Revolution (canção de The Beatles): diferenças entre revisões
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Embora o ensaio tenha sido gravado, no dia seguinte eles apagaram a fita e fizeram 10 novos takes, com palmas e outro estilo de bateria. Foi adicionado um efeito |
Embora o ensaio tenha sido gravado, no dia seguinte eles apagaram a fita e fizeram 10 novos takes, com palmas e outro estilo de bateria. Foi adicionado um efeito para deixar a bateria mais grave e as guitarras distorcidas foram comprimidas no limite, para dar um ar claustrofóbico na canção. |
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John Lennon adicionou 2 faixas de vocal nesse dia. Ele duplicou palavras chaves durante a canção, errando, muitas vezes para dar espontaneidade, e gravou também o grito da introdução. No dia seguinte, [[11 de julho]], foram adicionados o baixo e o piano elétrico tocado por [[Nicky Hopkins]]. A produção se seguiu pelos dias 12 e completadas na manhã do dia [[13 de julho]] com mais linhas de baixo, e algumas guitarras tocadas por Lennon e McCartney. |
John Lennon adicionou 2 faixas de vocal nesse dia. Ele duplicou palavras chaves durante a canção, errando, muitas vezes para dar espontaneidade, e gravou também o grito da introdução. No dia seguinte, [[11 de julho]], foram adicionados o baixo e o piano elétrico tocado por [[Nicky Hopkins]]. A produção se seguiu pelos dias 12 e completadas na manhã do dia [[13 de julho]] com mais linhas de baixo, e algumas guitarras tocadas por Lennon e McCartney. |
Revisão das 19h14min de 22 de fevereiro de 2011
"Revolution" | |||||||
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Single de The Beatles do álbum Single | |||||||
Lado A | "Hey Jude" | ||||||
Lançamento | 26 de Agosto de 1968 | ||||||
Formato(s) | 7" | ||||||
Gravação | 10 de Julho à 13 de Julho de 1968 | ||||||
Gênero(s) | Rock, Punk, Progressivo | ||||||
Duração | 3:24 | ||||||
Gravadora(s) | Apple Records | ||||||
Composição | Lennon/McCartney | ||||||
Produção | George Martin | ||||||
Cronologia de singles de The Beatles | |||||||
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“Revolution” é uma canção dos Beatles composta por John Lennon, creditada à dupla Lennon-McCartney, e lançada no Lado B do single Hey Jude/Revolution de 1968. A canção é considerada um precursor do Punk com guitarras distorcidas, berros, uma bateria “reta” e letra de cume social/político.
Origens da Criação
A canção foi escrita durante a meditação transcendental em Rishkesh na Índia, e foi inspirada na situação global da época como a revolta estudantil em Paris, a Guerra do Vietnã e o assassinato de Martin Luther King, o que se tornou peça chave na carreira pós-Beatles de John.
Em 1968 havia um grande hiato entre o movimento hippie de "paz e amor" e os tumultos políticos, protestos e repressão. Lennon com seu interesse político crescente se viu confrontando essas idéias e decidiu colocar seus sentimentos sobre o assunto, longe da alienação dos fãs de Beatles. Segundo Lennon na revista Rolling Stone: “Eu queria desabafar sobre o que eu pensava da revolução. Eu achava que já era hora de falarmos sobre isso e parar de não responder perguntas sobre o que achavamos da guerra vietnamita quando estavamos em turnê com Brian Epstein e ter de dizer ‘vamos falar de Guerra dessa vez e não só embromar. Eu pensava sobre isso nas montanhas na Índia. Eu ainda tinha aquele sentimento de ‘Deus irá nos salvar, ’ e que tudo ficaria bem.”
Embora tenha sido gravada após “Revolution 1” esta versão mais rápida e barulhenta foi lançada antes do “Álbum Branco,” devido a um atrito na banda sobre o lançamento do single.
Paul McCartney estava com receio de uma música tão politizada como “Revolution” se tornar um single e com o apoio de George Harrison vetou a opção de Lennon dizendo que a canção “era muito lenta para ser um single.” John desabafa sobre isso na revista Rolling Stone em 1980: "Quando Paul e George sairam para um feriado eu comecei "Revolution 1" junto com "Revolution 9." Eu queria colocá-la como um single, eu tinha tudo preparado mas eles chegaram e disseram que não era boa o bastante. E a gente colocou o que? 'Hello Goodbye', ou alguma droga assim? Não, colocamos 'Hey Jude', que valia a pena, mas me desculpe, poderia ter colocado ambos."
John Lennon irritado com as divergências, gravou essa versão mais rápida e cheia de fúria. Porém, nesse trecho da entrevista para o "The Beatles Anthology," John ainda mostrava seu ressentimento sobre a primeira versão: "Eles disseram que não era rápida o bastante e se pensar nos detalhes, se seria um hit ou não, talvez estivessem certos. Mas os Beatles poderiam ter colocado a versão lenta no single, sem se importar se seria um disco de ouro ou de madeira. Mas por causa daquela irritação com a Yoko e o fato de eu estar tendo uma criação dominante como nos velhos tempos depois de andar apagado por 2 anos causaram atritos. Eu estava acordado novamente e eles não estavam acostumados."
Letra
A letra é explicitamente política e adverte sobre o significado da palavra revolução nos trechos:
"Você diz que quer revolução, todos nós queremos mudar o mundo. Você diz que tem a solução real, adoraríamos ver o plano. Você me pede uma contribuição, nós fazemos o que se pode. Mas se você quer dinheiro para pessoas com mentalidade de ódio, tudo que eu digo é que você irá esperar."
Existe também uma mensagem de "pense por si mesmo", e uma alusão ao ditador chinês Mao Tse-Tung: "Você diz que quer mudar a constituição, todos nós queremos mudar sua cabeça. Você me diz que é a instituição mas é melhor libertar sua mente então. Agora se você ficar carregando fotos do ditador Mao, você não conseguirá nenhum apoio."
A letra ainda contém uma lírica notavelmente diferente da canção "Revolution 1" do “Álbum Branco” na linha: "When you talk about destruction/don't you know that you can count me OUT" (Quando você fala sobre destruição/Saiba você que NÃO pode contar comigo). Durante as gravações da primeira versão, ele ficava brigando com a letra, rabiscando e mudando OUT e IN ("NÂO conte comigo" e "pode contar comigo"). John falou em entrevistas que ele estava indeciso em relação a seus sentimentos, então ele incluiu ambas as opções.
Nessa versão ele já estava decidido sobre sua posição no termo “revolução” como dito em entrevista de 1980: “Se me quisessem para promover violência, me tire fora. Se me querem nas barricadas, que seja com flores nas mãos.”
Gravação
A canção traz uma distorção nunca vista em nenhuma outra canção dos Beatles. Para conseguir tal efeito, foi adicionado um pedal de efeitos “fuzzer” direto entre o amplificador e a mesa de som do Abbey Road Studios e tocado com todos os ponteiros de captação no máximo e depois diminuídos na pós-produção.
No “The Beatles Anthology,” George Martin fala sobre o fato: “Nós adicionamos distorção nela, o que queimou os miolos de várias pessoas da parte técnica. Mas essa era a idéia de John, de elevar todos os instrumentos até os limites. Bem, fomos até o limite e além.”
Em 9 de julho, durante as gravações de “Ob-La-Di, Ob-La-Da” os Beatles começaram a ensaiar “Revolution” a fim de tentar novos arranjos.
Embora o ensaio tenha sido gravado, no dia seguinte eles apagaram a fita e fizeram 10 novos takes, com palmas e outro estilo de bateria. Foi adicionado um efeito para deixar a bateria mais grave e as guitarras distorcidas foram comprimidas no limite, para dar um ar claustrofóbico na canção.
John Lennon adicionou 2 faixas de vocal nesse dia. Ele duplicou palavras chaves durante a canção, errando, muitas vezes para dar espontaneidade, e gravou também o grito da introdução. No dia seguinte, 11 de julho, foram adicionados o baixo e o piano elétrico tocado por Nicky Hopkins. A produção se seguiu pelos dias 12 e completadas na manhã do dia 13 de julho com mais linhas de baixo, e algumas guitarras tocadas por Lennon e McCartney.
Os músicos
- John Lennon: vocais, guitarra, palmas
- Paul McCartney: baixo, órgão Hammond, palmas
- George Harrison: guitarra, palmas
- Ringo Starr: bateria, palmas
- Nicky Hopkins: piano elétrico
Lançamento
A versão rápida de “Revolution 1” foi a primeira a ser lançada e a última a ser gravada. Lançada como lado B do single “Hey Jude,” no dia 26 de agosto de 1968, chegou sozinho as paradas atingindo a posição 12° nos EUA. Em 1970, a canção voltou a aparecer na coletânea Hey Jude, um álbum de compilações criado para o mercado americano, após o fim dos Beatles.
Clipe promocional
Os Beatles executaram a canção em semi ao vivo (com vocais ao vivo em cima de uma trilha pré-executada) em um vídeo promocional dirigido por Michael Lindsay-Hogg ao mesmo tempo em que o vídeo promocional de “Hey Jude” era produzido. O filme foi feito na inauguração de volta aos “shows” no programa de David Frost na ITV, em 4 de setembro de 1968. Enquanto os Beatles estavam cantando os vocais ao vivo para o filme, eles decidiram incorporar trechos da versão de “Revolution 1” do “Álbum Branco,” com Harrison e McCartney adicionando o vocal de apoio “shoo-bee-doo-wah” da versão mais lenta, deixando a canção parecida com uma 3° versão mais híbrida.
Paul McCartney lidera o grito inicial na versão do filme promocional, pois Lennon não conseguiria soltar o berro e depois ter fôlego para voltar no primeiro verso do vocal.
Curiosidades e referências
- "Revolution" foi a primeira canção dos Beatles a ser licenciada para comerciais de TV. (A Ford Motor Company usou uma versão cover de “Help!” em 1965.) Em 1987, a Nike usou a canção pagando $250,000 para Michael Jackson e a Capitol Records, que detém os direitos legais da obra. Isso causou um grande impacto nos fãs de Beatles, que acreditavam que Lennon nunca concordaria com aquilo, especialmente pela controvérsia da Nike fabricar seus tênis com trabalho escravo do terceiro mundo. McCartney mais tarde protestou: “Canções como ‘Revolution,’ não significam um par de tênis, significa revolução.”
- Em 2006 a canção foi novamente usada em propagandas de TV na Austrália para promover vendas da Mitsubishi.
- Em 1985, The Thompson Twins fizeram um cover no disco Here's To Future Days.
- Em 2000, Running Wild, uma banda de heavy metal alemã, fizeram um cover no disco, Victory.
- A banda Stone Temple Pilots executou a canção ao vivo em prol das vítimas do atentado ao World Trade Center, no festival Come Together: A Night for John Lennon's Words and Music. Uma versão de estúdio foi lançada em 27 de novembro de 2001, após muitas execuções da versão ao vivo nas rádios.
- O filme de 2007, Across the Universe inclui uma versão cantada por Jim Sturgess.
- Em 2007, Les Fradkin fez uma versão instrumental em seu disco Guitar Revolution.
- A banda Rascal Flatts gravou uma versão que pode ser encontrada na trilha sonora do filme “A Volta do Todo Poderoso” (Evan Almighty), com Steve Carrel.