Espanha: diferenças entre revisões

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{{Info/País
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Durante a [[Segunda Guerra Púnica]], uma expansão do Império Romano capturou colônias comerciais cartaginesas ao longo da costa do [[Mediterrâneo]], cerca de {{AC|210 a 205|x}} Os romanos levaram quase dois séculos para completar a conquista da península Ibérica, apesar de terem o controle de boa parte dela há mais de 600 anos. O domínio romano era unido pela lei, idioma e as [[Estrada romana|estradas romanas]].<ref name="hispania">{{cite web |last=Payne |first=Stanley G. | title = A History of Spain and Portugal; Ch. 1 Ancient Hispania |publisher=The Library of Iberian Resources Online |year=1973 |url=http://libro.uca.edu/payne1/spainport1.htm |accessdate=9 de agosto de 2008}}</ref>
Durante a [[Segunda Guerra Púnica]], uma expansão do Império Romano capturou colônias comerciais cartaginesas ao longo da costa do [[Mediterrâneo]], cerca de {{AC|210 a 205|x}} Os romanos levaram quase dois séculos para completar a conquista da península Ibérica, apesar de terem o controle de boa parte dela há mais de 600 anos. O domínio romano era unido pela lei, idioma e as [[Estrada romana|estradas romanas]].<ref name="hispania">{{cite web |last=Payne |first=Stanley G. | title = A History of Spain and Portugal; Ch. 1 Ancient Hispania |publisher=The Library of Iberian Resources Online |year=1973 |url=http://libro.uca.edu/payne1/spainport1.htm |accessdate=9 de agosto de 2008}}</ref>


[[Ficheiro:Teatro Romano de Mérida (Badajoz, España) 02.jpg|thumb|esquerda|[[Teatro romano]] em [[Mérida (Espanha)|Mérida]].]]
[[Ficheiro:Teatro Romano de Mérida (Badajoz, España) 02.jp

As culturas das populações [[celtas]] e [[Ibéricos|ibéricas]] foram gradualmente [[Romanização|romanizadas]] (latinizadas) em diferentes níveis e em diferentes partes da ''[[Hispania]]''. Os líderes locais foram admitidos na classe [[Aristocracia|aristocrática]] romana.<ref name="country">{{cite web |last=Rinehart |first=Robert |coauthors=Seeley, Jo Ann Browning | title = A Country Study: Spain – Hispania |publisher=Library of Congress Country Series |year=1998 |url=http://lcweb2.loc.gov/frd/cs/estoc.html |accessdate=9 August 2008}}</ref> A ''Hispania'' serviu como um celeiro para o mercado romano e seus portos exportavam [[ouro]], [[lã]], [[azeite]] e [[vinho]]. A produção agrícola aumentou com a introdução de projectos de [[irrigação]], alguns dos quais permanecem em uso. Os imperadores [[Trajano]], [[Teodósio I]] e do filósofo [[Sêneca]] nasceram na Hispânia. O [[cristianismo]] foi introduzido na [[Províncias romanas|província]] no {{séc|I d.C.}} e tornou-se popular nas cidades no {{séc|II d.C.}}<ref name="country"/> O recorde de Espanha, línguas actuais e religião, e a base das suas leis, se originam a partir deste período.<ref name="hispania"/>

O enfraquecimento da jurisdição do [[Império Romano do Ocidente]] em ''Hispania'' começou em 409, quando os [[povos germânicos]] [[suevos]] e [[vândalos]], juntamente com os [[alanos]] [[sármatas]] cruzaram o [[Rio Reno|Reno]] e devastaram a ''[[Gália]]'', até os visigodos atacarem a [[Ibéria]] no mesmo ano. O suevos estabeleceram um reino no que hoje é a moderna [[Galiza]] e o [[Norte de Portugal]]. À medida que o império ocidental se desintegrava, a base social e econômica tornou-se bastante simplificada, mas ainda de forma modificada, os regimes sucessores mantiveram muitas das instituições e das leis do Império, incluindo o cristianismo.{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

Os aliados dos alanos, os vândalos [[hasdingi]], estabeleceram um reino na ''[[Gallaecia]]'', também, ocupando grande parte da mesma região, mas indo mais ao sul do [[rio Douro]]. Os vândalos [[silingi]] ocuparam a região que ainda tem o seu nome - ''Vandalusia'', a moderna [[Andaluzia]], na Espanha. Os [[bizantinos]] estabeleceram um enclave, [[Província da Espânia|Espânia]], no sul, com a intenção de reviver o Império Romano ao longo da Península Ibérica. Eventualmente, entretanto, Hispania foi reunida sob o [[Visigotia|domínio visigótico]].{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

=== Ibéria muçulmana e Reconquista ===
{{Artigo principal|Invasão muçulmana da Península Ibérica|Al-Andalus|Reconquista}}

No século VIII, quase toda a Península Ibérica [[Invasão muçulmana da Península Ibérica|foi conquistada]] (711-718) em grande parte por exércitos de [[mouros]] [[muçulmanos]] do [[norte da África]]. Essas conquistas fizeram parte da expansão do [[Império Islâmico]] [[Omíada]]. Apenas uma pequena área na montanhosa noroeste da península conseguiu resistir à invasão inicial.{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

[[Ficheiro:La Giralda, Seville, Spain - Sep 2009.jpg|thumb|direita|''[[La Giralda]]'', a torre do sino da [[Catedral de Sevilha]].]]

Sob a [[Sharia|lei islâmica]], os cristãos e os [[Judaísmo|judeus]] receberam o estatuto subordinado de ''[[dhimmi]]''. Esse estatuto permitia que cristãos e judeus praticassem suas religiões como ''[[povos do livro]]'', mas eles eram obrigados a pagar um imposto especial e sujeito a certas discriminações.<ref>Dhimma provides rights of residence in return for taxes. H. Patrick Glenn, ''Legal Traditions of the World''. Oxford University Press, 2007, pg. 218–219.</ref><ref>Dhimmi have fewer legal and social rights than Muslims, but more rights than other non-Muslims.Lewis, Bernard, The Jews of Islam. Princeton: Princeton University Press (1984). ISBN 978-0-691-00807-3 p. 62</ref> A conversão ao [[islamismo]] prosseguiu a um ritmo cada vez maior. Acredita-se que os ''[[muladi]]s'' (muçulmanos de origem étnica ibérica) compreendiam a maioria da população de ''[[Al-Andalus]]'' até o final do {{séc|X}}.<ref>[http://libro.uca.edu/ics/ics5.htm Islamic and Christian Spain in the Early Middle Ages. Chapter 5: Ethnic Relations], Thomas F. Glick</ref><ref name="chap2">{{cite web |last=Payne |first=Stanley G. | title = A History of Spain and Portugal; Ch. 2 Al-Andalus |publisher=The Library of Iberian Resources Online |year=1973 |url=http://libro.uca.edu/payne1/spainport1.htm |accessdate=9 de agosto de 2008}}</ref>

A comunidade muçulmana na Península Ibérica era diversificada e atormentado por tensões sociais. O povos [[berberes]] do Norte de África, que tinha fornecido a maior parte dos exércitos invasores, entraram em choque com a liderança [[Árabes|árabe]] do [[Oriente Médio]]. Ao longo do tempo, grandes populações árabes se estabeleceram, especialmente no vale do [[rio Guadalquivir]], a planície costeira de [[Valência (Espanha)|Valência]] e no vale do [[rio Ebro]] (no final deste período) na região montanhosa de [[Granada (Espanha)|Granada]].<ref name="chap2"/>

[[Córdova (Espanha)|Córdova]], a capital do [[califado]], era a maior, mais rica e sofisticada cidade na [[Europa Ocidental]]. O comércio e o intercâmbio cultural do [[Mediterrâneo]] floresceram. Os muçulmanos importaram uma rica tradição intelectual do Oriente Médio e do Norte da África. Estudiosos muçulmanos e judeus desempenharam um papel importante na renovação e ampliação da aprendizagem [[Cultura grega|clássica grega]] na Europa Ocidental. As culturas [[Romanização|romanizados]] da Península Ibérica interagiram com culturas muçulmanas e judaicas de formas complexas, dando assim a região uma cultura distinta.<ref name="chap2"/>

No século XI, os territórios muçulmanos fragmentaram-se em reinos [[taifa]]s rivais, permitindo aos pequenos [[Estado]]s cristãos a oportunidade de ampliar enormemente seus territórios.<ref name="chap2"/> A chegada das seitas islâmicas dominantes da [[Almorávidas]] e [[Almóadas]], do Norte da África, restauraram a unidade sobre os reinos muçulmanos, com uma aplicação mais rigorosa e menos tolerante do [[islã]], e trouxe uma recuperação das fortunas muçulmanas. Este Estado islâmico re-unido, experimentou mais de um século de sucessos que reverteram parcialmente as vitórias cristãs.{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

As contínuas disputas entre muçulmanos e cristãos tiveram como consequência a ''[[Reconquista]]'', começando no {{séc|VIII}} com a resistência cristã no norte da Espanha e através dos séculos seguintes com o avanço dos reinos cristãos ao sul, culminando com a [[conquista de Granada]] e com a expulsão dos últimos mouros em 1492. Durante este período os reinos e principados cristãos se desenvolveram notavelmente, incluídos os mais importantes, a [[Coroa de Castela]] e o [[Reino de Aragão]]. A união destes dois reinos através do casamento em 1469 da Rainha [[Isabel I de Castela]] e o Rei [[Fernando II de Aragão]] levou à criação do Reino da Espanha.{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

=== Império ===
{{Artigo principal|Império espanhol}}
{{Vertambém|América espanhola}}

[[Ficheiro:Spanish Empire Anachronous 0.PNG|thumb|esquerda|350px|{{Collapsible list |titlestyle=font-weight:normal; background:transparent; text-align:left;|title='''Extensão do [[Império Espanhol]] no mundo'''
|{{legenda|#0000FF|[[Império Português|Territórios portugueses]] que fizeram parte do império durante a [[União Ibérica|União Ibérica (1580-1640)]], período de [[união pessoal]] da monarquia espanhola.}}
|{{legenda|#E364FF|Territórios conquistados antes dos [[Tratado de Utrecht|Tratados de Utrecht]];[[Tratado de Baden|Baden]] (1713–1714).}}
|{{legenda|#FF0000|Territórios conquistados antes da [[Independência da América Espanhola]] (1808–1833).}}
|{{legenda|#FF8000|Territórios conquistados antes da [[Guerra Hispano-Americana|Guerra Hispano-Americana (1898–1899)]].}}
|{{legenda|#23A20D|Territórios que conseguiram independências durante a [[Descolonização da África|Descolonização da África (1956–1976)]].}}
|{{legenda|#713620|Territórios atuais administrados pela Espanha.}}
}}]]

A unificação das coroas de [[Reino de Aragão|Aragão]] e [[Reino de Castela|Castela]] lançou as bases para a Espanha moderna e para o Império Espanhol.<ref>{{cite web|url=http://www.ucalgary.ca/applied_history/tutor/eurvoya/Imperial.html|title=Imperial Spain|accessdate=13 August 2008|publisher=University of Calgary}}</ref> A Espanha era a maior potência da Europa durante o {{séc|XVI}} e a maior parte do {{séc|XVI}}, uma posição reforçada pelo comércio e pela riqueza de suas possessões coloniais. Ela atingiu o seu apogeu durante os reinados dos dois primeiros [[habsburgos]] espanhóis - [[Carlos I da Espanha|Carlos I]] (1516-1556) e [[Filipe II da Espanha|Filipe II]] (1556-1598). Este período foi marcado pelas [[Guerras Italianas]], [[Guerra das Comunidades de Castela|Revolta dos Comuneiros]], [[Revolta Holandesa]], [[Rebelião das Alpujarras]], [[Guerras Otomanos-Habsburgos|conflitos com os otomanos]], a [[Guerra Anglo-Espanhola]] e as guerras com a [[França]].<ref>{{cite web |last=Payne |first=Stanley G. | title = A History of Spain and Portugal; Ch. 13 The [[Spanish Empire]] |publisher=The Library of Iberian Resources Online |year=1973 |url=http://libro.uca.edu/payne1/spainport1.htm |accessdate=9 August 2008}}</ref>

O [[Império Espanhol]] se expandiu até incluir grande parte da [[América espanhola|América]], ilhas na região Ásia-Pacífico, áreas da [[Itália]], cidades do [[Norte de África]], bem como partes do que hoje são parte de [[França]], [[Alemanha]], [[Bélgica]], [[Luxemburgo]] e [[Países Baixos]]. Foi o primeiro império do qual se dizia que "o Sol nunca se punha".

A chamada "[[Era dos Descobrimentos]]" foi marcada por explorações ousadas por mar e por terra, a abertura de novas rotas comerciais pelos oceanos, conquistas e os primórdios do [[colonialismo]] europeu. Junto com a chegada dos metais preciosos, especiarias, luxos e novas plantas agrícolas, exploradores espanhóis trouxeram o conhecimento do [[Novo Mundo]] e desempenharam um papel de liderança na transformação da compreensão europeia do mundo.<ref>{{Cite book |last=Thomas |first=Hugh |authorlink=Hugh Thomas | title = Rivers of gold: the rise of the Spanish Empire |publisher=George Weidenfeld & Nicholson |year=2003 |location=London |pages=''passim''|isbn=978-0-297-64563-4}}</ref> O florescimento cultural testemunhado é agora referido como o "[[Século de Ouro Espanhol]]". A ascensão do [[humanismo]], da [[Reforma Protestante]] e de novas descobertas geográficas levantaram questões abordadas pelo movimento influente intelectual agora conhecida como a [[Escola de Salamanca]].

Com a morte de [[Carlos II da Espanha|Carlos II]], a [[dinastia de Habsburgo]] se extinguiu, para deixar lugar aos Borbões, após a [[Guerra de Sucessão Espanhola|Guerra de Sucessão]]. Como consequência dessa guerra, a Espanha perdeu sua preponderância militar e, após sucessivas bancarrotas, o país foi reduzindo paulatinamente seu poder, convertendo-se, no final do {{séc|XVIII}}, em uma potência menor.

=== Domínio napoleônico e Guerra Hispano-Americana ===
{{Artigo principal|Guerra Hispano-Americana|Guerra civil espanhola}}
{{Vertambém|Independência da América Espanhola}}

[[Ficheiro:El Tres de Mayo, by Francisco de Goya, from Prado in Google Earth.jpg|direita|thumb|[[Três de Maio de 1808 em Madrid]], pintura de [[Goya]] mostrando os fuzilamentos da resistência espanhola a mãos das tropas de Napoleão.]]

O século XIX foi testemunha de grandes mudanças na Europa, acompanhadas pela Espanha. Na primeira parte desse século, a Espanha sofreu a independência da maioria de suas colônias no [[Novo Mundo]]. O século também esteve marcado pelas intervenções estrangeiras e os conflitos internos. [[Napoleão]] chegou a colocar seu irmão [[José Bonaparte]] no governo da Espanha. Após a expulsão dos franceses, a Espanha entrou em um extenso período de instabilidade: se sucederam continuas lutas entre liberais, republicanos e partidários do [[Antigo Regime]].{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

A chegada da [[Revolução Industrial]] nas últimas décadas do século, levou algo de riqueza a uma [[classe média]] que se ampliava em alguns centros principais, porém a [[Guerra Hispano-Americana]], em [[1898]] levou à perda de quase todas as colônias restantes, restando apenas os territórios na [[África]].{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

Apesar de um nível de vida crescente e uma integração maior com o resto de Europa, no primeiro terço do {{séc|XX}}, seguiu a instabilidade política. Espanha permaneceu neutral durante a [[Primeira Guerra Mundial]].{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

=== Guerra Civil ===
{{Artigo principal|Guerra Civil Espanhola}}

O século XX trouxe um pouco de paz; a Espanha desempenhou um papel menor na [[partilha da África]], colonizando o [[Sahara Ocidental]], [[Marrocos Espanhol]] e a [[Guiné Equatorial]]. As pesadas perdas sofridas durante a [[guerra do Rif]], no Marrocos, ajudaram a minar a monarquia. Um período de governo autoritário do general [[Miguel Primo de Rivera]] (1923-1931) terminou com o estabelecimento da [[Segunda República Espanhola]]. A República ofereceu autonomia política ao [[País Basco]], [[Catalunha]] e à [[Galiza]] e deu direito de voto às mulheres.{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

Então, em 1936, a [[Guerra Civil Espanhola]] (1936-39) iniciou-se. Três anos mais tarde, as forças nacionalistas, lideradas pelo general [[Francisco Franco]], saíram vitorioso com o apoio da [[Alemanha nazista]] e da [[Itália fascista]]. A [[Frente Popular (Espanha)|Frente Popular governista]] foi apoiada pela [[União Soviética]], o [[México]] e pelas [[Brigadas Internacionais]], mas não foi apoiada oficialmente pelas potências [[Mundo ocidental|ocidentais]], devido à política [[Reino Unido|britânica]], liderada pelos [[Estados Unidos]], de [[não intervencionismo]].{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

[[Ficheiro:Franco eisenhower 1959 madrid.jpg|thumb|[[Francisco Franco|General Franco]] e o então [[presidente dos Estados Unidos]], [[Dwight D. Eisenhower]], em [[Madrid]] (1959).]]

A Guerra Civil tirou a vida de mais de 500.000 pessoas<ref>[http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/europe/spain/3212605/Spanish-Civil-War-crimes-investigation-launched.html Spanish Civil War crimes investigation launched], Telegraph, 16 October 2008</ref> e causou a fuga de cerca de meio milhão de cidadãos espanhóis.<ref>[http://news.bbc.co.uk/2/hi/programmes/from_our_own_correspondent/2809025.stm Spanish Civil War fighters look back], BBC News, 23 February 2003</ref> A maioria de seus descendentes vivem agora em países da [[América Latina]], com cerca de 300.000 apenas na [[Argentina]].<ref>"[http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/europe/spain/3998443/Relatives-of-Spaniards-who-fled-Franco-granted-citizenship.html Relatives of Spaniards who fled Franco granted citizenship]". ''Daily Telegraph'' (UK) 28 December 2008.</ref>

=== Franquismo ===
{{Artigo principal|Francisco Franco|Franquismo}}

O [[Estado]] espanhol estabelecido por [[Francisco Franco]] após a Guerra Civil foi nominalmente neutro na [[Segunda Guerra Mundial]], embora fosse simpático às [[Potências do Eixo]]. O único partido legal sob o regime pós-guerra civil de Franco era o ''[[Falange Espanhola|Falange Española Tradicionalista y de las JONS]]'', formado em 1937. O partido enfatizava o [[anti-comunismo]], o [[catolicismo]] e o [[nacionalismo]]. Dada a oposição à Franco de partidos políticos concorrentes, o partido passou a se chamar Movimento Nacional (''[[Movimiento Nacional]]'') em 1949.{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

Após a Segunda Guerra Mundial, a Espanha ficou isolada politicamente e economicamente e foi mantida fora das [[Nações Unidas]]. Isso mudou em 1955, durante o período da [[Guerra Fria]], quando o país se tornou estrategicamente importante para os [[Estados Unidos]] para estabelecer sua presença militar na [[Península Ibérica]] como base para qualquer possível transferência pela [[União Soviética]] para a bacia do [[Mediterrâneo]]. Na década de 1960, a Espanha registrou uma taxa sem precedentes de crescimento econômico no que ficou conhecido como o [[milagre espanhol]], que retomou a transição, bastante interrompida, para uma economia moderna.{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

=== Período contemporâneo ===

[[Ficheiro:Constitucion espanola 1978.JPG|thumb|direita|[[Constituição espanhola de 1978]].]]

Com a morte de Franco, em novembro de 1975, [[Juan Carlos]] assumiu o cargo de [[Rei de Espanha]] e de [[chefe de Estado]], em conformidade com a lei. Com a aprovação da nova [[Constituição espanhola de 1978]] e a restauração da [[democracia]], o Estado descentralizou muito da sua autoridade para as regiões com governo local e criou uma organização interna baseada em [[Comunidades autónomas da Espanha|comunidades autónomas]].{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

No [[País Basco]], o [[Nacionalismo basco|nacionalismo]] moderado tem coexistido com [[Conflito basco|um movimento radical nacionalista]] liderado pela organização armada ''[[Euskadi Ta Askatasuna]]'' (ETA). O grupo foi formado em 1959 durante o governo de Franco, mas continuou a travar a sua violenta campanha mesmo após a restauração da democracia e do retorno de um elevado grau de autonomia regional.<ref name=newandcourrier>{{cite news|title=Basques Stir Ferment in Spain|url=http://news.google.com/newspapers?id=fnZJAAAAIBAJ&sjid=SAsNAAAAIBAJ&pg=4795,3283737&dq=eta+bayonne+france+1962&hl=en|accessdate=21 October 2011|newspaper=The News and Courrier|date=1 October 1968}}</ref>

Em 23 de fevereiro de 1981, elementos rebeldes entre as forças de segurança apreenderam Cortes em uma tentativa de impor um governo militar apoiado pelos Estados Unidos. O Rei Juan Carlos assumiu o comando pessoal dos militares e, com êxito, ordenou que os golpistas, através da televisão nacional, se rendessem.{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

Em 30 de maio de 1982 a Espanha aderiu à [[Organização do Tratado do Atlântico Norte]] (NATO), após um referendo. Nesse ano, o [[Partido Socialista Operário Espanhol]] (PSOE) chegou ao poder, o primeiro governo de [[Esquerda política|esquerda]] em 43 anos. Em 1986 a Espanha aderiu à [[Comunidade Europeia]], que posteriormente tornou-se a [[União Europeia]] (UE). O PSOE foi substituído no governo pelo [[Partido Popular (Espanha)|Partido Popular]] (PP) em 1996.{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

[[Ficheiro:Monumento 11M, Alcalá de Henares, España (15).JPG|thumb|esquerda|Monumento às vítimas dos [[atentados de 11 de março de 2004 em Madrid]].]]

Em 1 de janeiro de 2002, a Espanha deixou de usar a [[peseta]] como moeda e substituí-a pelo [[euro]], que compartilha com outros 15 países da [[zona euro]]. O país experimentou um forte crescimento econômico, bem acima da média da UE, mas as preocupações divulgadas e emitidas por muitos comentaristas econômicos no auge do ''boom'' dos preços imobiliários e dos elevados défices de comércio exterior de que o país estava susceptível a passar por um doloroso colapso econômico foram confirmadas por uma grave recessão que assola o país desde 2008.<ref>{{Cite news|url=http://www.nytimes.com/2002/07/11/business/worldbusiness/11iht-a10_18.html?scp=1&sq=Economy%20reaps%20benefits%20of%20entry%20to%20the%20%27club%27%20:%20Spain%27s%20euro%20bonanza&st=cse|title=Economy reaps benefits of entry to the 'club' : Spain's euro bonanza|work=International Herald Tribune |accessdate=9 August 2008|date=11 July 2002|author=Pfanner, Eric}} See also: {{Cite news|url=http://www.economist.com/displayStory.cfm?story_id=9118701|title=Spain's economy / Plain sailing no longer|work=The Economist |date=3 May 2007|accessdate=9 August 2008}}</ref>

Em 11 de março de 2004, [[atentados de 11 de março de 2004 em Madrid|uma série de bombas explodiram em trens]] de [[Madrid]]. Depois de um julgamento de cinco meses em 2007, concluiu-se os atentados foram perpetrados por um grupo islâmico militante local inspirado pela organização [[Al-Qaeda]].<ref>{{Cite news|url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/europe/3509426.stm|publisher=BBC|title=Al-Qaeda 'claims Madrid bombings'|accessdate=13 August 2008 | date=14 March 2004}} See also: {{Cite news|url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/europe/7070827.stm|publisher=BBC|title=Madrid bombers get long sentences|accessdate=13 August 2008 | date=31 October 2007}}</ref> As explosões mataram 191 pessoas e feriram mais de 1800, e a intenção dos autores do [[atentado terrorista]] podem ter sido influenciadas o resultado da eleição geral espanhola, realizada três dias depois.<ref>{{cite web|url=http://www.realinstitutoelcano.org/wps/portal/rielcano/contenido?WCM_GLOBAL_CONTEXT=/Elcano_es/Zonas_es/Imagen+de+Espana/ARI+132-2004|title=Del 11-M al 14-M: estrategia yihadista, elecciones generales y opinión pública|accessdate=9 August 2008|publisher=Fundación Real Instituto Elcano}}</ref>

Embora as suspeitas iniciais tenham se focado no grupo basco ETA, logo surgiram evidências indicando um possível envolvimento de grupos extremistas islâmicos. Devido à proximidade da eleição, a questão da responsabilidade rapidamente se tornou uma controvérsia política, com os principais partidos concorrentes, PP e PSOE, trocando de acusações sobre a manipulação do resultado.<ref>{{Cite news|url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/europe/3509744.stm|publisher=BBC|title=Spain votes under a shadow|accessdate=13 August 2008 | date=14 March 2004}}</ref> Em 14 de março de eleições, o PSOE, liderado por [[José Luis Rodríguez Zapatero]], obteve uma pluralidade suficiente para formar um novo gabinete, portanto, suceder a administração anterior do PP.<ref>{{Cite news|url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/europe/3512222.stm|publisher=BBC|title=Spain awakes to socialist reality|accessdate=13 August 2008 | date=15 March 2004}}</ref>

Nas [[Eleições gerais na Espanha em 2011|eleições de 20 de novembro de 2011]] o partido liderado por [[Mariano Rajoy]] obteve mais de {{fmtn|10800000}} votos e elegeu 186 deputados, conquistando a maioria absoluta e o melhor resultado de sempre do Partido Popular, que voltou ao poder.<ref>{{citar web|url=http://resultados.elpais.com/elecciones/generales.html|título=Elecciones generales 2011 - resultados|acessodata=21-11-2011}}</ref>

== Geografia ==
{{Artigo principal|Geografia da Espanha}}

[[Ficheiro:SotresPanorama.jpg|thumb|350px|Panorama do Parque Nacional Picos da Europa.]]

[[Ficheiro:Donostia Igeldotik.jpg|thumb|350px|A cidade de [[San Sebastián]] em [[Guipúscoa]]]]

Situada na [[Europa Ocidental]], a Espanha ocupa a maior parte da [[Península Ibérica]] e, fora dela, dois [[arquipélago]]s principais ([[Ilhas Canárias]] no [[Oceano Atlântico]] e as [[Ilhas Baleares]] no [[Mar Mediterrâneo]]), duas cidades ([[Ceuta]] e [[Melilla]], no [[Norte de África|Norte da África]]), a [[Ilha de Alborão]] e uma série de [[ilha]] e [[ilhota]]s que se encontram frente às costas peninsulares, como as [[Ilhas Columbretes]]. Ademais, consta de possessões menores continentais, como as [[Ilhas Chafarinas]], o [[Ilhote de Vélez de la Gomera]] e o [[Ilhote de Alhucemas]], todas elas frente à costa [[África|africana]].

Em extensão territorial, é o quarto maior país da [[Europa]], atrás apenas da [[Rússia]] (que é o maior país do mundo, tendo em conta '''apenas''' a parte europeia), [[Ucrânia]] e [[França]], e o segundo maior da [[União Europeia]], atrás apenas da França.

Os limites físicos da Espanha são os seguintes: [[Portugal]] e [[Oceano Atlântico]] a oeste; o [[Mar Mediterrâneo]] a leste, o [[Estreito de Gibraltar]], Mar Mediterrâneo e Oceano Atlântico a sul; e os [[Pireneus]], junto com o [[Golfo da Biscaia]] e o Mar Cantábrico a norte.

=== Clima ===
{{artigo principal|Clima da Espanha}}

A Espanha tem um clima variado ao longo do seu território. Predomina o tipo [[Clima mediterrânico|mediterrânico]] em quase toda a sua geografia. As costas mediterrânicas do sul e o vale do [[Rio Guadalquivir]] têm um clima denominado mediterrânico costeiro: [[temperatura]]s e [[Chuva|precipitações]] suaves quase todo o ano, exceto no [[verão]].{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

À medida que se avança para o interior, o clima é mais extremo, passando o clima a ser do tipo clima mediterrânico continental, predominante em quase toda a península: temperaturas altas no verão, baixas no inverno e precipitações irregulares (dependendo da posição geográfica).{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

=== Meio ambiente ===
Desde 1996 o índice de emissões de [[Dióxido de carbono|CO<sub>2</sub>]] subiu notavelmente na Espanha, descumprindo os objetivos do [[Protocolo de Quioto]] sobre emissões geradoras do [[efeito estufa]] e contribuintes da mudança climática. [[Ban Ki-moon]], secretário geral da [[ONU]], pediu à Espanha uma ‘‘liderança mais ativa’‘ na luta contra a mudança climática.<ref>{{Citar web |url=http://www.ecoticias.com/detalle_noticia.asp?id=27582 |título=Ecoticias Notícia sobre Ban Ki-Moon.}} (Ligação externa não funciona - 10/10/2009)</ref>

A Espanha é um país especialmente afetado pelo fenômeno da [[seca]]: durante o período 1880-2000, mais da metade dos anos foram classificados como secos ou muito secos. Sete anos da década dos 80 e cinco da década de 90 foram considerados secos ou muito secos. A mudança climática prevê para a Espanha gravíssimos problemas meio ambientais, agravando as características mais extremas.<ref>{{Citar web |url=http://www.mma.es/portal/secciones/acm/aguas_continent_zonas_asoc/ons/ |título=Ministerio de Medio Ambiente da Espanha}}</ref>

Segundo [[Al Gore]], a Espanha é o [[Anexo:Lista de países da Europa|país europeu]] mais vulnerável ao [[efeito estufa]].<ref>{{Citar web |url=http://www.ecoticias.com/detalle_noticia.asp?id=27235 |título=Ecoticias Notícias Al Gore.}} (Ligação externa não funciona - 10/10/2009)</ref>

== Demografia ==
{{Artigo principal|Demografia da Espanha}}

[[Ficheiro:EspDens2.jpg|thumb|350px|Distribuição geográfica da população espanhola em 2008.]]

Em 2012, a população de Espanha oficialmente alcançou os 47 milhões de pessoas, conforme registrado pelo ''Padrón municipal''.<ref>{{cite web|url=http://www.ine.es/jaxi/menu.do?type=pcaxis&path=%2Ft20/e260&file=inebase&L=1|publisher=Instituto Nacional de Estadística (National Statistics Institute)|title=Population Figures|accessdate23 de fevereiro de 2013}}</ref> A [[densidade populacional]] do país, em {{nowrap|91 hab./km²}}, é menor do que a da maioria dos países da [[Europa Ocidental]] e sua distribuição através do país é bastante desigual. Com exceção da região do entorno da capital, [[Madrid]], as áreas mais povoadas ficam em torno da costa. A população da Espanha mais que dobrou desde 1900, quando se situava em 18,6 milhões, principalmente devido ao espetacular crescimento demográfico vivido pelo país na década de 1960 e início de 1970.<ref>Joseph Harrison, David Corkill (2004). "''Spain: a modern European economy''". Ashgate Publishing. p.23. ISBN 0-7546-0145-5</ref>

Os [[espanhóis]] nativos compõem 88% da população total da Espanha. Depois da [[taxa de natalidade]] ter caído na década de 1980, a taxa de crescimento populacional da Espanha diminuiu, mas a população novamente cresceu baseada inicialmente no regresso de muitos espanhóis que emigraram para outros países europeus durante os anos 1970 e, mais recentemente, alimentada por um grande número de imigrantes que constituem 12% da população. Os imigrantes são originários principalmente na [[América Latina]] (39%), [[Norte da África]] (16%), [[Europa Oriental]] (15%) e [[África subsaariana]] (4%).<ref>{{cite web|url=http://www.ine.es/inebase/cgi/axi?AXIS_PATH=/inebase/temas/t20/e245/p04/a2005/l0/&FILE_AXIS=00000010.px&CGI_DEFAULT=/inebase/temas/cgi.opt&COMANDO=SELECCION&CGI_URL=/inebase/cgi/|publisher=Instituto Nacional de Estadística|title=Población extranjera por sexo, país de nacionalidad y edad|accessdate=13 August 2008| archiveurl = http://web.archive.org/web/20080325043135/http://www.ine.es/inebase/cgi/axi?AXIS_PATH=/inebase/temas/t20/e245/p04/a2005/l0/&FILE_AXIS=00000010.px&CGI_DEFAULT=/inebase/temas/cgi.opt&COMANDO=SELECCION&CGI_URL=/inebase/cgi/| archivedate = 25 March 2008}}</ref> Em 2005, a Espanha instituiu um programa de anistia de três meses através do qual foi concedida residência legal à imigrantes ilegais.

Em 2008, o país concedeu a cidadania a {{fmtn|84170}} pessoas, principalmente para pessoas vindas do [[Equador]], [[Colômbia]] e [[Marrocos]].<ref>"[http://epp.eurostat.ec.europa.eu/cache/ITY_PUBLIC/3-06072010-AP/EN/3-06072010-AP-EN.PDF EU27 Member States granted citizenship to 696 000 persons in 2008]" (PDF). [[Eurostat]]. 6 July 2010.</ref> Uma parte considerável dos residentes estrangeiros na Espanha também vêm de outros países da [[Europa Ocidental]] e [[Europa Central|Central]]. Estes são em sua maioria [[britânicos]], [[franceses]], [[alemães]], [[holandeses]] e [[noruegueses]]. Eles residem principalmente na costa do Mediterrâneo e nas [[ilhas Baleares]], onde muitos escolhem para viver sua aposentadoria.

Populações substanciais descendentes de colonos espanhóis e imigrantes existem em outras partes do mundo, notadamente na América Latina. Começando no final do {{séc|XV}}, um grande número de colonos ibéricos estabeleceram-se no que se tornou a América Latina e no momento a maior parte dos latino-americanos [[brancos]] (que representam cerca de um terço da população da América Latina) são de origem espanhola ou [[Portugueses|portuguesa]]. No {{séc|XVI}}, estima-se que {{fmtn|240000}} espanhóis emigraram, principalmente para [[Peru]] e [[México]].<ref>[http://www.let.leidenuniv.nl/history/migration/chapter53.html Migration to Latin America]. Universiteit Leiden.</ref> Eles se juntaram a 450.000 que emigraram no século seguinte.<ref>{{Cite journal|url= http://www.millersville.edu/~columbus/data/art/AXTELL01.ART |title= The Columbian Mosaic in Colonial America |first= James |last= Axtell |journal=Humanities |date= September/October 1991 |volume= 12 |issue= 5 |pages= 12–18 |accessdate= 8 October 2008|postscript= <!--None--> | archiveurl = http://web.archive.org/web/20080517052031/http://www.millersville.edu/~columbus/data/art/AXTELL01.ART| archivedate = 17 May 2008}}</ref> Entre 1846 e 1932 estima-se que cerca de 5 milhões de espanhóis emigraram para a [[América]], especialmente para [[Argentina]] e [[Brasil]].<ref>[http://www.britannica.com/EBchecked/topic/557573/Spain/70267/People Spain – People]. Britannica Online Encyclopedia.</ref> Cerca de dois milhões de espanhóis migraram para outros países da Europa Ocidental entre 1960 e 1975. Durante o mesmo período, cerca de {{fmtn|300000}} foram para a América Latina.<ref>[http://www.focus-migration.de/Spain_Update_08_200.5420.0.html?&L=1 Spain]. Focus–Migration.</ref>
{{Cidades mais populosas da Espanha}}

=== Imigração e migração ===

Os [[Migração humana|movimentos migratórios]], tanto internos quanto externos, foram determinantes na composição demográfica moderna da Espanha. Entre o final do {{séc|XIX}} e início do {{séc|XX}}, houve uma significativa corrente imigratória da Espanha para países ibero-americanos. Entre os principais destinos estavam [[Cuba]], [[Porto Rico]], [[Argentina]] e [[Venezuela]]. A densidade populacional da Espanha é menor que a da maioria dos países europeus. As populações rurais estão se movendo para as cidades. Nos últimos anos a Espanha apresenta uma considerável diminuição na taxa de imigração neta, deixando de possuir a maior taxa de [[imigração]] de Europa (em 2005 de 1,5% anual somente superado na UE pelo Chipre)<ref>{{Citar web |url=http://epp.eurostat.ec.europa.eu/portal/page?_pageid=1073,46587259&_dad=portal&_schema=PORTAL&p_product_code=KS-NK-06-001 |título=Eurostat: População na Europa - 2005, [http://epp.eurostat.ec.europa.eu/portal/page?_pageid=1073,46587259&_dad=portal&_schema=PORTAL&p_product_code=KS-NK-05-015 População na Europa - 2004] (disponível em francês, inglês e alemão)}}</ref> atualmente sua taxa de imigração neta chega a 0,99%, ocupando a 15ª posição na [[União Europeia]].<ref>{{Citar web |url=http://indexmundi.com/g/r.aspx?v=27&l=es |título=Index Mundi: Taxa de imigração neta, comparação países}}</ref> além disso, o 9° país com maior porcentagem de imigrantes dentro da UE, abaixo de países como [[Luxemburgo]], [[Irlanda]], [[Áustria]] e [[Alemanha]].<ref>{{Citar web |url=http://www.un.org/esa/populatção/publicatçãos/2006Migratção_Chart/2006IttMig_chart.htm |título=‘‘International Migration 2006’‘, United Nations, Department of Economic and Social Affairs, Population Division. United Nattions Publications, No. E.06.XIII.6, March 2006.}}</ref>

Em 2005 a Espanha recebeu 38,6% da migração para a União Européia, principalmente de cidadãos de origem [[América Latina|latino-americana]], de outros países da [[Europa Ocidental]], da [[Europa Oriental]] e do [[Magrebe]]. A população estrangeira na Espanha em 2007 cifrava-se em 4 144 166, um incremento de 11,1% em reação ao ano anterior. Este valor representa 9,3% dos 44 708 964 habitantes na Espanha.<ref>‘‘[http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/news.asp?sectção_id=19&id_news=82871 Mais de 80 mil portugueses vivem em Espanha]’‘ - diariodigital ''(visitado em 27-7-2008)''</ref> A comunidade [[Marrocos|marroquina]], com 563 mil residentes, é a mais numerosa, seguindo-se os [[Equador|equatorianos]] (461 mil), [[Romênia|romenos]] (407 mil) e [[Reino Unido|britânicos]] (274 mil).

=== Idiomas ===
{{Artigo principal|Línguas da Espanha}}

[[Ficheiro:Languages of Spain.svg|thumb|250px|'''Os idiomas da Espanha''' (simplificado).
{{dividir em colunas|cols=3}}
{{legenda|#f30000|'''[[Língua espanhola|Espanhol]]''' oficial; falada em todo o país}}
{{legenda|#e090e0|'''[[Língua catalã|Catalão/Valenciano]]''', cooficial}}
{{legenda|#356585|'''[[Língua basca|Basco]]''', cooficial}}
{{legenda|#ffffbb|'''[[Língua galega|Galego]]''', cooficial}}
{{legenda|#55ee99|'''[[Língua aranesa|Aranês]]''', cooficial (dialeto do [[Língua occitana|Occitano]])}}
{{legenda|#009f00|'''[[Língua asturiana|Asturiano]]''', reconhecida}}
{{legenda|#2070ff|'''[[Língua aragonesa|Aragonês]]''', não oficial}}
{{legenda|#eee400|'''[[Língua leonesa|Leonês]]''', não oficial}}
{{legenda|#107010|'''[[Estremenho]]''', não oficial}}
{{legenda|#906010|'''[[Fala da Estremadura]]''', não oficial}}
{{dividir em colunas fim}}]]

A Espanha é abertamente um país multilingue.<ref name=conversi>{{cite web| url=http://easyweb.easynet.co.uk/conversi/smooth.pdf| last=Conversi|first=Daniele|title=The Smooth Transition: Spain’s 1978 Constitution and the Nationalities Question| publisher=Carfax Publishing, Inc.|work=National Identities, Vol 4, No. 3|year=2002|accessdate=28 January 2008}}</ref> O idioma oficial e o mais falado no conjunto da Espanha, por 98.9% da população, é o espanhol, língua materna de 89% dos espanhóis,<ref name="eurobarómetro">{{Citar web |url=http://ec.europa.eu/public_opinion/archives/ebs/ebs_243_en.pdf |título=Eurobarômetro 243: os europeus e suas línguas}}</ref><ref name = "DemografíaLengEsp">{{Citation | url = http://eprints.ucm.es/8936/1/DT03-06.pdf | title = Demografía de la lengua española | page = 28 | place = ES | language = Castilian}}, to countries with official spanish status.</ref> que pode receber a denominação alternativa de [[língua castelhana|castelhano]].<ref>{{Citar web |url=http://buscon.rae.es/draeI/SrvltConsulta?TIPO_BUS=3&LEMA=CastelhanoDefinição |título=de '''castelhano''' no Dicionário da Real Academia Espanhola: Língua espanhola, especialmente quando se quer uma distinção de outras línguas faladas também como próprias na Espanha}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://www.congreso.es/funciones/constitucion/cons_t_preliminar.htm |título=Título sobre idiomas na Constituição Espanhola}}</ref> A estimativa do número de falantes em todo o mundo vai desde os 450<ref>{{Citar web |url=http://www.fundacionblu.org/noticias.htm |título=I Acta Internacional da Língua Espanhola}}</ref> aos 500 milhões<ref>Instituto Cervantes [http://www.elpais.com/articulo/cultura/espanhol/segundo/idioma/estudia/mundo/Instituto/Cervantes/elpepucul/20070426elpepucul_8/Tes Noticias do ‘‘El País’‘]</ref><ref>{{Citar web |url=http://209.85.135.104/search?q=cache:v5IUdEETu40J:www.lllf.uam.es/~fmarcos/coloquio/Ponencias/MMelgar.doc+%22En+el+mundo+lo+hablan+aproximadamente+400+millones+de+personas%22+%22Adicionalmente+100+millones+de+personas+hablan+espa%C3%B1ol+como+segunda+lengua%22&hl=es&ct=clnk&cd=1&gl=es |título=Universidad de México}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://66.102.9.104/search?q=cache:gEqh4n6EQ14J:www.educar.org/articulos/elLínguajequenosidentifica.asp+%22es+el+idioma+materno+de+unos+400+millones+de+personas,+y+otros+100+millones+lo+falam+como+segunda+Língua,+de+acuerdo+a+una+investigaci%C3%B3n+realizada+por+la+Universidad+de+M%C3%A9xico%22&hl=es&ct=clnk&cd=1&gl=es |título=educar.org}}</ref> de pessoas, sendo a segunda língua materna mais falada depois do [[Língua chinesa|Chinês]].<ref>{{Citar web |url=http://web.archive.org/web/19990429232804/www.sil.org/ethnologue/top100.html |título=Ethnologue, 1996}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://www.davidpbrown.co.uk/help/top-100-languages-by-population.html |título=}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/fields/2098.html |título=CIA Factbook (ver dados de ‘‘World’‘ na coluna de ‘‘Country’‘)}}</ref> Prevê-se que se torne a segunda língua de comunicação internacional depois do [[Língua inglesa|inglês]] no futuro, e é a segunda língua mais estudada após o mesmo.<ref>{{Citar web |url=http://www.eluniversal.com.mx/notas/345069.html |título=Instituto Cervantes em noticias de ‘‘O Universal’‘}}</ref>

Além disso, falam-se outras línguas que podem ser oficiais em suas regiões, de acordo com a Constituição e os Estatutos de Autonomia de cada Comunidade Autônoma, e co-oficiais para o resto do país. Ordenadas por número de falantes, estas Línguas são:<ref>{{cite web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/sp.html |title=CIA – The World Factbook – Spain |publisher=Cia.gov |date= |accessdate=2011-04-30}}</ref>

* [[Língua catalã|Catalão]] (entre 9% e 17% da população), oficial na [[Catalunha]] e nas [[Ilhas Baleares]] e, sem estatuto oficial, na chamada "[[Faixa de Aragão]]" e na comarca de "[[El Carche]]", em Múrcia. Oficialmente, se denomina [[língua valenciana|valenciano]] na [[Comunidade Valenciana]],<ref>{{Citar web |url=http://www.gva.es/cidaj/cas/c-normas/5-1982.htm#9 |título=Artigo 7 do Título I do Estatuto da Comunidade Valenciana}}</ref> onde também é oficial.

* [[Língua galega|Galego]] (entre 5% e 7% da população), oficial na [[Galiza]]. É falado também em algumas zonas das províncias de [[Astúrias]], [[Província de Leão|Leão]] e [[Zamora]], sem estatuto de oficialidade.

* [[Língua basca|Basco]] (1% da população), oficial no [[País Basco (Espanha)|País Basco]] e terço norte de [[Navarra]], onde se denomina estatutariamente "Euskera". É falado também na chamada zona mista de Navarra (onde o basco, sem ser oficial, tem certo reconhecimento) e de forma muito residual no resto de Navarra (sul).

Também se falam uma série de línguas ou dialetos [[Línguas romances|românicos]] que não tem estatuto de língua oficial: o [[Língua asturiana|asturiano]], falado nas [[Astúrias]]<ref>{{Citar web |url=http://www.proel.org/Línguas/bable.html |título=Língua Asturiana}}</ref> (chamado ''Bable''), [[Província de Leão|Leão]], [[Província de Zamora|Zamora]] (chamado "leonês"), [[Província de Salamanca|Salamanca]] e [[Estremadura (Espanha)|Estremadura]]<ref>{{Citar web |url=http://www.proel.org/Línguas/extremeno.htm |título=Língua Extremenha}}</ref> (chamado "estremenho") e o [[Língua aragonesa|aragonês]] no norte de [[província de Huesca|Huesca]].

O [[Língua aranesa|aranês]], variante do [[Língua occitana|occitano]], é considerado co-oficial na [[Catalunha]],<ref>Artigo 6 do [http://www.gencat.cat/generalitat/cas/estatut/titol_preliminar.htm#a6 Estatuto de Autonomia de Catalunha]</ref> onde é falado nos municípios do [[Vale de Arão]] ([[Província de Lérida|Lérida]]).

Igualmente, o [[Língua portuguesa|português]] é falado em algumas localidades fronteiriças estremenhas, principalmente por portugueses ali residentes.

A Espanha ratificou em [[9 de abril]] de 2001 a ''Carta Europeia das Línguas Minoritárias ou Regionais''<ref>{{Citar web |url=http://www.boe.es/boe/dias/2001/09/15/pdfs/A34733-34749.pdf |título=Carta Europea de las Lenguas Minoritarias o Regionales}}</ref> do [[Conselho Europeu]].<ref>{{Citar web |url=http://www.coe.int/T/E/Legal_Affairs/Local_and_regional_Democracy/Regional_or_Minority_languages/2_Monitoring/Monitoring_table.asp |título=Monitorização da aplicação da Carta. Os informes sobre a Espanha estão em castelhano.}}</ref>

=== Religião ===
{{Artigo principal|Religião na Espanha}}

{{bar box
|title=[[Religião na Espanha]]
|titlebar=#ddd
|float=right
|bars=
{{bar percent|[[Catolicismo romano]]|blue|76}}
{{bar percent|[[Sem religião]]|gray|13}}
{{bar percent|[[Ateísmo]]|green|7.3}}
{{bar percent|Sem resposta|purple|1.6}}
{{bar percent|Outros|pink|2.1}}
|caption=Fonte:<ref name=CIS>{{cite web|url=http://www.cis.es/cis/opencms/-Archivos/Marginales/2800_2819/2811/es2811.pdf|title=Barómetro julio 2009|date=July 2009|page=18|accessdate=17 January 2011|author=Centro de Investigaciones Sociológicas}}</ref>
}}

O artigo 16.3 da [[Constituição Espanhola de 1978|Constituição Espanhola]] vigente define o país como um Estado sem confissão: ‘‘''Nenhuma confissão terá caráter estatal''‘‘. Porém, é garantida a liberdade religiosa e de culto dos indivíduos e é assegurada uma relação de cooperação entre os poderes públicos e todas as confissões religiosas.

O [[catolicismo]] é a religião predominante no país. A [[Igreja Católica]] é a única mencionada expressamente na Constituição, no mesmo artigo 16.3: ‘‘''… e manterão as conseguintes religiões de cooperação com a Igreja Católica e as demais confissões''‘‘. 77,3% dos espanhóis se consideravam católicos, segundo um estudo do Centro de Investigações Sociológicas realizado em 2007.{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

[[Ficheiro:Spain.Santiago.de.Compostela.Obradoiro.jpg|thumb|esquerda|[[Catedral de Santiago de Compostela]], fim dos [[Caminhos de Santiago]].]]

Seguindo aos católicos, o [[ateísmo]] e o [[agnosticismo]] supõe 18,9% e outras religiões minoritárias 1,7%.<ref>{{Citar web |url=http://www.cis.es/cis/export/sites/default/-Archivos/Marginales/2700_2719/2700/Es2700mar_A.pdf |título=Barômetro do CIS. Abril 2007}}</ref> não obstante, a porcentagem de praticantes é menor. Segundo o mesmo estudo, do total, 18,5% vai a [[missa]] de forma regular: 2,3% vão à missa várias vezes na semana, e 16,2% aos domingos e dias festivos. Este grupo cumpre as disposições da própria Igreja Católica sobre fluência. Também existem 11,3% que vão algumas vezes ao mês. Perfazendo um total de 48,3% de frequentadores regulares às missas.{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

A segunda religião em número de membros é a [[Islão|muçulmana]]. Calcula-se que há cerca de {{fmtn|800000}} fiéis, vindos fundamentalmente das recentes ondas de imigração. Há também um número crescente de igrejas [[protestantes]], que somam cerca de {{fmtn|400000}} fiéis (a estatística própria dos protestantes em Espanha indica {{fmtn|1200000}}, dos quais {{fmtn|400000}} são espanhóis e o resto são estrangeiros que residem na Espanha durante pelo menos seis meses ao ano),.<ref>{{Citar web |url=http://www.ferede.org/general.php?pag=estad#1 |título=Federação de Entidades Religiosas Evangélicas da Espanha - FEREDE}}</ref> Em terceiro lugar vêm as [[Testemunhas de Jeová]] com 103 784 fiéis e logo após, com cerca de {{fmtn|20000}} fiéis, o [[mormonismo]]. A comunidade judia na Espanha não supera os {{fmtn|15000}} fiéis.
{{limpar}}

== Política ==
{{Artigo principal|Política da Espanha}}

[[Ficheiro:Juan Carlos I of Spain 2007.jpg|thumb|[[Rei Juan Carlos I]].]]

A Espanha é uma [[monarquia]] [[parlamento|parlamentar]], com um monarca hereditário que exerce como [[Chefe de Estado]] – o [[Rei da Espanha]], e um parlamento bi-cameral, as ''[[Cortes Generales]]''.

O [[poder executivo]] é formado por um Conselho de Ministros presidido pelo Presidente do Governo, que exerce como Chefe de Governo, e o [[poder judicial]] está formado pelo conjunto de Juizados e Tribunais, integrado por Juízes e Magistrados, que têm a potestade de administrar justiça em nome do Rei.

O [[poder legislativo]] se estabelece nas Cortes Gerais, que é o órgão supremo de representação do povo espanhol. As Cortes Gerais são compostas de uma câmara baixa, o [[Congresso dos Deputados]], e uma câmara alta, o [[Senado da Espanha|Senado]].

[[Ficheiro:Congreso de los Diputados (España) 14.jpg|thumb|esquerda|Fachada da [[Câmara dos Deputados da Espanha]].]]

O Congresso dos Deputados é formado por 350 membros eleitos por votação popular, em listas fechadas e através de representação proporcional mediante circunscrições provinciais, para servir em legislaturas de quatro anos. O sistema não é absolutamente proporcional, já que existe um número mínimo de cadeiras por circunscrição (3) e se usa um sistema proporcional levemente corrigido para favorecer as listas majoritárias (o [[Sistema d'Hondt]]).{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

O Senado possui 259 membros, dos quais 208 são eleitos diretamente mediante voto popular, por circunscrições provinciais, em cada uma das quais se elegem 4 senadores, seguindo um sistema majoritário (3 para a lista majoritária, 1 para a seguinte), exceto nas Ilhas Baleares e nas Ilhas Canárias, onde cada circunscrição é uma ilha. Os outros 51 são designados pelos órgãos regionais para servir, também, por períodos de quatro anos.{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

Na Espanha o sistema de votação é diferente de países como o [[Brasil]]: não se vota no candidato, mas sim no partido, que já tem listas provinciais predefinidas. À medida que cada partido recebe seus votos, os integrantes da lista vão sendo eleitos.{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

Em 2011, uma série de [[Protestos de maio de 2011 na Espanha|protestos]] pede uma [[democracia]] direta e mais livre no país.{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}
{{limpar}}
=== Relações internacionais ===



{{Artigo principal|Relações internacionais da Espanha}}
{{Anexo|Missões diplomáticas da Espanha}}

O único litígio internacional diz respeito ao município de [[Olivença]]. Português desde 1297, o município de Olivença foi cedido à Espanha no âmbito do [[Tratado de Badajoz (1801)|Tratado de Badajoz]], em 1801, após a [[Guerra das Laranjas]]. Portugal alegou que lhe pertencia, em 1815, no âmbito do [[Tratado de Viena]]. No entanto, as relações diplomáticas bilaterais entre os dois países vizinhos são cordiais, bem como no âmbito da União Europeia.{{Carece de fontes|data=janeiro de 2010}}

O [[Tratado de Alcanizes]], de 1297, estabelecia Olivença como parte de Portugal. Em 1801, através do Tratado de Badajoz, denunciado em 1808 por Portugal, o território foi anexado a Espanha. Em 1817 a Espanha reconheceu a soberania portuguesa subscrevendo o [[Congresso de Viena]] de 1815, comprometendo-se à retrocessão do território o mais prontamente possível. Porém, até a atualidade, tal ainda não aconteceu.{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

=== Forças armadas ===
{{Artigo principal|Forças Armadas da Espanha}}

As [[forças armadas da Espanha]] são conhecidas como as Forças Armadas Espanholas ({{lang-es|''Fuerzas Armadas Españolas''}}). Seu [[comandante-em-chefe]] é o [[rei da Espanha]], [[Juan Carlos I]].<ref>{{cite web|url=http://www.casareal.es/laCorona/laCorona-iden-idweb.html|title=Article 62 of the Spanish Constitution of 1978|publisher=Official site of the Royal Household of HM the King|accessdate=13 August 2008}}</ref>

As Forças Armadas espanholas estão divididas em três ramos:<ref>{{cite web|url=http://www.senado.es/constitu_i/index.html|title=Article 8 of the Spanish Constitution of 1978|publisher=Official site of the Spanish Senate|accessdate=29 November 2008}}</ref>
*[[Exército da Espanha|Exército (''Ejército de Tierra'')]]
*[[Marinha da Espanha|Marinha (''Armada'')]]
*[[Força Aérea da Espanha|Força Aérea (''Ejército del Aire'')]]

== Subdivisões ==
{{Artigo principal|Comunidades autônomas da Espanha|Províncias da Espanha|Comarcas da Espanha|Municípios da Espanha}}

{{Mapa das autonomias da Espanha}}

Desde a [[Constituição espanhola de 1978|Constituição de 1978]] que a Espanha está dividida em 17 Comunidades Autônomas e as duas [[cidade autônoma da Espanha|cidades autônomas]] de [[Ceuta]] e [[Melilla]], gozando estas de estatuto intermediário entre o município e a Comunidade. Das 17 comunidades autônomas, quatro delas ([[Galiza]], [[País Basco (Espanha)|País Basco]], [[Andaluzia]] e [[Catalunha]]) possuem condição de "[[Nacionalidades históricas da Espanha|Nacionalidades Históricas]]" reconhecidas na Constituição, juntamente com um "Estatuto de autonomia", o que reverte num maior poder e capacidade de decisão e [[soberania]] com respeito às outras comunidades.{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

As Comunidades dividem-se ainda em cinquenta províncias.

Lista das comunidades e cidades autônomas:
{|
|
* [[Andaluzia]] (''Andalucía'') (capital: [[Sevilha]])
* [[Aragão]] (''Aragón'') (capital: [[Saragoça]])
* Principado das [[Astúrias]] (capital: [[Oviedo]])
* Ilhas [[Baleares]] (capital: [[Palma de Maiorca]])
* [[País Basco (Espanha)|País Basco]] (capital: [[Vitória-Gasteiz]])
* Ilhas [[Canárias]] (capitais das províncias):<br /> ([[Las Palmas de Gran Canaria]] e [[Santa Cruz de Tenerife]])
* [[Cantábria]] (capital: [[Santander (Espanha)|Santander]])
* [[Castela-La Mancha]] (capital: [[Toledo]])
* [[Castela e Leão]] (capital: [[Valhadolide|Valladolid]])
|
* [[Catalunha]] (capital: [[Barcelona]])
* [[Ceuta]] (cidade autônoma)
* [[Estremadura (Espanha)|Estremadura]] (capital: [[Mérida (Espanha)|Mérida]])
* [[Galiza]] (capital: [[Santiago de Compostela]])
* [[Comunidade de Madrid]] (capital: [[Madrid]])
* [[Melilha]] (cidade autônoma)
* [[Região de Múrcia]] (capital: [[Múrcia]])
* [[Navarra|Comunidade Foral de Navarra]] (capital: [[Pamplona]])
* [[La Rioja (Espanha)|La Rioja]] (capital: [[Logronho]])
* [[Comunidade Valenciana]] (capital: [[Valência (Espanha)|Valência]])
|}

=== Estado das Autonomias ===
{{Vertambém|Nacionalidades históricas da Espanha}}

[[Ficheiro:Palau de la Generalitat (Barcelona) - 32.jpg|thumb|esquerda|Edifício sede do governo da ''[[Generalitat de Catalunya]]''.]]

A Espanha é na atualidade o que se denomina um "Estado de Autonomias", um país formalmente unitário, mas que funciona como uma [[federação]] descentralizada de [[comunidades autônomas]], cada uma delas com diferentes níveis de autonomia. As diferenças dentro deste sistema são provocadas pelo processo de transferência de responsabilidades do governo central para as regiões foi pensado em um princípio como um processo, que garantisse um maior grau de autonomia somente àquelas comunidades que buscavam um tipo de relação mais federalista com o resto da Espanha (as chamadas ''comunidades autônomas de regime especial'': [[Andaluzia]], [[Catalunha]], [[Galiza]], [[Navarra]] e [[País Basco (Espanha)|País Basco]]). Por outro lado, o resto de comunidades autônomas (''comunidades autônomas de regime comum'') teria uma menor autonomia. Porém, estava previsto que ao longo dos anos, estas comunidades fossem adquirindo gradativamente maior autonomia.{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

Hoje em dia, a Espanha está considerada como um dos países europeus mais descentralizados, pois todos os seus diferentes territórios administram de forma local seus sistemas de saúde e educativos, assim como alguns aspectos do orçamento público; alguns deles, como o País Basco e Navarra, administram seu orçamento sem praticamente contar, excetuado em alguns aspectos, com a supervisão do governo central espanhol. Catalunha, Navarra e o País Basco possuem suas próprias [[polícias]] totalmente operativas e completamente autônomas. Excetuando Navarra (cuja polícia se chama ''Policía Foral de Navarra''), tanto a policia da Catalunha (''Mossos d'Esquadra'') como a polícia do País Basco (''Ertzaintza'') substituem as funções da Polícia Nacional da Espanha em seus respectivos territórios. Navarra ainda está em processo de transferência de funções.{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

=== Movimentos separatistas ===
Existem na Espanha diversos [[movimentos políticos]] de posição [[separatismo|separatista]], ligados a [[nacionalismo]]s periféricos, como o nacionalismo basco, o nacionalismo galego, o nacionalismo catalão, que reclamam a independência da Espanha dos territórios em que são ativos. Estes movimentos acontecem na [[Catalunha]], [[Galiza]], [[Navarra]] e no [[País Basco (Espanha)|País Basco]], onde existem partidos explicitamente separatistas como a "[[União do Povo Galego]]" (UPG), "[[Esquerda Republicana de Catalunya]]", "Aralar", o "Eusko Alkartasuna", assim como os seguidores da chamada ''"esquerda abertzale"'' que não se desvinculam do [[Euskadi Ta Askatasuna|ETA]] (sua última denominação formal{{esclarecer}} é [[Batasuna]], partido ilegalizado em Espanha, mas legal em [[França]]). Por outro lado, partidos como o "[[Bloco Nacionalista Galego]]" (BNG), "[[Partido Nacionalista Basco]]" (PNV) e ''"[[Convergència i Unió]]"'' (CiU) oscilam entre posturas autonomistas e abertamente separatistas.{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

== Economia ==
{{Artigo principal|Economia da Espanha}}

[[Ficheiro:Cuatro torres 200901.jpg|thumb|esquerda|Área empresarial de ''[[Cuatro Torres Business Area|Cuatro Torres]]'', em [[Madrid]].]]
[[Ficheiro:Barcelona from Sagrada Familia (2).JPG|thumb|esquerda|[[Centro financeiro]] de [[Barcelona]], com a [[Torre Agbar]] em primeiro plano.]]

A [[economia mista]] [[Capitalismo|capitalista]] da Espanha é a [[Anexo:Lista de países por PIB (Paridade do Poder de Compra)|décima segunda maior economia do mundo em PIB (PPC)]], a [[Anexo:Lista de países por PIB nominal|nona maior por PIB nominal]] e a quinta maior na [[União Europeia]], bem como a quarta maior da [[Zona Euro]]. O [[país]] é também o terceiro maior investidor do mundo.<ref>{{cite web|url=http://www.ottawaregion.com/media_lib/Doing_Business_Archive_Presentations/Doing_Business_in_Spain_Legal_Environment.pdf |title=Doing Business in Spain |format=PDF |date= |accessdate=20 de julho de 2009}}</ref>

O governo de [[centro-direita]] do ex-[[Primeiro-ministro da Espanha|primeiro-ministro]] [[José María Aznar]] teve sucesso para ser admitido no grupo de países que lançaram o [[euro]] em 1999. A taxa de [[desemprego]] situava-se em 7,6% em outubro de 2006, uma taxa que comparavelmente favorável a de muitos outros [[Europa|países europeus]] e especialmente com o início dos [[anos 1990]] quando se situava em mais de 20%. Os pontos fracos perenes da [[Economia da espanha|economia espanhola]] incluem alta [[inflação]],<ref>{{cite web|url=http://www.oecdobserver.org/news/fullstory.php/aid/1592/Spain%92s_economy_.html|title=Spain's Economy: Closing the Gap|publisher=[[OECD]] Observer|month=May | year=2005|accessdate=15 de agosto de 2008}}</ref> uma grande [[economia informal]]<ref>{{cite web|url=http://www.frontpagemag.com/Articles/Read.aspx?GUID=3E2579A7-6002-4048-97BB-46679C5D8A88|title=Going Underground: America's Shadow Economy|publisher=FrontPage magazine|month=January | year=2005|accessdate=15 de agosto de 2008}}</ref> e um sistema educativo que os relatórios da OCDE classificam entre os piores entre os [[países desenvolvidos]], em conjunto com os [[Estados Unidos]] e o [[Reino Unido]].<ref>{{cite web|url=http://www.oecd.org/dataoecd/51/21/37392840.pdf|title=OECD report for 2006|format=PDF|accessdate=9 de agosto de 2008|publisher=OECD}}</ref>

No entanto, a [[Bolha financeira|bolha imobiliária]] que começou a se formar a partir de 1997, alimentada por taxas de [[juro]]s historicamente baixas e uma onda imensa de [[imigração]], implodiu em 2008 e levou a economia a um rápido enfraquecimento e a um aumento do [[desemprego]]. Até o final de maio de 2009, o desemprego atingiu 18,7% (37% para os jovens).<ref>[http://www.cbc.ca/money/story/2009/07/02/euro-zone-unemployment-may.html Euro zone unemployment reaches 15&nbsp;million]. CBCNews.ca. 2 de julho de 2009.</ref><ref>[http://www.telegraph.co.uk/finance/comment/ambroseevans_pritchard/5742937/The-unemployment-timebomb-is-quietly-ticking.html The unemployment timebomb is quietly ticking]. Telegraph. 4 de julho de 2009.</ref>

Antes da atual crise, a economia espanhola era creditada por ter evitado uma taxa de crescimento virtual zero como alguns de seus maiores parceiros na União Europeia apresentaram.<ref>{{cite web|url=http://stats.oecd.org/WBOS/ViewHTML.aspx?QueryName=198&QueryType=View&Lang=en|title=OECD figures|publisher=OECD|accessdate=13 de agosto de 2008}}</ref> Na verdade, a economia do país criou mais de metade de todos os novos postos de trabalho na União Europeia durante cinco anos até 2005, um processo que está sendo rapidamente revertido.<ref>{{Cite news|url=http://www.guardian.co.uk/world/2006/jul/26/spain.gilestremlett|title=Economic statistics|work=Guardian |location=UK |accessdate=13 de agosto de 2008 | location=London | first=Giles | last=Tremlett | date=26 July 2006}}</ref> A economia espanhola, até pouco tempo, era considerada uma das mais dinâmicos da União Europeia, atraindo uma quantidade significativa de investimentos estrangeiros.<ref>{{cite web|url=http://www.la-moncloa.es/NR/rdonlyres/2E85E75E-E2D9-4148-B1DF-950B06696A6C/74823/Chapter_2.PDF|title=Official report on Spanish recent Macroeconomics, including tables and graphics|format=PDF|accessdate=13 de agosto de 2008|publisher=La Moncloa}}</ref>

O crescimento econômico mais recente foi grandemente beneficiado pelo ''boom'' imobiliário mundial, com o setor de [[construção civil]] representando surpreendentes 16% do PIB do país e 12% dos empregos no seu último ano.<ref name="guru"/>

Segundo cálculos do jornal alemão ''[[Die Welt]]'', a Espanha estava a caminho de ultrapassar países como a [[Alemanha]] em [[renda per capita]] até 2011.<ref>{{cite web|url=http://www.europeanfoundation.org/docs/id210.pdf|title=No camp grows on both Right and Left|format=PDF|publisher=European Foundation Intelligence Digest|accessdate=9 de agosto de 2008}}</ref> No entanto, o PIB per capita da Espanha ainda era inferior à média da União Europeia, que era de [[US$]] 29.875 dólares em 2010, tornando-se o segundo mais baixo da [[Europa Ocidental]], depois do de [[Portugal]].<ref>Data refer to the year 2010. [http://www.imf.org/external/pubs/ft/weo/2010/02/weodata/weorept.aspx?sy=2010&ey=2010&scsm=1&ssd=1&sort=country&ds=.&br=1&c=512%2C941%2C914%2C446%2C612%2C666%2C614%2C668%2C311%2C672%2C213%2C946%2C911%2C137%2C193%2C962%2C122%2C674%2C912%2C676%2C313%2C548%2C419%2C556%2C513%2C678%2C316%2C181%2C913%2C682%2C124%2C684%2C339%2C273%2C638%2C921%2C514%2C948%2C218%2C943%2C963%2C686%2C616%2C688%2C223%2C518%2C516%2C728%2C918%2C558%2C748%2C138%2C618%2C196%2C522%2C278%2C622%2C692%2C156%2C694%2C624%2C142%2C626%2C449%2C628%2C564%2C228%2C283%2C924%2C853%2C233%2C288%2C632%2C293%2C636%2C566%2C634%2C964%2C238%2C182%2C662%2C453%2C960%2C968%2C423%2C922%2C935%2C714%2C128%2C862%2C611%2C716%2C321%2C456%2C243%2C722%2C248%2C942%2C469%2C718%2C253%2C724%2C642%2C576%2C643%2C936%2C939%2C961%2C644%2C813%2C819%2C199%2C172%2C184%2C132%2C524%2C646%2C361%2C648%2C362%2C915%2C364%2C134%2C732%2C652%2C366%2C174%2C734%2C328%2C144%2C258%2C146%2C656%2C463%2C654%2C528%2C336%2C923%2C263%2C738%2C268%2C578%2C532%2C537%2C944%2C742%2C176%2C866%2C534%2C369%2C536%2C744%2C429%2C186%2C433%2C925%2C178%2C746%2C436%2C926%2C136%2C466%2C343%2C112%2C158%2C111%2C439%2C298%2C916%2C927%2C664%2C846%2C826%2C299%2C542%2C582%2C967%2C474%2C443%2C754%2C917%2C698%2C544&s=NGDPDPC&grp=0&a=&pr.x=8&pr.y=6 World Economic Outlook Database-October 2010], International Monetary Fund. Acessado em 11 de dezembro de 2010.</ref> O lado negativo do agora extinto ''boom'' imobiliário é também um correspondente aumento nos níveis de endividamento pessoal: o nível médio de endividamento das famílias triplicou em menos de uma década. Isto pôs grande pressão em cima de uma renda mais baixa para os grupos de renda média; até 2005, o nível médio de endividamento em relação a renda havia crescido para 125%, devido principalmente ao ''boom'' de [[hipoteca]]s caras, que hoje muitas vezes excedem o valor da propriedade.<ref>{{cite web|url=http://www.bde.es/informes/be/boleco/2005/be0507e.pdf|title=Bank of Spain Economic Bulletin 07/2005|format=PDF|accessdate=13 de agosto de 2008|publisher=Bank of Spain}}</ref>

[[Ficheiro:Port of Algeciras-Juan Carlos I dock.jpg|thumb|direita|Porto de [[Algeciras]], o sétimo mais movimentado da Europa.]]

De 1869 a 2002,a moeda da Espanha foi a [[peseta]]. O país é um dos membros fundadores do [[euro]],que entrou em circulação em 2002. As moedas de euro espanholas designadas para circulação mostra a efígie do Rei Juan Carlos.

Em 2008/2009, o arrocho do crédito e a recessão mundial manifestaram-se na Espanha através de uma enorme recessão no setor imobiliário. Contudo, os bancos da Espanha e os serviços financeiros evitaram os problemas mais graves dos seus congéneres nos [[Estados Unidos]] e no [[Reino Unido]], devido principalmente a um regime financeiro conservador e regulamentado rigorosamente respeitado. Na verdade, o maior banco da Espanha, o [[Banco Santander]], participou da ajuda do governo do Reino Unido ao setor bancário britânico.<ref>[[Charles Emrys Smith|Charles Smith]], article: "Spain", in Wankel, C. (ed.) ''Encyclopedia of Business in Today's World'', California, USA, 2009.</ref>

A [[Comissão Europeia]] previu que a Espanha iria entrar em [[recessão econômica]] até o final de 2008.<ref>{{Cite news|url=http://www.ft.com/cms/s/0/cf5d0f08-7f49-11dd-a3da-000077b07658.html?nclick_check=1|title=Recession to hit Germany, UK and Spain|work=Financial Times |date=10 de setembro de 2008|accessdate=11 de setembro de 2008}}</ref> Segundo o Ministro das Finanças da Espanha, "a Espanha enfrenta a sua pior recessão em meio século".<ref>[http://www.spanishnews.es/20090118-spain-faces-deepest-recession-in-50-years/id=142/ Spain faces deepest recession in 50 years], Spanish News, 18 de janeiro de 2009</ref>

=== Turismo ===
{{Artigo principal|Turismo na Espanha}}

Durante as últimas quatro décadas, a [[Turismo|indústria turística]] espanhola cresceu e se tornou a segunda maior do mundo, alcançando o valor de cerca de 40 bilhões de euros, cerca de 5% do [[PIB]] do país, em 2006.<ref name="guru">{{cite web|url=http://www.theglobalguru.com/article.php?id=60&offer=GURU001|title="Global Guru" analysis|accessdate=13/08/2008|publisher=The Global Guru}}</ref><ref>{{cite web|url=http://www.bde.es/informes/be/boleco/coye.pdf|format=PDF|publisher=[[Bank of Spain]]|title=Economic report|accessdate=13/08/2008}}</ref> Hoje, o clima da Espanha, a história e os monumentos culturais e sua posição geográfica, juntamente com as suas instalações, fazem do turismo uma das principais indústrias nacionais da Espanha e uma grande fonte de emprego estável e de desenvolvimento.{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

[[Ficheiro:Port Vell, Barcelona, Spain - Jan 2007.jpg|thumb|centro|700px|Marinas do ''Port Vell'' de [[Barcelona]], na [[Catalunha]].]]

== Infraestrutura ==

[[Ficheiro:PS10 solar power tower.jpg|thumb|Torre de energia solar [[PS10]], em [[Sevilha]].]]
[[Ficheiro:AVE Tarragona-Madrid.jpg|thumb|[[Alta Velocidad Española|AVE]] Barcelona-Madrid]]

=== Energias renováveis ===
O território espanhol carece de [[petróleo]], o que faz das [[Energia renovável|fontes alternativas de energia]] um fator estratégico para o país, sendo registrados importantes recordes pela Espanha. Em 2010, os espanhóis superaram os [[Estados Unidos]] como líderes mundiais em [[energia solar]], com uma planta de grande potência na estação chamada [[Alvarado I|La Florida]], perto de Alvarado, Badajoz.<ref>{{cite web|author=Morning Edition |url=http://www.npr.org/templates/story/story.php?storyId=128532115 |title=Spain Is World's Leader In Solar Energy |publisher=Npr.org |date=15/07/2010 |accessdate=04/09/2010}}</ref><ref>{{cite web|url=http://www.europeanfutureenergyforum.com/renewable-energy-news/spain-becomes-solar-power-world-leader |title=Spain becomes solar power world leader |publisher=Europeanfutureenergyforum.com |date=2010-07-14 |accessdate=04/09/2010}}</ref> Em 2009, mais de 50% da energia produzida em Espanha foi gerada por [[moinhos de vento]] e o registro de maior produção total de [[energia eólica]] foi alcançado com {{fmtn|11546}} [[megawatt]]s.<ref name="Graber2005">{{cite news |last=Méndez |first=Rafael |url=http://www.elpais.com/articulo/sociedad/eolica/supera/primera/vez/mitad/produccion/electrica/elpepusoc/20091109elpepisoc_2/Tes |title=La eólica supera por primera vez la mitad de la producción eléctrica |language=espanhol |date=9 de novembro de 2009 |work=El País |publisher= Ediciones El Pais |accessdate=8 de agosto de 2010}}</ref>

=== Transportes ===

O sistema viário principal espanhol é centralizado, com 6 auto-estradas ligando [[Madrid]] ao [[País Basco (Espanha)|País Basco]], [[Catalunha]], [[Valência (Espanha)|Valência]], [[Andaluzia Ocidental]], [[Estremadura (Espanha)|Estremadura]] e [[Galiza]]. Além disso, existem [[auto-estrada]]s ao longo das costas do Atlântico ([[Ferrol]] a [[Vigo]]), Cantábria ([[Oviedo]] para [[San Sebastián]]) e Mediterrâneo ([[Girona]] para [[Cádis]]).{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

A Espanha tem atualmente um total de {{fmtn|1272|km}} de [[comboio de alta velocidade]] que ligam [[Málaga]], [[Sevilha]], Madrid, [[Barcelona]] e [[Valladolid]]. Se os objetivos do ambicioso programa [[Alta Velocidad Española|AVE]] (comboios de alta velocidade espanhóis) forem cumpridos, em 2020, a Espanha terá {{fmtn|7000|km}} de trens de alta velocidade que ligarão quase todas as cidades da [[província de Madrid]] em menos de 3 horas e Barcelona, dentro de 4 horas.{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

O aeroporto mais movimentado na Espanha é o [[Aeroporto de Madrid-Barajas]], com 50,8 milhões de passageiros em 2008, sendo 11º aeroporto mais movimentado do mundo. O [[Aeroporto de Barcelona]] também é importante, com 30 milhões de passageiros em 2008. Outros aeroportos estão localizados em [[Gran Canaria]], Málaga, Valência, Sevilha, [[Maiorca]], [[Alicante]] e [[Bilbau]].{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

A Espanha pretende colocar um milhão de carros elétricos na estrada até 2014, como parte do plano do governo para economizar energia e aumentar a eficiência energética.<ref>{{cite web|url=http://www.triplepundit.com/pages/algae-based-biofuels-in-plain--003362.php |title=Algae Based Biofuels in Plain English: Why it Matters, How it Works. (algae algaebiofuels carbonsequestration valcent vertigro algaebasedbiofuels ethanol) |publisher=Triplepundit.com |date=July 30, 2008 |accessdate=2008-11-19}} {{Dead link|date=September 2010|bot=H3llBot}}</ref> O Ministro da Indústria, Miguel Sebastian, disse que "o veículo elétrico é o futuro e o motor de uma revolução industrial."<ref>{{cite web|url=http://www.enn.com/energy/article/37798 |title=Spain to Put 1 million Electric Cars on the Road|publisher=Triplepundit.com |date=July 30, 2008 |accessdate=2008-11-19}}</ref>

== Cultura ==

[[Ficheiro:Hemispheric - Valencia, Spain - Jan 2007.jpg|thumb|esquerda|[[Cidade das Artes e das Ciências]], em [[Valência (Espanha)|Valência]].]]

{{Artigo principal|Cultura da Espanha}}
{{Anexo|Património Mundial em Espanha|Sítios em Espanha candidatos a Património Mundial}}

A Espanha é conhecida pelo seu patrimônio cultural diversificado, tendo sido influenciado por muitas nações e povos ao longo de sua história. A cultura espanhola tem suas origens nas culturas ibérica, [[Celtas|celta]], [[Celtiberos|celtibera]], [[Cultura romana|latina]], [[Visigodos|visigótica]], [[católica romana]], e [[Cultura islâmica|islâmica]].{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

A definição de uma cultura nacional espanhola tem sido caracterizada pela tensão entre o [[estado]] [[Centralismo|centralizado]], dominado nos últimos séculos por [[Castela]], e muitas regiões e povos minoritários. Além disso, a história da nação e de seu ambiente mediterrânico e atlântico desempenharam papéis importantes na formação de sua cultura. Depois da [[Itália]], a Espanha é o país com o maior número de [[Património Mundial|Patrimônios da Humanidade]] da [[UNESCO]] no mundo, com um total de 40.<ref>{{cite web|url=http://whc.unesco.org/en/list|title=World Heritage List|publisher=UNESCO|accessdate=13/08/2008}}</ref>

=== Literatura ===

[[Ficheiro:Cervates jauregui.jpg|thumb|upright|[[Miguel de Cervantes]], autor de ''[[Dom Quixote]]''.]]

{{Artigo principal|Literatura da Espanha}}
{{Vertambém|Literatura catalã|Literatura basca|Literatura galega|Literatura Latino-americana}}

Devido à diversidade histórica, geográfica e de gerações, a [[literatura espanhola]] tem passado por um grande número de influências e é muito diversificada. Alguns grandes movimentos literários podem ser identificados dentro dela.

[[Miguel de Cervantes]] é provavelmente o autor mais famoso da Espanha, e sua obra ''[[Dom Quixote]]'' é considerado a obra mais emblemática no cânone da literatura espanhola e um clássico fundador da literatura ocidental.<ref name="The top 100 books of all time">{{Cite news|url=http://www.guardian.co.uk/world/2002/may/08/books.booksnews|title=The top 100 books of all time|work=The Guardian |location=UK |accessdate=14 August 2008 | location=London | date=11 May 2006}}</ref>

=== Música e dança ===
{{Artigo principal|Música espanhola}}

[[Ficheiro:El Palau de les Arts Reina Sofía, Valencia - Jan 2007.jpg|thumb|esquerda|O [[Palácio das Artes Rainha Sofia]], em Valência.]]

A música espanhola é muitas vezes considerada exterior como sinônimo de [[flamenco]], um gênero musical do oeste da [[Andaluzia]] que, ao contrário da crença popular, não é muito comum fora dessa região. Vários estilos regionais de música folclórica abundam em [[Aragão]], [[Catalunha]], [[Valência (Espanha)|Valência]], [[Castela]], [[País Basco (Espanha)|País Basco]], [[Galiza]] e [[Astúrias]]. Pop, rock, hip hop e heavy metal também são populares.

No campo da música clássica, a Espanha produziu uma série de compositores notáveis como [[Isaac Albéniz]], [[Manuel de Falla]] e [[Enrique Granados]] e cantores e artistas como [[Plácido Domingo]], [[José Carreras]], [[Montserrat Caballé]], [[Alicia de Larrocha]], [[Alfredo Kraus]], [[Pablo Casals]], [[Ricardo Viñes]], [[José Iturbi]], [[Pablo de Sarasate]], [[Jordi Savall]] e [[Teresa Berganza]]. Na Espanha, existem mais de 40 orquestras profissionais, incluindo o [[Orquestra Sinfônica de Barcelona e Nacional da Catalunha]], [[Orquestra Nacional de Espanha]] e a [[Orquestra Sinfônica de Madrid]]. As casas de ópera mais importantes incluem o [[Teatro Real]], o ''[[Gran Teatre del Liceu]]'', o [[Teatro Arriaga]], o [[Palácio Euskalduna]] e o [[Palácio das Artes Rainha Sofia]].{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

Milhares de fãs de música também viajam para a Espanha a cada ano para o festival de música reconhecido internacionalmente ''[[Sónar]]'' que muitas vezes apresenta os próximos artistas pop e techno, e ''[[Benicàssim]]'', que tende a característica de [[rock alternativo]] e atos de dança.<ref>{{cite web|url=http://www.spoonfed.co.uk/london/festivals/ |title=Music Festivals, UK Festivals and London Festivals |publisher=Spoonfed.co.uk |date= |accessdate=2011-11-01}}</ref> Ambos os festivais marcam uma presença internacional de música e refletir o gosto dos jovens no país.

O mais popular instrumento musical tradicional, a [[guitarra]], tem origem na Espanha.<ref>{{cite web|url=http://www.linguatics.com/guitar.htm |title=The History of the Guitar in Spain |publisher=Linguatics.com |date= |accessdate=2011-04-30}}</ref> Típicos do norte são os ''[[Gaita|gaiteros]]'',{{dn}} principalmente nas [[Astúrias]] e [[Galiza]].

=== Artes ===
{{Artigo principal|Arte na Espanha}}
[[Ficheiro:Bilbao.Guggenheim10.jpg|thumb|esquerda|[[Museu Guggenheim Bilbao|Museu Guggenheim]], em [[Bilbau]].]]

Artistas da Espanha têm sido altamente influentes no desenvolvimento de vários movimentos artísticos europeus. Devido à diversidade histórica, geográfica e de gerações, a arte espanhola tem conhecido um grande número de influências.{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

A herança mourisca na Espanha, especialmente na Andaluzia, é ainda hoje evidente em cidades como [[Córdova (Espanha)|Córdova]], [[Sevilha]] e [[Granada (Espanha)|Granada]]. Influências europeias incluem [[Itália]], [[Alemanha]] e [[França]], especialmente durante os períodos [[barroco]] e [[neoclássico]].{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

=== Arquitetura ===
{{Artigo principal|Arquitetura de Espanha}}

[[Ficheiro:Barcelona Temple Expiatori de la Sagrada Fam lia (2050445207).jpg|thumb|upright|A ''[[Templo Expiatório da Sagrada Família|Sagrada Família]]'', em [[Barcelona]].]]

Devido à sua diversidade histórica e geográfica, a arquitetura espanhola tem atraído a partir de uma série de influências. Uma cidade importante da província fundada pelos romanos e com uma infraestrutura extensa da [[era romana]], Córdova se tornou a capital cultural, incluindo uma arquitetura em estilo árabe, feita durante a época da dinastia islâmica dos [[Omíadas]].<ref>{{Cite book|first=Jo|last=Cruz|title=Western Views of Islam in Medieval and Early Modern Europe: Perception and Other|editor=Edited by David R. Blanks and Michael Frassetto|location=New York|publisher=Saint Martin's Press|year=1999|page=56}}</ref> A arquitetura de estilo árabe mais tarde continuou a ser desenvolvida sob as sucessivas dinastias islâmicas, terminando com os [[Nasridas]], que construíram seu famoso complexo do palácio em Granada.{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

Simultaneamente, os [[Reinos cristãos peninsulares|reinos cristãos]] gradualmente surgiram e desenvolveram seus próprios estilos, desenvolvendo um [[Arte pré-românica|estilo pré-românico]], quando por um tempo isolado das principais influências arquitetônicas contemporâneas europeias durante o início da [[Idade Média]], que mais tarde integraram os fluxos [[Arquitetura românica|românico]] e [[Arquitetura gótica|gótico]]. Houve então um extraordinário florescimento do estilo gótico, que resultou em inúmeras construções que forma sendo construídas em todo o território. O estilo [[mudéjar]], a partir dos séculos XII a XVII, foi desenvolvido através da introdução de motivos de estilo árabe, padrões e elementos em arquitectura europeia.{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

A chegada do [[modernismo]] na área acadêmica produziu grande parte da arquitetura do {{séc|XX}}. Um estilo influente no centro de Barcelona, conhecido como [[modernismo catalão]], produziu uma série de importantes arquitetos, dos quais [[Gaudí]] é um deles. O estilo internacional foi liderado por grupos como [[GATEPAC]]. A Espanha está atualmente a viver uma revolução na arquitetura contemporânea e arquitetos espanhóis como [[Rafael Moneo]], [[Santiago Calatrava]], [[Ricardo Bofill]], entre outros, ganharam renome mundial.{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

=== Esportes ===
{{Artigo principal|Esporte na Espanha}}

[[Ficheiro:Estadio Santiago Bernabéu - 02.jpg|thumb|esquerda|[[Estádio Santiago Bernabéu]], sede do ''[[Real Madrid Club de Fútbol]]''.]]

A ''[[Vuelta a España]]'' é um dos principais eventos esportivos do país, que junto ao [[Giro d’Italia]] e o [[Tour de France]], é uma das três [["Grandes Voltas"]] do ciclismo mundial. A ''Vuelta'' teve sua primeira edição em 1935, porém não houve edições durante a [[Segunda Guerra Mundial]]. Teve seu retorno em 1955 até atualmente. Até 2009 foram 63º edições da ''Vuelta a España''.{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

Os esportes na Espanha são dominados, principalmente, pelo [[ciclismo]], o [[futebol]] (desde o {{séc|XX}}), o [[basquete]], o [[ténis]], o [[andebol]], e pelos esportes de [[motor]], principalmente o [[Motociclismo]]. A partir dos [[Jogos Olímpicos de Barcelona 1992|Jogos Olímpicos de 1992]], disputados na cidade de [[Barcelona]], o país entrou na elite mundial em diversos esportes. Tem como maior ídolo no esporte [[Alberto Contador]], da equipe [[Astana]] Pro Cycling Team. Contador é vencedor do [[Tour de France 2007]] e 2009, além do [[Giro d'Italia 2008]] e [[Vuelta a España]] também em 2008, entre outras vitórias em voltas. É considerado o melhor ciclista da atualidade, e um dos grandes nomes do esporte de todos os tempos. Espanha é a atual campeã de futebol mundial, tendo vencido o Campeonato Mundial de Futebol de 2010, na África do Sul e tornou-se a única seleção de futebol a ser campeã do Mundo e bicampeã da Europa, tendo vencido o Campeonato Europeu de 2008, realizado na Suíça e na Áustria e o Campeonato Europeu de 2012, realizado na Polónia e Ucrânia.

Na Espanha se conserva a tradição de realizar diversos [[tauromaquia|espetáculos taurinos]], tais como os ''[[encierro]]s'' (corridas nas quais as pessoas correm junto aos touros pelas ruas) e as ‘‘corridas de toros’‘ ([[tourada]]s), que fazem parte da identidade de numerosas festas populares. As [[Praça de touros|praças de touros]] com maior relevância na temporada taurina são a de "[[Las Ventas]]" em [[Madrid]], a "[[Praça de Touros Monumental de Pamplona|Monumental]]" em [[Pamplona]], a {{ilc|"Maestranza"|Praça de touros de Sevilha|Praça de touros da Real Maestranza de Caballería de Sevilha}} em [[Sevilha]] e a de [[Praça de touros de Valência|Valência]].{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}<!---- Nota: este parágrafo deveria estar em "cultura", pois as touradas não são exatamente um desporto --->

=== Meios de comunicação ===
A televisão é o principal meio de comunicação audio-visual do país, com emissoras nacionais, regionais e locais. As principais emissoras são a [[Televisión Española|La 1]], ''La 2'', [[Antena 3 (Espanha)|Antena 3]], [[Cuatro]], [[Telecinco]] e [[La Sexta]].

Na imprensa, os principais jornais de circulação nacional são ''[[El País (Espanha)|El País]]'', ''[[El Mundo (Espanha)|El Mundo]]'', ''[[ABC (jornal)|ABC]]'', ''La Razón'' e ''[[La Vanguardia]]''. Na imprensa esportiva, destacam-se os jornais ''[[Marca (jornal)|Marca]]'' e ''As''.{{Carece de fontes|data=maio de 2012}}

=== Feriados ===
{| class=wikitable
! Dia !!Nome !!Nome em espanhol !!Observações
|-
| [[1 de janeiro]] || [[Ano Novo]] || ''Año Nuevo'' || &nbsp;
|-
| [[6 de janeiro]]|| [[Epifania do Senhor|Epifania]] || ''Epifanía'' || [[Reis Magos|Festa dos Reis Magos]]
|-
| [[19 de março]] || [[São José]] || ''San José'' || Exceto na [[Andaluzia]], [[Baleares]], [[Canárias]], [[Catalunha]] e [[La Rioja (Espanha)|La Rioja]]
|-
| Festa móvel || [[Quinta-Feira Santa]] || ''Jueves Santo'' || Exceto na Catalunha e [[Comunidade Valenciana|Valência]]
|-
| Festa móvel || [[Sexta-Feira Santa]] || ''Viernes Santo'' || &nbsp;
|-
| [[1 de maio]] || [[Dia do Trabalhador|Dia do Trabalho]] || ''Día del Trabajo'' || &nbsp;
|-
| [[25 de julho]] || [[Santiago Maior|Apóstolo Santiago]] || ''Santiago Apóstol'' || Exceto na Andaluzia, Catalunha, [[Ceuta]], [[Melilha]] e [[Navarra]].
|-
| [[15 de agosto]] || [[Assunção de Maria|Assunção]] || ''Asunción'' || &nbsp;
|-
| [[12 de outubro]] || Dia da [[Hispanidade]]<br />Festa da [[Virgem do Pilar]] || Día de la ''Hispanidad''<br />''Virgen del Pilar'' || Festa Nacional e Dia das [[Forças Armadas da Espanha|Forças Armadas]]
|-
| [[1 de novembro]] || [[Dia de Todos-os-Santos]] || ''Día de Todos los Santos'' || &nbsp;
|-
| [[6 de dezembro]] || Dia da Constituição || ''Día de la Constitución'' || &nbsp;
|-
| [[8 de dezembro]] || [[Imaculada Conceição]] || ''Inmaculada Concepción'' || &nbsp;
|-
| [[25 de dezembro]] || [[Natal]] || Navidad|| &nbsp;
|}

{{Referências|col=2}}

== Ligações externas ==
{{Correlatos
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* {{Link|es|2=http://www.constitucion.es|3=Constituição espanhola}}
* {{Link|es|2=http://www.ine.es|3=Instituto Nacional de Estatística}}
* {{Link|es|2=http://www.ine.es/prodeser/pubweb/anuarios_mnu.htm|3=Anuário Estatístico da Espanha}}
* {{Link|es|2=http://go.hrw.com/atlas/span_htm/spain.htm|3=Atlas da Espanha}}
* {{Link|es|2=http://www.embalses.net|3=Estado das represas da Espanha}}
* {{Link|es|2=http://www.javea-villas.org/espana/bandera.htm|3=Historia da bandeira da Espanha}}
* {{Link|en|2=http://www.spain.info|3=Web oficial do turismo em Espanha}}
* {{Link|en|2=http://www.economist.com/media/pdf/QUALITE_OF_LIFE.pdf|3=''The Economist'' classificação de países por qualidade de vida (2005) |4=-10º}}
* {{Link|en|2=https://www.cia.gov/librare/publicatçãos/the-world-factbook/geos/sp.html|3=Estatísticas da Espanha no ''CIA World Factbook''}}
* {{Link|en|2=http://www.rsf.fr/article.php3?id_article=4116|3=Índice da liberdade de imprensa |4=29º sobre 139 países}}
* {{Link|fr|2=http://www.espagnemania.com|3=Guia de Espanha}}

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Revisão das 13h28min de 9 de maio de 2013


thor moreira
thor moreira
Bandeira da Espanha
Brasão de Armas
Brasão de Armas
Bandeira Brasão de armas
Lema: Plus Ultra
(Latim: ‘‘Mais Além’’)
Hino nacional: Marcha Real (também chamado de Marcha Granadera)
noicon
noicon
Gentílico: Espanhol(a)

Localização de Espanha
Localização de Espanha

Localização da Espanha (em vermelho)

Na União Europeia (em branco)
Capital Madrid
40° 26′N 3° 42′E
Cidade mais populosa Madrid
Língua oficial Castelhano (ou espanhol)

Com estatuto co-oficial:
catalão, valenciano, galego, basco e aranês

Governo Monarquia constitucional
Democracia Parlamentarista
• Rei Juan Carlos I
• Presidente do Governo Mariano Rajoy
Formação  
• Unificação 1469 
• União Dinástica 1516 
• De facto 1716 
• De jure 1812 
Entrada na UE 1 de Janeiro de 1986
Área  
  • Total 504 030 km² (51.º)
 • Água (%) 1,04
 Fronteira Portugal, França, Andorra, Gibraltar e Marrocos
População  
  • Estimativa para 2012 37 265 321 hab. (27.º)
 • Densidade 90 hab./km² (106.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2010
 • Total US$ 1,413 trilhões * USD[1] (13.º)
 • Per capita US$ 30.639 USD[1] (29.º)
PIB (nominal) Estimativa de 2010
 • Total US$ 1,536 trilhões * USD[1] (12.º)
 • Per capita US$ 28.830 USD[1] (27.º)
IDH (2012) 0,885 (23.º) – muito alto[2]
Gini (2005) 32[3] 
Moeda Euro² (EUR)
Fuso horário CET3 (UTC+1)
 • Verão (DST) CEST (UTC+2)
Cód. ISO ESP
Cód. Internet .es
Cód. telef. +34
Website governamental www.la-moncloa.es
¹ Os idiomas co-oficiais são oficiais nas seguintes Comunidades autónomas: o catalão na Catalunha, Ilhas Baleares, e na Comunidade Valenciana (nesta última é chamado de valenciano), o galego na Galiza, o basco no País Basco e parte de Navarra, o aranês na comarca do Vale de Arão (província de Lérida).
² Antes da adoção do Euro, a moeda era a Peseta.
3 Nas Ilhas Canárias, o fuso horário é 0 UTC.

Espanha (em castelhano e galego: España; em catalão e valenciano: Espanya; em basco: Espainia; em aranês: Espanha), oficialmente Reino de Espanha (português europeu) ou Reino da Espanha (português brasileiro), é um país situado na Europa meridional, na Península Ibérica. Seu território principal é delimitado a sul e a leste pelo Mar Mediterrâneo, com exceção a uma pequena fronteira com o território britânico ultramarino de Gibraltar; ao norte pela França, Andorra e pelo Golfo da Biscaia e ao noroeste e oeste pelo Oceano Atlântico e por Portugal.

O território espanhol inclui ainda as Ilhas Baleares, no Mediterrâneo, as Ilhas Canárias, no Oceano Atlântico, próximas da costa Africana e duas cidades autônomas no norte de África, Ceuta e Melilla, que fazem fronteira com o Marrocos. Com uma área de 504 030 km², a Espanha é, depois da França, o segundo maior país da Europa Ocidental e da União Europeia.

Devido à sua localização, o território da Espanha foi sujeito a muitas influências externas, muitas vezes simultaneamente, desde os tempos pré-históricos até quando a Espanha se tornou um país. Por outro lado, o próprio país foi uma importante fonte de influência para outras regiões, principalmente durante a Era Moderna, quando se tornou um império mundial que deixou como legado mais de 400 milhões de falantes do espanhol espalhados pelo mundo.

A Espanha é uma democracia organizada sob a forma de um governo parlamentar sob uma monarquia constitucional. É um país desenvolvido com a nono PIB nominal mais elevado do mundo e elevado padrão de vida (a Espanha possui o 23º melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo).[2] É um membro das Organização das Nações Unidas (ONU), da União Europeia (UE), da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Etimologia

O nome Espanha deriva de Hispania, nome com o qual os romanos designavam geograficamente a Península Ibérica. O nome Ibéria era o que os gregos davam à península embora houvesse outras designações dadas pelos povos antigos.[4] Fato do termo Hispania não ter uma raiz latina resultou na formulação de diversas teorias sobre a sua origem, algumas controversas. A opção mais aceita seria a de que o nome Hispania provém do fenício i-spn-ea.[5] Os romanos tomaram essa denominação dos vencidos cartaginenses, interpretando o prefixo i como costa, ilha ou terra, e o sufixo ea com o significado de região. O lexema spn foi traduzido como Coelhos (na realidade Dassies, animais comuns no norte da África). O nome de Espanha, evolução da designação do Império Romano Hispania era, até ao século XVIII, apenas descritivo da península Ibérica, não se referindo a um país ou Estado específico, mas sim ao conjunto de todo o território ibérico e dos países que nele se incluíam. A Espanha é unificada durante o Iluminismo, até então era um conjunto de reinos juridicamente e politicamente independentes governados pela mesma monarquia.[6] Até à data da unificação a monarquia era formada por um conjunto de reinos associados por herança e união dinástica ou por conquista. A forma de governo era conhecida como aeque principaliter, os reinos eram governados cada um de forma independente, como se tivesse cada reino o seu próprio rei, cada reino mantinha o seu próprio sistema legal, a sua língua, os seus foros e os seus privilégios.[7] As Leyes de extranjeria determinavam que o natural de qualquer um dos reinos era estrangeiro em todos os outros reinos ibéricos.[8][9] A constituição de 1812 adopta o nome As Espanhas para a nova nação.[10] A constituição de 1876 adopta pela primeira vez o nome Espanha [11].[12]

Os termos "as Espanhas" e "Espanha" não eram equivalentes, e eram usados com muita precisão.[13] O termo As Espanhas referia-se a um conjunto de unidades jurídico-políticas, ou seja, referia-se a um conjunto de reinos independentes, primeiramente apenas aos reinos cristãos da península Ibérica, depois apenas aos reinos unidos sobre a mesma monarquia. O termo Espanha referia-se a um espaço geográfico e cultural que englobava diversos reinos independentes. A partir de Carlos V o uso do título Rei das Espanhas, referia-se à parte da Espanha que não incluía Portugal, mas esta designação era apenas uma forma de designar colectivamente um extenso número de reinos, uma abreviação, que não tinha validade jurídica, para uma longa lista de títulos reais cuja forma oficial era rei de Castela, de Leão, de Aragão, de Navarra, de Granada, de Toledo, de Valência, da Galiza, de Maiorca, de Menorca, de Sevilha, etc. (da mesma forma utilizava-se o título Sua Majestade Lusitâna para o rei de Portugal, ou rei Lusitano)[14][15][16]

O uso do da designação de "reis de Espanha" pelos reis Fernando e Isabel foi considerado uma ofensa pelo rei de Portugal que considerava que o nome designava a península.[17] A ultima vez que Portugal protestou oficialmente o uso do termo " coroa de Espanha" ou "monarchia de Espanha" pelo governo de Madrid foi, supõe-se, durante o Tratado de Utrecht em 1714.[18]

Actualmente o nome "península hispânica" não é aceite pelos portugueses e em parte pelos catalães, a designação usada é a de península Ibérica.[19]

A partir de 1640, com a Restauração da Independência de Portugal, a designação "Rei da Espanha" manteve-se, apesar de a união dinástica já não englobar toda a Península.

História

Ver artigo principal: História da Espanha

A História da Espanha é a própria de uma nação europeia, que compreende o período entre a pré-história e a época atual, passando pela formação e queda do primeiro Império espanhol.

Pré-história e povos pré-romanos

Os primeiros humanos chegaram à Península Ibérica no território da atual Espanha há 35 mil anos. Durante os milênios seguintes o território foi invadido e colonizado por celtas, fenícios, cartagineses, gregos e cerca de 218 a.C., a maior parte da península Ibérica começou a formar parte do Império Romano, sendo o rio Ebro a fronteira entre a Espanha romana e cartaginesa.[20]

Império Romano e Reino Visigodo

Ver artigos principais: Visigotia e Hispania

Durante a Segunda Guerra Púnica, uma expansão do Império Romano capturou colônias comerciais cartaginesas ao longo da costa do Mediterrâneo, cerca de 210 a 205 a.C. Os romanos levaram quase dois séculos para completar a conquista da península Ibérica, apesar de terem o controle de boa parte dela há mais de 600 anos. O domínio romano era unido pela lei, idioma e as estradas romanas.[21]

[[Ficheiro:Teatro Romano de Mérida (Badajoz, España) 02.jp

  1. a b c d «Spain». Fundo Monetário Internacional. Consultado em 5 de novembro de 2011 
  2. a b Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), ed. (14 de março de 2013). «Relatório de Desenvolvimento Humano 2013 – Ascensão do Sul: progresso humano num mundo diversificado» (PDF). Consultado em 15 de março de 2013 
  3. «CIA World Factbook». Consultado em 13 de agosto de 2008 
  4. Os mais primitivos nomes da Península Hispânica
  5. «Sobre inscrição encontrada em Cádiz» 
  6. Historia general de España y América: La España de las reformas pg 87
  7. The case for the Enlightenment: Scotland and Naples 1680-1760 pg55
  8. La Extranjería en la Historia Del Derecho Español
  9. LA CONDICIÓN JURÍDICA DE "ESPANOL" COMO PRODUCTO DEL DERECHO INDIANO
  10. La Constitución de Cádiz de 1812: hacia los orígenes del constitucionalismo pg 74-75
  11. Estado y territorio en España, 1820-1930: la formación del paisaje nacional pg 25-26
  12. Historia contemporánea de España: Siglo XIX pg 143
  13. Saint and Nation pg 10
  14. European Treaties Bearing on the History of the United States and... pg 33
  15. Los Quarenta libros del compendio historial de las chronicas y universal pg 612
  16. Corps universel diplomatique du droit des gens pg 71
  17. The history of Spain and Portugal from B.C. 1000 to A.D. 1814 pg 83
  18. Stanley G. Payne. Spain: A Unique History pg 269
  19. Enciclopedia GER
  20. Série de autores e consultores, Dorling Kindersley, History (título original), 2007, ISBN 978-989-550-607-1.
  21. Payne, Stanley G. (1973). «A History of Spain and Portugal; Ch. 1 Ancient Hispania». The Library of Iberian Resources Online. Consultado em 9 de agosto de 2008