Syd Barrett: diferenças entre revisões
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Syd Barrett | |
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Syd Barrett em 1969. | |
Informação geral | |
Nome completo | Roger Keith Barrett |
Também conhecido(a) como | Syd Barrett |
Nascimento | 6 de janeiro de 1946 |
Origem | Cambridge, Inglaterra |
País | Reino Unido |
Morte | 7 de julho de 2006 (60 anos) |
Gênero(s) | Rock psicodélico Folk psicodélico rock progressivo Space rock Blues rock |
Instrumento(s) | Vocal Guitarra Violão |
Período em atividade | 1965—1972 |
Gravadora(s) | Harvest Records, EMI |
Afiliação(ões) | Pink Floyd Stars |
Página oficial | SydBarrett.com |
Roger Keith Barrett, mais conhecido como Syd Barrett (Cambridge, 6 de janeiro de 1946 — Cambridge, 7 de julho de 2006) foi um cantor, produtor, guitarrista e pintor inglês, mais lembrado como um dos fundadores do Pink Floyd. Vieram de Barrett as principais ideias musicais e estilísticas daquela que, então, era uma banda de rock psicodélico, assim como o nome do grupo. Todavia, especulações sobre sua deterioração mental, agravada pelo exagerado uso de drogas, levaram à sua saída da banda, em 1968.
Além de ser um dos pioneiros do rock psicodélico, com as suas expressivas linhas de guitarra e composições imaginativas, Barrett também foi um dos pioneiros do space rock e do folk psicodélico. Esteve ativo enquanto músico por apenas sete anos, gravando, com o Pink Floyd, quatro singles, dois álbuns e diversas músicas não lançadas; como artista solo, lançou um single e três álbuns, até entrar em reclusão autoimposta, que durou mais de trinta anos.
Em sua vida pós-música, ele continuou pintando e se dedicou à jardinagem. Nunca mais voltou a público. Barrett morreu em 2006, por complicações advindas de Diabetes. Diversas biografias foram escritas sobre ele desde os anos 80, e o Pink Floyd escreveu e gravou inúmeros tributos a ele após sua saída do grupo, sendo o mais conhecido deles o álbum Wish You Were Here, de 1975. Em 1996, ele foi induzido ao Hall da Fama do Rock and Roll, como membro do Pink Floyd.
Biografia
Originalmente era o vocalista, guitarrista e principal compositor da banda Pink Floyd, principalmente no seu primeiro álbum The piper at the gates of dawn (1967). Foi também o autor dos singles "See Emily Play" e "Arnold Layne", e ainda de dois álbuns solo. Foi também um guitarrista inovador, um dos primeiros a explorar completamente as capacidades sonoras da distorção e especialmente da recém desenvolvida máquina de eco.
Embora a sua atividade na música tenha sido reduzida, a sua influência nos músicos dos anos 60 (e das gerações seguintes) especialmente no Pink Floyd, foi profunda.
À medida que a popularidade dos Floyd aumentava, assim como o consumo de drogas psicotrópicas por parte de Syd (especialmente LSD), a sua apresentação nos concertos tornava-se mais e mais imprevisível e o seu comportamento geral um estorvo para o sucesso da banda. Os problemas vieram durante a primeira aparição do grupo pelos Estados Unidos no fim de 1967. Syd começou a ficar extremamente difícil e cada vez mais ausente; tendo essa ausência e o seu estranho comportamento começado a causar problemas ao grupo[carece de fontes].
Numa ocasião famosa, no programa de televisão de Pat Boone, recusou-se a fingir que atuava, ficando parado, braços caídos ao longo do corpo e olhando fixamente para a câmara. Noutro incidente bem conhecido, diz-se que antes de entrar no palco Syd teria esmagado uma caixa inteira de tranquilizantes Mandrax, misturando-os com uma grande quantidade de creme para o cabelo Brylcreem, depois pôs a mistura sobre a cabeça e colocou-se por debaixo dos projetores de palco; a mistura viscosa derreteu e começou a escorrer pela sua cara dando a aparência estar a derreter. Outra história diz que Syd apareceu no estúdio apresentando aos colegas uma música nova chamada Have You Got It Yet. Conforme ele ia ensinando a canção ao grupo tornou-se óbvio que ele mudava os acordes cada vez que a tocava, tornando impossível a sua aprendizagem[carece de fontes].
Tem-se afirmado que os seus problemas com a droga não teriam sido apenas da sua responsabilidade, que ele era regularmente 'doseado' (drogado sem seu conhecimento) por "amigos" que lhe davam LSD todos os dias, embora antigos amigos de Syd Barrett tenham desmentido este fato num artigo sobre Barrett publicado no The Observer em 2002.
Quaisquer que fossem as causas, o que é certo é que passados apenas dois anos da formação do Pink Floyd, Barrett abandonou o grupo. Após ter gravado algumas partes do segundo álbum do Pink Floyd, A saucerful of secrets em 1968 - incluindo Jugband Blues, que faz referências óbvias à sua crescente indiferença em relação à banda - Barrett foi dispensado do grupo.
A intenção original era de que Barrett continuasse a contribuir para a escrita e gravação, e como ele era o principal compositor, havia a esperança que ele desempenhasse um papel semelhante ao do líder dos Beach Boys, Brian Wilson, que apesar de ter deixado de atuar ao vivo, tinha continuado a compor para o grupo. Mas Syd contribuía cada vez menos e o seu comportamento era cada vez mais errático, de tal forma que os outros membros do grupo deixaram de convidá-lo para os concertos e sessões de gravação.
O grupo contratou um velho amigo de Cambridge, guitarrista, David Gilmour, para primeiro alargar a banda e depois substituir Syd nos concertos, mas depressa se tornou óbvio que Syd nunca mais voltaria. A transição foi fácil pelo fato de Gilmour ser capaz de ocupar o lugar de Syd (foi Gilmour quem ensinou Barrett a tocar guitarra) e que mesmo que ao seu estilo faltasse o experimentalismo atrevido pelo qual Syd era conhecido, era considerado um vocalista e compositor talentoso e um guitarrista dotado. Assim, Gilmour tornou-se um membro permanente da banda, com o baixista Roger Waters assumindo a liderança do grupo.
O declínio de Syd teve um profundo efeito na escrita de Gilmour e Waters, e o tema da doença mental e a sombra da desintegração de Syd penetrou nos três álbuns de maior sucesso do Pink Floyd, The dark side of the moon, Wish you were here e The wall.
Syd foi-se retirando do mundo da música aos poucos, embora tivesse feito uma breve carreira solo editando dois álbuns idiossincráticos, mas bastante considerados The Madcap Laughs (1970) e Barrett (1971). A maior parte do material de ambos os álbuns terá sido escrito no seu período mais produtivo (fins de 1966 e princípio de 1967), acreditando-se que terá escrito muito pouco após ter deixado os Floyd.
O primeiro álbum apresenta fortes indícios do frágil estado de espírito de Syd, com faixas como "Dark globe" que mostram claramente que, apesar de ele ter bom material para trabalhar, era praticamente incapaz de participar em algumas sessões. O segundo álbum mostra um maior esforço em conseguir um acabamento mais polido. Em ambos os álbuns Syd trabalhou com o empresário dos Floyd, Peter Jenner, com Waters, Gilmour e com membros dos Soft Machine. Syd contribuiu também para a gravação do LP "Joy of a toy" de Kevin Ayers, embora a faixa em que ele tocou guitarra, "Religious Experience (singing a song in the morning)" não fosse comercializada até 2003.
Houve algumas sessões para um terceiro álbum que foram abortadas e que segundo se consta terminaram após Syd ter atacado um empregado do estúdio que lhe apresentou umas letras escritas a vermelho, e que Syd presumindo que se tratava de contas para pagar lhe teria mordido a mão[carece de fontes]. Syd passou muitos dos anos seguintes a pintar e as poucas telas que ele deu ou vendeu são hoje muito valiosas. Syd continuou a pintar e muitas vezes a ouvir música, estando entre os seus favoritos os Rolling Stones, Booker T. & The MGs e compositores clássicos, não tendo dado nenhuma atenção a uma compilação do Pink Floyd que lhe foi oferecida.
Syd continuou a sofrer de doença mental, bem como de problemas físicos provocados por uma úlcera péptica; mais recentemente foi-lhe diagnosticado diabetes. Foi ocasionalmente hospitalizado, existindo muita especulação entre os seus fãs e a imprensa sobre as causas desses internamentos. De acordo com um artigo publicado em The Observer em 2002, Syd não tomava qualquer medicação e especula-se que poderia sofrer de uma forma severa da Síndrome de Asperger. Em que pese o fato de Syd não ter aparecido ou falado publicamente desde 1973, o tempo não diminuiu o interesse na sua vida e obra, nem o interesse da imprensa na sua história; jornalistas e fãs continuaram a deslocar-se a Cambridge à sua procura, invadindo a sua privacidade.
O álbum de 1975 "Wish you were here" foi um tributo a Syd Barrett (que diz-se ter aparecido de surpresa numa sessão de gravação, afirmando estar pronto para trabalhar outra vez); a faixa "Shine On You Crazy Diamond", que abre e fecha o álbum, fala sobre Syd Barrett, conforme é reconhecido por alguns membros do Pink Floyd. A faixa " I know where Syd Barrett lives" de Television Personalities é outro tributo bem conhecido. Supostamente, Roger Waters, usou a partida de Barrett e a sua condição, como inspiração para o álbum The dark side of the moon, assim como, terá baseado o comportamento e personalidade de 'Pink', o principal personagem do filme The Wall, na vida real de Barrett.
Em 1988 a EMI editou "Opel", um álbum de material não editado de Barrett gravado em 1970. A EMI editou também "The best of Syd Barrett - Wouldn't you miss me?" no Reino Unido em 16 de Abril de 2001 e em 11 de Setembro do mesmo ano nos Estados Unidos.
Morreu em 7 de Julho de 2006,[1] em Cambridge, aos 60 anos de idade. As causas não foram confirmadas. Especula-se que tenha morrido por complicações relacionadas com a diabetes, enfermidade da qual sofria há anos, embora o jornal inglês The Guardian diga que a causa foi cancer[2]. Apesar de seu funeral ter sido aguardado por inúmeros fãs, somente a família esteve presente na cerimônia. Seu corpo foi cremado.[3]
Discografia
Álbuns a solo
- 1970: The Madcap Laughs
- 1970: Barrett
Singles com os Pink Floyd
- 1967: "Arnold Layne" / "Candy and a Currant Bun" (#20 Reino Unido)
- 1967: "See Emily Play" / "The Scarecrow" (#6 Reino Unido, #134 EUA)
- 1967: "Apples and Oranges" / "Paint Box" (Richard Wright)
Álbuns com os Pink Floyd
- The Piper at the Gates of Dawn (5 de Agosto de 1967) #6 Reino Unido, #131 EUA
- A Saucerful of Secrets (29 de Junho 1968) #9 Reino Unido
- London 1966/1967 2005
Compilações com os Pink Floyd (contendo o seu trabalho)
- Relics (14 de Maio de 1971) #34 Reino Unido, #152 EUA
- A Nice Pair (1974)
- Masters of Rock (1974, Europa) (também conhecido como The Best of the Pink Floyd)
- Works (1983)
- Shine On (1992 caixa)
- Echoes: The Best of Pink Floyd (5 Novembro de 2001) #2 Reino Unido, #2 EUA
- Oh, by the Way (2007 caixa)
Musicas a solo
- "Octopus"/"Golden Hair" (15 de Novembro de 1969)
Outros
- The Peel Sessions (1988, com material gravado no programa de John Peel, em 1970)
- Opel (1988, com material inédito gravado nos estúdios da EMI, em 1970)
- The best of Syd Barrett - Wouldn't you miss me? (2001, compilação)
- An Introduction to Syd Barrett (Outubro 2010): Uma colecção de musicas de Pink Floyd escritas por Barrett e de trabalho a solo.
Filmografia
- Syd's First Trip (1966)
- Pink Floyd London '66–'67 (1967)
- Tonite Let's All Make Love In London (1967)
- The Pink Floyd and Syd Barrett Story (2003)
Bibliografias
- Julian Palácios, Lost In The Woods: Syd Barrett and The Pink Floyd (Boxtree, 1997) ISBN 0-7522-2328-3
- Mike Watkinson e Pete Anderson, Crazy Diamond: Syd Barrett and the Dawn of "Pink Floyd" ISBN 0-7119-8835-8 (inclui pinturas de Barrett).
Referências
Ligações externas
- (em inglês) Website oficial
- (em inglês) Syd Barrett Astral Piper
- (em português) Página sobre Syd Barret
- (em inglês) Italian fan site
- (em inglês) The Syd Barrett Archives (Website de fã)
- (em inglês) Dolly Rocker (Website de fã)
- (em inglês) Syd Barrett no All Pink Floyd Fan Network - biografia, discografia, tablaturas, entrevistas, artigos e outros.
- (em inglês) You shone like the sun, do The Observer
- (em inglês) 1500 Photos of Syd Barrett - Provavelmente a coleção mais extensiva das fotos de Barrett desde bebê até sua morte.
- (em inglês) Perfil de Syd Barrett no Find A Grave
- (em português) Biografia sobre o SYD BARRET no Livro Rock Progressivo de Valdir Montanari