Mucajaí

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para o rio de mesmo nome, veja Rio Mucajaí.
Mucajaí
  Município do Brasil  
BR 174- Trecho Urbano- Centro
BR 174- Trecho Urbano- Centro
BR 174- Trecho Urbano- Centro
Símbolos
Bandeira de Mucajaí
Bandeira
Brasão de armas de Mucajaí
Brasão de armas
Hino
Gentílico mucajaiense
Localização
Localização de Mucajaí em Roraima
Localização de Mucajaí em Roraima
Localização de Mucajaí em Roraima
Mucajaí está localizado em: Brasil
Mucajaí
Localização de Mucajaí no Brasil
Mapa
Mapa de Mucajaí
Coordenadas 2° 25' 48" N 60° 54' O
País Brasil
Unidade federativa Roraima
Região metropolitana Boa Vista
Municípios limítrofes Alto Alegre, Boa Vista, Cantá e Iracema
Distância até a capital 58 km
História
Fundação 1982
Emancipação 1 de julho de 1982 (41 anos)
Administração
Distritos
Prefeito(a) Eronildes Aparecida Gonçalves (PL, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [1] 12 351,341 km²
População total 17 528 hab.
 • Posição RR: 5º
Densidade 1,4 hab./km²
Clima Tropical úmido
Fuso horário Hora do Amazonas (UTC−4)
CEP 69340-000
Indicadores
IDH (PNUD/2010[2]) 0,665 médio
 • Posição RR: 2º
PIB (IBGE/2008[3]) R$ 127 366,646 mil
PIB per capita (IBGE/2015[3]) R$ 15 106,94
Sítio https://mucajai.rr.gov.br/ (Prefeitura)
http://www.mucajai.rr.leg.br/ (Câmara)

Mucajaí é um município brasileiro do estado de Roraima.


Etimologia[editar | editar código-fonte]

O município se situa na margem direita do rio Mucajaí (um dos afluentes do rio Branco), por este motivo, acabou recebendo este nome que é originário da língua indígena tupi.

A palavra "mucajaí" significa "Coco Pequeno" sendo formado pelas palavras "Mucaja" (Coco) e "í" ("Pequeno").[4]

História[editar | editar código-fonte]

A cidade sede do município é originária da antiga colônia agrícola de Mucajaí, fundada em 1951, nomeada de Colônia Agrícola Fernando Costa.[4]

Ele foi criado pela Lei Federal Nº 7.009, em julho de 1982, com terras desmembradas da Capital do Estado.[4]

Durante o primeiro governo de Getúlio Vargas, o país estabeleceu as bases de uma política de Integração Nacional da Amazônia, buscando ampliar suas áreas de colonização sob o pretexto de preservação de sua soberania. Nesse período foi criado, através de Decreto-Lei nº. 5.812, o Território Federal do Rio Branco (que viria a se converter no Estado de Roraima), desmembrando terras do Estado do Amazonas, no dia 13 de Setembro de 1943.[carece de fontes?]

O primeiro Governador do Território Federal do Rio Branco, Ene Garcez Reis, visava promover um verdadeiro desenvolvimento agrícola. Durante uma dessas tentativas surge (na região do atual Município de Mucajaí) o nucleamento das famílias de emigrantes nordestinos, dando origem em 1951 a Colônia Agrícola Fernando Costa, atual Município de Mucajaí.[4]

Pode-se dividir a história da colonização do município em três fases:

  • Primeira Fase (De 1943 a 1946) – Período em que não houve apoio efetivo por parte do governo do território, é do período de experiências.

No fim de 1943, foram criadas duas colônias agrícolas destinadas ao abastecimento dos mercados da Capital de Boa Vista, a Braz de Aguiar e Fernando Costa.[carece de fontes?]

Os colonos, cerca de oito famílias (Raimundo Germiniano de Almeida, Joaquim Estevão de Araújo, Chagas “Pintor”, José Rufino de Souza (pai de Genésio), Lindolpho Braga Pires, Firmino – Primeiro enfermeiro e Caboclo “Rancho”), foram levados de barco através dos rio Branco e Mucajaí e deixados à margem direita do Rio Mucajaí, pouco acima de onde está construída a ponte sobre a BR-174.[carece de fontes?]

Com a missão de produzir gêneros agrícolas suficientes para abastecer o mercado de Boa Vista,os colonos recebiam uma área de vinte hectares. Com a finalidade de manter os colonos na localidade e fazê-los produzir os alimentos que a Capital necessitava, no dia 17 de Março de 1945, os agricultores foram indicados a assinarem um Termo de Acordo celebrado entre o Governo do Território Federal do Rio Branco, representado pela Divisão de Produção, tendo como diretor geral o senhor Valério Caldas Magalhães e o diretor da comissão daquela divisão, o senhor Joaquim Cardoso Corrêa de Miranda. Tendo em vista que uma vez por mês o Governo mandava entregar os alimentos, remédios e materiais necessários, providos pela Secretaria de Produção. Todo o material era trazido alternadamente pelos senhores Francisco Câncio da Rocha e Armando.[carece de fontes?]

O processo de colonização começou na década de 50, com a criação de três colônias agrícolas oficiais, Fernando Costa (Mucajaí), Braz de Aguiar (Cantá) e Coronel Mota (Taiano), chegando a quarenta no início de 1980. Nessas colônias desenvolvia-se uma agricultura de subsistência, itinerante e rudimentar.[carece de fontes?]

  • Segunda Fase (De 1946 a 1951) – É o período em que o Governo do Território dá certo apoio as famílias da colônia, traz mais famílias dando a essas, um auxilio financeiro, assentando-as no local onde hoje está localizada a sede do município.[carece de fontes?]

Mesmo com a ajuda financeira do governo, as novas famílias continuavam em sua maioria a se retirar, entre 1947 e 1948 foram trazidos mais agricultores, no entanto, todos eles abandonavam a colônia. No ano de 1949, o governo voltou a trazer colonos, desta vez apenas seis famílias permaneceram na região. De março a novembro de 1950, a colônia tinha como residentes apenas às famílias do senhor Raimundo Germiniano de Almeida e as dos recém-chegados: Leonília, José Firmino Azevedo (Congo), as dos irmãos Pedro e Aniceto Barros.[carece de fontes?]

Durante esse período é nomeado o senhor Francisco Câncio da Rocha como administrador da Colônia, e é iniciada a abra de construção da BR-174, tendo em vista a ligação da Capital com o Porto de Caracaraí.[carece de fontes?]

  • Terceira Fase (De 1951 a 1953) – Fase em que o governo investe ainda mais, na tentativa de concretizar de uma vez por todas, a colonização na região, onde em um curto período de tempo são trazidas 140 famílias para a colônia. É construído o grupo escolar Coelho Neto.[carece de fontes?]

Uma das bem vistas façanhas, foi a construção de prédios destinados a administração, posto medico, e estação radiotelegráfica. A conclusão da BR-174 foi o fator que mais contribuiu para a colonização da região, pois a partir daí a colônia Fernando Costa passa a funcionar realmente.[carece de fontes?]

A terceira colonização, aconteceu no governo pernambucano de Gerocílio Gueiros, sob a responsabilidade dos também migrantes: Domingos Reis, José Firmino de Azevedo e Pedro Crente. A aventura de colonização da nova terra foi de predominância masculina. A maioria dos homens, que vinham trazidos pelo governo, nos projetos de assentamento, vinham sozinhos, deixavam suas famílias em seus lugares de origem e só depois de se situarem na região é que voltavam para buscá-las.[carece de fontes?]

A vila Fernando Costa desenvolve suas atividades agrícolas de primeira necessidade para a cidade de Boa Vista e o Território Federal do Rio Branco passa de importador de produtos agrícolas para exportador, vendendo produtos como: Arroz, Milho, Farinha e Banana para a Capital do Estado do Amazonas.[carece de fontes?]

É possível notar que no início de 1953, cerca de 350 pessoas já residiam na colônia. Muitas famílias já estavam devidamente instaladas e assentadas, dentre as quais pode-se destacar as famílias de Raimundo Germiniano de Almeida, pilar da Colônia; a de Joaquim Estevão de Araújo; a de José Firmino Azevedo (Congo); a de Genésio Rufino; a de Salomão Dantas; a de Nemésio Simeão Vieira; a dos irmãos Pedro e Aniceto Vieira Barros; a de Luiz (Toco); a do ”Pemba”; a do “Caboclo Firme”; a do Chico “Amazonense”; a de Martinzinho; a do Caboclo “Chagas”; a de José Batista Garcia, cunhado de Raimundo e algumas outras não citadas, e nem por isso, menos importantes.[carece de fontes?]

Geografia[editar | editar código-fonte]

A sede municipal de Mucajaí se liga à Boa Vista, a uma distância de 58 km pela BR-174. Ela também se conecta com a Vila Iracema no sentido sul (Manaus) e ainda com o município do Alto Alegre, passando pelo interior do município, por meio da RR-325.

Subdivisão administrativa[editar | editar código-fonte]

Segue uma relação de das principais localidades não-índigenas do município e suas respectivas populações segundo o Censo de 2010.[5]

  • 8.934 habitantes - Mucajaí (sede)
  • 663 habitantes - Vila do Apiaú
  • Tamandaré - Subdividida em: Canta Galo(Serra Dourada), Lago do Manoel e Perdidos;
  • Samaúma - Subdividida em: Região do 'T' e Vila Nova.
  • Cachoeirinha.

Problemas socioambientais[editar | editar código-fonte]

Devido aos altos índices de devastação florestal, em 9 de novembro de 2023, o município de Mucajaí foi incluído na relação de municípios situados no bioma Amazônia considerados prioritários pelo governo federal para ações de prevenção, controle e redução dos desmatamentos e degradação florestal.[6]

Organização Político-Administrativa[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Lista de prefeitos de Mucajaí

O Município de Mucajaí possui uma estrutura político-administrativa composta pelo Poder Executivo, chefiado por um Prefeito eleito por sufrágio universal, o qual é auxiliado diretamente por secretários municipais nomeados por ele, e pelo Poder Legislativo, institucionalizado pela Câmara Municipal de Mucajaí, órgão colegiado de representação dos munícipes que é composto por 9 vereadores também eleitos por sufrágio universal.[7]

Atuais autoridades municipais de Mucajaí[editar | editar código-fonte]

Economia[editar | editar código-fonte]

Concentra-se na agropecuária e na mineração. Produz, em especial, arroz, madeira, abacaxi, mamão, gado, leite, milho Cerâmica etc...

Infraestrutura[editar | editar código-fonte]

Saúde[editar | editar código-fonte]

Os estabelecimentos de saúde pública são os seguintes:

Educação[editar | editar código-fonte]

Os estabelecimentos de educação pública são os seguintes:

Cultura[editar | editar código-fonte]

Os estabelecimentos culturais do município são os seguintes:

  • Complexo Cenográfico "Estevan dos Santos";
  • Centro Municipal de Convenções;
  • Biblioteca Pública Municipal;
  • Parque de Exposição Velho Bahia;

Desportos e Lazer[editar | editar código-fonte]

Os equipamentos esportivos e de lazer são os seguintes:

  • Complexo Esportivo;
  • Praça Chaguinha Bahia Aguiar;
  • Praça da Juventude;
  • Praça Igarapé Samaúma;
  • Ginásio Municipal;
  • Ginásio Estadual.

Transporte

  • 1- Terminal Rodoviário
  • 1- Cooperativa de Táxi de Mucajaí - COOTAM
  • 1- Associação Moto Táxi Macuxi- AMTM

Comunicação

Segurança(Pública)

OUTRAS

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  2. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 8 de agosto de 2013 
  3. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010 
  4. a b c d «História». IBGE. Consultado em 12 de novembro de 2023 
  5. bestatistica/populacao/censo2010/default.shtm Dados com base em levantamentos utilizando os resultados do Censo 2010 do IBGE. Acesso em 7 fev 2012.
  6. Ministério do Meio Ambiente e da Mudança do Clima (10 de novembro de 2023). «PORTARIA GM/MMA Nº 834, DE 9 DE NOVEMBRO DE 2023». Diário Oficial da União. Consultado em 11 de novembro de 2023 
  7. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito municipal brasileiro. 18. ed. São Paulo: Malheiros, 2017.
  8. a b c «Prefeita e vereadores de Mucajaí tomam posse; veja lista de eleitos». G1. Consultado em 29 de outubro de 2022 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • FREITAS, Aimberê (1998). Estudos Sociais - RORAIMA. Geografia e História 1 ed. São Paulo: Corprint Gráfica e Editora Ltda. 83 páginas. ISBN 34523432 Verifique |isbn= (ajuda) 
  • DANTAS, Ernandes. A gênese de Mucajaí. [S.l.: s.n.] 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]