Augustâmica
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Província do(a) Império Romano e Império Bizantino | |||||||||||||
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A Augustâmica aparece neste mapa da Diocese do Egito, c. 400 | |||||||||||||
Capital | Mênfis Pelúsio | ||||||||||||
Líder | corretor | ||||||||||||
Período | Antiguidade Tardia | ||||||||||||
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Augustâmica (em latim: Augustamnica; em grego: Αὑγουσταμνικῆς; romaniz.: Augoustamnike) foi uma província do Império Romano no Egito[1] criada no século V. Ela estava subordinada à Diocese do Oriente num primeiro momento, mas foi depois destacada juntamente com outras províncias para formar a Diocese do Egito. Ela foi perdida definitivamente durante a conquista muçulmana do Egito na década de 640.
Província
[editar | editar código-fonte]A província foi criada durante o período da Tetrarquia com o nome de Egito Hercúleo (Aegyptus Herculia), uma homenagem ao imperador sênior Maximiano (r. 286–305), par de Diocleciano (r. 285–305). Sua capital era Mênfis (315–325). Porém, ela logo foi reunida na província do Egito. Em 341, ela foi reconstituída, mas seu nome foi alterado para "Augustâmica" para remover quaisquer conotações pagãs. O seu território abrangia a parte oriental do delta do Nilo e a antiga Heptanômia. Num primeiro momento, estava subordinada à Diocese do Oriente.[2][3]
A Augustâmica foi a única província egípcia a ser comandada por um corretor (corrector), um governador de status mais baixo.
Por volta de 381, as províncias do Egito foram separadas numa diocese própria e, desta forma, a Augustâmica passou para a Diocese do Egito. Entre 386 e o fim do século IV, uma nova província, a Arcádia, batizada em homenagem ao imperador Arcádio (r. 395–408), foi separada da Augustâmica (a Heptanômia).[3] Neste novo período, a capital mudou-se para Pelúsio.
Do ponto de vista militar, a província era governada por um conde do limite do Egito (comes limitis Aegypti). De acordo com a Notitia dignitatum, a província era base de diversas unidades: a "Segunda Ala Úlpia dos Africanos" (Ala secunda Ulpia Afrorum) em Taubasteu, a "Segunda Ala dos Egípcios" (Ala secunda Aegyptiorum) em Tacasíria, a "Primeira Coorte dos Sagitários" (Cohors prima sagittariorum) em Naitu, a "Primeira Coorte Augusta dos Panônios" (Cohors prima Augusta Pannoniorum) em Tohu, a "Primeira Coorte dos Epirotas" (Cohors prima Epireorum) em Castra Judeoro, a "Quarta Coorte dos Jutungos" (Cohors quarta Iuthungorum) em Afrodito, a "Segunda Coorte dos Itureus" (Cohors secunda Ituraeorum) em Aiy, a "Segunda Coorte dos Trácios" (Cohors secunda Thracum) em Muson e, finalmente, a "Quarta Coorte dos Númidas" (Cohors quarta Numidarum) em Narmunti.[4]
Augustâmica I e Augustâmica II
[editar | editar código-fonte]Antes de 539, a Augustâmica foi dividida em duas novas províncias: Augustâmica Prima (ou Augustâmica I) e Augustâmica Secunda (Augustâmica II).[3]
A metrópole da Augustâmica I era Pelúsio e o governador era um corretor. Sua jurisdição abrangia, além de Pelúsio, Setróites (ou Setróitis), Tanis, Tmuis, Rinocorura, Ostracine (ou Ostracina), Pentascoino, Cásio, Afneu, Hefesto, Panéfisis, "as tendas fora de Gera", "as tendas dentro de Gera", Têneso e Panéfusis.[5]
Sés episcopais
[editar | editar código-fonte]As sés episcopais da província e que aparecem no Annuario Pontificio como sés titulares são[6]:
- Augustâmica I
- Augustâmica II
- Arábia (Uadi-Tumilat)
- Atribis
- Babilônia
- Bubástis
- Clisma (Kolzum, em Suez)
- Heliópolis em Augustâmica
- Leontópolis em Augustâmica
- Farbeto
- Bilbeis (também Phelbes)
Referências
- ↑ [Barrington Atlas of the Greek and Roman World, p. 102]
- ↑ Alan K. Bowman, Egypt after the pharaohs: 332 BC-AD 642. From Alexander to the Arab Conquest, University of California Press, 1996, ISBN 0-520-20531-6, p. 79.
- ↑ a b c Keenan, p. 613.
- ↑ Notitia Dignitatum In partibus Orientis, XXVIII.
- ↑ Jorge do Chipre, 685-700; Hiérocles, Sinecdemos 726:3-727:6.
- ↑ Annuario Pontificio 2013 (Libreria Editrice Vaticana 2013 ISBN 978-88-209-9070-1), "Sedi titolari", pp. 819-1013
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Keenan, James K. (2000). «Egypt». In: Cameron, Averil; Ward-Perkins, Bryan; Whitby, Michael. The Cambridge Ancient History, Volume XIV - Late Antiquity: Empire and Successors, A.D. 425–600. [S.l.]: Cambridge University Press. pp. 612–637. ISBN 978-0-521-32591-2