Rodolfo Gustavo da Paixão
Marechal Rodolfo Gustavo da Paixão Rodolpho Paixão | |
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61º Presidente de Goiás | |
Período | 24 de fevereiro de 1890 a 20 de janeiro de 1891 |
Antecessor(a) | Junta governativa goianense de 1889 |
Sucessor(a) | Bernardo Antônio de Faria Albernaz |
65º Presidente de Goiás | |
Período | 18 de julho de 1891 a 7 de dezembro de 1891 |
Antecessor(a) | Constâncio Ribeiro da Maia |
Sucessor(a) | Constâncio Ribeiro da Maia |
Dados pessoais | |
Nome completo | Rodolfo Gustavo da Paixão |
Nascimento | 13 de julho de 1853 São Brás do Suaçuí, então distrito de Entre Rios de Minas, Minas Gerais |
Morte | 18 de novembro de 1925 (72 anos) Rio de Janeiro, Rio de Janeiro |
Progenitores | Mãe: Mathilde José Lopes[1] Pai: Joaquim Manoel da Paixão[1] |
Alma mater | Escola Militar da Praia Vermelha |
esposa | Josephina Annes Dias da Paixão |
Profissão | Marechal do Exército Brasileiro |
Serviço militar | |
Condecorações | Cavaleiro da Ordem de Avis[1][2] Medalha Militar de Ouro[2] |
Rodolfo Gustavo da Paixão[nb 1] CvA (São Brás do Suaçuí, então distrito de Entre Rios de Minas, 13 de julho de 1853 — Rio de Janeiro, 18 de novembro de 1925) foi um militar, político e poeta brasileiro,[3] reformado em 1913 no posto de general de brigada, atingindo o posto de marechal ao passar para a reserva.[2][4]
Serviu em Cruz Alta, Rio Grande do Sul, onde casou, em 1883, com Josephina Annes Dias da Paixão, filha do Coronel Diniz Dias, Barão de São Jacob.[2][4][5]
Era primo de Antônio Jacó da Paixão, um dos signatários da Constituição brasileira de 1891.[2][6]
Depois de proclamada a República, foi nomeado presidente do estado de Goiás pelo governo provisório do marechal Deodoro da Fonseca, em 24 de dezembro de 1889. Tomou posse em 24 de fevereiro de 1890.[7] Em 20 de janeiro de 1891 deixou a presidência do estado de Goiás, reassumindo em 18 de julho de 1891.[2]
Leopoldo de Bulhões e seus aliados promulgaram a Constituição do Estado de Goiás em 1º de junho de 1891. Rodolpho Paixão, em decreto de 10 de julho de 1891, cassou o mandato dos vinte e quatro parlamentares que assinaram a ata de abertura da Constituinte e os processou pelos crimes de desobediência, sedição e usurpação de funções.[8] Com a renúncia do presidente da República marechal Deodoro da Fonseca e a posse do vice-presidente marechal Floriano Peixoto, foi destituído da presidência do estado de Goiás em 7 de dezembro de 1891.[2][9]
Durante a Revolta da Armada de 1893, foi comandante da guarnição de Minas Gerais.[2][4]
Rodolfo Paixão foi diretor da Colônia Militar do Alto Uruguai,[2][4] chefe de obras militares nos estados do Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais[2] e Rio Grande do Sul[1] e interventor no estado do Maranhão no governo de Nilo Peçanha.[10]
Família
[editar | editar código-fonte]Josephina Annes Dias da Paixão
[editar | editar código-fonte]Josephina Annes Dias da Paixão nasceu em Cruz Alta, em 16 de setembro de 1866, filha de Diniz Dias, Barão de São Jacob, fundador da Colônia Militar do Alto Uruguai e de Josephina Lucas Annes.
Casou em 1883 em Cruz Alta com Rodolpho Paixão, diretor da Colônia Militar do Alto Uruguai, criada em 1879[11] com o objetivo de garantir a predominância do Império do Brasil no território.[12]
Literatura
[editar | editar código-fonte]Publicou os poemas:
- Scenas da escravidão (Rio de Janeiro, 1874)[2][13]
- Victor Hugo e Castellar (Rio de Janeiro, 1876)[13]
- Senio (Alto Uruguai, 1881)[13]
- A Inconfidencia (Rio de Janeiro, 1896)[2][14][15]
- Trinos e cantos (Rio de Janeiro, 1896)[2]
- Miscelânea, líricos, facetos, quadros, turbilhões. (Porto Alegre, 1885)[16]
Publicou ainda:
- Montepio dos empregados públicos de Goiás (Goiás, 1891)[16]
Condecorações
[editar | editar código-fonte]- Cavaleiro da Ordem de Avis[1][2]
- Medalha Militar de Ouro[1][2]
Notas
[editar | editar código-fonte]- ↑ A grafia original do nome do biografado, Rodolpho Gustavo da Paixão, deve ser atualizada conforme a onomástica estabelecida a partir do Formulário Ortográfico de 1943, por seguir as mesmas regras dos substantivos comuns (Academia Brasileira de Letras – Formulário Ortográfico de 1943). Tal norma foi reafirmada pelos subsequentes Acordos Ortográficos da língua portuguesa (Acordo Ortográfico de 1945 e Acordo Ortográfico de 1990). A norma é optativa para nomes de pessoas em vida, a fim de evitar constrangimentos, mas após seu falecimento torna-se obrigatória para publicações, ainda que se possa utilizar a grafia arcaica no foro privado (Formulário Ortográfico de 1943, IX).
Referências
- ↑ a b c d e f «Diário do Congresso Nacional» (PDF). 16 de julho de 1953, página 16
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o Alzira Alves de Abreu (2015). «PAIXÃO, Rodolfo Gustavo da» (PDF). Dicionário histórico-biográfico da Primeira República (1889-1930), Fundação Getulio Vargas
- ↑ Rodolpho Gustavo da Paixão (1882). «Scenas da escravidão; Victor Hugo e Castellar; Senio.». Senado Federal do Brasil
- ↑ a b c d «Rodolpho Paixão» (PDF). Jornal do Brasil. 27 de janeiro de 1934
- ↑ MONTEIRO, Norma de Góis (Coord.) (1994). «Dicionário biográfico de Minas Gerais: período republicano 1889-1991». Assembleia Legislativa de Minas Gerais
- ↑ Carlos Eduardo de Almeida Barata (1864). «Ex-alunos do Externato Aquino» (PDF)[ligação inativa]
- ↑ «Nasce o Goyaz republicano. Dia 15 de novembro de 1889 causou profundas mudanças na política goiana»
- ↑ F. Itami Campos, Arédio Teixeira Duarte (2011). «O Legislativo em Goiás, História e Legislaturas» (PDF). Assembleia Legislativa de Goiás, 2ª edição
- ↑ Miriam Fábia Alves (2007). «Política e escolarização em Goiás-Morrinhos na Primeira República» (PDF). Universidade Federal de Minas Gerais
- ↑ «Jornal "O Eco" São Brás Do Suaçuí». Prefeitura Municipal de São Brás do Suaçuí. 12 de dezembro de 1983
- ↑ «Decreto n. 7221 de 15 de março de 1879». Coleção de Leis do Império do Brasil. Arquivado do original em 23 de agosto de 2017
- ↑ «História de Três Passos». Prefeitura Municipal de Três Passos
- ↑ a b c Rodolpho Paixão (1882). «Scenas da escravidão; Victor Hugo e Castellar; Senio.» (PDF). Livraria de Serafim José Alves — Editor
- ↑ Paixão, Rodolpho Gustavo da. A Inconfidencia. Rio de Janeiro: Typ. Leuzinger, 1896.
- ↑ Rodolpho Paixão (21 de abril de 1893). «A Inconfidencia — Poema em dez cantos» (PDF). Minas Geraes, páginas 2-3
- ↑ a b «Biografia». Câmara dos Deputados. Consultado em 21 de agosto de 2020
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Mensagem dirigida ao Congresso Constituinte de Goiás pelo governador do estado major dr. Rodolfo Gustavo da Paixão, no dia 15 de novembro de 1891
- Mensagem dirigida à Câmara Legislativa de Goiás pelo governador do estado major dr. Rodolfo Gustavo da Paixão, no dia 5 de dezembro de 1891
Precedido por Junta governativa goianense de 1889 |
Governador de Goiás 1890 — 1891 |
Sucedido por Bernardo Antônio de Faria Albernaz |
Precedido por Constâncio Ribeiro da Maia |
Governador de Goiás 1891 |
Sucedido por Constâncio Ribeiro da Maia |