Odilon de Oliveira
Odilon de Oliveira | |
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Conhecido(a) por | Ser o juiz mais ameaçado do Brasil ao condenar centenas de traficantes.[1] |
Nascimento | 26 de fevereiro de 1949 (69 anos) Exu, Pernambuco |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | Universidade Católica Dom Bosco |
Ocupação | Magistrado (aposentado) |
Filiação | PDT (desde 2017) |
Cargo | Juiz federal (1987-2017) |
Religião | Católico[2] |
Odilon de Oliveira (Exu, 26 de fevereiro de 1949)[3] é um ex-magistrado brasileiro, que atuou como juiz federal no combate ao crime organizado na região de fronteira com o Paraguai na cidade de Ponta Porã, Mato Grosso do Sul.
Ficou nacionalmente conhecido por prender centenas de traficantes de drogas e vive sob forte escolta de policiais federais.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Retirante da seca, filho dos lavradores Expedito João de Oliveira e Domercília Teixeira Leite,[2] migrou com sua família para o então Mato Grosso em 1953.[4] Trabalhou na roça até os 17 anos, tendo sido alfabetizado em casa. Formou-se em direito em 1978, aos 29 anos, pela Universidade Católica Dom Bosco, tendo bancado o curso dando aulas como professor primário.[5] Foi procurador autárquico federal de 1979 a 1981, promotor de justiça de 1981 a 1982, e juiz de direito de 1982 a 1986.[2][3]
Tornou-se juiz federal em 1987. Nesse cargo, sempre trabalhou em fronteiras, na área criminal, e condenou centenas de traficantes internacionais. Foi titular da única vara especializada em crimes financeiros e de lavagem de dinheiro de Mato Grosso do Sul.[4]
A atuação de Odilon fez o tráfico de drogas perder R$ 2 bilhões em bens e dinheiro.[2] De 2005 a 2013, recuperou do crime organizado em torno de 250 imóveis urbanos, mais de 100 imóveis rurais, 20 aeronaves e quase mil veículos, além de milhares de bovinos, valores etc. Recebeu dezenas de prêmios, nacionais e internacionais, dentre os quais: 1) Ordem do Mérito Militar, por decreto presidencial de 30/03/2000; 2) Mérito pela Valorização da Vida – Secretaria Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas, em 2009; 3) PNBE – Pensamento Nacional das Bases Empresariais, em São Paulo, em 2010; 4) Mérito Legislativo, em 2011 – Câmara dos Deputados Federais; 5) Prêmio da Organização das Nações Unidas (UNODC), em 2011.[4]
Aposentou-se da magistratura em outubro de 2017, para poder candidatar-se a cargos políticos.[6] No mês seguinte, filiou-se ao Partido Democrático Trabalhista (PDT) e confirmou sua pré-candidatura ao governo de Mato Grosso do Sul.[7] [8]
Cultura popular[editar | editar código-fonte]
Sua vida inspirou o filme Em Nome da Lei (2016), do diretor Sérgio Rezende, com Mateus Solano interpretando o protagonista livremente baseado em Odilon.[4]
Referências
- ↑ Revista Trip. «Com uma gaveta cheia de ordens para matá-lo, o juiz Odilon de Oliveira vive sem liberdade». Amambai Notícia. Consultado em 15 de Junho de 2017
- ↑ a b c d «Marcado para morrer». Época. Consultado em 5 de outubro de 2017
- ↑ a b «Nelsinho entregou currículo de juiz Odilon para Lula». Campo Grande News. 25 de agosto de 2010. Consultado em 5 de outubro de 2017
- ↑ a b c d «Nelsinho entregou currículo de juiz Odilon para Lula». Fronteira News. 23 de fevereiro de 2017. Consultado em 5 de outubro de 2017
- ↑ «10 de agosto de 2009». Revista Trip. Consultado em 5 de outubro de 2017
- ↑ «Com direito à escolta da PF, juiz Odilon se aposenta para disputar eleição». Campo Grande News. 5 de outubro de 2017. Consultado em 5 de outubro de 2017
- ↑ «Juiz federal Odilon de Oliveira se filiará ao PDT no dia 11». Época. 1 de novembro de 2017. Consultado em 13 de novembro de 2017
- ↑ «Em evento do PDT, Odilon confirma candidatura ao governo de MS em 2018». Campo Grande News. 11 de novembro de 2017. Consultado em 13 de novembro de 2017