Eumir Deodato: diferenças entre revisões
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→Carreira: informações sobre dois discos importantes gravados nos anos 2000 Etiquetas: Revertida Editor Visual |
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|imagem = Eumir Deodato 1970.jpg |
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|nascimento_data = {{dnibr|22|6|1943|lang=br}}<ref name="Cravo Albin">CRAVO ALBIN, Ricardo. [http://www.dicionariompb.com.br/eumir-deodato Verbete Eumir Deodato]. Publicado em [[Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira]]. Página visitada em 08 de maio de 2013.</ref> |
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|nascimento_cidade = [[Rio de Janeiro]], [[Distrito Federal do Brasil (1891–1960)|DF]] <!-- NÃO ALTERAR: entre 24/02/1891 e 21/04/1960, o Rio de Janeiro foi a capital federal e se situava no Distrito Federal. Brasília sedia o DF desde 21/04/1960 --><ref name="Cravo Albin"/> |
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'''Eumir Deodato de Almeida''' ([[Rio de Janeiro]], [[22 de junho]] de [[1943]]) é um [[Piano|pianista]], [[Arranjo (música)|arranjador]] e [[produtor musical]] [[brasil]]eiro.<ref name="Cravo Albin"/> Participou do movimento [[Bossa Nova]] e da efervescência do [[samba jazz]] no início da [[década de 1960]], estabelecendo-se como requisitado arranjador, ao lado de nomes consagrados como [[Radamés Gnattali]] e [[Moacir Santos]].<ref name="Copa">SUKMAN, Hugo. Deodato: um dom dado por Deus. Publicado na revista Copa Fest, edição 05, 2012.</ref> Após breve carreira como líder de conjunto no Brasil, radica-se nos [[Estados Unidos da América]] |
'''Eumir Deodato de Almeida''' ([[Rio de Janeiro]], [[22 de junho]] de [[1943]]) é um [[Piano|pianista]], [[Arranjo (música)|arranjador]] e [[produtor musical]] [[brasil]]eiro.<ref name="Cravo Albin"/> Participou do movimento [[Bossa Nova]] e da efervescência do [[samba jazz]] no início da [[década de 1960]], estabelecendo-se como requisitado arranjador, ao lado de nomes consagrados como [[Radamés Gnattali]] e [[Moacir Santos]].<ref name="Copa">SUKMAN, Hugo. Deodato: um dom dado por Deus. Publicado na revista Copa Fest, edição 05, 2012.</ref> Após breve carreira como líder de conjunto no Brasil, radica-se nos [[Estados Unidos da América]] onde, afiliando-se à gravadora [[CTI Records]], trabalha com diversos nomes de relevo da música mundial, como [[Aretha Franklin]], [[Wes Montgomery]] e [[Frank Sinatra]].<ref name="Cravo Albin"/> Na [[década de 1960|década seguinte]], conseguiu gravar e lançar seus discos solo internacionalmente, obtendo sucesso também como intérprete, com uma versão da introdução do [[poema sinfônico]] "[[Also sprach Zarathustra (Strauss)|Also sprach Zarathustra]]", de [[Richard Strauss]].<ref name="Revista Brasileiros">PINHEIRO, Marcelo. [http://brasileiros.com.br/2014/03/preludio-para-a-consolidacao-de-um-genio-chamado-deodato/ Prelúdio para a consolidação mundial de Eumir Deodato] {{Wayback|url=http://brasileiros.com.br/2014/03/preludio-para-a-consolidacao-de-um-genio-chamado-deodato/ |date=20150123034034 }}. Publicado em [[Brasileiros (revista)|Revista Brasileiros]] em 13 de março de 2014. Página visitada em 22 de janeiro de 2015.</ref><ref name="Jazz Station">DESOUTEIRO, Arnaldo. 40 Years of Eumir Deodato's iconic "Prelude". Publicado em Jazz Station – Arnaldo DeSouteiro’s Blog (jazz, bossa e Beyond), Los Angeles – Based Jazz Historian, Educator and Record Producer. Voting member of Naras-Grammy, Jazz Journalists Association and Los Angeles Jazz Society. Founder & Ceo of Jazz Station Records (JSR), a division of Jazz Station Marketing & Consulting – Los Angeles, Califórnia – 30 de setembro de 2013. Página visitada em 1º de março de 2014.</ref><ref name="Rolling Stone">ROCHA, Antônio do Amaral. [http://rollingstone.uol.com.br/edicao/57/entrevista-eumir-deodato Entrevista: Eumir Deodato]. Publicado em [[Rolling Stone Brasil]], edição 57, junho de 2011. Página visitada em 16 de maio de 2013.</ref> Trabalhou em quase 500 discos, escreveu trilha sonora para vários filmes e recebeu diversos prêmios, entre eles 16 [[Certificações por vendas de gravação musical|discos de platina]] e um [[Grammy Award|Grammy]], sendo considerado "uma personalidade internacional no mercado norte-americano de música".<ref name="Cravo Albin"/> |
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== Carreira == |
== Carreira == |
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Deodato iniciou sua carreira apresentando-se ao lado de |
Deodato iniciou sua carreira apresentando-se ao lado de [[Roberto Menescal]] e [[Durval Ferreira]], em 1959, no auge da [[Bossa Nova]]. No começo da [[década de 1960]] começou a se estabelecer como [[Arranjo (música)|arranjador]], mesmo sendo muito jovem fez arranjos para o álbum de estreia de [[Marcos Valle]]<ref name="Cravo Albin"/> e para três discos de [[Wilson Simonal]], incluindo o elogiado ''A Nova Dimensão do Samba'', que contém a versão do cantor carioca para "[[Nanã]]" do [[maestro]] [[Moacir Santos]],<ref name="biografia Simonal">ALEXANDRE, Ricardo. ''Nem vem que não tem: a vida e o veneno de Wilson Simonal''. [[São Paulo (cidade)|São Paulo]]: [[Livraria do Globo|Globo]], [[2009]]. ISBN 978-85-750-4728-1.</ref> considerado pela revista [[Playboy]] como um dos 50 melhores discos brasileiros de todos os tempos.<ref name="playboy">''50 melhores discos brasileiros'' - [[Playboy]], Edição nº 375, setembro de 2006, pp. 57 a 63.</ref> Em 1964, lança, pela gravadora [[Forma (gravadora)|Forma]], ''[[Inútil Paisagem (álbum)|Inútil Paisagem]]'', clássico do [[samba jazz]], em que interpreta apenas canções de [[Antônio Carlos Jobim|Tom Jobim]] podendo ser sentida a influência de [[Gil Evans]] nos arranjos e um uso inventivo da orquestração, bem como a criatividade na escolha dos timbres.<ref name="Allmusic Paisagem">NEDER, Alvaro. [http://www.allmusic.com/album/inutil-paisagem-mw0000530279 Inútil Paisagem]. Publicado em [[allmusic]]. Página visitada em 15 de maio de 2013.</ref> |
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Em seguida, reuniu vários nomes famosos do samba jazz, como [[Geraldo Vespar]], [[Wilson das Neves]] |
Em seguida, reuniu vários nomes famosos do samba jazz, como [[Geraldo Vespar]], [[Wilson das Neves]], [[Dom Um Romão]] e [[Ivan Conti]] (o baterista Mamão), para formar o [[supergrupo]] [[Os Catedráticos]] que lançaram três discos em 1964 e 1965.<ref name="CliqueMusic Catedráticos">[http://cliquemusic.uol.com.br/artistas/ver/os-catedraticos Verbete Os Catedráticos]. Publicado em [[CliqueMusic]]. Página visitada em 15 de maio de 2013.</ref> Continuou trabalhando como arranjador e produtor de álbuns como ''Balanço Zona Sul e Outros Sucessos'', de [[Tito Madi]]<ref name="CliqueMusic">[http://cliquemusic.uol.com.br/artistas/ver/eumir-deodato Verbete Eumir Deodato]. Publicado em [[CliqueMusic]]. Página visitada em 15 de maio de 2013.</ref> e, também, como selecionador prévio do [[Festival Internacional da Canção]], sendo considerado um dos responsáveis pelo lançamento do compositor [[Milton Nascimento]] ao selecionar músicas suas para o festival<ref name="Cravo Albin"/> e ao arranjar seu disco de estreia, ''[[Travessia (álbum)|Travessia]]''.<ref name="CliqueMusic"/> |
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| ⚫ | Em 1967, mudou-se para [[Nova Iorque]] a convite de [[Luiz Bonfá]] para escrever arranjos para discos seus e Eumir estabelece-se como arranjador e produtor musical na gravadora [[CTI Records]], vindo a trabalhar nos discos de Tom Jobim, [[Walter Wanderley]], [[Paul Desmond]], [[Aretha Franklin]], [[Frank Sinatra]], [[Tony Bennett]], [[Roberta Flack]] (escrevendo o arranjo de "[[Killing Me Softly with His Song]]"<ref name="Copa"/>), [[Wes Montgomery]] e [[Ray Bryant]], entre outros.<ref name="Cravo Albin"/> Em 1972, grava, no Brasil, o disco ''Percepção'', lançado pela EMI-Odeon,<ref name="CliqueMusic"/> e, em setembro do mesmo ano, recebe a chance de gravar seu primeiro álbum solo fora do Brasil e o resultado é ''Prelude'', lançado pela CTI Records em janeiro de 1973.<ref name="Revista Brasileiros"/><ref name="Jazz Station"/> O álbum surpreendeu a todos com uma versão jazzística e suingada da introdução de "[[Also sprach Zarathustra (Strauss)|Also sprach Zarathustra]]", do compositor de [[música clássica]] [[Richard Strauss]] durante o ano de 1973.<ref name="Revista Brasileiros"/><ref name="Jazz Station"/><ref name="Rolling Stone"/> A canção, um [[poema sinfônico]] que havia tornado-se famoso ao ser largamente utilizada por [[Stanley Kubrick]] no seu filme de 1968, ''[[2001: A Space Odyssey]]'', atingiu o segundo lugar na parada de sucessos norte-americana<ref>Feldman, Christopher (2000). British Hit Singles & Albums (19th ed.). London: Guinness World Records Limited. p. 151.</ref> e foi a 7ª mais ouvida no [[Reino Unido]].<ref>Roberts, David (2006). Billboard Book of Number 2 Singles. Watson-Guptill. p. 136.</ref> Com isso, o álbum acabou vendendo 5 milhões de cópias, ficando em terceiro lugar na parada de sucessos de álbuns da [[Billboard]],<ref name="Allmusic Prelude">GINELL, Richard S. [http://www.allmusic.com/album/prelude-mw0000191718 Prelude]. Publicado em [[allmusic]]. Página visitada em 16 de maio de 2013.</ref> e Deodato ganhou o [[Grammy Award|Grammy]] de melhor performance instrumental de música pop no ano de 1974.<ref name="Cravo Albin"/> |
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Em 1967, mudou-se para [[Nova Iorque]] a convite de [[Luiz Bonfá]] para escrever arranjos para sete discos seus e um de Maria Helena Toledo, esposa do violonista. Apresentado por Bonfá ao produtor Creed Taylor, então trabalhando na gravadora Verve, participam do disco "Beach Samba", de Astrud Gilberto. Eumir estabelece-se como arranjador na gravadora [[CTI Records]], vindo a trabalhar nos discos de Tom Jobim, [[Walter Wanderley]], [[Paul Desmond]], Wes Montgomery, Stanley Turrentine. Grava também com [[Aretha Franklin]], [[Frank Sinatra]], [[Roberta Flack]] (escrevendo o arranjo de "[[Killing Me Softly with His Song]]"<ref name="Copa"/>), e [[Ray Bryant]], entre outros.<ref name="Cravo Albin"/> |
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Ainda em 1973, grava com [[João Donato]] o álbum ''[[Donato Deodato]]'' no qual conduz e faz arranjos para o conjunto do pianista brasileiro radicado nos [[Estados Unidos da América]]. Nos anos seguintes, gravou com bastante frequência, pela CTI Records, [[Music Corporation of America|MCA Records]], [[Gravações Elétricas S.A.|Chantecler]] e [[WEA]],<ref name="Allmusic">YANOW, Scott. [http://www.allmusic.com/artist/deodato-mn0000212614 Eumir Deodato]. Publicado em [[allmusic]]. Página visitada em 16 de maio de 2013.</ref> destacando-se sua parceria com [[Airto Moreira]], em 1974, bem como dedicou-se, também, ao trabalho como produtor e arranjador, destacando-se sua parceria com a banda [[Kool & the Gang]], entre 1979 e 1983.<ref name="Allmusic"/> Na [[década de 1980]], continuou atuando como arranjador e produtor, diminuindo o ritmo das gravações. Participou da produção de vários filmes de Hollywood escrevendo ou participando da trilha sonora, como ''[[Being There]]'' e ''[[Os Caça-fantasmas II]]''.<ref name="Cravo Albin"/> Nos [[década de 1990|anos 1990]], destaca-se o seu trabalho com a cantora [[Islândia|islandesa]] [[Björk]], assinando os arranjos dos discos ''[[Post (álbum)|Post]]'', ''[[Telegram]]'' e ''[[Homogenic]]''.<ref name="Época">CASALETTI, Danilo. [http://revistaepoca.globo.com/cultura/noticia/2013/05/eumir-deodato-musica-nao-tem-que-ser-veiculo-para-politica.html Eumir Deodato: “A música não tem que ser veículo para a política”]. Publicado em [[Época (revista)|Revista Época]], edição 780, de 06 de maio de 2013. Página visitada em 16 de maio de 2013.</ref> Na [[década de 2000]], continuou gravando, embora esparsamente, e tocando com seu trio, destacando-se, neste período, a trilha sonora que fez para o filme de [[Bruno Barreto]], ''[[Bossa Nova (filme)|Bossa Nova]]'', em 2000. Em 2016, apresentou-se no Sesc Belenzinho, em São Paulo.<ref>{{Citar web |ultimo=Sanches |primeiro=Pedro Alexandre |ultimo2= |primeiro2= |url=https://farofafa.cartacapital.com.br/2016/09/10/assim-falou-zaratustra/ |titulo=Assim falou Zaratustra |data=2016-09-10 |acessodata=2020-03-06 |obra=Farofafá |publicado= |lingua=pt-BR}}</ref> |
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| ⚫ | Em 1972, grava, no Brasil, o disco ''Percepção'', lançado pela EMI-Odeon,<ref name="CliqueMusic" |
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Ainda em 1973, grava com [[João Donato]] o álbum ''[[Donato Deodato]]'' no qual conduz e faz arranjos para o conjunto do pianista brasileiro radicado nos [[Estados Unidos da América]]. Nos anos seguintes, gravou com bastante frequência, pela CTI Records, [[Music Corporation of America|MCA Records]], e [[WEA]],<ref name="Allmusic">YANOW, Scott. [http://www.allmusic.com/artist/deodato-mn0000212614 Eumir Deodato]. Publicado em [[allmusic]]. Página visitada em 16 de maio de 2013.</ref> destacando-se sua parceria com [[Airto Moreira]], em 1974, bem como dedicou-se, também, ao trabalho como produtor e arranjador, destacando-se o trabalho com a banda Earth, Wind & Fire no álbum "All 'N' All", sua parceria com a banda [[Kool & the Gang]] em quatro discos que venderam, cada um, mais de um milhão de cópias, e geraram sucessos como "Ladies' Night" e "Celebration" entre 1979 e 1983.<ref name="Allmusic" /> |
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Na [[década de 1980]], continuou atuando como arranjador e produtor. Fundou seu estúdio de gravação Duplex Sound, e produziu álbuns de sucesso para Chuck Mangione, One Way, Juicy, Con Funk Shun, Kleeer, Brenda K. Starr, Pretty Poison, Breakfast Club, Tania Maria e Eliane Elias. Participou da produção de vários filmes de Hollywood escrevendo ou participando da trilha sonora, como ''[[Being There|Being There,]] Body Rock, Beat Street, White Nights'' e ''[[Os Caça-fantasmas II]]''.<ref name="Cravo Albin" /> Nos [[década de 1990|anos 1990]], destaca-se o seu trabalho com a cantora [[Islândia|islandesa]] [[Björk]], assinando os arranjos dos discos ''[[Post (álbum)|Post]]'', ''[[Telegram]]'' e ''[[Homogenic]]''.<ref name="Época">CASALETTI, Danilo. [http://revistaepoca.globo.com/cultura/noticia/2013/05/eumir-deodato-musica-nao-tem-que-ser-veiculo-para-politica.html Eumir Deodato: “A música não tem que ser veículo para a política”]. Publicado em [[Época (revista)|Revista Época]], edição 780, de 06 de maio de 2013. Página visitada em 16 de maio de 2013.</ref> Fez arranjos para três discos de Ithamara Koorax ("Almost In Love", "Exclusively For My Friends", "Serenade In Blue"), voltou a trabalhar com Luiz Bonfá (no disco "The Bonfá Magic"), excursionou com a banda JSR All-Stars, gravou novamente com Milton Nascimento ("Pieta") e fez arranjos para discos de Marisa Monte, Titãs e Anna Carolina. |
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Em 1998, Deodato convidou o produtor Arnaldo DeSouteiro para auxilia-lo na recuperação de seus discos gravados nos anos 1960. Juntos, co-produziram as primeiras reedições oficiais de oito álbuns, pela primeira vez lançados mundialmente no formato de CD. Entre eles, "Inútil Paisagem", "Idéias" e a coleção completa das gravações como grupo Os Catedráticos. Deodato supervisionou pessoalmente as remasterizações feitas, a partir das fitas originais, pelo engenheiro de som Rodrigo de Castro Lopes no estúdio da Visom Digital. Na [[década de 2000]], lançou dois novos álbuns, "Eumir Deodato Trio Ao Vivo" (gravado no Brasil em 2007) e "The Crossing" (gravado na Itália em 2010), continuou gravando, embora esparsamente, e tocando com seu trio, destacando-se, neste período, a trilha sonora que fez para o filme de [[Bruno Barreto]], ''[[Bossa Nova (filme)|Bossa Nova]]'', em 2000. Em 2016, apresentou-se no Sesc Belenzinho, em São Paulo.<ref>{{Citar web |ultimo=Sanches |primeiro=Pedro Alexandre |ultimo2= |primeiro2= |url=https://farofafa.cartacapital.com.br/2016/09/10/assim-falou-zaratustra/ |titulo=Assim falou Zaratustra |data=2016-09-10 |acessodata=2020-03-06 |obra=Farofafá |publicado= |lingua=pt-BR}}</ref> |
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== Discografia == |
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==== Estúdio ==== |
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* 1964 - ''Impulso!'' |
* 1964 - ''Impulso!'' |
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* 1965 - ''Tremendão'' |
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* 1965 - ''Ataque'' |
* 1965 - ''Ataque'' |
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* 1965 - ''O Som dos Catedráticos'' |
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* 1973 - ''Os Catedráticos 73'' |
* 1973 - ''Os Catedráticos 73'' |
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* 1998 - ''Os Catedráticos Vol. 2'' |
* 1998 - ''Os Catedráticos Vol. 2'' |
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'''Estúdio''' |
'''Estúdio''' |
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* 1964 - ''[[Inútil Paisagem (álbum)|Inútil Paisagem]]'' |
* 1964 - ''[[Inútil Paisagem (álbum)|Inútil Paisagem]]'' |
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* 1965 - ''Ideias'' |
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* 1965 - ''Los Danceros en Bolero'' |
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* 1972 - ''Percepção'' |
* 1972 - ''Percepção'' |
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* 1985 - ''Motion'' |
* 1985 - ''Motion'' |
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* 1989 - ''Somewhere Out There'' |
* 1989 - ''Somewhere Out There'' |
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* 2010 - ''The Crossing'' |
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'''Ao Vivo''' |
'''Ao Vivo''' |
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* 1974 - ''In Concert'' (com [[Airto Moreira]]) |
* 1974 - ''In Concert'' (com [[Airto Moreira]]) |
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* 1989 - ''Live At Felt Forum - The 2001 Concert'' |
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* 2007 - ''Eumir Deodato Trio Ao Vivo'' |
* 2007 - ''Eumir Deodato Trio Ao Vivo'' |
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Revisão das 14h51min de 5 de dezembro de 2023
| Eumir Deodato | |
|---|---|
 | |
| Informação geral | |
| Nome completo | Eumir Deodato de Almeida |
| Nascimento | 22 de junho de 1943 (81 anos)[1] |
| Local de nascimento | Rio de Janeiro, DF [1] Brasil |
| Nacionalidade | brasileiro |
| Gênero(s) | |
| Ocupação(ões) | |
| Instrumento(s) | |
| Período em atividade | 1959-atualmente |
| Gravadora(s) | |
| Afiliação(ões) | |
Eumir Deodato de Almeida (Rio de Janeiro, 22 de junho de 1943) é um pianista, arranjador e produtor musical brasileiro.[1] Participou do movimento Bossa Nova e da efervescência do samba jazz no início da década de 1960, estabelecendo-se como requisitado arranjador, ao lado de nomes consagrados como Radamés Gnattali e Moacir Santos.[2] Após breve carreira como líder de conjunto no Brasil, radica-se nos Estados Unidos da América onde, afiliando-se à gravadora CTI Records, trabalha com diversos nomes de relevo da música mundial, como Aretha Franklin, Wes Montgomery e Frank Sinatra.[1] Na década seguinte, conseguiu gravar e lançar seus discos solo internacionalmente, obtendo sucesso também como intérprete, com uma versão da introdução do poema sinfônico "Also sprach Zarathustra", de Richard Strauss.[3][4][5] Trabalhou em quase 500 discos, escreveu trilha sonora para vários filmes e recebeu diversos prêmios, entre eles 16 discos de platina e um Grammy, sendo considerado "uma personalidade internacional no mercado norte-americano de música".[1]
Carreira
Deodato iniciou sua carreira apresentando-se ao lado de Roberto Menescal e Durval Ferreira, em 1959, no auge da Bossa Nova. No começo da década de 1960 começou a se estabelecer como arranjador, mesmo sendo muito jovem fez arranjos para o álbum de estreia de Marcos Valle[1] e para três discos de Wilson Simonal, incluindo o elogiado A Nova Dimensão do Samba, que contém a versão do cantor carioca para "Nanã" do maestro Moacir Santos,[6] considerado pela revista Playboy como um dos 50 melhores discos brasileiros de todos os tempos.[7] Em 1964, lança, pela gravadora Forma, Inútil Paisagem, clássico do samba jazz, em que interpreta apenas canções de Tom Jobim podendo ser sentida a influência de Gil Evans nos arranjos e um uso inventivo da orquestração, bem como a criatividade na escolha dos timbres.[8]
Em seguida, reuniu vários nomes famosos do samba jazz, como Geraldo Vespar, Wilson das Neves, Dom Um Romão e Ivan Conti (o baterista Mamão), para formar o supergrupo Os Catedráticos que lançaram três discos em 1964 e 1965.[9] Continuou trabalhando como arranjador e produtor de álbuns como Balanço Zona Sul e Outros Sucessos, de Tito Madi[10] e, também, como selecionador prévio do Festival Internacional da Canção, sendo considerado um dos responsáveis pelo lançamento do compositor Milton Nascimento ao selecionar músicas suas para o festival[1] e ao arranjar seu disco de estreia, Travessia.[10]
Em 1967, mudou-se para Nova Iorque a convite de Luiz Bonfá para escrever arranjos para discos seus e Eumir estabelece-se como arranjador e produtor musical na gravadora CTI Records, vindo a trabalhar nos discos de Tom Jobim, Walter Wanderley, Paul Desmond, Aretha Franklin, Frank Sinatra, Tony Bennett, Roberta Flack (escrevendo o arranjo de "Killing Me Softly with His Song"[2]), Wes Montgomery e Ray Bryant, entre outros.[1] Em 1972, grava, no Brasil, o disco Percepção, lançado pela EMI-Odeon,[10] e, em setembro do mesmo ano, recebe a chance de gravar seu primeiro álbum solo fora do Brasil e o resultado é Prelude, lançado pela CTI Records em janeiro de 1973.[3][4] O álbum surpreendeu a todos com uma versão jazzística e suingada da introdução de "Also sprach Zarathustra", do compositor de música clássica Richard Strauss durante o ano de 1973.[3][4][5] A canção, um poema sinfônico que havia tornado-se famoso ao ser largamente utilizada por Stanley Kubrick no seu filme de 1968, 2001: A Space Odyssey, atingiu o segundo lugar na parada de sucessos norte-americana[11] e foi a 7ª mais ouvida no Reino Unido.[12] Com isso, o álbum acabou vendendo 5 milhões de cópias, ficando em terceiro lugar na parada de sucessos de álbuns da Billboard,[13] e Deodato ganhou o Grammy de melhor performance instrumental de música pop no ano de 1974.[1]
Ainda em 1973, grava com João Donato o álbum Donato Deodato no qual conduz e faz arranjos para o conjunto do pianista brasileiro radicado nos Estados Unidos da América. Nos anos seguintes, gravou com bastante frequência, pela CTI Records, MCA Records, Chantecler e WEA,[14] destacando-se sua parceria com Airto Moreira, em 1974, bem como dedicou-se, também, ao trabalho como produtor e arranjador, destacando-se sua parceria com a banda Kool & the Gang, entre 1979 e 1983.[14] Na década de 1980, continuou atuando como arranjador e produtor, diminuindo o ritmo das gravações. Participou da produção de vários filmes de Hollywood escrevendo ou participando da trilha sonora, como Being There e Os Caça-fantasmas II.[1] Nos anos 1990, destaca-se o seu trabalho com a cantora islandesa Björk, assinando os arranjos dos discos Post, Telegram e Homogenic.[15] Na década de 2000, continuou gravando, embora esparsamente, e tocando com seu trio, destacando-se, neste período, a trilha sonora que fez para o filme de Bruno Barreto, Bossa Nova, em 2000. Em 2016, apresentou-se no Sesc Belenzinho, em São Paulo.[16]
Discografia
Discografia dada pelo Discogs.[17]
Os Catedráticos
Estúdio
- 1964 - Impulso!
- 1965 - Tremendão
- 1965 - Ataque
- 1965 - O Som dos Catedráticos
- 1973 - Os Catedráticos 73
- 1998 - Os Catedráticos Vol. 2
Coletâneas
- 1975 - Eumir Deodato e os Catedráticos Vol. 1
- 1976 - Eumir Deodato e os Catedráticos Vol. 2
- 1998 - Eumir Deodato e os Catedráticos
Intérprete
No Brasil
Estúdio
- 1964 - Inútil Paisagem
- 1965 - Ideias
- 1965 - Los Danceros en Bolero
- 1972 - Percepção
Internacional
Estúdio
- 1973 - Prelude [3][4]
- 1973 - Deodato 2
- 1973 - Donato/Deodato (com João Donato)
- 1974 - Artistry
- 1974 - Whirlwinds
- 1975 - First Cuckoo
- 1976 - Very Together
- 1978 - Love Island
- 1979 - Knights Of Fantasy
- 1980 - Night Cruiser
- 1982 - Happy Hour
- 1985 - Motion
- 1989 - Somewhere Out There
Ao Vivo
- 1974 - In Concert (com Airto Moreira)
- 2007 - Eumir Deodato Trio Ao Vivo
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j CRAVO ALBIN, Ricardo. Verbete Eumir Deodato. Publicado em Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Página visitada em 08 de maio de 2013.
- ↑ a b SUKMAN, Hugo. Deodato: um dom dado por Deus. Publicado na revista Copa Fest, edição 05, 2012.
- ↑ a b c d PINHEIRO, Marcelo. Prelúdio para a consolidação mundial de Eumir Deodato Arquivado em 23 de janeiro de 2015, no Wayback Machine.. Publicado em Revista Brasileiros em 13 de março de 2014. Página visitada em 22 de janeiro de 2015.
- ↑ a b c d DESOUTEIRO, Arnaldo. 40 Years of Eumir Deodato's iconic "Prelude". Publicado em Jazz Station – Arnaldo DeSouteiro’s Blog (jazz, bossa e Beyond), Los Angeles – Based Jazz Historian, Educator and Record Producer. Voting member of Naras-Grammy, Jazz Journalists Association and Los Angeles Jazz Society. Founder & Ceo of Jazz Station Records (JSR), a division of Jazz Station Marketing & Consulting – Los Angeles, Califórnia – 30 de setembro de 2013. Página visitada em 1º de março de 2014.
- ↑ a b ROCHA, Antônio do Amaral. Entrevista: Eumir Deodato. Publicado em Rolling Stone Brasil, edição 57, junho de 2011. Página visitada em 16 de maio de 2013.
- ↑ ALEXANDRE, Ricardo. Nem vem que não tem: a vida e o veneno de Wilson Simonal. São Paulo: Globo, 2009. ISBN 978-85-750-4728-1.
- ↑ 50 melhores discos brasileiros - Playboy, Edição nº 375, setembro de 2006, pp. 57 a 63.
- ↑ NEDER, Alvaro. Inútil Paisagem. Publicado em allmusic. Página visitada em 15 de maio de 2013.
- ↑ Verbete Os Catedráticos. Publicado em CliqueMusic. Página visitada em 15 de maio de 2013.
- ↑ a b c Verbete Eumir Deodato. Publicado em CliqueMusic. Página visitada em 15 de maio de 2013.
- ↑ Feldman, Christopher (2000). British Hit Singles & Albums (19th ed.). London: Guinness World Records Limited. p. 151.
- ↑ Roberts, David (2006). Billboard Book of Number 2 Singles. Watson-Guptill. p. 136.
- ↑ GINELL, Richard S. Prelude. Publicado em allmusic. Página visitada em 16 de maio de 2013.
- ↑ a b YANOW, Scott. Eumir Deodato. Publicado em allmusic. Página visitada em 16 de maio de 2013.
- ↑ CASALETTI, Danilo. Eumir Deodato: “A música não tem que ser veículo para a política”. Publicado em Revista Época, edição 780, de 06 de maio de 2013. Página visitada em 16 de maio de 2013.
- ↑ Sanches, Pedro Alexandre (10 de setembro de 2016). «Assim falou Zaratustra». Farofafá. Consultado em 6 de março de 2020
- ↑ «Eumir Deodato Discography». Discogs. N.d. Consultado em 19 de novembro de 2018
