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Marcio Lacerda: diferenças entre revisões

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Em junho deixou o cargo para candidatar-se a prefeito de Belo Horizonte pelo PSB. Sua candidatura contou com o apoio formal de 12 partidos e mais outros dois informalmente. Venceu o primeiro turno com 549.131 votos. No dia 26 de outubro, Marcio foi eleito prefeito da capital mineira conquistando a confiança de 767.332 eleitores, quase 60% dos votos válidos - 236.772 votos a mais do que o seu adversário.
Em junho deixou o cargo para candidatar-se a prefeito de Belo Horizonte pelo PSB. Sua candidatura contou com o apoio formal de 12 partidos e mais outros dois informalmente. Venceu o primeiro turno com 549.131 votos. No dia 26 de outubro, Marcio foi eleito prefeito da capital mineira conquistando a confiança de 767.332 eleitores, quase 60% dos votos válidos - 236.772 votos a mais do que o seu adversário.

==Prefeitura de Belo Horizonte==

[[Aécio Neves]] começou a articular a candidatura de Marcio Lacerda ainda em 2007. O primeiro passo foi sugerir a filiação de Lacerda ao PSB, legenda mais neutra, que poderia, na visão do então governador, aliar-se tanto ao PT como ao PSDB. Lacerda teria se filiado, segundo ele mesmo declararia em 2008, sem saber a razão do pedido<ref>http://wwo.uai.com.br/UAI/html/sessao_20/2008/07/12/em_noticia_interna,id_sessao=20&id_noticia=71329/em_noticia_interna.shtml</ref>. O ex-governador tinha em mente, na época, sua possível candidatura à Presidência da República em 2010, em torno da qual pretendia reunir o maior número possível de legendas. Belo Horizonte seria um “laboratório” para a estratégia de Aécio. As articulações são comandadas pelo próprio ex-governador e pelo então prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel. Desta forma Lacerda deixou a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de [[Minas Gerais]] em maio de [[2008]]<ref name="folha"/> para concorrer ao cargo de [[prefeito]] de [[Belo Horizonte]], com apoio de inédita e polêmica aliança entre o governador [[Aécio Neves]] e do então prefeito, [[Fernando Pimentel]]<ref name="folha2"/>. Márcio Lacerda foi o candidato com maior patrimônio declarado (55 milhões de reais, incluindo sua casa no Retiro das Pedras, avaliada em R$ 3,493 milhões, R$ 18,8 milhões em cotas da Empresa Macunaíma Participações Ltda., um saldo de R$ 32,481 milhões aplicado em um fundo UBS Sky, além de um barco, de R$ 26,4 mil, e um veículo da Ford, modeloJeep, ano 1976,avaliado em R$ 1,5 mil) e a maior previsão de gastos de campanha, no aporte de 14 milhões de reais.<ref>http://wwo.uai.com.br/UAI/html/sessao_3/2008/07/06/em_noticia_interna,id_sessao=3&id_noticia=70386/em_noticia_interna.shtml</ref> Eleito em segundo turno derrotando [[Leonardo Quintão]], do [[PMDB]], com 59,12% dos votos válidos. Com a eleição de Lacerda, o PT de Belo Horizonte perdeu a hegemonia de 16 anos na Prefeitura de Belo Horizonte.

===Gestão Empresarial===
Antes mesmo de tomar posse Marcio Lacerda indicou 11 de seus antigos funcionários para cargos de confiança, inaugurando o tom empresarial da gestão.<ref>http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2012/05/25/interna_politica,296351/prefeito-de-bh-emprega-11-antigos-funcionarios-em-cargos-de-confianca.shtml</ref> Outro beneficiado com a posse de Marcio Lacerda foi seu filho, Tiago Lacerda, contratado no primeiro ano de governo para fazer uma campanha publicitária promovendo o projeto do novo Código de Posturas da cidade de Belo Horizonte.ref>http://wwo.uai.com.br/UAI/html/sessao_2/2009/05/01/em_noticia_interna,id_sessao=2&id_noticia=108671/em_noticia_interna.shtml</ref> Mais tarde ele seria nomeado como presidente do Comitê Executivo do Núcleo de Gestão de Copas,<ref>http://portal6.pbh.gov.br/dom/iniciaEdicao.do?method=DetalheArtigo&pk=1003846</ref> o que levaria o Ministério Público a acusar Marcio Lacerda de [[nepotismo]] em 2011<ref>http://oglobo.globo.com/politica/mp-entra-com-acao-contra-prefeito-de-bh-por-dar-cargo-ao-filho-2786566</ref> e a consequente renúncia de Tiago Lacerda algumas semanas depois.<ref>http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2011/10/filho-do-prefeito-de-bh-anuncia-desligamento-do-comite-da-copa.html</ref>

Em contraste com a propalada eficiência administrativa e financeira da gestão, o Ministério Público Estadual entrou também com ação civil pública contra Marcio Lacerda pedindo a devolução de quase 900 mil reais gastos em 2009 e 2011.<ref>http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2011/08/09/interna_politica,244239/mpe-propoe-acao-contra-marcio-lacerda-por-gastos-com-voos-fretados.shtml</ref> Estimativa-se que Lacerda tenha gastado cerca de R$25.000,00 por viagem realizada. O gasto total com todas as viagens do prefeito nesse período, se fossem utilizados vôos comerciais, seria de cerca de 50 mil reais.<ref>http://apps.alterosa.com.br/alterosa/templates/noticia_interna?id_sessao=9&id_noticia=59124</ref>

Na área social Marcio Lacerda deu prosseguimento às iniciativas dos governos anteriores, do Partido dos Trabalhadores, mas não conseguiu cumprir todas as promessas eleitorais, como foi o caso da construção de Unidades Municipais de Educação Infantil (UMEIs).<ref>http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=207769,OTE&IdCanal=</ref> Isso se deu principalmente porque Marcio Lacerda decidiu concentrar os gastos na elaboração de projetos referentes à Copa do Mundo de 2014, geridos por seu filho,em detrimento de políticas de habitação, mobilidade e saúde.<ref>http://www.cebrasse.org.br/materias.php?id_materia=997</ref>

===Política Habitacional===
Devido ao déficit em política habitacional da prefeitura, surge em abril de 2009 a ocupação urbana “Dandara”, localizada em um latifúndio urbano utilizado para fins de especulação imobiliária.<ref>http://ocupacaodandara.blogspot.com.br/2009/07/denuncia-o-prefeito-de-belo-horizonte.html</ref> A ocupação é apoiada por movimentos sociais e pela Pastoral da Terra. Lacerda, no entanto, nega-se a negociar com os envolvidos no movimento insistindo no desalojo até o final de seu mandato. Em 2009 a PBH apresentou o projeto que previa a doação de imóveis públicos para o Programa Minha Casa, Minha Vida. O projeto, no entanto, proíbe, de forma inconstitucional, o acesso de pessoas que residiam em imóveis ocupados ao programa do governo federal.<ref>http://www.conjur.com.br/2009-dez-17/pl-72809-municipio-belo-horizonte-direito-moradia</ref> No ano seguinte, em um evento na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, foi lida uma carta redigida por representantes da ONU condenando a maneira como a administração de Lacerda vinha conduzindo a desocupação das comunidades Dandara, Irmã Dorothy e Camilo Torres, no município. O prefeito é acusado, pelo documento, de desrespeito aos direitos humanos.<ref>http://www.cedefes.org.br/index.php?p=terra_detalhe&id_afro=2790</ref> O desrespeito da prefeitura também é apontado no projeto de readequação do Anel Rodoviário para a Copa do Mundo, que prevê o desalojamento de 2600 famílias. No orçamento, de 800 milhões de reais, não existia provisão de gastos para com o reassentamento das comunidades atingidas, que ocupavam a área há cerca de 30 anos. <ref>http://www.cartacapital.com.br/sociedade/copa-2014-em-belo-horizonte-2-600-familias-na-rua/</ref> Após misterioso incêndio na Ocupação das Torres Gêmeas, Lacerda aproveita para desalojar as famílias sem oferecer alternativas de moradia.<ref>https://raquelrolnik.wordpress.com/2010/10/15/belo-horizonte-futuro-das-ocupacoes-dandara-e-torres-gemeas-depende-de-dialogo-com-o-poder-publico/</ref> Mais tarde seria anunciado para o local o projeto do maior prédio da América Latina, que inclui pista de patinação no gelo e arena para 40 mil pessoas.<ref>http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2012/07/18/internas_economia,306656/grupo-apresenta-em-bh-o-maior-predio-da-america-latina.shtml</ref> Nenhuma solução foi apresentada para os moradores desalojados.

===Política Cultural===
Depois de dez anos de funcionamento contínuo o projeto “Arena da Cultura” foi interrompido logo no início da gestão de Marcio Lacerda.<ref>http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=fundacaocultura&tax=23562&lang=pt_BR&pg=5520&taxp=0&</ref> O projeto conseguia, em alguma medida, descentralizar os núcleos de produção, ensino, reflexão e difusão artísticas na cidade, por meio das inúmeras atividades (ciclos de formação, oficinas, worshops, debates…) nos campos das artes plásticas, dança, música e teatro. Sob o escuso pretexto da necessidade de “mudanças no modelo de gestão”, a FMC interrompeu as atividades durante 2009 e, somente agora, em março, anunciou o retorno do projeto para o segundo semestre de 2010, o que significa que, na mais otimista das hipóteses, ele terá sido interrompido por “apenas” 1 ano e meio (em uma gestão de 4 anos) – o que significa abandonar a formação sócio-artística de aproximadamente 1000 cidadãos de diversas regiões de Belo Horizonte.”<ref>http://pracalivrebh.wordpress.com/category/praia-da-estacao/page/2/</ref>

Em 2010 a prefeitura de Belo Horizonte anunciou o cancelamento do Festival Internacional de Teatro (FIT), devido às “eleições e à Copa do Mundo”.<ref>http://www.metro.org.br/sebastiao/prefeito-marcio-lacerda-mantenha-o-fit-2010</ref>
<ref>http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=136456,OTE&busca=M%C1RCIO%20LACERDA%202010&pagina=35</ref>
<ref>http://rudaricci.blogspot.com.br/2010/03/mare-baixa-para-o-prefeito-marcio.html</ref> Setores ligados à cultura se mobilizaram e, diante da pressão da classe artística, Lacerda voltou atrás e permitiu a realização do FIT 2010.<ref>http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=137381,OTE&busca=M%C1RCIO%20LACERDA%202010&pagina=35
</ref> Durante a abertura do Festival na Praça da Estação, o público espectador deparou-se com um espaço cercado por gradil e teve que passar por um portão estreito. Quando apareceu, Marcio Lacerda foi fortemente vaiado pelos presentes.<ref>http://www.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_11/2010/08/07/ficha_teatro/id_sessao=11&id_noticia=27059/ficha_teatro.shtml</ref>

Durante a cerimônia de posse do Conselho Municipal de Cultura (CMC), Marcio Lacerda mandou os seguranças retirarem do recinto um conselheiro que teria criticado as políticas higienistas do prefeito. Os demais conselheiros interrompem a solenidade em protesto.<ref>http://www.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_11/2011/12/23/ficha_teatro/id_sessao=11&id_noticia=47834/ficha_teatro.shtml
</ref>

===Política Urbana===
Em 2009 Marcio Lacerda lançou o “Movimento Respeito por BH” que, com o discurso de “moralizar” o uso dos espaços públicos em Belo Horizonte, serviu como pretexto para a prefeitura aumentar a arrecadação com multas, limitar enormemente as possibilidades de uso dos espaços da cidade e para perseguir comerciantes de rua, tais como artesãos, pipoqueiros e engraxates. O esforço de Lacerda em proceder a uma reforma meramente cosmética da cidade visando a Copa do Mundo de 2014 começou a se evidenciar.<ref>http://wwo.uai.com.br/UAI/html/sessao_2/2009/05/30/em_noticia_interna,id_sessao=2&id_noticia=112503/em_noticia_interna.shtml</ref> O novo Código de Posturas de Belo Horizonte, cuja campanha foi feita pelo filho do prefeito sem licitação, foi apresentado à população sem qualquer debate aprofundado. Embora apresentado pela mídia como um avanço, o código pode ser entendido como mais uma estratégia de Lacerda para “limpar” as ruas de Belo Horizonte de seus habitantes. O código impôs sérias restrições aos usos dos espaços públicos de Belo Horizonte, em uma iniciativa que perseguiu comerciantes informais, que limitou o número de bares que poderia manter mesas nas calçadas.<ref>http://www.uai.com.br/htmls/app/noticia173/2010/04/08/noticia_minas,i=154864/NOVO+CODIGO+DE+POSTURAS+DE+BH+E+SANCIONADO+E+COMBATE+POLUICAO+VISUAL.shtml</ref>. Através deste Código, em 2010 foi intensificada a perseguição contra bares tradicionais de Belo Horizonte, como o Bar do João, na Savassi.<ref>http://www.baresbh.com/2010_10_01_archive.html</ref><ref>http://www.sp.abrasel.com.br/index.php/noticias/132-240212-retirada-de-mesas-das-calcadas-ate-0h30-pode-virar-exigencia-para-bares-de-bh-</ref>

O [[higienismo]] deu o tom da gestão, e logo de início proibiu o ingresso de animais, bicicletas, bolas e petecas nos parques de Belo Horizonte com animais.<ref>http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2009/07/20/46957-proibicao-de-animais-nos-parques-de-belo-horizonte-gera-polemica.html</ref> Zoológico de Belo Horizonte, por exemplo, foi abandonado pelo poder público.<ref>http://rudaricci.blogspot.com.br/2010/02/abandono-do-zoo-de-belo-horizonte.html</ref>

Ainda em 2009 o prefeito tentou mudar o local de tradicional Feira de Artesanato, a Feira Hippie, da Afonso Pena para o Barro Preto. A medida desagradou tanto os moradores das imediações do local escolhido quanto os feirantes, o que forçou a prefeitura a ceder.<ref>http://www.domtotal.com/noticias/detalhes.php?notId=157740</ref> Esta foi, no entanto, o primeiro de muitos embates entre Marcio Lacerda e a Feira Hippie. Em 2010 a prefeitura abriu um edital de ocupação da Feira de Artes e Artesanato da Avenida Afonso Pena (Feira Hippie) que provocou revolta e apreensão entre os feirantes. Muitas das pessoas que já mantinham barracas na feira sentiram-se ameaçadas, correndo o risco de perder seu meio de sustento.<ref>http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2011/01/03/interna_gerais,201356/edital-para-a-feira-da-afonso-pena-gera-medo-e-reclamacoes.shtml</ref>. Ainda no mesmo ano fiscais da prefeitura expulsaram indígenas [[pataxós]] da feira um dia antes da data da celebração oficial do dia do índio. Imprensa tentou reduzir o evento a uma simples confusão provocada pelos índios.<ref>http://www.uai.com.br/htmls/app/noticia173/2010/04/18/noticia_minas,i=156199/INDIOS+PATAXOS+CAUSAM+CONFUSAO+NA+FEIRA+DA+AFONSO+PENA.shtml</ref>

Em dezembro de 2009 foi publicado decreto da prefeitura que proibia a realização de “eventos de qualquer natureza” na Praça da Estação, que havia passado por um processo de requalificação para suportar grandes eventos há poucos anos. O decreto refletiu a postura do prefeito quanto à utilização de espaços públicos em Belo Horizonte já que acaba por associar o uso do patrimônio público pelo cidadão belorizontino à sua depredação e a colocar aspectos estéticos concernentes à cidade acima do direito do morador de Belo Horizonte a fazer uso das poucas áreas de lazer da cidade.<ref>http://portal6.pbh.gov.br/dom/iniciaEdicao.do?method=DetalheArtigo&pk=1017732</ref><ref>http://escritoriointegracao.blogspot.com.br/2009/12/prefeitura-de-bh-proibe-eventos-na.html</ref> Em resposta ao decreto foi criada a “Praia da Estação”, movimento apartidário que, ao ocupar a praça para encontros, discussões e banhos de sol, questionou a política do prefeito de restrição dos usos do espaço público pela população de Belo Horizonte. Após o primeiro encontro, o evento passou a se repetir semanalmente de forma espontânea em todos os verões desde então, tornando-se um dos polos de resistência contra as políticas higienistas e antidemocráticas da gestão de Márcio Lacerda.<ref>http://comjuntovazio.wordpress.com/2010/01/13/praia-na-praca-da-estacao/</ref><ref>http://www.uai.com.br/htmls/app/noticia173/2010/01/30/noticia_minas,i=145925/PRACA+DA+ESTACAO+VIRA+PRAIA+EM+PROTESTO.shtml</ref><ref>http://ctbminas.blogspot.com.br/2010/01/manifestantes-prometem-ocupar-praca-da.html</ref> Marcio Lacerda acabou por revogar o decreto proibindo eventos na Praça da Estação, mas, no mesmo dia, decretou que os organizadores de eventos ocorridos na praça pública deveriam pagar, à prefeitura, quantias entre R$9.600,00 e R$19.200,00. Produtores de eventos de pequeno porte, como peças teatrais, protestaram, pois a medida acabaria por ceder o uso da praça apenas para os produtores de grandes eventos comerciais.<ref>http://pedreiranavidraca.blogspot.com.br/2010/05/manifestantes-convidam-populacao-pro-2.html</ref><ref>http://int-pub-coletivo-brenda-1sem-2011.blogspot.com.br/2011/03/quando-o-publico-se-torna-privado.html</ref> Logo depois a Praça da Estação foi disponibilizada pela prefeitura para a implantação de uma “Arena de Comemorações”, com capacidade para 15.000 pessoas, onde serão transmitidos os jogos da Copa do Mundo. O projeto deu-se em parceria com a Coca-Cola e a praça pública tornou-se palco de um evento patrocinado por uma multinacional privada, com significativas contrapartidas publicitárias.<ref>http://www.otempo.com.br/esportes/ultimas/?IdNoticia=142156,OTE&busca=M%C1RCIO%20LACERDA%202010&pagina=33</ref>

Em 2010 os moradores do entorno do Mercado Distrital do Bairro Cruzeiro reagiram e se colocaram contra à proposta de Marcio Lacerda de transformar o mercado em um shopping.<ref>http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2011/04/20/interna_gerais,222817/pbh-da-aval-a-megaprojeto-que-divide-a-comunidade-do-bairro-cruzeiro.shtml</ref>

Um projeto da prefeitura para viabilizar um hotel foi alvo de severas críticas, já que autorizava a alienação de um trecho de via pública (a Rua Musas, no Bairro Santa Lucia) para favorecer um empreendimento privado, a construção de um hotel 5 estrelas. Moradores da região protestaram e o polêmico projeto de lei deu ensejo à criação do movimento "Salve a Rua Musas".<ref>http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2011/04/30/interna_politica,224593/proposta-de-permuta-de-terreno-da-pbh-para-viabilizar-hotel-e-alvo-de-criticas.shtml</ref><ref>http://www.salveamusas.com.br/</ref>


=={{Ver também}}==
=={{Ver também}}==

Revisão das 13h32min de 23 de julho de 2012

Marcio Lacerda
Marcio Lacerda
Marcio Lacerda em 2008
Prefeito de Belo Horizonte
Período 1 de janeiro de 2009
em exercício
Antecessor(a) Fernando Pimentel
Dados pessoais
Nascimento 22 de janeiro de 1946 (78 anos)
Leopoldina, MG
Partido PSB
Profissão empresário e administrador

Marcio Lacerda (Leopoldina, 22 de janeiro de 1946[1]) é um empresário e político brasileiro, prefeito de Belo Horizonte.

Biografia

Nascido em Leopoldina, mudou-se para Belo Horizonte com 17 anos e ingressou na Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, de onde saiu para o primeiro emprego, na Companhia Telefônica de Minas Gerais (CTMG), em 1965. Dois anos depois, iniciou o curso de Administração na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Militância

A partir de 1969, em conseqüência de sua militância no Partido Comunista Brasileiro e posterior adesão à Aliança Libertadora Nacional, sofreu uma prisão de quatro anos, que lhe custou o emprego e a interrupção do curso universitário, só retomado em 1973 e concluído em 1977.

Vida política

Em 2003 assumiu a função de secretário-executivo (o mesmo que vice-ministro) do Ministério da Integração Nacional, na gestão do ministro Ciro Gomes, no primeiro mandato do Governo Lula. Nessa condição, coordenou ações interministeriais para o atendimento emergencial às vítimas das enchentes de 2004 no Nordeste, e a recuperação da infra-estrutura das regiões atingidas; teve importante papel na constituição de uma base de inteligência e de prevenção em defesa civil e na ampliação do número de coordenadorias municipais de Defesa Civil pelo País.

Coordenou o Plano de Revitalização de Perímetros de Irrigação Públicos em todo o País, o que resultou em cerca de R$ 50 milhões de investimentos em irrigação em Minas Gerais. Participou da criação da Câmara Interministerial de Desenvolvimento Regional e da implementação dos Planos Estratégicos de Desenvolvimento da Amazônia, do Nordeste, do Centro-Oeste, do Semi-Árido e de Mesorregiões prioritárias, incluindo as regiões mineiras do Vale do Jequitinhonha e Mucuri. Também, como secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional, foi responsável por garantir os recursos federais para as obras de duplicação da avenida Antonio Carlos, em Belo Horizonte.

Também representou o ministério em diversos conselhos e comitês que desenvolveram importantes projetos, entre os quais o de Acompanhamento do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, a Comissão Técnica das Parcerias Público-Privadas, a Câmara de Políticas de Infra-Estrutura, o Projeto Brasil-Venezuela e a Câmara de Políticas de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional. Em quatro oportunidades assumiu interinamente o cargo de Ministro e durante três meses foi presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

A partir de abril de 2007 e até maio de 2008, a convite do governador Aécio Neves, assumiu a gestão da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais. No curto período, conduziu negociações que resultaram na atração de investimentos da ordem de R$ 50 bilhões para Minas Gerais. Exerceu ainda a presidência do Conselho de Industrialização do Estado e dos Conselhos de Administração da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), do Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Indi) e do Conselho Estadual de Geologia e Mineração (Cegem). Foi vice-presidente do Conselho de Administração do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e membro atuante do Conselho Deliberativo de Desenvolvimento Metropolitano e do Conselho de Administração da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig).

Ainda como secretário do Governo Aécio, levou até a ministra Dilma Roussef proposta de criação de uma Parceria Público-Privada para viabilizar a expansão do metrô de Belo Horizonte, ampliando sua capacidade de 150 mil para 800 mil passageiros/dia, com previsão de um trecho ligando a avenida Antonio Carlos, na Lagoinha, com a Savassi, e de um ramal da Estação Vilarinho até o novo Centro Administrativo do Estado, no Serra Verde.

Em junho deixou o cargo para candidatar-se a prefeito de Belo Horizonte pelo PSB. Sua candidatura contou com o apoio formal de 12 partidos e mais outros dois informalmente. Venceu o primeiro turno com 549.131 votos. No dia 26 de outubro, Marcio foi eleito prefeito da capital mineira conquistando a confiança de 767.332 eleitores, quase 60% dos votos válidos - 236.772 votos a mais do que o seu adversário.

Ver também

Precedido por
Fernando Pimentel
Prefeito de Belo Horizonte
2009
Sucedido por


Referências