Locução de continuidade em Portugal

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A história da locução de continuidade começou na década de 1950, com o começo da televisão em Portugal. Com o passar do tempo, esta figura veio desaparecendo, sendo reaproveitada a partir de 2015, na RTP Memória.

História[editar | editar código-fonte]

Até ao final da década de 1980, entre a exibição dos vários programas transmitidos pela RTP, apareciam locutores de continuidade, a anunciar o que poderia ser visto nos dois canais até ao fim da emissão. Também eram anunciados os destaques para o dia seguinte e, aquando das estreias, era feita uma pequena abordagem, muito sintética.

Nas primeiras décadas da televisão, o locutor de continuidade acompanhava quase toda a emissão. As primeiras locutoras foram Maria Helena Fialho Gouveia e Gina Esteves,[1] Maria Fernanda,[1] Maria Manuela Fonseca,Manuela Paulino[1] e Isabel Wolmar,[1] que a par com a continuidade eram responsáveis também pela apresentação dos programas de entretenimento.[1] Também nesta altura se destacou na continuidade Gomes Ferreira, que viria depois a fazer os comentários do Festival Eurovisão da Canção 1964, e Fialho Gouveia.

Na década de 1970 começaram a abrir concursos para as vagas de locutor de continuidade e em 1971 surge assim uma série de nomes, que depois passam para a informação ou para o entretenimento e que vão ser fulcrais na história de RTP. São exemplos disso Fernando Balsinha, Eládio Clímaco, Maria Elisa Domingues, Ana Zanatti ou Raúl Durão. Outras duas locutoras que também fizeram parte dos quadros dos primeiros anos da década de 1970 foram Fernanda Andrade e Anabela Tarouca.[2]

1978 foi o ano em que se registou o maior número de locutores. Nesta altura, realizou-se um concurso em que foram 13 os locutores admitidos: Ana Maria Cordeiro, Cândida Gerardo, Fátima Medina, Fernanda Garcia, Helena Pinto, Helena Ramos, Isabel Ayres, Isabel Bahia, João Abel Fonseca, Manuela Matos, Margarida Andrade, Miguel Coelho e Teresa Cruz. É partir desta altura que começa a haver registos de algumas presenças televisivas na continuidade em vídeo.

Devido ao seu sucesso, Teresa Cruz foi a primeira capa da TV Guia, em fevereiro de 1979, uma prova de que a locução de continuidade fazia estrelas também.

Depois, ao longo da década de 1980, foram vários os nomes que se lhes juntaram, como Ana Paula Reis, Carolina Ferreira, Cecília Penteado, Ivone Ferreira, Maria Helena Falé, Maria João Carreira, Maria João Freire e Valentina Torres. Em 1986 entram também três nomes, dos quais dois deles viriam a dar cartas na televisão nacional: Serenella Andrade e Vera Roquette, para além de Lúcia Soares. Foram consideradas as “três mosqueteiras” desse ano.

Em setembro de 1990, se era certo que os locutores de continuidade já não surgiam com a mesma frequência de há anos, com a entrada do novo mapa tipo, passaram a assegurar apenas o fecho da emissão, até desaparecerem definitivamente da televisão.

Apesar disso, ainda assistimos, nesta altura, à entrada de nomes como Ana Cristina Valente, Cristina Esteves, Cristina Lebre e Susana Santos.

Em 1993 a TVI voltou a implementar este expediente para divulgar a sua programação ao longo do dia, mas desistiu ao fim de poucos meses.

A locução de continuidade marcaria ainda presença nos canais internacionais RTP Internacional e RTP África.[3]

Locutores de continuidade[editar | editar código-fonte]

Os principais locutores desse tempo foram, entre outros:

RTP1[editar | editar código-fonte]

RTP2[editar | editar código-fonte]

RTP Memória[editar | editar código-fonte]

Com a maior renovação da sua história, A RTP Memória decidiu fazer regressar uma figura que desde cedo fez parte da história da RTP: a locução de continuidade. Todos os verões desde 2016, a RTP Memória tem feito castings por todo o país.[6]

RTP Internacional[editar | editar código-fonte]

RTP África[editar | editar código-fonte]

TVI[editar | editar código-fonte]

Referências