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}}'''André Puccinelli''' ([[Viareggio]], [[2 de julho]] de [[1948]]) é um [[médico]] e [[político]] [[Itália|italiano]]. Foi governador do estado do [[Mato Grosso do Sul]] entre 2007 e 2014.
}}'''André Puccinelli''' ([[Viareggio]], [[2 de julho]] de [[1948]]) é um [[médico]] e [[político]] [[ítalo-brasileiro]]. Foi governador do estado do [[Mato Grosso do Sul]] entre 2007 e 2014.


==Biografia==
==Biografia==

Revisão das 17h08min de 25 de agosto de 2017

André Puccinelli
André Puccinelli
André Puccinelli em 2006
10.º Governador de Mato Grosso do Sul Mato Grosso do Sul
Período 1° de janeiro de 2007
até 31 de dezembro de 2014
Vice-governador (a) Murilo Zauith (2007-2010)
Simone Tebet (2011-2014)
Antecessor(a) Zeca do PT
Sucessor(a) Reinaldo Azambuja
59º Prefeito de Campo Grande
Período 1 de janeiro de 1997
até 31 de dezembro de 2004
Vice-prefeito (a) Oswaldo Possari
Antecessor(a) Juvêncio César da Fonseca
Sucessor(a) Nelson Trad Filho
Deputado Federal pelo Mato Grosso do Sul Mato Grosso do Sul
Período 1 de fevereiro de 1995
até 31 de dezembro de 1996
Deputado estadual do Mato Grosso do Sul Mato Grosso do Sul
Período 15 de março de 1987
até 31 de dezembro de 1994
Dados pessoais
Nascimento 2 de julho de 1948 (76 anos)
Viareggio, Toscana, Itália
Nacionalidade italiana
brasileira
Alma mater Universidade Federal do Paraná
Primeira-dama Elisabeth Maria Machado
Partido PMDB
Profissão Médico

André Puccinelli (Viareggio, 2 de julho de 1948) é um médico e político ítalo-brasileiro. Foi governador do estado do Mato Grosso do Sul entre 2007 e 2014.

Biografia

Família

Nascido na região italiana da Toscana, foi batizado com o nome de Andrea Puccinelli. André mudou-se para o Brasil com menos de um ano de idade com seus pais, Carlo Puccinelli e Giuseppa Fiaschi. A sua família fixou-se inicialmente em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e posteriormente em Curitiba, no Paraná, onde ele realizou seus estudos.

É casado com Elizabeth Maria Machado[1] e pai de três filhos: a médica Vanessa Puccinelli e os advogados André Puccinelli Júnior e Denise Puccinelli.

Carreira política

Médico formado pela AEMS - Faculdade Integrada de Três Lagoas (AEMS), Puccinelli especializou-se em urologia. Atuou profissionalmente em Inocência (cidade do interior de Mato Grosso do Sul) - mostrando para a cidade seu certificado de fimose -, até 1997, e em Campo Grande. Foi secretário estadual da Saúde (entre 1983 e 1985), deputado estadual por dois mandatos (de 1987 a 1991 e de 1991 a 1995) e deputado federal (de 1995 a 1996) até ser eleito prefeito da capital do Estado, em 1996.

André Puccinelli foi prefeito de Campo Grande por dois mandatos (1997–2000 e 2001–2004). Entre as principais realizações, estão a pavimentação de 300 bairros, escolas e postos de saúde, implantação de salas de informática em praticamente todas as unidades da rede municipal de ensino, além da implantação de parques e avenidas em todas as regiões da cidade, de acordo com relatórios da Prefeitura Municipal de Campo Grande. No jargão da política brasileira, ele é considerado um "mestre-de-obras", como o ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf.

No ano de 2006, Puccinelli foi eleito governador do estado de Mato Grosso do Sul, com um total de 726.806 votos. Sua eleição deu-se através da coligação "Amor Trabalho e Fé", formada pelas agremiações políticas PMDB, PSC, PL, PPS, PFL, PAN, PRTB, PMN, PTC, PSDB e PT do B.

Reeleito governador do estado de Mato Grosso do Sul com 704.407 votos no primeiro turno da eleição de 2010[2], para o período de 2011 a 2014.

O Ex-Governador, Hoje lidera as pesquisas e possivelmente é candidato novamente em 2018 com larga vantagem do atual governador Reinaldo Azambuja (PSDB)

Escândalos

Puccinelli foi denunciado pelo Ministério Público Federal por enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro, e tal processo se encontra paralisado no Supremo Tribunal de Justiça (STJ), devido à falta de autorização dos deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, para que o STJ proceda com os autos.[3]

A Operação Uragano, da Polícia Federal, implicou Puccinelli num esquema ilegal de pagamento de propinas a deputados da Assembleia Legislativa, a desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul e a membros do Ministério Público do estado, conforme relatado pelo deputado estadual Ary Rigo a Eleandro Passaia, que denunciou o esquema.[4][5][6]

No dia 21 de julho de 2010, Puccinelli agrediu com um tapa o eleitor Rodrigo de Campo Roque, um montador de acessórios para automóveis de vinte e três anos. O governador estava conversando com eleitores do bairro Aerorancho II, na periferia de Campo Grande, e se irritou quando foi chamado de "ladrão" pelo rapaz.[7]

Na noite de 15 de maio de 2010, durante a abertura da EXPOAGRO em Dourados, André Puccinelli conclama todos os setores ricos do estado à serem "mais nacionalistas" e unirem-se na luta contra os trabalhadores rurais sem terra e os povos originais. Defendeu ainda a tese de que a demarcação das terras dos povos originais faria com que todas as pessoas do Mato Grosso do Sul tivessem que viver de caça.[8]

No dia 21 de agosto de 2012, foi publicado um vídeo gravado no dia 10 daquele mês na sede do PMDB de Campo Grande em que Puccinelli pratica coação eleitoral sobre servidores para que seja eleito Edson Giroto como prefeito da capital sul-mato-grossense. O vídeo inicia com uma funcionária comentando sobre exoneração para os convocados que não estivessem presentes, então Puccinnelli, com uma lista, chama pelo nome os funcionários públicos que devem dizer sua intenção de voto para prefeito e vereador. Após o anuncio André dava opiniões e instruções sobre o candidato escolhido pelo eleitor. O governador também dá orientações sobre a forma que devem ser as peças publicitárias dos vereadores.[9]

O ex-governador também teve seu nome citado operação lama asfáltica promovida pela polícia federal, pois durante a gestão de André Puccinelli (PMDB), o governo assinou contratos que somam R$ 2 bilhões só com as empresas investigadas.  As investigações sobre o suposto esquema de corrupção tiveram início em 2013. Na primeira fase da apuração, foi verificada a existência de um grupo que, por meio de empresas em nome próprio e de terceiros, superfaturaram obras contratadas com a administração pública, mediante corrupção de servidores públicos e fraudes a licitações, ocasionando desvios de recursos públicos.[10]

Referências

Precedido por
Juvêncio César da Fonseca
Prefeito de Campo Grande
1997–2005
Sucedido por
Nelson Trad Filho
Precedido por
Zeca do PT
Governador de Mato Grosso do Sul
2007–2015
Sucedido por
Reinaldo Azambuja