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'''Bico''' <ref>FERREIRA, A. B. H. ''Novo dicionário da língua portuguesa''. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 255.</ref><ref>''Darmapada: a doutrina budista em versos''. Tradução de Fernando Cacciatore de Garcia. Porto Alegre/RS. L&PM Editores. 2010. p. 132.</ref> ('''''bhikkhu''''' em [[páli]]; '''''bhiksu'''''/'''''bhikṣu''''' em [[sânscrito]]; '''''bǐqīu''''', 比丘 em [[Língua chinesa|chinês]]) é o nome pelo qual são chamados, no [[budismo]], os [[monge]]s do sexo masculino. As monjas recebem o nome de '''bicunim''' no [[português de Goa]]<ref>''Darmapada: a doutrina budista em versos''. Tradução de Fernando Cacciatore de Garcia. Porto Alegre/RS. L&PM Editores. 2010. p. 132.</ref> ('''''bhikkhuni''''' em páli). ''Bhikkhus'' e ''bhikkhunis'' obedecem a uma série de preceitos monásticos, cujas regras básicas são chamadas de ''[[patimokkha]]''. Seu estilo de vida é moldado de forma a permitir as práticas espirituais, que são essencialmente a [[simplicidade]] e a vida [[meditação|meditativa]], até atingir o [[nirvana]]. |
'''Bico''' <ref>FERREIRA, A. B. H. ''Novo dicionário da língua portuguesa''. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 255.</ref><ref>''Darmapada: a doutrina budista em versos''. Tradução de Fernando Cacciatore de Garcia. Porto Alegre/RS. L&PM Editores. 2010. p. 132.</ref> ('''''bhikkhu''''' em [[páli]]; '''''bhiksu'''''/'''''bhikṣu''''' em [[sânscrito]]; '''''bǐqīu''''', 比丘 em [[Língua chinesa|chinês]]) é o nome pelo qual são chamados, no [[budismo]], os [[monge]]s do sexo masculino. As monjas recebem o nome de '''bicunim''' no [[português de Goa]]<ref>''Darmapada: a doutrina budista em versos''. Tradução de Fernando Cacciatore de Garcia. Porto Alegre/RS. L&PM Editores. 2010. p. 132.</ref> ('''''bhikkhuni''''' em páli). ''Bhikkhus'' e ''bhikkhunis'' obedecem a uma série de preceitos monásticos, cujas regras básicas são chamadas de ''[[patimokkha]]''. Seu estilo de vida é moldado de forma a permitir as práticas espirituais, que são essencialmente a [[simplicidade]] e a vida [[meditação|meditativa]], até atingir o [[nirvana]]. |
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O monaquismo foi introduzido no budismo no início da sua história, mas aplicou-se, num primeiro tempo, apenas aos homens. [[Gautama Buddha]] aceitou que as mulheres pudessem ser monjas, designadas como ''bhikkhuni''. A ordenação não é imediata: quem quiser tomar votos, tem de ser, primeiro, [[noviço]], dito ''samanera''. A partir dos 20 anos, é possível se fazer os votos de ''bhikhu''. |
O monaquismo foi introduzido no budismo no início da sua história, mas aplicou-se, num primeiro tempo, apenas aos homens. [[Gautama Buddha]] aceitou que as mulheres pudessem ser monjas, designadas como ''bhikkhuni''. A ordenação normalmente não é imediata: quem quiser tomar votos, tem de ser, primeiro, [[noviço]], dito ''samanera''. A partir dos 20 anos, é possível se fazer os votos de ''bhikhu''. |
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Tal designação é mais comum dentro da tradição ''[[theravada]]''. Há monges em outras tradições budistas, como no [[zen]], que têm a possibilidade de casar-se e assumir atividades profissionais. |
Tal designação é mais comum dentro da tradição ''[[theravada]]''. Há monges em outras tradições budistas, como no [[zen]], que têm a possibilidade de casar-se e assumir atividades profissionais. |
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== Etimologia == |
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"''Bikkhu''" é um termo páli que, originalmente, significava "[[Mendigo|mendicante]]". Sidarta Gautama usava o termo para se referir aos monges e a qualquer pessoa que dele se aproximava para ouvi-lo. A partir de então, o termo adquiriu o significado de "monge".<ref>''Darmapada: a doutrina budista em versos''. Tradução de Fernando Cacciatore de Garcia. Porto Alegre/RS. L&PM Editores. 2010. p. 132.</ref> |
"''Bikkhu''" é um termo páli que, originalmente, significava "[[Mendigo|mendicante]]". Sidarta Gautama usava o termo para se referir aos monges e a qualquer pessoa que dele se aproximava para ouvi-lo. A partir de então, o termo adquiriu o significado de "monge".<ref>''Darmapada: a doutrina budista em versos''. Tradução de Fernando Cacciatore de Garcia. Porto Alegre/RS. L&PM Editores. 2010. p. 132.</ref> |
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#não ter má conduta sexual (''kamesu micchacara veramani''): abster-se da má-conduta em relação aos prazeres sensuais. Este preceito inclui também a indulgência e abuso de qualquer tipo de prazer sensual, incluindo o vício por comida, assistir muita televisão, álcool etc. "Má-conduta sexual inclui [[estupro]], manipular alguém de forma a manter relações sexuais contra a vontade, manter relações sexuais com [[Maioridade|menores]], [[Zoofilia|animais]], esposo (a) de outro (a) ou alguém sob proteção dos pais ou tutores; isto inclui também quebrar a confiança num relacionamento. O relacionamento sexual com o esposo (a) ou parceiro (a) não é considerado má-conduta". |
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Budismo |
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Bico [1][2] (bhikkhu em páli; bhiksu/bhikṣu em sânscrito; bǐqīu, 比丘 em chinês) é o nome pelo qual são chamados, no budismo, os monges do sexo masculino. As monjas recebem o nome de bicunim no português de Goa[3] (bhikkhuni em páli). Bhikkhus e bhikkhunis obedecem a uma série de preceitos monásticos, cujas regras básicas são chamadas de patimokkha. Seu estilo de vida é moldado de forma a permitir as práticas espirituais, que são essencialmente a simplicidade e a vida meditativa, até atingir o nirvana.
O monaquismo foi introduzido no budismo no início da sua história, mas aplicou-se, num primeiro tempo, apenas aos homens. Gautama Buddha aceitou que as mulheres pudessem ser monjas, designadas como bhikkhuni. A ordenação normalmente não é imediata: quem quiser tomar votos, tem de ser, primeiro, noviço, dito samanera. A partir dos 20 anos, é possível se fazer os votos de bhikhu. Tal designação é mais comum dentro da tradição theravada. Há monges em outras tradições budistas, como no zen, que têm a possibilidade de casar-se e assumir atividades profissionais.
Etimologia
"Bikkhu" é um termo páli que, originalmente, significava "mendicante". Sidarta Gautama usava o termo para se referir aos monges e a qualquer pessoa que dele se aproximava para ouvi-lo. A partir de então, o termo adquiriu o significado de "monge".[4]
Preceitos
Existem cinco regras ou preceitos comuns nas várias escolas budistas, que compreendem a base da moralidade da religião e que portanto os monges budistas devem observar:
- não matar (nem pessoalmente nem ordenando outros para assim o fazer)
- não roubar (não tomar o que não lhe pertence sem o consentimento do dono)
- não mentir
- não ter má conduta sexual (kamesu micchacara veramani): abster-se da má-conduta em relação aos prazeres sensuais. Este preceito inclui também a indulgência e abuso de qualquer tipo de prazer sensual, incluindo o vício por comida, assistir muita televisão, álcool etc. "Má-conduta sexual inclui estupro, manipular alguém de forma a manter relações sexuais contra a vontade, manter relações sexuais com menores, animais, esposo (a) de outro (a) ou alguém sob proteção dos pais ou tutores; isto inclui também quebrar a confiança num relacionamento. O relacionamento sexual com o esposo (a) ou parceiro (a) não é considerado má-conduta".
- não usar drogas ou álcool, entorpecentes que causam negligencia da mente.
A partir daí existe variação de regras entre as diferentes tradições e locais onde é estabelecido o monasticismo.
Ver também
- Bhikkhuni | Shramana | Sangha
- Vinaya | Uposatha | Kesa
- Vihara (templo ou mosteiro budista)
- Kathina | Vassa
Referências
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 255.
- ↑ Darmapada: a doutrina budista em versos. Tradução de Fernando Cacciatore de Garcia. Porto Alegre/RS. L&PM Editores. 2010. p. 132.
- ↑ Darmapada: a doutrina budista em versos. Tradução de Fernando Cacciatore de Garcia. Porto Alegre/RS. L&PM Editores. 2010. p. 132.
- ↑ Darmapada: a doutrina budista em versos. Tradução de Fernando Cacciatore de Garcia. Porto Alegre/RS. L&PM Editores. 2010. p. 132.
- Môhan Wijayaratna, Le moine bouddhiste selon les textes du Theravâda, Cerf, Paris 1983 (em francês)