era ascendente dos cardeais Carlo Barberini e Francesco Barberini, iuniore.[2]
Tornou-se Grão-Prior da Ordem Soberana e Militar de Malta em Roma e Grão-Cruz da ordem. Entrou para o estado eclesiástico em 1627.[2]
Cardinalato
[editar | editar código]Foi criado cardeal in pectore no consistório de 30 de agosto de 1627, pelo Papa Urbano VIII, com as despensas por ter um tio Papa e outros cardeais parentes, sendo seu nome publicado no consistório de 7 de fevereiro de 1628, recebendo o barrete cardinalício e o título de Cardeal-diácono de Santa Maria em Aquiro em 28 de fevereiro.[2]
É nomeado arcipreste da Basílica de São João de Latrão em 1627. Depois, é nomeado Prefeito do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica de Justiça em 18 de março de 1628. Nomeado Secretário de breves apostólicos. Em 1629, passa a ser o arcipreste da Basílica de Santa Maria Maior, cargo que exerceria até a sua morte.[2]
Passa para a diaconia de Cardeal-diácono de Santa Ágata do Subúrbio em 24 de novembro de 1632. No mesmo ano, torna-se Prefeito da Sagrada Congregação da Inquisição Universal.[2]
Em 1633, com seu irmão cardeal Francesco, estabeleceu-se em seu novo palácio em Quattro Fontane, onde contribuiu para a abertura do Teatro do Palácio Barberini e onde ele se tornou um generoso mecenas de artistas e autores literários, como Naudé, Holste e Bouchard, que contribuíram para a formação de sua grande biblioteca. Ele próprio era um poeta em latim reconhecido.[2]
Torna-se Camerlengo da Santa Igreja Romana em 28 de julho de 1638, ficando nesse posto até sua morte. Passa para a diaconia de Santa Maria em Via Lata em 10 de novembro de 1642 e torna-se Cardeal Protodiácono.[2]
Queda dos Barberini
[editar | editar código]Junto com seu irmão Taddeo, general do exército papal, foi acusado com a supervisão das operações militares durante a Guerra de Castro. A guerra terminou desastrosamente na batalha de Lagoscuro em 1644 com a rendição das tropas papais. O Papa Urbano VIII morreu pouco depois. A família Barberini caiu em desgraça por causa do ressentimento acumulado em Roma contra eles. Em 1645, o novo Papa Inocêncio X ordenou uma investigação sobre os lucros ilícitos dos Barberinis durante o pontificado de Urbano e em particular sobre a Guerra de Castro. Devido à evolução da situação, Cardeal Antonio e seu irmão Taddeo escaparam para Paris, em 27 de setembro de 1645.[2]
Eles receberam a hospitalidade e o apoio do rei Luís XIV e de seu ministro, o Cardeal Jules Mazarin. O cardeal reconcilia-se com o Papa Inocêncio X e retorna a Roma em 12 de julho de 1653. O papa restaura todos os seus títulos e protetorados em 15 de agosto. Ele recupera sua riqueza, sob o pontificado do Papa Alexandre VII. A partir desse momento, ele experimentou uma conversão dedicando-se à religião e abandonando a conduta mundana que tinha caracterizado a sua vida até então. Ele assume uma atitude de rígida ortodoxia e mais particularmente, contra o jansenismo. Passa para a ordem de cardeais-presbíteros e o título de Santíssima Trindade no Monte Pincio, em 21 de julho.[2]
Episcopado
[editar | editar código]Nomeado bispo de Poitiers pelo rei Luís XIV, em 16 de agosto, nunca foi confirmado pela Santa Sé. Grão-Esmoler da França e prelado-comandante da Ordem do Espírito Santo, em 1653. Passa para a ordem dos cardeais-bispos e assume a Sé suburbicária de Frascati, em 11 de outubro de 1655. Foi consagrado em 24 de outubro, na igreja do noviciado da Companhia de Jesus, de Roma, por Giovanni Battista Scanaroli, bispo-titular de Sidon, assistido por Lorenzo Gavotti, Theat., bispo de Ventimilia, e por Marcantonio Bettoni, T.O.S.F., bispo-titular de Coron. Nomeado arcebispo de Reims pelo rei Luís XIV da França em 27 de junho de 1657, foi confirmado pela Santa Sé, mantendo o cargo de camerlengo da Santa Igreja Romana em 18 de julho de 1667. Passou para a suburbicária de Palestrina em 21 de novembro de 1661.[2]
Faleceu na madrugada de 4 de agosto de 1671, perto de três horas, na diocese de Nemi, em Roma, de apoplexia. Seu corpo foi exposto e depois enterrado na igreja de San Lorenzo em Palestrina. Segundo a sua vontade, então, o irmão do cardeal moveu seus restos mortais para a igreja de sua família dedicada a Santa Rosalia.[2]
Conclaves
[editar | editar código]- Conclave de 1644 – participou da eleição do Papa Inocêncio X.
- Conclave de 1655 – participou da eleição do Papa Alexandre VII.
- Conclave de 1667 – participou da eleição do Papa Clemente IX.
- Conclave de 1669-1670 – participou da eleição do Papa Clemente X.
Honras
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Grã-cruz da Ordem de São João de Jerusalém ;
Commandeur de l' Ordre du Saint-Esprit ;
Notas
Bibliografia
[editar | editar código]- Cardella, Lorenzo (1793). Memorie storiche de' cardinali della Santa Romana Chiesa (em italiano). Roma: Stamperia Pagliarini
Ligações externas
[editar | editar código]- «BARBERINI, iuniore, O.S.Io.Hieros., Antonio (1607-1671)» (em inglês). The Cardinals of the Holy Roman Church
- Cheney, David M. «Antonio Cardinal Barberini (Jr.), O.S.Io.Hieros.» (em inglês). Catholic-Hierarchy.org
- «Antonio Barberini» (em inglês). GCatholic.org
- Inuestitura delle due Sicilie data in Napoli da Innocentio Secondo à Ruggiero Guiscardo..., na Biblioteca Nacional de Portugal
- Nascidos em 1607
- Mortos em 1671
- Família Barberini
- Naturais de Roma
- Naturais dos Estados Pontifícios
- Ordem Soberana e Militar de Malta
- Cardeais nomeados pelo papa Urbano VIII
- Cardeais da Itália
- Cardeais-sobrinhos
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