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Bernardo Saião Carvalho de Araújo: diferenças entre revisões

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Dez anos após sua morte, no dia 9 de junho de 1969, foi criado, na [[Universidade Estadual de Campinas|Universidade de Campinas]], em sua homenagem, o Centro Acadêmico Bernardo Sayão da [[engenharia elétrica]].
Dez anos após sua morte, no dia 9 de junho de 1969, foi criado, na [[Universidade Estadual de Campinas|Universidade de Campinas]], em sua homenagem, o Centro Acadêmico Bernardo Sayão da [[engenharia elétrica]].

O texto a seguir foi escrito por Léa Sayão, filha do pioneiro e autora de dois livros sobre ele (veja mais abaixo):

Bernardo Sayão nasceu no dia 18 de junho de 1901 no bairro da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro. Desde menino mostrou ser amante da natureza, dos animais, enfim, de tudo o que Deus criou. Estudante de Agronomia e Veterinária, vivia sempre em aventuras nas matas.

Quando estudante em Belo Horizonte, MG, conheceu a sua paixão, Lygia Mendes Pimentel, de família tradicional. Casando-se em 1925, tiveram duas filhas: Laís e Léa.

O casal foi morar no Paraná, perto de Jacarezinho, na fazenda "Santa Clara", onde Sayão fez uma sociedade com o seu cunhado Ruy Mendes Pimentel numa plantação de café. Porém, tiveram grandes prejuízos com as geadas.

Com a família mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou no Ministério da Agricultura. Manteve uma fazenda no estado do Rio, perto de Miguel Pereira e Governador Portela, a fazenda "Ribeirão das Flores", mas lá só haviam pedras e mais pedras.

Laís, Léa, Lygia e Sayão recebiam inúmeras visitas e parentes: Maria, sua irmã Dulce, Arnoldo Sayão... foi uma temporada inesquecível, mas não durou muito.....Lygia M. Pimentel faleceu com trinta e cinco anos e Sayão ficou viúvo cinco anos.

Neste meio tempo, convidou sua irmã caçula Dulce e suas filhas Laís e Léa para viajarem com ele, em seu Ford velho ao estado de Goiás, até o rio Araguaia, ao norte!

Em 1939 saíram do Rio de Janeiro passando pelo estado de São Paulo, em Tremembé, para ver o seu irmão Mário Sayão. Viagem pitoresca e cheia de aventuras!

No Araguaia o carro foi lotado de índios carajás.....e passaram a semana na pensão do Sr. Vicentinho, comendo peixe pela manhã, no almoço e no jantar! Almoçavam com os índios um tacho bem grande com uma gororoba, onde cozinhavam juntos papagaio, arara, cachorro, e Sayão repetia que o prato estava delicioso!

Nos banhos no rio Araguaia (lindo e majestoso) aprendemos algumas palavras indígenas, como Beé (água)... Na volta passamos pôr Goiânia, com a "Pretuihe" (o carro!) cheio de arcos e flechas, pentes, bonecos, todos feitos pelos índios.

Bernardo Sayão encontrou o Dr. Luiz Simões Lopes, seu amigo de anos, fundador e diretor da Fundação Getúlio Vargas. Ele perguntou, assustado: "- Sayão, você é louco, o que veio fazer em Goiás??".

Mais tarde, no Rio, o Dr. Luiz Simões Lopes era assessor do presidente Getúlio Vargas, que lançando a campanha "Marcha para o Oeste" precisou de um homem corajoso e destemido! "-Presidente, tenho um amigo capaz de fundar uma colônia agrícola! Chama-se Bernardo Sayão e é um aventureiro destemido!".

No Rio de Janeiro, atravessando nas barcas para Niterói, conheceu a sua 2ª esposa, Hilda Fontenelle Cabral, com quem teve quatro filhos: Fernando, Bernardo, Lia e Liliane Carvalho Araújo.

Viriam para o Estado de Goiás para um trabalho gigantesco: "Fundar uma ‘Colônia Agrícola Nacional’ e abrir estradas....".

Bernardo Sayão deu início à construção da rodovia Belém-Brasília, conhecida hoje como Rodovia Bernardo Sayão. Fez uma pequena reforma agrária, sem violência, mas que deu muito trabalho! (Filmes inéditos à disposição de escolas/entidades/etc...).

Ele era honesto, trabalhador, um sonhador e realizador! Com a sua boa FÉ confiando em todos, sofreu muito por isso! Mas como ele tinha muita FÉ, e Deus é justo, tudo acabou muito bem!

Em Brasília, mais tarde, abandonou o cargo de vice-governador de Goiás para ajudar o presidente JK a construir Brasília. Teve então a oportunidade de falar pessoalmente com o presidente JK, que o incumbiu de concluir a Belém-Brasília.






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Revisão das 11h25min de 18 de junho de 2010

 Nota: Se procura o município brasileiro, veja Bernardo Sayão (Tocantins).

Bernardo Sayão Carvalho Araújo[1] (Rio de Janeiro, 18 de junho de 1901Açailândia, 15 de janeiro de 1959) foi um político brasileiro.

Formado em 1923 na Escola Superior de Agronomia e Medicina Veterinária de Belo Horizonte, teve como principal projeto o desenvolvimento da região central do Brasil.

Em 1954, foi eleito vice-governador de Goiás, chegando a governar o estado interinamente por três meses, de 31 de janeiro a 12 de março de 1955.

Em setembro de 1956, tornou-se um dos diretores da NOVACAP, sendo Israel Pinheiro o presidente, além de Ernesto Silva e Íris Meinberg.

Em 1958, Juscelino Kubitschek lhe encarrega a construção do trecho sul da Transbrasiliana (a Belém-Brasília). Acompanhando pessoalmente as obras, no início de janeiro de 1959, nos trabalhos de abertura da mata uma árvore é derrubada de forma equivocada e atinge o barracão em que encontrava Saião, que morre no mesmo dia.

Dez anos após sua morte, no dia 9 de junho de 1969, foi criado, na Universidade de Campinas, em sua homenagem, o Centro Acadêmico Bernardo Sayão da engenharia elétrica.

O texto a seguir foi escrito por Léa Sayão, filha do pioneiro e autora de dois livros sobre ele (veja mais abaixo):

Bernardo Sayão nasceu no dia 18 de junho de 1901 no bairro da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro. Desde menino mostrou ser amante da natureza, dos animais, enfim, de tudo o que Deus criou. Estudante de Agronomia e Veterinária, vivia sempre em aventuras nas matas.

Quando estudante em Belo Horizonte, MG, conheceu a sua paixão, Lygia Mendes Pimentel, de família tradicional. Casando-se em 1925, tiveram duas filhas: Laís e Léa.

O casal foi morar no Paraná, perto de Jacarezinho, na fazenda "Santa Clara", onde Sayão fez uma sociedade com o seu cunhado Ruy Mendes Pimentel numa plantação de café. Porém, tiveram grandes prejuízos com as geadas.

Com a família mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou no Ministério da Agricultura. Manteve uma fazenda no estado do Rio, perto de Miguel Pereira e Governador Portela, a fazenda "Ribeirão das Flores", mas lá só haviam pedras e mais pedras.

Laís, Léa, Lygia e Sayão recebiam inúmeras visitas e parentes: Maria, sua irmã Dulce, Arnoldo Sayão... foi uma temporada inesquecível, mas não durou muito.....Lygia M. Pimentel faleceu com trinta e cinco anos e Sayão ficou viúvo cinco anos.

Neste meio tempo, convidou sua irmã caçula Dulce e suas filhas Laís e Léa para viajarem com ele, em seu Ford velho ao estado de Goiás, até o rio Araguaia, ao norte!

Em 1939 saíram do Rio de Janeiro passando pelo estado de São Paulo, em Tremembé, para ver o seu irmão Mário Sayão. Viagem pitoresca e cheia de aventuras!

No Araguaia o carro foi lotado de índios carajás.....e passaram a semana na pensão do Sr. Vicentinho, comendo peixe pela manhã, no almoço e no jantar! Almoçavam com os índios um tacho bem grande com uma gororoba, onde cozinhavam juntos papagaio, arara, cachorro, e Sayão repetia que o prato estava delicioso!

Nos banhos no rio Araguaia (lindo e majestoso) aprendemos algumas palavras indígenas, como Beé (água)... Na volta passamos pôr Goiânia, com a "Pretuihe" (o carro!) cheio de arcos e flechas, pentes, bonecos, todos feitos pelos índios.

Bernardo Sayão encontrou o Dr. Luiz Simões Lopes, seu amigo de anos, fundador e diretor da Fundação Getúlio Vargas. Ele perguntou, assustado: "- Sayão, você é louco, o que veio fazer em Goiás??".

Mais tarde, no Rio, o Dr. Luiz Simões Lopes era assessor do presidente Getúlio Vargas, que lançando a campanha "Marcha para o Oeste" precisou de um homem corajoso e destemido! "-Presidente, tenho um amigo capaz de fundar uma colônia agrícola! Chama-se Bernardo Sayão e é um aventureiro destemido!".

No Rio de Janeiro, atravessando nas barcas para Niterói, conheceu a sua 2ª esposa, Hilda Fontenelle Cabral, com quem teve quatro filhos: Fernando, Bernardo, Lia e Liliane Carvalho Araújo.

Viriam para o Estado de Goiás para um trabalho gigantesco: "Fundar uma ‘Colônia Agrícola Nacional’ e abrir estradas....".

Bernardo Sayão deu início à construção da rodovia Belém-Brasília, conhecida hoje como Rodovia Bernardo Sayão. Fez uma pequena reforma agrária, sem violência, mas que deu muito trabalho! (Filmes inéditos à disposição de escolas/entidades/etc...).

Ele era honesto, trabalhador, um sonhador e realizador! Com a sua boa FÉ confiando em todos, sofreu muito por isso! Mas como ele tinha muita FÉ, e Deus é justo, tudo acabou muito bem!

Em Brasília, mais tarde, abandonou o cargo de vice-governador de Goiás para ajudar o presidente JK a construir Brasília. Teve então a oportunidade de falar pessoalmente com o presidente JK, que o incumbiu de concluir a Belém-Brasília.



Referências

  1. Pela grafia arcaica, Bernardo Sayão Carvalho Araujo.

Precedido por
Jonas Ferreira Alves Duarte
Governador de Goiás
1955
Sucedido por
José Ludovico de Almeida
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