Eduardo Gageiro

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Eduardo Gageiro
Nome completo Eduardo Antunes Gageiro
Nascimento 16 de fevereiro de 1935 (89 anos)
Sacavém, Portugal
Nacionalidade português
Ocupação Fotógrafo
Prémios Grande Prémio da Associação Soviética de Amizade e Relações Culturais entre os Povos (1978)

Prémio Gazeta de Mérito (2007)
Prémio Autores de 2010

Eduardo Antunes Gageiro ComIH (Sacavém, 16 de Fevereiro de 1935) é um fotógrafo e fotojornalista português.[1][2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Originário de Sacavém, e um de três irmãos, os seus pais eram proprietários de uma modesta casa de pasto, onde também se vendia bacalhau e se aquecia as marmitas dos trabalhadores da Fábrica de Louça de Sacavém, que ficava defronte. Cedo começou a aviar copos de vinho aos trabalhadores da fábrica, onde também ingressou, por volta dos 11 anos, como paquete, por ordem do pai[3], e depois como empregado de escritório.

Com apenas 12 anos tomou de empréstimo uma máquina de plástico do irmão (Kodak Baby) e começou a receber aulas de arte e composição do escultor Armando Mesquita, trabalhador na fábrica de Louça de Sacavém. Fotografava os trabalhadores à saída da fábrica[4] e viu uma fotografia sua publicada na 1.ª página do Diário de Notícias em 1947.

Vista geral da exposição Factum de Eduardo Gageiro na Galeria Municipal Torreão Nascente da Cordoaria Nacional (2024) promovida pela EGEAC

Começou a sua actividade de repórter fotográfico em 1957 no Diário Ilustrado (1956-), e a partir daí dedicou toda a sua vida ao foto-jornalismo[1], colaborando com O Século, o Almanaque, o Match Magazine bem como a Eva, a Associated Press (Portugal) e a Companhia Nacional de Bailado. Foi também editor da revista Sábado até ao seu término em 1993.[5]

Esteve dois meses retido pela PIDE em Caxias, sendo libertado após pressão dos correspondentes da Associated Press junto do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Patrício.

Foi colaborador das principais publicações portuguesas e estrangeiras e da Presidência da República. Tem trabalhos reproduzidos um pouco por todo o mundo, com os quais ganhou mais de 300 prémios internacionais. Foi o único fotógrafo do mundo a fotografar os terroristas que sequestraram os atletas israelitas da aldeia olímpica nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972.

Em 10 de Junho de 2004 foi condecorado com a Ordem do Infante D. Henrique.

Principais prémios[editar | editar código-fonte]

  • 2005 - Em 5 de Novembro, ganhou o Prémio Especial do Júri, a Medalha de Ouro para a melhor fotografia e a Medalha de Ouro para a melhor fotografia a preto e branco da 11.ª Exposição Internacional de Fotografia Artística da China, o maior concurso de fotografia do mundo, onde participaram mais de 3500 fotógrafos de 68 países e mais de 35 000 fotografias.[6]
  • 2004 - Agraciado pelo Presidente da República Jorge Sampaio com a Ordem do Infante D. Henrique.
  • 1974 - 2.º prémio do World Press Photo, em 1974, na categoria Portraits.

Livros[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b «Biografia de Eduardo Gageiro». Infopédia. Consultado em 21 de julho de 2013 
  2. Biografia de Eduardo Gageiro
  3. Expresso. Acesso em 12-11-2017
  4. Jornal Expresso, suplemento E,22 de Agosto de 2017.
  5. Folhete da exposição Factumna Cordoaria Nacional em fevereiro de 2024.
  6. https://www.rtp.pt/noticias/cultura/fotografo-portugues-eduardo-gageiro-vence-concurso-de-fotografia_n155321

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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